segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Tens referências?
“Vendo todos os homens de Israel, que estavam no vale, que haviam fugido, que Saul e seus filhos eram mortos, deixaram suas cidades e fugiram; então vieram os filisteus e habitaram nelas.” I Cron 10;7
Ante a morte de Saul e seus filhos, o povo debandou. Impossível exagerar a importância de se ter bons referenciais. Quando aqueles que estão em posição de destaque capitulam, os que neles punham o olhar como exemplos de lideranças, quedam “órfãos”, e não raro, abandonam o caminho.
Tomemos como exemplo o filho pródigo: Deixou a solidez dum viver centrado e próspero, para se aventurar em demanda de prazeres venais. Quando essa temeridade lhe apresentou a conta, se viu sem posses nem amigos. Na humilhação entre porcos, lhe ocorreu um possível refúgio; voltar arrependido à casa paterna.
Como seria se, invés de ter perseverado na constância de um viver sóbrio, seu pai e o irmão também tivesses escolhido a insanidade? Tudo estaria perdido; eventual arrependido sequer teria para onde voltar. Assim, os que permanecem fiéis, mesmo em momentos de dificuldade, naturalmente se fazem referenciais, para outros que capitulam à sedução das tentações.
No caso de Saul e seus filhos eram referências de um reino terreno; mesmo assim, sua derrota dispersou aos que os seguiam; tal sina, figura de modo bem didático o que ocorre com muitos trânsfugas, em relação ao Reino de Deus. Vendo lideranças caírem, também abandonam à fé. Caídos os referenciais, caem os que os tinham como exemplos.
Aqueles, “... deixaram suas cidades e fugiram; então vieram os filisteus e habitaram nelas.”
Se fosse viável uma neutralidade enquanto a fé fraqueja... Não é possível deixar o crer em “stand by”, enquanto avaliamos nossas conveniências sobre seguir obedecendo, ou, apostatar. Nossas “casas” serão ocupadas por outros.
Ao menor sinal do fraquejar, presto surgirão muitos “filisteus” para habitar onde outrora habitou uma alma salva, consorte de salutar confissão de fé. Nossa ausência na vereda da virtude, acabará nos arrastando ao caminho largo dos vícios.
Como naquela saga literal, o abandono das cidades foi um convite aos inimigos para que se apossassem delas. Assim, nossa apostasia será um sinal vermelho ao inimigo, (essa é a cor do seu, ‘siga’) para que usurpe os valores das nossas almas, levando junto a paz e a segurança de quem repousara em Cristo.
Na verdade, a escolha de Saul como guia fora uma decisão rebelde do povo; a pretexto de “aliviar” o peso dos anos a Samuel, e evitar a má índole dos seus filhos, acabaram rejeitando ao Eterno, na pessoa do profeta.
O homem consequente sabe que todas as ações trarão seu fruto. Pelo menos, deveria saber. Nossa limitação ao imanente, ao que está diante dos olhos, “patrocina” temeridades, como se soubéssemos o que há de vir. O conselho bíblico é categórico: “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento.” Prov 3;5
Talvez, se pudessem antever ao rei desobediente morrendo em combate junto aos filhos, e aqueles imitadores das nações vizinhas não tivessem sido tão enfáticos em seus desejos por um rei. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12
Embora a fé tenha seu consórcio firmado com o ouvir, eventualmente, o que vemos também concorre; seja, para estímulo, seja, para arrefecimento da nossa vida espiritual.
Aquele cristão de bom porte, inevitavelmente será visto pelos do seu convívio. O que passou por uma transformação drástica na conversão, será uma mensagem viva a convencer quem vir, seu antes e depois de Cisto; “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou os meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos o verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3
Tanto podemos ser referências, quanto, carecemos de bons referenciais. Quem andou menos que nós nesse caminho, por certo pode aprender algo observando nossos passos, dado que esses estão firmados no Senhor; o que já tem maiores experiências que nós, emprestará seu exemplo e nos será um lumiar, como um selo de qualidade, pelo probo viver.
Infelizmente para efeito de vitrines, os escândalos se mostram mais buscados que os bons exemplos. Não nos enganemos, contudo; há muitos que nos observam e tem nossa firmeza como avalista das suas. Se caíssemos lhes faríamos mal, também.
Mesmo aos que nos observam num sentido negativo, desejando nossa queda para darmos “razão” aos seus descaminhos, até a esses, eventual viver probo fala de modo eloquente, como prescreveu O Salvador. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16
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