terça-feira, 16 de abril de 2024

Prova de fogo


“Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

Paulo falava aos cristãos romanos. Evocou como argumento retórico o passado deles, antes da conversão, para que olhassem um pouco. Naquele tempo, ponderou, vocês estavam livres da justiça; isto é: Não precisavam ser justos, não tinham um Senhor Santo a obedecer, nem uma vida regenerada a preservar; podíeis fazer o que quisésseis porque estáveis mortos.

“Que fruto tínheis então, das coisas que agora vos envergonhais?” A questão já trazia embutida a resposta, por constatar que aquele passado envergonhava. Então, concluiu: “Porque o fim delas, (das ações injustas) é a morte."

Assim, embora a ilusão fizesse parecer que, olhar para trás saudoso, fosse ansiar prazeres, a rigor, seria buscar a perdição.

Quando tentados a voltar atrás, o que acontece com todos, tendemos a ver apenas as “vantagens” de um viver irresponsável, sem limites; decidindo as coisas ao alvitre da própria vontade. Como em toda empresa é prudente considerar custos e benefícios. Supostos “benefícios” seria um caminho largo para se espraiar no mesmo dando vazão aos desejos pecaminosos; o custo, apartar-se de Jesus Cristo.

Automaticamente, fazendo isso descemos da bênção para a maldição; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor! “Bendito o homem que confia no Senhor, cuja confiança é o Senhor.” Jr 17;5 e 7

Retroceder soa atraente aos olhos carnais; dado o concurso da natureza ainda latente, desejando de novo seu espaço que perdeu desde a cruz.

Todavia, um “cristianismo” que se ancora nas coisas tácteis, invés de se firmar na Divina Palavra e suas promessas, perde as duas vidas; a natural, por não se entregar inteiro a ela; e a eterna, por não ter perseverado em fidelidade a Cristo. “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19

Paulo ilustra os necessários testes que virão, chamando-os de provas de fogo. “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará qual é a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

Quando fazemos essas excursões à “terra do nunca conheci a Deus”; olhamos o passado com anseios impuros, como muitos durante o Êxodo olhavam o Egito, eventualmente, O Santo permite que possamos sentir a diferença entre uma firme obediência em consórcio com a esperança e paz, que tínhamos em comunhão com O Salvador, e “estar livre da justiça” numa existência enganosa, cujos frutos produzem apenas vergonha, e nenhuma esperança.

Nessas “provas de fogo”, as ilusões plantadas em nós pelo inimigo em consórcio com a carne são queimadas; O Eterno passa conosco nelas, por causa do Seu infinito amor; “Quando passares pelas águas estarei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem chama arderá em ti.” Is 43;2

Assim como, a natureza ainda latente atrapalha nossa vida espiritual, desejando coisas contrárias ao porte de um servo de Deus, o espírito regenerado, ainda pulsa no que fraqueja, e também “atrapalha” quando esse peca; o concurso do açoite na consciência anula eventuais prazeres enganosos que a carne possa fruir em seus descaminhos. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

O prazer do pecado se converte em vergonha; esse “fogo” uma vez arrefecido, deixa o sujo carvão das consequências; marcas indeléveis nas almas que se entregaram por um pouco a ele.

Antes de pecarmos, o “espelho” do espírito nos mostra a realidade que está nos atraindo, para que a evitemos; depois, caso insistamos, mostra a sujeira da nossa alma, após colher o fruto da desobediência. Como disse alguém; “Se a consciência não for um freio, ela será um chicote.”

O fato de O Santo “passar conosco pelo fogo”, não significa que compactue quando pecamos; mas, que Seu Espírito sofre em nós, e atua para nos persuadir ao arrependimento.

Ovelha não pode usar dieta de lobo; um convertido, ainda peca; não mais, sem culpa. Se, cada um tivesse plena percepção das perdas e ganhos envolvidas no pecado, decidira sem errar e sem perder tempo. Desejos carnais nos afastam de Deus, pela impureza que acoroçoam no coração; “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;8

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Obras abandonadas


“... Aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;” Fp 1;6

Entendermos que somos projetos inconclusos é vital para que nosso crescimento espiritual seja possível. Senão, podemos nos tornar rústicos, inacessíveis, impermeáveis ao conhecimento, refratários a correção.

O primeiro passo nessa direção é o acendimento da luz espiritual, a revelação Divina sobre Suas Santas demandas.

A luz suplementa-nos quanto ao que falta no entendimento. Nos faz ver como as coisas estão na dimensão espiritual. Todavia, a decisão sobre andarmos na luz, agirmos conforme a Divina Justiça que nos foi mostrada, é opção particular de cada um. Saberemos o certo, se, buscarmos aprender de Deus; mas o aperfeiçoamento só se dará se nos deixarmos moldar.

