sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Marcas de vitória


“Homens que já expuseram suas vidas pelo Nome de nosso Senhor Jesus Cristo.” Atos 15;26

Credenciais dos que, o conselho dos apóstolos resolveu enviar a Antioquia e arredores, com Barnabé e Paulo. Homens que tinham exposto suas vidas por Cristo. Que melhor demonstração de coerência, alguém, expor o que tem de mais precioso, por uma causa? “Pele por pele, tudo que homem tem dará pela sua vida;” Jó 2;4 dissera Satanás; “Quem perder sua vida por amor de Mim, achá-la-á;” ensinou O Salvador.

Não significa que, ousadia baste. O fanatismo cego também patrocina atos heroicos. “Ainda que distribuísse toda minha fortuna para sustento dos pobres, e entregasse meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.” I Cor 13;3 Assim, quando a entrega tem o Amor de Cristo como patrocinador, por certo, estamos diante de um servo digno, idôneo.

Sempre que a “teologia” se mostrar insuficiente para definir quem é quem, as obras, o testemunho de vida dos que estiverem em apreço poderá ajudar. Todos sabemos que os exemplos são mais eloquentes que palavras. “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

No entanto, foram exatamente os feitos de alguns autônomos, ao quais, se meteram onde não foram chamados, que causaram perturbações naquelas igrejas, por questões de doutrina, das quais eram ignorantes.

“Porquanto ouvimos que alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras e transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a Lei, não lhes tendo nós dado mandamento.” V 24 Nalguns casos o voluntarismo pode ser meritório; porém, quando nos leva a tentar iluminar naquilo que ainda não vemos bem, se mostra temerário.

Para o contraponto aos “voluntários” que levaram palavras perturbadoras, o conselho dos apóstolos escolheu homens experimentados em sofrer por Cristo.

Não se trata de esposar a salvação pelas obras, como algum raciocínio precipitado poderia inferir; antes, de verificar a autenticidade da fé professa, mediante os atos correspondentes, como ensina Tiago: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, eu tenho as obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei a minha, pelas minhas obras.” Tg 2;18

Se, nalgumas coisas se diz que, “a ordem dos fatores não altera o produto” nas questões atinentes à salvação, não é assim. A fé sempre virá primeiro, como motivadora das obras. Eu assim faço, porque creio, porque sou salvo; não, para ser salvo. Senão, incorreremos no mesmo erro dos judaístas; “Porquanto, não conhecendo a justiça de Deus, procurando estabelecer a própria justiça, não se sujeitaram à justiça Divina.” Rom 10;3

Quando os que foram a Jesus por mais pão, que O Senhor multiplicara no dia anterior, no afã daqueles interesses rasos se voluntariaram a “fazer” algo, O Salvador demandou crer Nele, antes; “Disseram-lhe, pois: Que faremos para executar as obras de Deus? Jesus respondeu: A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;28 e 29

Tampouco, se trata de diminuir a importância de uma teologia hígida; na parábola dos dois filhos, um que disse que ia trabalhar e não foi, e o outro que disse que não ia, mas arrependeu-se depois, e foi; esse foi apresentado como probo, não, o outro que falara a coisa certa sem a fazer.

A excelência é falarmos as coisas corretas e as praticarmos. Porém, um modo de agir coerente, leva vantagem ao mero professar uma fé ortodoxa.

Num tempo sombrio como o atual, onde um “coach teólogo”, questionado em seus ensinos se defende afirmando ter xis milhões de seguidores, vemos entristecidos que, nem a ortodoxia doutrinária, nem as obras correspondentes são usadas como testemunhas para validação de determinado ministério. Antes, o número de seduzidos pelo mesmo, acaba sendo apresentado como prova; que vergonha! Desde quando, estragos são avalistas de algum ministério?

Bons tempos aqueles em que as pessoas expunham suas vidas pelo Nome do Senhor, invés de evocar os danos feitos na Obra Santa, como aval para continuar danando ainda mais.

Essa geração vídeo, incrustrada num mundo vitrine, como o atual, tende a valorar ou depreciar às coisas, pelo que vê, ou deixa de ver. As que são espirituais não comunicam com os olhos, necessariamente. Aliás, esses se fazem instrumentos de engano aos incautos; “O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.” I Cor 2;14

Se, a probidade espiritual dos que servem ao Senhor tem algumas coisas visíveis aos olhos naturais, essas, certamente serão cicatrizes; não, números, como disse Paulo. “Desde agora ninguém me inquiete; porque trago no meu corpo as marcas do Senhor Jesus.” Gál 6;17

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