quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Árvore de Natal


“Vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão, e disse-lhe: Levanta-te, faze-nos deuses, que vão adiante de nós; porque quanto a Moisés, homem que nos tirou da terra do Egito, não sabemos o que lhe sucedeu.” Ex 32;1

Deparei com um estudo sobre usar árvores de Natal, os crentes, ou não. O autor disse que, os que rejeitam tal uso, o fazem porque a origem da mesma remontaria ao paganismo.

No entanto, argumentou, muitas coisas que consumimos, alimentos, roupas, combustíveis, etc. Também têm uma origem desconhecida, e não investigamos, antes de usarmos tais coisas; portanto, ser omissos nessas coisas e cuidadosos apenas com a Árvore de Natal, ele definiu como hipocrisia.

Usou ainda como argumento, o seguinte: “Do Senhor é a terra e sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” Sal 24;1

Tudo o que O Senhor criou é bom; não há nada que se rejeitar. Disse mais: Que em rituais de religiões pagãs, satânicas até, se usa água, por exemplo; nem por isso deixamos de usá-la também.

Até parece um conjunto de argumentos bem sólidos; mas, as “letras miúdas do contrato” precisam ser lidas também. É vero que consumimos as coisas ordinárias sem nos preocuparmos com a origem. Mas, fazemos isso para nós, não para prestar culto a Deus. No caso da comida, oramos consagrando, agradecendo, o que anula eventuais “vícios de origem.”

Que “do Senhor é a Terra e sua Plenitude”, não restam dúvidas; Ele Criou todas as coisas.

Mas, tomar como viés argumentativo essa verdade, e levá-la às últimas consequências acabaria legitimando o uso de drogas, excessos em bebidas, e coisas similares. Afinal foi O Senhor que as criou, portanto, não devem ser rejeitadas. Pela mesma linha de raciocínio, os ímpios não deveriam ser rejeitados, uma vez que são criaturas do Divino; “O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.” Pov 16;4 Não seria para o dia do bem??

A água nos cultos pagãos não legitima tudo; eles usam imagens, rezas, animais mortos, além de água; agora quem está sendo seletivo é o autor, que considerou hipocrisia atuar assim.
Por que não usamos as imagens deles também?

Enfim, concluiu que podemos “natalizar” nossas casas; não precisamos ter nenhum “medinho do diabo”. De onde o ilustre professor tirou que, evitamos isso por medo do canhoto? Em mim arde zelo de Deus; a Ele temo, não à oposição. “... temei Aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;5 

Afinal, “... qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?” Tg 4;4 e 5

Podem dar os nomes que quiserem, ornar ambientes; isso não se encontra na Palavra de Deus; a “festa” a ser comemorada é outra: “... fazei isto em memória de mim.” I Cor 11;24 a Santa Ceia. Só isso.

Embora alguns se esforcem em provar o contrário, no “Natal” o velho rubro aquele aparece, não, Jesus; Seus Ensinos, Doutrina e Sacrifício por nós. A origem da dita árvore não é bíblica, portanto, é pagã; os íntimos de Deus nada fariam que entristecesse Seu Espírito Santo; estou certo que essas coisas que prostíbulos e centros de religiões rivais também fazem, nada têm com O Conhecimento de Deus; é uma escolha humana baseada na ignorância avessa ao que Deus ordenou.

Vimos acima, quando da “demora” de Moisés no monte, a decisão de se esculpir o Bezerro de ouro; uma “pérola” espiritual baseada também na ignorância: “... porque quanto a este Moisés, o homem que nos tirou da terra do Egito, ‘não sabemos’ o que lhe sucedeu.”

Sabemos tantas coisas que A Palavra do Santo nos revela, contudo, precisaríamos cometer temeridades baseados no que não sabemos?

Honrar a Deus é dar livre curso à Sua Luz em nossos entendimentos, de modo que essa molde o nosso agir; sem isso, podemos fazer cascatas de luzes “Made in China”, uma mini floresta enfeitada de penduricalhos em nossas salas e seguiremos em trevas.

O Salvador ensinou a conhecermos à árvore pelos frutos. Nesse caso específico ficam patentes os frutos pela árvore. Digo, invés da devida e necessária separação, a emulação que forja a imitação do mundo é um testemunho que grita que dentro de nós, que mesmo nas igrejas, ainda estamos no mundo.

Se Cristo nasceu deveras em nós, a Sua Luz há de brilhar full time; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

Nenhum comentário:

Postar um comentário