sexta-feira, 19 de abril de 2024

As testemunhas


“Porque não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo. Porque nem mesmo seus irmãos criam nele.” Jo 7;4 e 5

Pretendiam que O Senhor atuasse com nuances meramente humanas; buscando coisas que o homem natural, buscaria. No caso, fama, publicidade. “... manifesta-te ao mundo.”

O fato de que nem os seus irmãos naturais criam Nele, evidencia que, sequer, eles O conheciam. Porém, achavam que O Salvador deveria se expor, em busca do conhecimento de outros.

Quantos, que, quando Cristo lhes é apresentado, de certa forma agem assim? Pensam em vidas bem ruins de pessoas que conhecem, e acham que aquelas sim, precisariam ouvir a mensagem que elas ouvem. Como fulano/a precisaria ouvir isso! Sem de dar conta, que, também estão espiritualmente mortas, e carecem urgente do Príncipe da vida. Que Cristo manifeste-se aos outros, eu estou bem; devaneiam, enquanto fogem.

Claro que O Salvador anelava ser conhecido! Não da forma que um homem sequioso por aplausos, desejaria. Mais que vitrines, entendimento, comunhão, intimidade. Mais que fama; arrependimento, contrição, mudança de vida nos que O conhecessem. Como aconteceu com Zaqueu, por exemplo.

Se, até nas filosofias de botecos se diz que, ser, vale mais que ter; que qualidade, supera quantidade. A cada um que se achegava a Ele, bem poderia dizer como disse à samaritana junto à fonte; “Se tu conhecesses o dom de Deus, e quem É O que te diz: Dá-me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria Água Viva...” Jo 4;10

Nesse caso, o “sabes com quem estás falando?” não seria nenhuma imposição de autoridade, exibicionismo; antes, um desejo sincero de ser conhecido, para entregar a salvação.

A forma que Ele desejava se revelar, era da realidade do Seu Ser, e as amorosas motivações do Seu agir. Nada de buscar ouro de tolos, renome terreno, aplausos.

Aquela intimidade que permite à ovelha identificar seu pastor, e não o confundir com outro; “... tira para fora suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos.” Jo 10;4 e 5

Para que outros ensinos nos soem estranhos, é necessário que, os do nosso Pastor, nos sejam conhecidos e vividos. Quem está habituado a isso, presto identifica eventuais heresias, pela diferença quanto à “voz” do pastor.

Daqueles que andaram Consigo em todo o tempo, O Senhor desejou que O conhecessem de modo mais profundo; a real identidade Dele, e Daquele que em Espírito estava Consigo. “... Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem vê a Mim vê O Pai; como dizes tu: Mostra-nos O Pai?” Jo 14;9

Assim, chegamos ao ponto principal; mais que ser conhecido, O Salvador queria fazer ao Pai, conhecido, pelas Obras que Ele fazia. Na Sua Oração Sacerdotal, deixou patente isso e a importância que tinha: “A vida eterna é esta: que Te conheçam, a Ti só, por Único Deus Verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17;3 Colocou o conhecimento do Pai, antes do Seu.

Logo, mais do que ser conhecido, O Senhor desejava que O Pai, fosse reconhecido como atuante Nele, o que, Nicodemos, apesar de suas limitações de entendimento, nisso viu bem, pois, disse: “... Rabi, bem sabemos que És Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele.” Jo 3;2

Nossa parte, dos ministros Cristãos, deveria ser semelhante. Invés de buscarmos renome terreno, pleitearmos para que O Senhor seja conhecido, como atuante em nós. Quando da reiteração da chamada disse: “Recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém quanto, em toda a Judéia, Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1;8

Ser testemunha de Jesus Cristo é diferente de ser uma testemunha num tribunal qualquer. Nesse caso, basta saber de algo, ter visto algum incidente. No caso do Senhor, carecemos ter conhecido a Ele, e deixar isso patente em nosso modo de viver. “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Nossos lábios nem precisam dizer o que as atitudes mostram; caso elas não manifestem, apenas falar do que ignoramos nos faria falsas testemunhas. O Salvador deseja ser conhecido, não, difamado.

Nosso viver Nele, deve ser diferente do modo vulgar; e quando interrogados sobre a razão, devemos estar “... preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós...” I Ped 3;15

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Os donos da verdade


“Portanto, tudo que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a lei e os profetas.” Mat 7;12

Isso, reduzido a uma palavra seria, isonomia. De modo mais amplo, todos devem ser iguais perante a lei. Qual pessoa, psicologicamente sadia, diria que esse princípio não é bom?

