“Porque nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8
A luz espiritual quando ela nos foca costuma deixar-nos em maus lençóis. Cristo explicou: “Porque todo aquele que faz o mal odeia à luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 A verdade expõe a quem age mal; e, em dado momento todos agimos.
Como uma loja que coloca seus melhores produtos nas vitrines, e eventuais trastes, coisas ultrapassadas deixa nos fundos, em geral, a alma humana. Deixa visíveis suas presumidas virtudes, e camufla, tanto quanto pode, os defeitos.
Não se importa de ser vista em momentos de exaltação, na verdade deseja; mas quando tropeça nalgum lapso, prefere abafar, esconder.
Deparei com um vídeo onde Caio Modesto, que criticara Deive Leonardo, recebeu uma resposta do “coacheólogo.” A crítica se baseava no fato duma pregação dele ter sido antropocêntrica, não, bíblica. (todas dele são assim)
Ele começou sua “defesa” dizendo ter mais de 40 milhões de seguidores. Ora, se a porta da salvação é estreita, poucos entram, muitos são chamados, mas poucos escolhidos, essa avalanche de aprovação é testemunho a favor, ou, contra ele? Anitta, Pablo Vittar, Filipe Neto etc. também têm seus milhões, e daí? Quem disse que a verdade ancora seu barco na enseada dos números?
Invés de reconhecer que a sua errônea pregação fora corretamente criticada, preferiu atacar seus críticos, dizendo serem pessoas frustradas, sem esperança, cuja teologia seria derivada das suas frustrações.
Ora, só existe um tipo decente de teologia; a que interpreta corretamente a mensagem Divina, o relacionamento de Deus com o homem. Eventuais passagens polêmicas, difíceis, a boa teologia deixa margem para interpretações alternativas; mas no que é claro, não. As que recebem o verniz das experiências particulares não são teologias; antes, “empiriologias.”
Essa história de “Deus como você o concebe”, invés de pintar um “Retrato da Divindade” expõe um grau alarmante de miopia espiritual. “Nada podemos contra a verdade.” Somos criaturas de Deus, não, criadores.
Quem fala estritamente a verdade, não precisa atacar nada, exceto, à mentira. Não carece contorcionismos, diversionismos, números para “testemunhas”. Pode ser lacônico como Pilatos: “... o que escrevi, escrevi.” Jo 19;22
Desgraçadamente, pelo que se tornou a humanidade, após a queda em consórcio com Satanás, a verdade está condenada a ser um fracasso de público.
Assim, quem usa o “sucesso” como argumento, de modo oblíquo admite que é um farsante, um espertalhão amoral preenchendo um “nicho de mercado”.
“Porque virá o tempo em que não suportarão à Sã Doutrina, mas tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores, conforme suas próprias concupiscências, desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4 Tais “profetas” são fomentadores desses anseios que, tentam camuflar a impiedade com as vestes rotas da religiosidade vazia.
Quando Jesus Cristo multiplicou pães e peixes, se tornou um sucesso. No dia seguinte uma multidão maior o buscou. Não tendo dado nada, então, ao estômago, mas falado do pão que as almas necessitam para salvação, pouco a pouco viu seu público evadir-se, ficando apenas os doze que escolhera.
Invés de correr após os fugazes prometendo mais pão, interpelou ao seus: “vós também, não quereis ir?” Jo 6;67 se o preço por falar e defender à verdade fosse ficar sozinho, O Senhor ficaria. Mas, Pedro pontuou a falta de opções; “... para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.” V 68
Os filósofos gregos consideravam às multidões, bestas acéfalas. Monstrengos sem cérebros. Todavia, esses farsantes usam o apoio das multidões como “argumentos”. Bem disse o filósofo dinamarquês, Sören Kirkegaard: “Para dominar às multidões basta conhecer as paixões humanas, certo talento e boa dose de mentiras.”
A verdade pode tremular solitária como uma bandeira no cume do Everest; mas, seguirá sendo verdade.
O sucesso dos pregadores mentirosos, a rigor, é juízo contra os consumidores disso; “Por isso Deus os enviará a operação do erro para que creiam na mentira, para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes, tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;11 e 12
No sentido estrito, o texto se refere ao surgimento do anticristo, mas, esses são precursores dele, e andam no mesmo espírito.
Não é minha vivência, minhas experiências que determinam como eu devo ler a Divina revelação; antes, essa, como nos foi dada, é apta para moldar nossas vidas, regenerá-las, conforme o propósito Daquele que nos criou.
A conversão deve se dar em nós não no Senhor, que É Perfeito. “De sorte que, fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela Glória do Pai, assim andemos nós, em novidade de vida.” Rom 6;4
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