“Os pensamentos dos justos são retos, mas os conselhos dos ímpios, enganos.” Prov 12;5
Assisti alguns “cortes”, do “Redcast”, onde o entrevistado era Caio Fábio; umas falas do reverendo me causaram certo espanto. Em dado momento o tema da conversa foi o Papa Francisco, que segundo o entrevistado, “Foi o maior papa de todos os tempos;” possivelmente tenha se inspirado nele, que nos anos noventa fez uma campanha de sete dias de ministrações em Buenos Aires, onde, o hoje Papa, servia como arcebispo.
Se, o melhor em alguma coisa se inspirou em mim, certamente meu ego, que deveria estar morto ainda está no trono, orgulhoso da coroa.
Mas, algumas pessoas não gostam dele, afirmou o entrevistador; “Não gostam porque são xenofóbicos, heterofóbicos, homofóbicos... ele, não é fóbico, apenas, humano”, ponderou. Escolheu a dedo, cardeais “abraçantes, inclusivos” e enfrentou o conservadorismo religioso. Disse mais que isto, mas esta era a ideia básica do motivo pelo qual ele admira ao referido Papa.
Bem se é mesmo o melhor de todos, isso é um assunto para os católicos; embora, grande parte deles esteja em desacordo com a ideia. Muitos padres, de viés conservador o consideram um falso Papa, até; dado, seu engajamento comunista e ecumenista, mais que, às tradições católicas.
Porém, meu ponto de desacordo com a fala de Caio, aqui é outro. Esse reducionismo, onde todo e qualquer resquício de disciplina, e bom ordenamento do viver, segundo a Palavra de Deus, se torna traço de alguma “fobia”, é moralmente abjeto, intelectualmente desonesto, espiritualmente herege.
O Eterno não tem os cabelos eriçados pelos ventos modernistas, da teologia liberal, como se Ele carecesse se alinhar aos “tempos modernos”; antes, diz: “... Ponde-vos nos caminhos e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos.” Jr 6;16 O tempo submete-se ao "Pai da Eternidade", não o contrário.
Ademais, o termo Phobia em grego significa medo, não, aversão ou, discordância, sentido com que, muitos que se fazem convenientemente de ignorantes têm usado. Caio pode ser tudo, menos, ignorante.
Assim, se, dizer um categórico não! a determinado modo de comportamento significa necessariamente, uma fobia, então A Palavra de Deus está eivada delas. Ela é “Idolofóbica”, cleptofóbica, mentirofóbica, adulterofóbica, cobiçofóbica, assassinofóbica... etc.
Ora, os limites que A Palavra coloca diante de nós são como cercas para nossa proteção; se, ignorarmos e fizermos as coisas à nossa maneira, na hora das consequências estaremos por nossa conta. “... porque Eu clamei e recusastes, estendi Minha Mão e não houve quem desse atenção, antes, rejeitastes todo Meu conselho, e não quisestes Minha repreensão, também da Minha parte Eu me rirei, na vossa perdição, zombarei, vindo vosso temor.” Prov 1;24 a 26
Certo que, os dez mandamentos podem ser resumidos a dois, como O Salvador o fez; atinentes ao amor a Deus, e ao próximo; mas como pode alguém amar ao semelhante se, vendo esse tomar um caminho que sabe ser de perdição, omite-se de avisar, finge que o errado está certo, ressignifica os ensinos de Deus, apenas por temer aos rótulos de “fobias” da praça? Isso quanto ao semelhante; e o amor a Deus, como fica, quando nos colocarmos subservientes às mundanas inclinações, às que se opõem ao Eterno?
A desonra ao Nome de Deus, mormente, por queles que O devem representar, é algo muito sério, punido com maldição, ainda sobre a terra; “Agora, ó sacerdotes, esse mandamento é para vós; se não o ouvirdes, e não propuserdes no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz O Senhor dos Exércitos, enviarei maldição contra vós e amaldiçoarei vossas bênçãos; também, já as tenho amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Ml 2;1 e 2
Meu caro Caio Fábio! Aprendi muitas coisas com O Senhor, nos meus primeiros passos no ministério da Palavra. Mensagens maravilhosas como “O Drama de Absalão” e outras do mesmo calibre; livros esclarecedores, edificantes como “Síndrome de Lúcifer”, e outros. O que aconteceu com O Senhor?
Não ignoro as grandes decepções que o sistema religioso lhe ocasionou; e falta de amor com que muitos lidaram com suas fraquezas.
Acho que foi Cícero que disse que os homens são como o vinho; a uns o tempo apura; outros viram vinagre. Não apenas o tempo, mas as dores contidas nele fazem isso. Mas, nada impede que eu me entristeça e ore pelo Senhor. Por quê essas bodas de Caná ao contrário, deixando o pior vinho para o fim?
Quiçá, como nos dias de Isaque, removendo as pedras que a inveja jogou fechando a fonte, ainda fluam águas vivas. O Dono do poço pode fazer; mas cabe a nós remover às pedras.
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