Embora haja diversidade étnica, cultural, funcional, etária, religiosa, artística, política, filosófica, em termos de dignidade, acesso aos direitos fundamentais, todos somos rigorosamente iguais; é necessário, a bem da justiça, que essa igualdade seja defendida, preservada.

O que é a censura, senão, negação a alguém do direito de dizer o que pensa? Ah, mas é preciso preservar às instituições, como dizem seus defensores. Que bosta de instituição seria essa, que a simples fala de um crítico destruiria? Algo pueril, frágil assim, não poderia ser chamado de instituição.

Ou, seria o argumento citado, uma falácia, para emprestar um viés aceitável ao nefasto e intolerável exercício da tirania; que, pela sua essência prefere calar a diversidade de opiniões, que lidar com as consequências dela?

O que outrem pode dizer contra mim deve me oferecer em contrapartida, o direito de dizer que penso sobre ele. Se alguém exagerar, de lá para cá, ou daqui para lá, as leis existentes preveem meios de se pleitear reparos, sem nenhuma necessidade de que alguém seja amordaçado.

A democracia pela sua própria essência é tão livre, que, onde supostamente vige, não precisa nem pode ser tutelada por ninguém em particular. Dado que, é a plena liberdade, ao alcance de todos, que a legitima; quando determinado grupo se sentir “defensor” dela, já a estará desfigurando, por pretender conter num reduto, algo, cuja veraz existência, requer todos os espaços.

Claro que, nos regimes de exceção, onde as liberdades são tolhidas, as vítimas desses regimes podem e devem lutar, não pela defesa, mas pela conquista de algo, ainda inexistente no existenciário deles. Os que pretendem controlar o que pode ser dito, invés de defensores de direitos, são castradores dos mesmos.

O diabo é tão feio que, filosoficamente nega a própria existência; atuando, nunca diz ser ou estar, no interesse canhoto; sempre se veste de algum eufemismo de carona nalguma virtude; pelo menos, certa autocrítica o feioso tem. Assim os ditadores, sempre estão “em defesa dos direitos, do povo, das liberdades”, que, seriam reais, apenas, se não fossem tão “defendidas” assim.

Todos sabem o nome oficial da China, a maior ditadura da terra; apenas o partido comunista; nada de eleições; o povo controlado, qual gado. Todavia, se chama “República Popular da China.” Se fosse uma república o público poderia pleitear contra erros, desmandos do governo, não pode. Logo, também não é popular. O povo é propriedade do PCC que manda e desmanda. Lula os admira e disse que sonha com algo assim, por aqui.

Se alguém publicar algo não verdadeiro, “desinformação ou fake News” como dizem os nefastos censores de nossa terra, basta contrapor às mentiras publicadas, o “antídoto” da verdade, para que, eventuais mentirosos fiquem expostos. Que melhor vitória teria um homem livre, que, envergonhar publicamente aos mentirosos?

Algo desprovido de fundamento, deve ser combatido a partir de premissas bem fundamentadas; senão, providências mentirosas sairiam à luz, para “combater à mentira”?

Heráclito dizia mais ou menos o que segue: “Quando dois sistemas filosóficos disputarem, a nenhum assiste o direito de dizer: Minhas razões são verdadeiras, porque as pretensões do oponente são falsas; pois, a outra parte poderia dizer o mesmo, o que arrastaria a disputa ao infinito. O falso deve ser demonstrado como tal, em si mesmo, não por ser oposto ao presumido verdadeiro.”

Assim, quando algo publicado for comprovável como falso, melhor ao seu adversário demonstrar isso, avaliando ao conteúdo, que, impedir que esse assome, tornando seu autor, vítima, por castrar seu direito inalienável.

Se eu precisar calar as supostas coisas “más” que verteriam pelos lábios dos outros, provavelmente é porque não consigo tolher aos maus atos, que saem à luz pelas minhas próprias mãos. Quem tem por hábito a higiene da própria alma, ocupa-se mais disso, que de “lavar” a outrem; assim, a pretensão de censurar, é a inclinação de podar arestas alheias, sem se incomodar com os espinhos que nascem em si próprio.

“Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir.” - George Orwell e, acrescento, sofrermos dos alheios lábios, coisas que não gostaríamos de ouvir, tendo isso como tributo, em defesa de valores que esposamos.

