domingo, 9 de fevereiro de 2025

Más conversações


“Não vos enganeis; as más conversações corrompem os bons costumes.” I Cor 15;33

Se, tivermos que optar entre palavras e atos, simplesmente, não parece uma escolha difícil. A Palavra de Deus já prescreve o melhor, valorando a isso; “Por que O Reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” I Cor 4;20

Entretanto, não podemos ignorar a eficácia das palavras, tanto para o bem, quanto, para o mal. Se, como vimos acima, as más conversações corrompem os bons costumes, temos uma amostra do potencial deletério das palavras más. Assim como, a boa Palavra do Senhor pode convencer aos maus rumo ao arrependimento e mudança de vida, para salvação.

Ora, um costume, nada mais é que um modo de agir rotineiro; não é um fato pontual; antes, uma sucessão de fatos que se repete no decurso do tempo.

Se até algo “estabelecido” assim, pode ser corrompido pelas palavras, essas obreiras da persuasão não são nada inocentes. Mesmo pessoas de boa índole, quando falam demais tendem a transgredir, ir além do que é justo. “Porque na multidão dos sonhos há vaidades; também, nas muitas palavras; mas tu, teme a Deus.” Ecl 5;7

No Éden, O Senhor visitava a Adão pela viração do dia e com ele conversava. Isso se tornara um costume entre o primeiro homem, e O Criador. Porém, num nefasto dia, surgiu alguém “bom de papo” para uma nova conversação; como consequência da aceitação dos conselhos do novo “amigo”, que sugerira romper com Deus, aquele costume não existiu mais. O homem que sempre recebera ao Criador com alegria, então, sentiu medo e foi à moita. Tinha participado de uma má conversação, e começava a colher os frutos dela.

Todo aquele que precisa se esconder, ou esconder algo, traz, nos próprios passos o testemunho que, em determinado momento abraçou o mal; seja pelo conselho externo, ou mesmo por anseios que palpitaram no íntimo; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 O medo da reprovação exterior é o efeito colateral da reprovação já conhecida, no íntimo.

O contexto no qual Paulo escreveu o verso em apreço, foi o da preservação da Doutrina do Senhor. Alguns estavam negando a ressurreição dos mortos, e ele depois de argumentar evocando o senso lógico dos ouvintes, chamou aquilo de má conversação.

Nessa área, que tenta se opor ao conhecimento de Deus, o pai das conversações fajutas atua como em nenhuma outra; como o homem caído deixou de ser apenas vítima, e pelo consórcio com o canhoto se fez coautor das falácias, devemos estar vigilantes, contra toda e qualquer conversa, cujo alvo seja obscurecer o conhecimento do Santo.

Fomos armados para combater nessa esfera; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas, destruindo conselhos e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento, à obediência de Cristo.” II Cor 10;4 e 5

O que é um falso profeta, ou doutor, senão, um hábil na arte da conversação, com consciência cauterizada, caçando incautos para os levar a perder, segundo anelo do seu mentor, o capeta? Pode usar vigorosas porções da Palavra de Deus, mencionar O Santo Nome quantas vezes lhe aprouver; uma má conversação, em seu propósito, não se torna boa, apenas porque seu arquiteto pendurou na fachada algumas coisas vistosas.

O Salvador ensinou a conhecermos as árvores pelos seus frutos, não, pelas folhas. “Nem todo o que me diz, Senhor, Senhor! Entrará no Reino dos Céus; mas aquele que faz a vontade do Meu Pai, que está nos Céus.” Mat 7;21

Vivemos numa geração extremamente suscetível, incapaz de lidar com a seriedade necessária da vida, sem exibir um vitimismo doentio. Os pregadores que pretendem agradar aos doentes, invés de curá-los, também escolhem palavras açucaradas, dourando a pílula, onde deveriam servir a amarga mensagem de arrependimento, como ela é.

Nesse caso, a conversação também é má; pois, o costume dos pais da Igreja, imitadores de João Batista e Jesus Cristo, era, abordarem aos pecadores com um sisudo, arrependei-vos! Esses que tentam temperar carne com açúcar estragam aos dois elementos; geram uma leva de drogados psicológicos, que querem ser agradados no erro, quando sua mais urgente necessidade é serem transformados pela Sã Doutrina de Cristo.

Quando alguém carece condimentar o que vai dizer, sonega a verdade, tendo como objetivo a própria aceitação; evidencia que, suas comichões lhe são mais importantes que o Reino de Deus. Quem fala em submissão a Deus, não agrada ao homem, mas também não engana. “Se alguém falar, fale segundo as Palavras de Deus...” I Ped 4;11
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