domingo, 13 de agosto de 2023

Não perca o juízo



“... não julgais da parte do homem, senão da parte do Senhor, Ele está convosco quando julgardes.” II Cron 19;6

Josafá, rei de Judá, após uma infeliz empresa onde associara-se ao ímpio Acabe, fora repreendido por um profeta do Senhor; “... Devias tu ajudar ao ímpio, amar aqueles que odeiam ao Senhor? Por isso virá sobre ti grande ira da parte do Senhor.” v 2

Sendo rei poderia endurecer, ordenar a prisão do “enxerido” profeta; mas não, ele temeu. “O sábio teme, e desvia-se do mal, o tolo encoleriza-se, e dá-se por seguro.” Prov 14;16 Ele cometera um erro, sim; mas, não era tolo. “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam sabedoria e instrução.” Prov 1;7

Então, estabeleceu juízes na terra, conscientizando-os da Divina presença; que aquilo não era uma brincadeira a ser feita pelo arbítrio humano; era algo sério a ser empreendido no temor do Senhor. “Ele estará convosco quando julgardes.”

Ah, se nossos juízes, que julgam a partir de afinidades ideológicas, com pesos e medidas diferentes de acordo com o réu, julgassem segundo a reta justiça!!

Quando O Eterno falou com Salomão, facultando-lhe os tesouros celestes, “Pede o que queres que Eu te dê” I Rs 3;5 , o rei pediu sabedoria para julgar. “A teu servo, pois, dá um coração entendido para julgar Teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; porque quem poderia julgar a este Teu tão grande povo?” V 9

Muitos fizeram um conveniente biombo atrás do qual pretendem esconder suas predileções pecaminosas, usando de forma astuta e indevida, uma fala do Salvador; “Não julgueis, para que não sejais julgados.” Mat 7;1

Pronto. Basta que eu faça vistas grossas aos erros alheios, não julgue a ninguém, e também não serei julgado; cada um na sua e Deus por todos. Será? O verso seguinte ensina qual a consequência do juízo temerário. “Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, com a medida com que tiverdes medido, hão de medir-vos.” Mat 7;2

Portanto, se eu julgo a atuação de alguém segundo meus motivos, inclinações, simpatias ou antipatias, dou ao meu próximo o direito de fazer o mesmo contra mim. Esse é o sentido do “Não julgueis.”

Os que o fazem no temor de Deus, são os que já tiraram as traves dos próprios olhos e podem ver um cisco no olho alheio. O mesmo juízo Divino, com o qual exortam ao semelhante, aplicaram já contra si próprios. Pois, desse julgamento, gostando ou, ninguém escapará. “... a Palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia. Porque Eu não tenho falado de Mim mesmo; mas o Pai, que Me enviou, Ele Me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar.” Jo 12;48 e 49 e “... todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo...” II Cor 5;10

Um ministro da palavra, ou quem vive na congregação dos santos, o mínimo que se deve esperar dele é que conheça os ensinos celestes e segundo eles possa aquilatar as coisas.

Paulo censurou aos coríntios, que, por querelas insignificantes expunham suas diferenças ante ímpios, invés deles mesmos julgarem, ou, sofrerem o dano, até, invés de escandalizarem à Igreja do Senhor. “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos? Não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os anjos? Quanto mais, coisas pertencentes a esta vida?” I Cor 6;1 a 3

Os que nasceram de novo em Cristo e tiveram suas consciências vivificadas no Espírito, qualquer coisa que julguem, sobretudo, as próprias, não serão eles só; “O Senhor estará convosco quando julgardes.”

É função da consciência; dar ciência ao seu hospedeiro acerca da Vontade de quem o criou; Deus. “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para a direita, nem para esquerda.” Is 30;21

Quando pensamos no ensino, que a fé sem as obras é morta, normalmente cogitamos sobre o que devemos fazer; porém, somos informados também, sobre o que não fazer, para andarmos segundo Deus; carecemos de fé e obediência, para sermos aprovados nisso.

O código pelo qual seremos julgados está ao alcance comum; A Palavra de Deus. Quem obedece-a, não entrará em juízo; Cristo sofreu sua pena. Juízos pontuais, da pregação, atuam para que evitemos o juízo final. “Quando julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo.” I Cor 11;32

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