“A censura é a inimiga feroz da verdade. É o horror à inteligência, à pesquisa, ao debate, ao diálogo. Decreta a revogação do dogma da falibilidade humana e proclama os proprietários da verdade.” Ulisses Guimarães

O invisível em evidência


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3;10

“Para que agora...”
essa afirmação sugere que, noutro tempo foi diferente; agora...

Deus sempre desejou ser conhecido através do Seu povo. Quando ensinou seus preceitos, anexo aos cuidados com os escolhidos trazia esse alvo. “Guardai-os e cumpri-os, porque isso será vossa sabedoria e entendimento perante os olhos dos povos; que, ouvirão todos estes estatutos, e dirão: Este grande povo é nação sábia e entendida. Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o Senhor nosso Deus... ?” Deut 4;6 e 7

Não apenas entendidos, mas íntimos do Senhor. A escolha do povo hebreu, dava-lhes o privilégio de serem povo exclusivo do Senhor, e a responsabilidade de serem uma embaixada dos Céus na terra.

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes Minha Voz e guardardes Minha Aliança, então sereis Minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é Minha. Vós Me sereis um reino sacerdotal e povo santo...” Ex 19;5 e 6

O propósito do Eterno esteve longe de ser alcançado, pelos descaminhos em que se extraviaram os escolhidos. Mediante Isaías, O Criador alegorizou Sua decepção: “Que mais se podia fazer à Minha vinha, que Eu lhe não tenha feito? Por que, esperando que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? ... Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

O Divino propósito de ser conhecido mediante Seu povo fracassou, por causa da subserviência humana aos maus desejos, coisa que aconteceria, inexoravelmente, com qualquer etnia. A submissão aos desejos da carne, em rebeldia contra os mandamentos Divinos é um mal que se espraia entre todos; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Aludindo e contrapondo-se àquela videira que degenerou e deu maus frutos, O Salvador disse: “Eu Sou a videira verdadeira, Meu Pai É O Lavrador. Toda a vara em Mim, que não dá fruto, tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais.” Jo 15;1 e 2

A impossibilidade humana de frutificar como Deus deseja, foi evidenciada também pelo Salvador; “Estai em Mim, e Eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu Sou a videira, vós as varas; quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto; porque sem Mim nada podeis fazer.” Vs 4 e 5

Embora desejando ser conhecido, não tendo sido devidamente representado pelo Seu povo na Antiga Aliança, agora, em Cristo, isso mudou; “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem vê a Mim vê O Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” Jo 14;9 “... falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua Glória, Expressa Imagem da Sua Pessoa...” Heb 1;1 a 3

Em Jesus Cristo, a Expressa Imagem do Eterno foi vista e ainda pode ser. Naquela ocasião, o privilégio e a responsabilidade foram dos Hebreus; hoje, cabe aos cristãos; “Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.”

A conversão não é um convite a desfrutarmos de vantagens em Deus; antes, o privilégio de sermos salvos da perdição, das inclinações perversas do mundo, e a reponsabilidade de representarmos ao Santo, com nossas atitudes, não com palavras; “Como é Santo Aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda vossa maneira de viver;” I Ped 1;15

Mera profissão sem obras correspondentes é fé morta, que Tiago denunciou; “... a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens a fé, eu tenho as obras; mostra-me tua fé sem tuas obras, e te mostrarei a minha, pelas minhas obras.” Tg 2;17 e 18

Fomos ensinados a fazer nossas petições em Nome de Jesus; mais que um poder que avaliza nossos pleitos, isso é um compromisso que os limita. Como pediríamos em Nome Dele, coisas que Ele desaprova? “... se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Somos responsáveis por representar O Santo diante desse mundo. Façamos, pois, de modo honroso. “... aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30

quarta-feira, 17 de abril de 2024

A queda do Faraó


Uma mentira mil vezes repetida torna-se uma mentira enfadonha, insuportável. Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, defendia que se tornaria verdade. Como a frase dele era mentirosa, quando formulada, ainda segue sendo mentira, uns oitenta anos após. Será que não foi suficientemente repetida?

