“Vos renoveis no espírito da vossa mente;” Ef 4;23
Além de deixar as práticas antigas onde viveram antes de Cristo, adotar uma nova maneira de pensar. Sendo os pensamentos os primeiros passos das ações, para que mudemos nosso agir, indispensável mudarmos também nosso modo de pensar.
Tendemos ao “efeito manada” onde, o que a maioria faz, acaba “normatizando” o comportamento social. Em Cristo somos chamados a dizer um sonoro não! ao jeito mundano; invés de anelar pelo encaixe, somos desafiados ao confronto; viver expondo valores Divinos na face desse sistema que “jaz no maligno.”
Isso demandará do fiel, abdicar duma série de práticas. Foi desafiado a empunhar uma cruz, não um rótulo. Ouçamos Paulo: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2
A palavra “conformar” pode ter duplo sentido; dependerá do contexto. Pode significar resignar-se a uma perda; ou, assumir a forma de. No texto que Paulo exorta a não nos conformarmos com o mundo, sugere que sejamos transformados por uma nova disposição mental, que nos levará a conhecermos a vontade de Deus.
Logo, o sentido aqui é, não andem conforme o mundo anda; não assumam sua forma, seu “normal”.
Há pouco deparei com uma postagem que me irritou um pouco, onde coloquei um comentário meio avesso. Dizia: “Telefone de homem é como time de futebol; tem as titulares, as reservas, as que estão sob cuidados e as que esperam ser convocadas.”
Escrevi que em meu tem apenas a minha esposa, e ela sabe a senha de tudo que tenho; que aquela definição não se tratava de um homem, mas de galinhagem, promiscuidade, vida vazia.
Não faltará um para dizer nos comentários que eu sou moralista, enviesado que era apenas uma tirada bem humorada. Sabemos que não é assim. Esse mundo padece falta de vergonha na cara, inversão de valores, cultua vícios, quase, como se fossem virtudes.
Quem tiver pruridos vários por medo de receber reprovação, maiores que seu amor pela verdade e pelo Salvador, se omitirá. Como não dou a mínima nem para aplausos nem para vaias, mas me interesso muito em que Jesus Cristo e Seus ensinos sejam conhecidos, digo o que penso e prossigo.
Lembro trecho de um diálogo do “Banquete” de Platão, onde alguns filósofos se assentaram à uma mesa e concordaram em falar todos, sobre o amor. Entre eles estava o grande Sócrates. Agatão, teatrólogo que na noite anterior levara a plateia ao delírio com seu espetáculo, quando chegou sua vez de falar disse que estava nervoso, encabulado.
Alguém objetou: Como assim? Ontem levastes centenas de pessoas a aplaudi-lo frenéticas tens medo de quê? A multidão é ignorante, disse ele; todo o homem ajuizado, teme mais o escrutínio de meia dúzia de sábios, que desfilar diante de uma plebe de tolos.
Para nós que fomos chamados por Cristo, os pareceres da multidão de desregrados, deve receber um apreço semelhante. O que os outros vão pensar ou dizer das nossas escolhas, tem a ver com o que eles são; não, com o que, essas escolhas significam, necessariamente.
Fomos chamados a deixar nossas rasas maneiras de pensar em prol das Divinas, e O Eterno explica o porquê: “Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os Céus são mais altos que a Terra, são os Meus caminhos mais altos do que os vossos, e os Meus pensamentos mais altos que os vossos.” Is 55;8 e 9
Essa mudança de pensamentos, por outros infinitamente mais nobres, necessariamente fará com que mudemos nosso agir após a conversão. “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4
Vemos, pois, que a “nova disposição mental” progride para “novidade de vida.” Os pensamentos pautam o agir.
Por isso a batalha espiritual ocorre dentro das mentes; de um lado o canhoto tentando nivelar a todos por baixo; de outro O Espírito Santo, tentando nos ensinar os pensamentos de Deus.
Quem foi convocado a isso terá trabalho sempre que a mentira for colocada em relevo. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5
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