O problema de nos pormos avessos aos ensinos do Mestre, indispostos à obediência, é que, anulamos pela rebeldia a eficácia do que O Salvador fez por nós. Seu sacrifício foi para nos salvar, também foi para regenerar, não mais segundo nossa rasa escala de valores. “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça. Que fruto tínheis então das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte.” Rom 6;20 e 21

A luz permite ver. A vontade deve se submeter a Cristo, “tomar Seu jugo”, se queremos andar Nele e com Ele. Senão, por religiosos que pareçamos, seremos uma fraude; uma obra incompleta que recusa ser aperfeiçoada, embora carecendo grandemente. “Mas, se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

O primeiro “inconveniente” da luz, é que desconforta aos que ilumina. Invés de dourar à pílula da verdade, apontar ao “grande potencial humano” ou trazer incondicionais promessas “de Deus”, como fazem tantos falsos profetas, a luz confronta ao pecador deixando patentes seus descaminhos.

Os que procuram ser agradáveis, aceitos, mais do que ser verdadeiros, falseiam, no anelo por aplausos, quando, deveriam ser apenas instrumentos para iluminar. Aquele que lida mal com luz quanto às próprias imperfeições, não tem autoridade moral para ser um instrumento na correção das alheias. “Estando prontos para vingar toda desobediência, quando for cumprida vossa obediência.” II Cor 10;6

A rejeição a Cristo, e consequente perseguição, fora a resposta do establishment religioso, pelo mal estar que a Luz causava. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para luz, a fim de que, suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

O crescimento proposto aos salvos não é coisa de pequena monta; os dons ministeriais foram dados, “Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Foi Ele que em nós começou a “boa obra”; não se dá por satisfeito com nada menos que nossa santificação. “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá O Senhor;” Heb 12;14 “Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;” Mat 5;8

Embora nossa edificação mediante O Espírito Santo, seja Ele, Cristo, em nós, somos responsáveis pela parte que nos toca; obedecer, andar na luz. Caso a edificação fracasse, sempre será nossa a culpa.

Cristo advertiu Seus pretensos seguidores a calcularem os custos, antes de se meter na “construção”; “Pois, qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;28 a 30

Os que largam a obra inconclusa, além de se fazerem piores que, os que nem a começaram, ainda reincidem sua maldade sobre O Salvador; “Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se fizeram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus...” Heb 6;4 a 6

Quando a obra para, em nós, é porque paramos de querer, de obedecer. Deus ainda quer, embora respeite ao não querer humano.

Sem censura


“Morte e vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21

Muito ouvi esse texto sendo mal interpretado, de modo a sugerir o tal “poder da palavra” que, segundo seus proponentes significa que, o que falamos, necessariamente acontece. Assim, só deveríamos falar coisas “positivas”.

Não é essa a ideia. Nos dias de Salomão havia pena de morte; um testemunho a favor ou contra alguém, tanto poderia livrar, quanto, condenar. Daí o conselho para sermos prudentes com o uso da língua, sob pena de cometermos injustiças; a Justiça Divina nos fará colher o que plantarmos. “... comerá do seu fruto.”

Um desdobramento mais amplo do mandamento que veta o falso testemunho. A palavra dos homens ímpios sequer tem o “poder” de se manter fiel; tanto, que, os tratos entre eles carecem ser registrados perante testemunhas, os “contratos”; não raro, acabam na justiça pelo não cumprimento, para que a força das leis suplemente o que falta, aos seus caracteres defeituosos.

Cristo exortou que sejamos ponderados com nossas falas, porque as “leis” que escrevemos quando aprovamos ou reprovamos algo, serão usadas em nosso julgamento. “Porque por tuas palavras serás justificado, por tuas palavras serás condenado.” Mat 12;37

Tiago também aconselhou a prudência com o falar. “Com ela (a língua) bendizemos a Deus e Pai; com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto seja assim. Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e amargosa?” Tg 3;9 a 11

Antes, reduzira a ideia numa sentença: “Portanto, meus amados irmãos, todo homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” Cap 1;19

Salomão versara sobre as vantagens de calar; “Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; o que cerra os seus lábios é tido por entendido.” Prov 17;28

Todo esse compêndio de ensinos, conselhos sobre o falar consequente só é necessário, porque concorre a presunção que todos seremos livres para falarmos o que desejarmos. Se assim não fosse, bastaria um mandamento nos amordaçando, quanto ao que não podemos falar, e pronto.

Não é próprio de Deus, que preza pela nossa liberdade de escolha, que sejamos tolhidos nem mesmo “para nosso bem”, como tencionam os legisladores brasileiros que pretendem impor a censura.

Malgrado seus argumentos nobres, como “proteger à democracia”, a patifaria não deixa de ser o que é, apenas porque alguém decidiu mudar suas vestes. Ora, a democracia prevê, justamente, liberdade de escolha, locomoção e expressão. Como poderia ser protegida, se, violada em seus fundamentos? É preciso ser muito canalha para esposar algo assim.