Os fabricantes de narrativas precisariam aprender, (embora não o farão) que a verdade é uma barreira que não pode ser removida aos gritos. As muralhas de Jericó caíram quando o povo gritou, não por causa dos decibéis; mas, porque Deus as queria derrubar. No mais, como disse o apóstolo Paulo, “Nada podemos contra a verdade; senão, pela verdade.” II Cor 13;8

O Brasil passou décadas, refém do “Teatro das Tesouras”, onde, atores canastrões interpretavam pelejas renhidas, enquanto dividiam o país entre si; até a surpreendente vitória de Jair Bolsonaro em 2018.

Os teatrólogos, quando viram que a vitória dele era irreversível, afiaram a faca e alugaram Adélio; afinal, era urgente que “defendessem à democracia.”

Como a “defesa direta” falhou, afiaram os dois gumes das línguas, e passaram quatro anos, colando rótulos depreciativos e mentirosos, num homem honesto, que, convalesceu do atentado, enfrentou uma pandemia, teve oposição da imprensa, STF e Congresso, além dos partidos de oposição; ainda assim, gerou empregos, mais de 400 mil com carteira assinada, enxugou a máquina estatal, coibiu gastos desnecessários e entregou o país com um superávit acima de 50 bilhões.

Esses números associados a ausência de arroubos autoritários que seus desafetos garantiam que ele tomaria, recrudesceram o apoio dos que já lhe eram leais, e conquistaram a muitos que vacilaram, desencorajados pelas falácias dos opositores.

Assim, sua reeleição seria inevitável, se, os votos não fossem “contados” numa “sala baixa” onde só, anões Morais poderiam entrar.

Oficializado o “resultado” do pleito, com tanta credibilidade, quantos cabelos ostenta o Supremo Xandão, o ladrão que não poderia concorrer por duas razões; estava condenado e não tinha ficha limpa, voltou “à cena do crime” como advertira seu vice, Geraldo Alckmin.

Desde então, nosso país descobriu a “democracia relativa”, que, traduzida em miúdos significa, sem povo. O “fascista” Bolsonaro continua atraindo multidões por onde passa; o “Pai dos pobres” só se atreve entre plateias amestradas, ou, miseráveis alugados a pão e mortadela.

Todas as medidas ditatoriais que tolheram jornalistas, influenciadores, e parlamentares de direita, sempre eram tomadas “em defesa da democracia”. Ao atropelo das leis, sem devido processo, e sempre no STF, mesmo, contra quem não tem foro privilegiado.

A ameaça "totalitária" de Bolsonaro e seguidores precisava ser contida a todo custo. Dada a “nobreza” das razões, esses deslizes eram um mal menor, em defesa da nossa nação.

A mínima discordância com a quadrilha empoderada, invés de tida como uma crítica, sempre foi tratada como um “ataque às instituições”, uma “conspiração de extrema direita”, um câncer a ser extirpado na origem.

Bolsonaro esteve no poder por quatro anos. A quantos prendeu? Desmonetizou? Censurou? Impediu de trabalhar? Forçou a tomar vacinas? Nenhum. Onde então a ameaça? Nas torneiras da corrupção fechadas; no projeto lulo/comuno/totalitarista ameaçado; na crise de abstinência dos corruptos, dos três poderes, e da imprensa.

O Faraó do STF estava pintando e bordando sem restrições, até que, por desafeito a conhecer limites, pisou no calo de Elon Musk, o bilionário sul africano.

Na sua sede perseguidora aos que “ameaçavam à democracia” impunha às plataformas digitais, censura, banimento, exclusão de personalidades de viés direitista, requerendo ainda, que essas ações fossem qualificadas como política interna das plataformas, não demandas do ministro.

Mais de uma vez escrevi que, no devido tempo todos entenderiam o que significa, “Deus acima de todos”, parte do lema do Bolsonaro.

Como nenhum brasileiro podia nem sequer criticar ao Xandssés, o Faraó, sem ser preso ou ameaçado de prisão, Deus usou ao milionário Elon, para jogar “defesa da democracia” no ventilador, de modo que, o mundo inteiro pudesse ver, como agora, pode.

Imprensa internacional, Congresso Americano, Parlamento Europeu, Tribunal de Haia, começam a ser inteirados do que eles fizeram; e, os que acreditavam que falácias destiladas no modo cantilena, se tornariam verdades, começam a descobrir que, não.

Além de cheirar mal, a coisa produz uma reação em cadeia, onde parte dos ratos de “la prensa” já abandonam o navio; pois, as temidas “pragas” da justiça e da verdade sonegadas, pouco a pouco são enviadas, evidenciando que, os pés do Faraó e asseclas eram de barro.

