"pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; saiu, sem saber para onde ia.” Heb 11;8
“Pela fé Abraão...” Assuntos de milênios atrás registrados no primeiro século da era cristã. Deus chamara Abrão, (pai) dizendo que faria dele, Abraão (pai de nações); desde o momento em que ele creu na Divina Promessa, embora o cumprimento estivesse no devir, poderia já chamar a si mesmo como Deus chamara. Pela fé, Abraão.
Deus chama às coisas que não são como se já fossem; quem Nele crer, também pode fazer isso, atinente às Suas promessas.
“... sendo chamado...” Embora, O Eterno possa apreciar eventual voluntarismo para Sua Obra, há casos em que isso enseja mais problemas que soluções. A humana vontade está enferma; tende o homem voluntarioso a confundir seus anseios desorientados com o Divino querer.
Embora, para salvação o chamado deva ser extensivo, inclusivo, “pregai O Evangelho a toda a criatura;” para algum ministério pontual ou um projeto do Eterno, Ele saberá quem, e quando, chamar.
Após o ministério de Paulo, nos trabalhos que ele fundara, alguns foram por conta e produziram confusão, invés de gerar proveito. Desses o concílio apostólico escreveu: “... alguns que saíram dentre nós vos perturbaram com palavras, transtornaram vossas almas, dizendo que deveis circuncidar-vos e guardar a Lei, não lhes tendo nós dado mandamento...” Atos 15;24
A boa intenção daqueles, sem o Divino chamado era mera temeridade; acabou fazendo danos, invés de dar frutos na obra de Deus. Além do chamado, pois, indispensável certo preparo. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, e maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2;15
“sendo chamado, obedeceu...” Um chamado de Deus, não deve ser entendido como convite; antes, uma ordem. Jonas tentou se evadir à incumbência de falar por Deus em Nínive e sabemos os meandros da história. Assim, um Divino Chamado além duma grande honra não faz menor, a responsabilidade. Só um completo sem noção se atreveria em algo tão sério sem ser comissionado.
Dado o que está em jogo na peleja espiritual em curso, as vidas de milhares de pessoas, não tem direito, um eventual chamado, de apresentar alguma evasiva, como se tivesse alhures, coisas mais importantes. Quem for convocado a determinada função, lembre-se que está alistado no Exército do Eterno, onde as prioridades devem ser as Dele; “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4 Afinal, o objetivo primeiro da fé não pode ser egoísta; “Sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11.6
“... indo para um lugar...” embora a fé seja uma disposição espiritual, derivada do relacionamento com Deus, eventualmente tem demandas geográficas; requer movimentos segundo o propósito Daquele que nos chama a andar por ela. Podemos ser enviados a um lugar, não pela paragem em si, mas para exercitar nossa obediência; traço inseparável da fé. Ou, tolhido de outros, como foi Paulo, quando O Senhor o queria na Macedônia. Ver atos 16;6 a 9
“... que havia de receber por herança...” O fato do O Eterno tencionar nos dar algo, não significa que possamos cruzar os braços e esperar que Ele faça tudo; nossa reponsabilidade poderá ir além de confiarmos. Eventualmente, seremos chamados a agir. No caso da conquista da Terra Prometida, os do povo eleito deveriam derrotar aos cananeus; tarefa na qual, O Senhor estaria com eles. Todavia, temeram aos inimigos e duvidaram de Deus. Fraquejaram na fé, deixando a promessa para a geração futura.
Coisas que foram prometidas a Abraão, a maioria delas, foram usufruídas pela sua descendência, não por ele, estritamente. Quem se dispõe a um relacionamento com O Eterno, deve aprender a ver as coisas desde a Divina perspectiva. Como “Deus não é Deus de mortos...” em tempo, o patriarca viu o cumprimento do prometido.
“... saiu sem saber para onde ia.” Embora, como vimos, a fé tenha, eventualmente paragens escolhidas para seu desenrolar, está atrelada mais ao Senhor que às promessas.
Se carecemos que Deus nos mostre uma gama diversa de “sinais” como condição para que “creiamos”, não cremos. A verdadeira fé desfaz as dúvidas atrelada à integridade do Eterno, sem carecer do aval pífio de algum sinal. “... Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram.” Jo 20;29
Somos descendentes espirituais de Abraão, devemos descansar na Divina integridade, mesmo sem o concurso de sinais “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do Seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus.” Is 50;10
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