“Mas Deus prova Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8
Alguns, movidos mais pelas íntimas inclinações, do que por uma interpretação sadia, derivam dum texto assim, o universalismo. Gente que lê “A Cabana”, invés da Palavra de Deus, tende a ver doçuras em toda parte, malgrado, não seja assim.
A doença de pautar escolhas espirituais por predileções pessoais, coloca multidões a perder, infelizmente. “... tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4
Pensam; uma vez que Deus ama a todos os pecadores, no fim, a todos salvará apenas por isso, não importando o que venham a fazer.
Tal conclusão evidencia uma compreensão errônea sobre Deus, sobre amor, e do próprio texto.
Que o Divino Afeto abarca a todos, isso é pacífico. “Pregai O Evangelho a toda a criatura.”
Todavia, se nós, imperfeitos, não nos contentamos com um relacionamento amoroso unilateral; antes, desejamos que o sentimento seja correspondido, por que Deus se contentaria com menos? Bastaria Ele nos amar, e mesmo voltando-lhe as costas, seríamos salvos?
Diferente do que possa parecer, o amor é mais que mero sentimento. Envolve uma decisão moral, com alguns valores anexos; o amor, “Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;” I Cor 13;6
Antes de entrar na esfera do amor, estritamente, precisa haver um concerto atinente à justiça. Somos chamados a reconhecer nossos pecados, nos arrependermos e mudarmos em Cristo; a reconciliação primeiro; “Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19
O Salvador nos convidou a tomar Seu jugo, para encontrar descanso; isso requer submissão incondicional ao Pai, como demonstração de que, tentamos corresponder ao Seu amor por nós.
Paulo explica algumas coisas necessárias, para que uma eventual decisão nossa se mostre veraz; “Não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo o fomos na Sua morte? De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela Glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6;3 e 4
Nos identificarmos com a Sua morte significa as renúncias das nossas vontades, pelo Divino querer para nós; andar em novidade de vida, requer, nos identificarmos com Suas pisadas, deixando patente mediante obediência, nossa correspondência ao Seu amor.
“... Se alguém me ama, guardará Minha Palavra, e Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23
Se, a entrega do Salvador em prol dos pecadores foi uma manifestação universal de amor, o restabelecimento da relação pessoal com O Eterno, dependerá da nossa reação diante de Cristo. Isso não pode ser evidenciado de outro modo, senão, pela obediência a Ele. “Se alguém Me ama, guardará a Minha Palavra...” Por isso, é uma decisão moral, mais do que um sentimento.
Se a manifestação universal nada requereu para isso, senão, o próprio Ser Divino, “Deus É Amor”, a relação particular com cada um, demanda que O amemos também. Invés de um andar desleixado quanto aos pecados, uma vez que Deus nos ama, seremos zelosos para não pecar, para não entristecermos a Quem amamos. Se assim não for, seremos falsos; o egoísmo seguirá no comando das nossas vidas.
O texto em análise esposa que O Eterno provou Seu amor para conosco com uma demonstração espetacular. Como provaremos o nosso, para com Ele? “Se me amais, guardai os Meus mandamentos.” Jo 14;15
Os bobos alegres que se escudam na “era da graça” como se isso significasse ausência de limites, libertinagem consentida, pretendem a insanidade de ter o Divino Amor como fiador, e a indiferença pecaminosa, humana, como contrapartida.
De um serviço relapso de má vontade na Antiga Aliança O Senhor disse: “... Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará a tua pessoa?” Ml 1;8
Ora, quem deveras entendeu O Divino Amor não fica se esforçando em provar sua incidência; antes, se sente constrangido a amar também e demonstrar tal sentimento, mediante atitudes.
Quem pretende que o amor seja fiador das suas extravagâncias pecaminosas, evidencia amar ao pecado, não a Deus.
Se alguém pretende ter relação com O Eterno, fiado apenas em sentimentos, sem comprometimento, aprenda algo mais sobre o Divino sentir; “Estas seis coisas o Senhor odeia; a sétima a Sua Alma abomina: Olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e quem semeia contendas entre irmãos.” Prov 6;16 a 19
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