Em poucos dias não ficará pedra sobre pedra, no reino de “Alexandria”; inocentes serão libertos, e teremos nova “reação em cadeia”; os que lá já estão e aplaudem a gatunocracia vigente, reagirão estupefatos, vendo tantos “grandes” finalmente adequados ao nicho que lhes convêm. Até a morte de Celso Daniel voltará à cena, e os matadores serão julgados.

Os conselhos


“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Conselheiros são uma coisa boa. Uma dádiva ter alguém que enxergue mais longe, para nos ajudar a encontrar o caminho. Os reis na antiguidade tinham os seus para as decisões importantes. Muitos inda têm.

Assuero, Rei da Pérsia, tinha sete conselheiros, príncipes que o ajudavam nas horas difíceis. “Os mais chegados a ele eram: Carsena, Setar, Admata, Társis, Meres, Marsena, e Memucã, os sete príncipes dos persas e dos medos, que viam a face do rei, e se assentavam como principais no reino.” Et 1;14

Tanto era comum tal assessoria, que, Salomão escreveu: “Com conselhos prudentes tu farás a guerra; há vitória na multidão dos conselheiros.” Prov 24;6

Ter que usar nossas armas contra conselhos, pode parecer meio contraditório. Todavia, o traidor mor costuma tentar a cada um naquilo que sabe ser sua inclinação; conforme a direção dos ventos, direciona suas velas.

Ao homem descuidado que pode derrubar com um seixo, por que usaria munição melhor? Porém, ao que se debruça sobre A Palavra de Deus, para nela meditar e aprender, contra esse, tentações grosseiras, não teriam eficácia. Então, o “Pai da mentira” posa de conselheiro espiritual; alguém que “sabe o caminho das pedras”, para ver se nos seduz.

Paulo se encarrega de qualificar a quais conselhos devemos resistir, melhor; destruir. “... destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...”

Noutra parte foi mais específico: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3

Falas adocicadas por presumidas boas intenções, embaladas com requintes de cultura, envernizadas por uma retórica sofisticada, podem obrar em direção à sonolência dos que a ouvem, ou leem; a riqueza da forma rebuscada, pode virar um truque para cobrir com artifícios, ao conteúdo raso, herético, que atua contra o conhecimento do Eterno.

Paulo era um homem culto; porém, deixou claro que essas coisas tinham utilidade periférica; que o objetivo de sua mensagem era anunciar O Salvador; “Porque Cristo enviou-me, não para batizar, mas para evangelizar; não em sabedoria de palavras, para que a cruz de Cristo se não faça vã.” I Cor 1;17

Noutra parte foi mais enfático no valor das coisas meramente culturais, em face às espirituais; “Na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo.” Fp 3;8

Todas as coisas, cultura, renome, relevância social... tudo aquilo, embora tivesse seu valor e utilidade, empalidecia, perdia o sentido se, cotejado com a Excelência de Cristo. Assim ainda é.

Portanto, quando um conselho nos buscar, por bem vestido que esteja, analisemos antes, a que rumo nos encaminha. Mesmo certos sinais, Deus permitia ser operados por falsos profetas, cuja consequência seria afastar o povo, Dele.

Por essa consequência, aqueles, os portentosos sinais deveriam ser rejeitados. “Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti, te der um sinal ou prodígio, e suceder o tal coisa, de que te houver falado, dizendo: Vamos após outros deuses, que não conheceste, e sirvamo-los; não ouvirás as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porquanto o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se amais o Senhor vosso Deus com todo vosso coração, e com toda vossa alma.” Deut 13;1 a 3

Portanto, mais que conselhos enganosos podem nos testar, também, milagres oriundos de servos do maligno por atuarem para nos desviar da verdade. 

Por isso, impossível exagerar a importância do Espírito Santo em nós, abrindo nossos olhos. “O que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15

As sutilezas do canhoto podem burlar nossas defesas naturais; mas, quem habituou-se a escutar o parecer do Espírito na consciência, não será ludibriado. “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Is 30;21

Por isso a exortação para não confiarmos no potencial humano, sob pena de maldição; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Reconhecida essa dependência, seremos socorridos sempre que necessário; “Em Deus faremos proezas, pois Ele calcará aos pés os nossos inimigos.” Sal 108;13

Palavras que matam


“Foi por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes, que derramaram o sangue dos justos no meio dela.” Lm 4;13

Jeremias lamentando entre as ruínas de uma cidade arrasada, e investigando as causas; evocando memórias do que se dera naqueles dias tão nefastos.

