quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

Temor e temeridade



“Minha Aliança com ele (Com Levi) foi de vida e paz, Eu as dei para que temesse; então, temeu-me e assombrou-se por causa do Meu Nome.” Ml 2;5

Alguém cantou que, é “na tempestade que se pensa no abrigo”. Embora tenha um quê de lógico, também evidencia outro quê, de oportunismo, casuísmo, o que polui um relacionamento por causa do interesse, invés de exibir a excelência, por razões afetivas e reverentes apenas.

Aludo, óbvio! ao relacionamento do homem com Deus. Em momentos que grande necessidade, medo, pavor, quando um barco ameaça naufragar, como no caso de Jonas; a seca consome a terra, como nos dias de Acabe; o cativeiro se mostra monótono, desesperado, como no exílio babilônico; a escravidão pesa sobremodo, como na servidão sob faraó; enfim, em dias em que as coisas vão mal, lembrar alguém de Deus, a Ele clamar, parece a coisa certa a ser feita. Ele se apresenta como “socorro bem presente na angústia.” Sal 46;1

Então, clamemos a Ele em nossos momentos de dificuldade. Afinal, quando uma frustração, uma dor qualquer no leva a orar, já está fazendo mais bem, do que mal.

Porém, concorre o fato de que foi necessária a dificuldade, a carência para que lembrássemos do Eterno. A excelência seria sermos fiéis, zelosos, em momentos de paz, quando tudo vai bem; apenas, porque O Nome Dele é Excelso, Santo, merece toda a reverência e adoração.
Vimos O Senhor rememorando Sua Aliança com Levi, em plenitude de vida, e paz; o patriarca não temeu a Deus porque lhe pareceu oportuno, nem ofereceu adoração requerendo algum socorro. Antes, “temeu-me e assombrou-se por causa do Meu Nome.” Eis a excelência de não tomarmos O Santo Nome em vão!

Termos ciência que, pertencermos a Ele é algo sublime, ao mesmo tempo solene, responsabilizador, deveriam ser motivos bastantes, para que nosso temor viesse à tona.

Os que pecam nas coisas santas, profanando ao Excelso Nome, mercadejando com Ele e A Palavra do Senhor, a quem recorrerão para defesa, no dia do julgamento? “Pecando homem contra homem, os juízes o julgarão; pecando, porém, o homem contra O Senhor, quem rogará por ele?” I Sam 2;25 Isso foi dito contra os filhos de Eli, que pelas suas muitas profanações das coisas sagradas, estavam já no “corredor da morte.”

Todos os dias surgem novos mercadores “góspeis” com suas “revelações” e adivinhações, em “Nome do Senhor”; falcatruas com as quais ganham muito metal, enquanto perdem suas vidas. Desgraçadamente, esses pilantras vicejam quais ervas daninhas, lotam igrejas, nas quais “pastores” preocupados mais com o público que com o santo, os chamam por altos cachês; convoque-se a um probo ministro da Palavra; certamente, a frequência diminuirá, mas verdade será ensinada, invés de profanada.

Os apologetas da praça presto denunciam esses erros; porém, mal acabam de rasgar a máscara de um, surgem mais dez. A vacina contra esses inchaços da carne não deve estar neles, mas em nós; Quem foi edificado e aprendeu andar em espírito, não será mercadoria para esses; “O que é espiritual discerne bem a tudo e de ninguém é discernido.” I Cor 1;15

Ora, a “fé vem pelo ouvir, e ouvir à Palavra de Deus;” Para nada prestam os “reveladores” de macumbas, de portas que se abrem, adivinhadores de nomes, de CPFs, replicadores de postagens em redes sociais, e coisas afins. Enquanto esses ganham dinheiro tripudiando sobre a sonolência dos incautos, ainda furtam que se pregue aos pecadores, A Palavra da Vida. Seu dano é duplo; estragam à semente, e pisoteiam à terra.

Antes de alguém pretender fazer qualquer coisa em Nome de Jesus, ministerialmente, deve aprender a fazer uma faxina nos próprios passos, e nos motivos para usar a esse Nome Santo; A Palavra é categórica: “Todavia, o fundamento de Deus fica firme tendo este selo: O Senhor conhece ao que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo, aparte-se da iniquidade." II Tim 2;19

Infelizmente, o egoísmo humano acoroçoado pela sanha dos que avivam às paixões que deveriam desafiar a crucificar, campeia, drogando gente que carece desesperadamente de salvação, não de entorpecentes.

A ganância dos “ministros” associada à sonolência e cobiça dos ministrados, gera uma simbiose deletéria, para a perdição de ambos. “Porque virá o tempo em que não suportarão à sã doutrina, mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme as suas próprias concupiscências.” II Tim 4;3

Aqueles que temem ao Senhor por cientes do que significa isso, não precisarão de “temores” oportunos, quando a conta pelas humanas escolhas, chegar. Desses O Senhor diz: “Eles serão Meus, diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para Mim joias, poupá-los-ei, como um homem poupa ao seu filho que o serve.” Mal 3;17

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