quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

O Sentido do Natal


“Agora, Senhor, despedes em paz Teu servo, segundo Tua Palavra; pois, já meus olhos viram Tua Salvação,” Luc 2;29 e 30

Simeão, com Jesus, de oito dias de idade, nos braços, proferiu essas palavras. Fora-lhe revelado que não morreria antes de ver O Ungido; vendo-O por ocasião da Sua apresentação no templo considerou cumprida a promessa. “... meus olhos viram Tua Salvação.”

O que ele vira estritamente fora uma criança frágil, inda incapaz de andar. No entanto, confiava na Palavra de Deus. Só os que agem assim, conseguem “ver”. “A fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1 Apenas para tais ouvintes, a mensagem traz proveito; “... a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que ouviram.” Heb 4;2

Nunca se foi tão refratário À Palavra de Deus como agora. Seus ensinos sábios, desafiadores, regeneradores, agora, não são tão pacíficos assim. Sofrem pechas de fundamentalismo, radicalismo, discurso de ódio... não poucos falam em “atualizar” À Palavra, que teria se perdido no tempo, será? “Eu sei que tudo quanto Deus Faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto Faz Deus para que haja temor diante Dele.” Ecl 3;14

Malgrado, a resistência Ao Eterno, nessa época do ano, os “cristãos” cobrem o mundo de luzes decorativas, canções monótonas, enfeites, decorações; muitos patrocinam grotescas hipocrisias, segundo eles, movidos pelo “Espírito do Natal”. Ora, segundo A Palavra, Quem Trouxe O Salvador foi O Espírito Santo. “... não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo;” Mat 1;20

Passar um ano inteiro usando todos os meios, ilícitos também, para prosperar, e nesse tempo entrar em vilarejos pobres ridiculamente fantasiado, sacudindo uma sineta e jogando caramelos às crianças é uma tentativa inglória de compensar os lapsos da alma, coisa que Deus não aprovaria. Tampouco, O Espírito Santo patrocinaria.

Onde vivo, se fez pomposa “festa de Natal” na praça; shows, bebedeiras, músicas profanas, foguetórios... a maioria, gente que vive cada um à sua maneira, totalmente alheios a Deus.

Portanto, o espírito que patrocina essas coisas, ao encontro dos desejos do homem natural, tendo como pano de fundo o interesse comercial, é do mundo, não O Espírito Santo.

Os cristãos são chamados a renunciarem suas vontades particulares em prol da Divina; “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Isso nos torna “estrangeiros”, muitas vezes odiados, aqui; “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes Eu vos Escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia.” Jo 15;19

Estranham quando deparam com um que, não enfeita suas fachadas com luzes pisca-pisca, não decora árvores, nem coloca guirlandas. Quem esse pensa ser? Pensa ser de Cristo, andar na Sua Luz; essa não brilha para decorar ambientes; antes, fulge no interior, para purificar das más inclinações; O Espírito Santo em nós, capacita.

Daí, invés de comemorar um nascimento extático, no tempo, tentamos viver um relacionamento em tempo integral, cientes que estamos perante O Senhor dos Senhores, Rei dos Reis, não de um menino indefeso que precisa colo.

É compreensível, embora suicida, o barulho religioso do mundo alienado de Deus; nessas horas o silêncio seria muito agressivo. Os ouvintes de Estêvão provaram isso um dia; “... eles gritaram com grande voz, taparam seus ouvidos e arremeteram unânimes contra ele. Expulsando-o da cidade, o apedrejavam.” Atos 7;57 e 58

Ele não falara nada mais que a verdade; os incomodados com ela fizeram um barulhão para não escutar. O “Natal” atualmente faz a mesma coisa. Um estardalhaço estratégica e hipocritamente calculado para abafar à Voz de Jesus; em muitos casos, apenas o Noel aparece.

Os que tentam “contextualizar” fazendo as mesmas encenações, mas ressalvando o “sentido do Natal” perdem uma chance de denunciarem a insensatez do mundo, quiçá, despertar alguns adormecidos.

Imaginemos essas pessoas em silêncio ouvindo às próprias consciências por alguns minutos... melhor não; “Feliz Natal!” Oh, Oh, Oh. “Assente-se solitário e fique em silêncio; porquanto Deus o Pôs sobre ele.” Lam 3;28

Simeão com Jesus nos braços não vira uma criança; antes, “Tua Salvação”, disse. Essa foi consumada na cruz. Isso explica porque tantos não conseguem se afastar do presépio; sabem onde culmina e não querem. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo...” Fp 3;18

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