Fora rejeitado em todos os níveis sociais; quando achou pouco difundir sua mensagem entre os mais pobres, e decidiu ir aos grandes, encontrou a mesma rejeição; “... Deveras estes são pobres; são loucos; não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem... mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5

A resposta à Palavra de Deus não depende da condição social, mas da inclinação espiritual. Essa balela que Deus prefere aos pobres é derivada de misturas de comunismo com cristianismo. Cristo mandou sermos misericordiosos, socorrermos aos pobres, mas, não fez da pobreza uma virtude, uma entrada franca ao Reino de Deus. Sem arrependimento e cruz, ninguém; seja rico, seja pobre.

Deus busca aos fiéis; “Meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6 

Prefere a justiça, independentemente das posses de cada um; “Não seguirás a multidão para fazeres o mal; numa demanda não falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda.” Ex 23;2 e 3

A justiça, não, a condição social; nem mesmo o desejo da maioria, deve ser a régua para aprovação ou reprovação de alguém.

Jeremias não sofrera uma rejeição pontual, num momento de crise, ou, motivado por alguma fala mais dura. Foi ignorado por muito tempo. “Desde o ano treze de Josias, filho de Amom, rei de Judá, até o dia de hoje, período de vinte e três anos, tem vindo a mim A Palavra do Senhor e vos tenho anunciado, madrugando e falando; mas, não escutastes.” Cap 25;3

Quem rejeita à Palavra de Deus não fica numa simples neutralidade, como se, não precisando ouvir nada. Em geral, a substitui, com suas implicações transformadoras, suas demandas confrontadoras, por outra, "similar", que também se presuma de Deus, porém, com sabor mais “agradável.”

Essa doença do homem insensato que prefere trair a si mesmo a ser curado, faz a fortuna dos farsantes; pois, usam seus “talentos” para saciar a mútua fome de enganos; como disse o filósofo dinamarquês, Soren Kirkegaard: “Para dominar as multidões, basta conhecer as paixões humanas, certo talento e boa dose de mentiras.”

Dominar a outrem, pode parecer desejável ao orgulho humano, todavia, como nenhum de nós está apto, no final, na colheita dos frutos desse domínio, a coisa redundará em desgraça, como vaticinara Salomão; “... há tempo em que um homem tem domínio sobre outro homem, para desgraça sua.” Ecl 8;9

Pois, durante o tempo em que Jeremias fora rejeitado, falsos profetas e sacerdotes dominaram ao povo, com suas bajulações, e mentiras; “A quem falarei e testemunharei, para que ouça? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, não podem ouvir; A Palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa e não gostam dela.” Cap 6;10

Dado que só tinham paladar para mentiras, enganos, eram esses os “profetas” que escolhiam; “Curam superficialmente a ferida da filha do Meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz.” V 14

Desgraçadamente, passados mais de 2500 anos daquele tempo, a sina de não gostar da Palavra de Deus, preferir os bajuladores a serviço do engano, ainda grassa, cada vez mais pujante. Entre um que ensina retamente a Palavra, e outro que cobre aos rebanhos incautos de promessas que “O Senhor lhe mostra”, adivinhe quem é o preferido?

Óbvio que é mais agradável escutar promessas, que, correções. Entretanto, a sensação imediata não é aferidora de nada no prisma espiritual. O que define o valor das coisas é aonde elas nos conduzem; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

Pois, aqueles caminhos “agradáveis” apontados pelos mentirosos estavam frutificando; Jeremias bem sabia de quem era o mérito pelo plantio. “Foi por causa dos pecados dos profetas, das maldades dos seus sacerdotes...”

O vero mensageiro teme ao Senhor; sabe que está lidando com vidas, não com aceitação eventual. Suas palavras podem derramar sangue; não se atreve a falar de si mesmo, senão, de Deus.

O perigo de não gostarmos da Palavra de Deus, é ouvirmos a oposição, isso como juízo já; “... porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira;” II Tess 2;10 e 11

terça-feira, 16 de abril de 2024

Não apaguem a luz


“O hipócrita com a boca destrói seu próximo, mas os justos se libertam pelo conhecimento.” Prov 11;9

Várias coisas podem ser contrapostas diferenciando o hipócrita dos justos; mas, a primeira que chama atenção, é o alvo que cada um, mira. Enquanto os justos buscam conhecimento para se verem livres da ignorância, o hipócrita ataca ao próximo, visando destruí-lo.