Outros argumentos igualmente “nobres” dos nossos “democratas” seria tolher às ditas fake News, à desinformação. Ora, a notícia falsa se combate com a verdade. A desinformação, com a informação correta.

Por exemplo, outro dia o presidiário ladrão disse que Israel matou 12.300.000 crianças em seus bombardeios em Gaza. Para destruir essa grotesca mentira, basta informar com dados, que o número total de mortos de ambos os lados no conflito está em torno de 30.000 pessoas. E a população de Gaza é de dois milhões de pessoas.

Mas os combatentes das falsidades não ligam se o fulano disse algo assim. Disse ainda o pai da mentira citado, outra, aludindo ao número de 186 milhões de casas que Bolsonaro teria deixado inconclusas e seu governo estava concluindo e entregando. Ora, sendo nossa população pouco mais de 210 milhões, a uma média de três pessoas por domicílio, não excederia o total de moradias do país, entre casas e apartamentos, a 70 milhões. Alguém se importou com essa fala, combateu-a? Não. Por quê? Porque, o que incomoda esses pilantras não são as mentiras, antes, a verdade.

A censura faria com o cidadão comum, que se expressa mediante as redes sociais, o que os “pixulecos”, o dinheiro da corrupção, faz com a prostituta que foi Imprensa um dia. Cala-a.

A dominação dos “Supremos” ditadores em nossa nação, é tal, que nenhum cidadão pode falar nada no sentido crítico, sem sentir o peso do Estado opressor. Ora, as leis existentes já disciplinam contra calúnias, injúrias, difamações.

Onde essas coisas forem cometidas, não necessitamos de novas leis; basta aplicar as existentes. Porém, para se proibir a verdade, sim, são necessárias severas leis. Esse é o ponto que está vindo à luz mediante Elon Musk; isso vai colocar abaixo o império das mentiras.

A “democracia sem povo” ruirá; os “eleitores” que puseram o embuste corrupto que aí está, serão responsabilizados pelo que fizeram. Mais que pela palavra, Deus julga pelas ações. “Alexandre... causou-me muitos males; O Senhor lhe pague segundo suas obras.” II Tim 4;12

sexta-feira, 12 de abril de 2024

Cabeças enfermas


“O Senhor te porá por cabeça, não por cauda; só estarás em cima, não debaixo, se obedeceres aos mandamentos do Senhor teu Deus, que hoje te ordeno, para os guardar e cumprir.” Deut 28;13

A ideia de ser cabeça, líder, governante, soa bem, mesmo ao homem ímpio, sem nenhuma ralação com Deus. Esse texto, bem como, similares, não raro têm sido usados como chamariz aos que, invés de anelarem a salvação das suas almas, anseiam antes, a realização dos desejos naturais.

Tiago colocou essa inversão como obstáculo, para que, mesmo os que oram ao Eterno sejam atendidos. “Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para gastardes em vossos deleites.” Tg 4;3

A promessa acima, como as demais que O Eterno faz, traz anexa uma condição, que a maioria não se ocupa em observar devidamente; “... se obedeceres aos mandamentos do Senhor...” Se, a Lei de Deus se resume em dois mandamentos, como ensinou O Salvador; amor a Deus e ao próximo, onde que, o cumprimento disso deixará espaço para a cobiça de poder, desejo por sobressair ao semelhante?

Lugares altos conjugados com caracteres baixos são comuns, nos governos ímpios; “A terra pranteia e murcha; o mundo enfraquece e murcha; enfraquecem os mais altos do povo da terra.” Is 24;4

Os mais altos, governantes, “enfraquecem”, moralmente, à medida que o curso da impiedade se faz mais duradouro. Paralelo ao fluxo do rio do tempo, cada vez mais baixo o nível dos que detêm lugares altos. Como na estátua do sonho de Nabucodonosor; governos humanos “progridem” do ouro à prata; dessa ao bronze, ao ferro, finalmente, ao barro.

Ser alguém for “cabeça” numa sociedade argilosa de valores como essa, nem sempre será motivo para elogios, admiração, aplausos.

Muitos galgam postos elevados, apoiando-se em degraus fraudulentos, interesses mesquinhos.
Os lugares altos do ponto de vista Divino não são, necessariamente, sobre a terra. Dada a inversão de valores que grassa por aqui, bem pode que estejam invertidas essas coisas também, como já observara nos seus dias, Salomão: “A estultícia está posta em grandes alturas, mas os ricos estão assentados em lugar baixo. Vi os servos a cavalo, e príncipes andando sobre a terra como servos.” Ecl 10;6 e 7

Por isso, O Eterno prefere pegar as coisas ruins, dada a qualidade das “boas” que se assanham em busca de poder. “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir às fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;26 a 29

Assim, os “cabeças” que Deus estabelece têm seus “lugares altos” na estatura moral, espiritual, a despeito das circunstâncias nas quais se movam, no prisma funcional, do serviço. Igualmente os “caudas”, malgrado, se assentarem em tronos até, por desprovidas dos valores eternos, são muito baixos aos olhos da Onisciência Divina.

