terça-feira, 27 de dezembro de 2022

A única garantia


“Estas palavras não são de endemoninhado. Pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?” Jo 10;21

Jesus, que curara um cego de nascença afirmara poder ter poder para dar ou, retomar Sua Vida. À essas palavras, foi tido por alguns, por endemoninhado. Então, se ouviu a objeção: “... pode, porventura, um demônio abrir os olhos aos cegos?”

É comum esse reducionismo falaz; quando não se concorda com alguém porque alguma faceta do ser ou agir desse, incomoda, basta que se acuse ao tal de possesso; se a narrativa colar, tudo o que se intentar contra, invés de agressão indevida, será tido como cuidado necessário, zelo espiritual.

Os Milagres e a Mensagem de Cristo eram extremamente incômodos aos religiosos da época. Se, colassem Nele a pecha de possuído, a reputação de todos estaria salva; afinal, quem se importaria com as palavras de um doido assim?

Entretanto, a rejeição não ocorria por algum lapso no Salvador, antes, naqueles que O rejeitavam. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O Salvador não os acusou de endemoninhados, estritamente; antes, de filhos do capeta, por alimentarem desejos semelhantes; “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer aos desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade...” Jo 8;44

O Senhor vislumbrara ameaças de morte pelo ar, um desejo maligno que alimentavam os que O rejeitavam.

Se, ambas as partes poderiam atribuir, uma à outra, laços com o Capeta, como se poderia resolver a questão?

Heráclito disse mais ou menos o seguinte: “Quando dois sistemas filosóficos conflitarem, a nenhum caberá o direito de dizer: Minha visão está correta porque a oposta é errada; pois, a outra parte poderia dizer o mesmo, arrastando a peleja ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo; não por ser oposto ao presumido verdadeiro.”

O Senhor ensinara que os frutos testificariam acerca das árvores. As lideranças religiosas de então cercavam-no espumando raiva, desejos hostis; “... quereis satisfazer os desejos de vosso pai que foi homicida desde o princípio...” um cheiro de morte assomava nos semblantes irritados, com o bem que O Senhor Fazia.

Nele não se vislumbrava esse tipo de desejo; antes, Sua Luta era persuadir ao arrependimento para salvar; além disso, “Pode um demônio abrir os olhos a um cego?” Seus feitos eram tais, que as próprias pessoas adjacentes notavam que as acusações não faziam sentido; era falsidade demonstrável em si mesma.

Por levar a liberdade de expressão às últimas consequências, O Eterno permite blasfêmias, calúnias, oposições várias... “... para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35

Atualmente a Mensagem Santa é atacada; “Discurso de ódio!” muitos já falam em reescrever A Palavra; alterar porções indesejáveis.

Num tempo em que a verdade é rejeitada como “Fake News”, ditadura é tida por democracia, violadores das leis são reputados juristas, desejos por transparência são aquilatados como atos golpistas, natural que a imperfeição se atreva a “aprimorar” ao que é perfeito.

Um demônio não pode curar cegueira, embora seja expert em “prodígios da mentira;” no entanto, obra por produzir cegueira nos entendimentos dos que descreem; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Quem crê não vê necessidade, nem aceita violações À Palavra; “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada tirar; isto Faz Deus para que haja temor diante Dele.” Ecl 3;14 E quem duvida ainda está cego. Alteraria o quê?

Se, são os frutos que testificam das árvores, e os pretensos “reformadores” da Palavra de Deus são ímpios, devassos, depravados, de novo, como na parábola de Jotão, teríamos uvas e azeitonas desprezadas, para abrir caminho ao reinado do espinheiro.

O Senhor continua O Mesmo; Santo, Veraz, Salvador. Entretanto, não cura cegueira contra vontade dos cegos. A vontade sem noção é o obstáculo a ser removido.

Não é como certos produtos que garantem a “satisfação dos clientes, ou, o dinheiro de volta”. Jesus Garante “apenas” salvação, nos Seus Termos; conversão, mudança de vida. Aos que vacilarem, recaírem, se arrependerem do arrependimento, apenas terão suas mortes de volta; “... quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus...” Heb 6;6

Nenhum comentário:

Postar um comentário