O primeiro passo para a cura da enfermidade é o diagnóstico; através do qual, pelos sintomas do enfermo o especialista entende o problema.

Se, eu estiver com lapsos de conhecimento ético, moral, espiritual, e invés de tentar supri-los pelos devidos meios, resolver ignorar isso e achar que os problemas da vida residem todos nos semelhantes, cometerei dois erros; não verei minhas faltas, e darei às alheias, uma incidência que elas não possuem.

Quem, invés de uma autoanálise honesta, em busca de suas fraquezas, prefere “analisar” ao semelhante, partindo para ofensas destrutivas, deixa evidentes seus “reflexos condicionados” a fugir de si mesmo, e colar em outros, certos rótulos; deveria administrar na própria alma, os lenitivos que necessita. Primeiro, o cisco do meu olho; depois, quiçá, o do semelhante.

A Bíblia denuncia essa falta de noção; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12 Um porco na lama, pelo conforto, talvez se sinta limpo.

Dessa estirpe, a tentativa de censura, tão acarinhada pela esquerda mundial. Implementada essa, eles poderiam dizer o que quisessem, onde, quando e sobre quem desejassem. Aos oponentes, mordaça, restrição às críticas; tudo, claro, para “prevenir desinformações, preservar à democracia”.

“Liberdade de expressão não é liberdade de agressão!” vociferava o ex todo poderoso, Xandão. 

Três problemas com essa afirmação:

a) seria aceitável se, ambos os lados recebessem o mesmo tratamento, a despeito das suas identificações políticas; sendo pretexto para perseguir uma parte, não passa de canalhice hipócrita;

b) agressão, no campo verbal carece contextualização; não pode ser medida com uma régua genérica como seria a censura. Por exemplo: Chamar a um canalha pelo que é, ou um ladrão de ladrão, não comporta nenhuma agressão. É apenas a verdade nua, cuja obscenidade, reside no sujeito, não na exposição dos predicados;

c) a lei existente já prevê punição por calúnias, injúrias, difamações, de modo que, quem se sentir ofendido nesses quesitos pode acionar a justiça, demandando reparos, sem necessidade de nenhuma lei, mais.

O que o outro pode dizer a meu respeito tem duas possibilidades. Será verdade, ou mentira. No primeiro caso, seja o que for, não deve me ofender. Aceitaria passivamente eu, ser punido por falar a verdade? Não! Igualmente não desejo pena nenhuma contra o que assim faz.

No caso de ser mentira, depende da gravidade. Posso acionar a lei, em casos mais sérios, ou ignorar ao mentiroso, descansando na minha paz de consciência, sem sofrer pela doença alheia.

Quem teme o que o outro poderia falar, ao ponto de se arriscar para amordaçá-lo, no fundo, admite que vive de modo réprobo, desonesto, corrupto, e não suportaria que a verdade viesse à tona. O que a censura busca, diferente de tolher à desinformação ou proteger à democracia, é calar à verdade.

Como, num campo de nudismo, quem não estiver “trajado a rigor” não poderá entrar por violar às regras daquele, assim, onde vige a corrupção, fisiologia, hipocrisia, o roubo. A verdade soa como uma séria ameaça que precisa ser mantida longe. Fora, roupista, trajista, pudicista! Diria o zeloso porteiro dos pelados.

Acaso não foi precisamente por esse motivo que os religiosos dos dias de Cristo concluíram que Ele deveria morrer? “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Se, eles tiverem o poder para “apagar a luz,” o que os hipócritas farão?

Certamente muitos desses, quando ainda não eram reféns de interesses mesquinhos, citaram Voltaire: “Não concordo com uma palavra do que dizes; mas, defenderei até à morte teu direito de dizeres o que pensas.”

Agora, como disse o poeta, que estão em suas casas “abençoados por Deus contando seus metais”, os idealismos pretéritos se perderam, no lixão da incoerência, na subserviência aos interesses rasos. Como disse Joelmir Betting, “Na prática, a teoria é outra.”

"Um homem de valor,
- dizia Marco Aurélio – mede seus direitos com a régua dos seus deveres." Assim, abaixo à censura! Que cada um fale como quiser, e seja responsável pelo que falar.

Que os hipócritas atuem sobre si mesmos, em busca da cura, antes de tentarem ingerir sobre os justos.