“... não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração.” Ef 4;17 e 18
“não andeis mais...” sugere uma mudança, implicando que andamos de determinada maneira que, em Cristo não nos convém. Cristo não é uma mudança de status, é nova vida. “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também em novidade de vida.” Rom 6;4
“... como também os outros gentios...” Os não judeus eram chamados gentios. A carta foi endereçada à igreja em Éfeso, que, basicamente era de gentios. Se, não careciam adotar para si ritos do judaísmo, como foi ensinado ao gálatas, também não deviam mais imitar aos demais gentios. “Se alguém está em Cristo, nova criatura é...” II Cor 5;17
“... na vaidade da sua mente...” os pensamentos humanos, por profundos, filosóficos que se apresentem, não são nada, na esfera espiritual. A sabedoria do alto é de outra estirpe; “Falamos a sabedoria de Deus oculta em mistério, a qual, Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória. A qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu, porque se conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8
“... entenebrecidos no entendimento...” ora um entendimento coberto de trevas não entende nada. Mesmo a um mestre como Nicodemos, o novo nascimento soou incompreensível. Falando aos filósofos de Atenas Paulo ilustrou como se falasse com cegos; disse: “Para que buscassem ao Senhor se porventura, tateando o pudessem achar...” Atos 17;27 Nosso intelecto estabelece seus padrões “lógicos”, limites dentro dos quais Deus “deve” falar; O Eterno não se submete aos humanos parâmetros, antes, estabelece os Seus; “Visto como, na Sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprove a Ele, salvar aos crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21 “Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens...” I Cor 1;25
“... separados da Vida de Deus...” a morte espiritual. O vulgo usa chamar de vida, à existência; A Palavra de Deus Chama, à comunhão com Deus pós regeneração facultada pelo novo nascimento. Pode ferir brios de alguns, dizer que mesmo vivendo estão mortos. Mas essa é a situação de todos, sem Cristo. “Na verdade, na verdade vos digo que, quem ouve a Minha Palavra e crê Naquele que Me enviou, tema vida eterna, não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24
A morte espiritual veio da ruptura do homem com O Criador; o novo nascimento, da reconciliação; “Isto é; Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados, e pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19
“... pela ignorância que há neles...” Já vimos que o homem sem Deus está entenebrecido no entendimento. Agora deparamos com a ignorância; mas, não é a mesma coisa? Não. A privação do entendimento até permite que tenhamos contato com algo que Deus nos deu; sem entendermos o real significado. O traíra investe pesado nisso; obliterar entendimentos; “... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça aluz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
Assim, os cegados pelo canhoto, têm acesso, mas não entendem; a ignorância, como a palavra sugere, obra para tolher que as necessárias informações circulem. O Ignorante, sequer sabe da existência, de verdades que, se as soubesse poderiam mudar seu modo de vida.
De novo, foi aos mesmos filósofos de Atenas, que Paulo arrolou como ignorantes; “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam.” Atos 17;30
“.. pela dureza do seu coração.” Nesse caso, se alguém endurece o próprio coração quando a verdade lhe é anunciada, temos uma espécie de ignorância voluntária; um não querer saber, mais que, não poder. Figurando os endurecidos corações humanos, na Parábola do Semeador, O Senhor ilustrou como um caminho sólido de tanto ser pisado; onde a semente, (palavra) cai, e é imediatamente comida pelas aves dos céus; (demônios). De novo, aquele que cega, trabalhando no que sabe fazer melhor.
Embora essas nuances todas façam parte de nosso passado, “Não andeis mais assim”, aconselha Paulo. Adiante diz como convém andar: “Que quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente, vos revistais do novo homem que, segundo Deus, é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24
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