quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O preço de conhecer a Deus



“... ninguém conhece o Pai, senão O Filho, e aquele a quem O Filho o quiser revelar. Vinde a Mim todos...” Mat 11;27 e 28

O Salvador falou da Sua intimidade com O Pai, e do direito de partilhar isso com quem quisesse. Antes que alguém derive desse texto, a conclusão que há uma “elite” pré-escolhida, para a qual O Senhor teria reservado essa revelação, O mesmo Senhor expressa, com quem deseja repartir Sua luz: “Vinde a Mim, todos...”

Muitos serem convidados, e poucos, escolhidos, não tem a ver com o propósito Divino; antes, com a resposta humana, ao chamado do Santo. Embora Cristo queira revelar O Pai a todos, não são todos que recebem essa revelação, como a dádiva preciosa que é. A maioria das pessoas religiosas busca por coisas, não, por Deus, infelizmente. A Palavra é categórica: “É necessário que aquele que de Deus se aproxima creia que Ele existe e é galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

A escolha dos salvos não é prévia; mas, após ouvirmos o Evangelho, conforme a resposta de cada um. “Os Meus Olhos procurarão os fiéis da terra para que estejam comigo; O que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6 Cristo disse mais: “... se alguém Me ama, guardará Minha Palavra, e Meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14;23

Mostramos nosso amor a Ele pela obediência; Ele, por Sua vez, manifestar-se-á pela comunhão em nosso espírito.

O Caminho Reto aos Olhos do Pai, é o caminho estreito, em Cristo. Ele diz: “... Ninguém vem ao Pai, senão por Mim.” Jo 14;6 Eventuais boas obras, devem ser feitas porque pertencemos a Cristo, não para que sejamos salvos sem Ele, o que é impossível; “Porque somos feitura Sua, criados em Jesus Cristo para as boas obras, as quais, Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10 Assim, um eventual caminho reto, se mostra primeiro pelas nossas motivações; depois, pelas ações.

A Palavra expressa a abrangente e misericordiosa, vontade do Eterno: “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que, alguns a têm por tardia; mas é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão, que todos venham a arrepender-se.” II Ped 3;9

O conhecimento de Deus não é algo mero, que bastaria alguém dizer: Quero! E estaria feito. Antes, requer um comprometimento emocional, um relacionamento afetivo que prioriza a Deus, não, mera curiosidade intelectual que acondicionaria tal conhecimento na prateleira comum do “algo mais.”

Não por acaso, o maior, e mais importante mandamento do decálogo, que resume aos primeiros quatro, atina ao relacionamento do homem com Deus. “... amarás ao Senhor teu Deus de todo teu coração, toda tua alma, e todo o teu pensamento; esse é o primeiro e grande mandamento.” Mat 22;37 e 38 O segundo que resume aos outros seis, trata das relações familiares e interpessoais; “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os profetas.” Vs 39 e 40 Tudo o que foi escrito relaciona-se com esses objetivos; amor a Deus e ao semelhante.

Diferente das formas corriqueiras de conhecimento, na esfera das coisas imanentes, o conhecimento de Deus requer um relacionamento com Ele, mediante Sua Palavra e as transformações que ela opera em quem a obedece; “... a Minha doutrina não é Minha, mas daquele que Me enviou; se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de Mim mesmo.” Jo 7;16 e 17

Notemos mais uma vez que, tal conhecimento, está condicionado, não à vontade Divina; antes, ao desejo humano; “... se alguém quiser fazer a vontade Dele, conhecerá...” Obedecer; eis o preço de conhecer!

Os que tentam suprir o lapso de relacionamento, com mera religiosidade, pois, incorrem numa escolha que afronta à Divina vontade, como diz A Palavra do Senhor: “Porque Eu quero misericórdia, não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” Os 6;6

Jesus Cristo pela Sua encarnação, fez O Pai, visível; “O qual, sendo o resplendor da Sua Glória, e a expressa Imagem da Sua Pessoa, sustentando todas as coisas pela Palavra do Seu Poder, havendo feito por Si mesmo, a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas.” Heb 1;3

Há um círculo virtuoso pelo qual somos chamados a orbitar; conhecer à Palavra equivale a conhecer à verdade; conhecer à verdade é conhecer a Cristo; por fim, conhecer a Ele, faculta que conheçamos também, ao Pai. “Estou a tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem vê a Mim, vê o Pai...”
Enfim, “conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor...” Os 6;3

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