domingo, 16 de fevereiro de 2025

A perseverança


“Sereis odiados por todos, por amor do Meu Nome; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.” Mc 13;13

Se, por amor do Nome de Cristo seremos odiados por todos do mundo, isso já evidencia que O Nome Santo, não tem nada a ver com essa amálgama, insípida, adaptável à impiedade, que muitos “Teólogos liberais” da vez, têm anunciado.

Nem o “Jesus” motivador dos palanques coachs, nem o enriquecedor da “Teologia da Prosperidade”, tampouco, o “inclusivo” do ecumenismo e da sexualidade alternativa, causam mal estar no mundo ímpio, se fazendo alvo de ódio. Tal “desidratação” da doutrina, e omissão da necessária santidade, é uma perversão que o mundo aplaude, até.

A própria Palavra sentencia o porquê, dessa simbiose; “Do mundo são, por isso, falam do mundo, e o mundo os ouve.” I Jo 4;5 Dos servos do Senhor o apreço é diverso; “Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, antes, Eu vos escolhi dele, por isso o mundo vos odeia.” Jo 15;19

Os que derivaram por mundanos caminhos, se andaram um dia na senda estreita, por certo, foram omissos na exortação quanto à necessária perseverança; caíram na apostasia. Seu desejo pela aceitação humana se mostrou mais forte que o amor por Deus, e pela verdade.

“A palavra perseverar tem origem no latim, “perseverare”, que por sua vez, deriva de “severus”, que significa severo, ou rígido. O termo foi herdado diretamente do latim, com a ideia de manter-se firme, constante numa determinada ação, ou objetivo. “Per”, totalmente; “severus” sério.” (Origemdapalavra.com.br)

Logo, quem perseverar até o fim, permanecerá totalmente sério na interpretação e no cumprimento da doutrina, isso o fará confrontar o mundo, invés de amoldar-se a ele. Esse confronto de valores atrairá contra os santos, o ódio do ímpio sistema; já acontece. Pois, estão matando cristãos idôneos em muitos lugares; ridicularizando-os, onde a violência inda não estendeu suas garras.

Aqueles que odeiam ouvir de Cristo, como Ele É, presto acusam de “discursos de ódio” às mensagens que confrontam suas ímpias maneiras de viver.

Diferente da doutrina calvinista que coloca como necessária a “perseverança dos salvos”, A Palavra de Deus apresenta como consequência natural, a salvação dos perseverantes. Nesse caso, a ordem dos fatores altera grandemente o produto.

Não há “pré-salvos” que, serão forçados a perseverar; antes, os “eleitos” o foram, Nele, (em Cristo) e para permanecer em Cristo num mundo que O odeia, é necessária a perseverança.

Chesterton disse com certo sarcasmo, que, segundo o calvinismo, Deus julga as pessoas antes de nascer. Faz sentido essa análise.

Quando Paulo fala aos romanos, que Deus endurece a quem quer, está combatendo a ideia do “povo santo” ser alvo exclusivo da Divina Graça; se Deus os quer deixar de lado, por um pouco e abrir a porta aos gentios, que direito têm de reclamar? Ele É Soberano.

Se acreditasse na pré-escolha, não teria escrito o que segue: “... enquanto for apóstolo dos gentios, exalto meu ministério, para ver se, de alguma maneira posso incitar à emulação aos da minha carne e salvar alguns deles.” Rom 11;13 e 14

Se esperava que a emulação, o sentimento de rivalidade, poderia despertar alguns de modo que viessem a crer, para ser salvos, atrelou, necessariamente, a salvação às escolhas humanas, não a uma pré-escolha Divina.

Certo é que, sem O Espírito Santo não podemos fazer essa escolha; mas, mesmo com Sua persuasão e iluminação, ainda podemos resistir. “Homens de dura cerviz, incircuncisos de coração e ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo...” Atos 7;51

Essa balela de que, resistiram porque não eram eleitos, inverte o lugar de causa e consequência; e como dizia Spurgeon, “uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.”

Embora a salvação seja pela fé, não, pelas obras, a fé sadia produz as obras que testificam da mesma, e encomenda as recompensas de cada um, segundo a fé que demonstraram mediante atitudes. “Não erreis, Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gál 6;7 e 8

A alegoria da casa edificada sobre a rocha, tipifica a perseverança; as intempéries que a assolam, as perversões doutrinárias, as perseguições que colocam nossa fé em xeque.

A suposta defesa da soberania Divina esposada pelos calvinistas, a rigor, é a defesa da soberania, da idiossincrasia de Calvino.

Deus não carece ser defendido; mas deseja ser amado, compreendido, correspondido. Não direciona esse desejo a um grupo restrito, antes, “quer que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade.” I Tim 2;4

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