Isaías esclarece: “O ancião, o homem de respeito é a cabeça; o profeta que ensina falsidade é a cauda.” Is 9;15

O homem prudente, pois, invés de ancorar pretensões em supostas vantagens posicionais, despe-se delas, ciente que está num processo contínuo de aprendizado, aperfeiçoamento; os dons que recebeu, eventualmente, apontam ao dever, não ao poder, como fazem diuturnamente os ímpios da terra.

Há tantas caudas se supondo cabeças por aí, que careceriam em seu favor algo que Eliseu pediu certa vez, sobre um exército que se presumia alguma coisa, e não passavam de prisioneiros; “...Ó Senhor, abre a estes os olhos para que vejam. O Senhor lhes abriu os olhos, para que vissem, e estavam no meio de Samaria.” II Rs 6;20

A presente geração foi antevista desde dias idos; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

O anjo caído colocou a perder um terço dos anjos que lhe deram ouvidos quando falsificou a verdade em seu comércio; “Sua cauda levou após si a terça parte das estrelas do céu, e lançou-as sobre a terra...” Apoc 12;4

Seus serviçais, os falsos profetas, continuam levando à perdição a tantos incautos que lhes dão ouvidos.

Urge entendermos que, os cidadãos dos céus nem sempre têm relevância na terra. Aqui se empodera aos maus por interesses; para lá ascendem os arrependidos, por identificação com Cristo.

Impérios das falcatruas ruem num momento, soprando neles o vento da Justiça Divina; todavia, “... os que a muitos ensinam a justiça, resplandecerão como estrelas, sempre e eternamente.” Dn 12;3

quinta-feira, 11 de abril de 2024

O "X" da questão


“Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos:” Sal 50;21

Exortação do Senhor contra um que, tendo uma série de culpas escondidas, vivia normalmente como se, o silêncio Divino significasse aprovação.

Chega o tempo do juízo, e O Santo remove os tapetes que escondem grandes patifarias, tudo vem à luz. O fato de que, algo pode ser escondido dos olhos humanos, não significa que também possa sê-lo dos Divinos.
“Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

Repercute na imprensa mundial, nos Parlamentos, americano e europeu, os desmandos do “dono do Brasil” o poderoso Alexandre de Morais. Por sua ordem, apoiadores de Bolsonaro foram perseguidos, censurados, desmonetizados, e toda sorte de facilidades garantidas aos que apoiavam ao ladrão, o fantoche protegido pelo sistema.

Malgrado, os pontos chaves das instituições estejam aparelhados pela “democracia relativa” do rei dos ladrões, consequências serão inevitáveis.

Grandes veículos da finada imprensa, que converteram redações em lupanares, tudo fazem para abafar ou, distorcer os bombásticos fatos que Elon Musk vem denunciando. Pois, foram perpetrados ao arrepio da lei e da vontade da plataforma “X” antigo Twitter, de propriedade dele.

A esquerda sempre pintou e bordou, com o famigerado “teatro das tesouras”, onde os mesmos de sempre dominaram tudo; eventualmente, variando uma ou outra peça em seu tabuleiro viciado.

Nunca houve oposição, apesar de alguns discursos inflamados, que faziam parte de referido teatro, para domesticação da sonolenta plateia.

Com o fenômeno, Jair Bolsonaro, finalmente, as pessoas que tinham uma veia patriótica, um perfil conservador nos valores e liberal no mercado, se sentiram representadas.

Desde então, com Jair no poder e mesmo depois de furtado dele, o objetivo dos canhotos é destruí-lo. Os “democratas” da esquerda não têm adversários, têm inimigos. Seus discursos patéticos de que o “amor venceu”, são “defensores da democracia”, não resistem ao menor cotejo com os fatos.

Quem não pensa como eles é “nazista, fascista, miliciano, ditador, adepto dos discursos de ódio...” Oferecem essas narrativas fajutas, como capim fresco aos seus idiotas úteis, enquanto se encastelam a anos-luz da verdade.

O pior governo de todos os tempos, na destruição de valores, da economia, da liberdade, da educação, da democracia, da imagem do país no âmbito internacional, é o que estamos sofrendo há 16 meses.

Pela primeira vez, há oposição. Sua “democracia” de votos “contados” no escuro não tem povo. As multidões que vão às ruas eventualmente são daqueles que foram “derrotados.” Assim, não tendo apoio popular, nem medidas que os tornem defensáveis, por fazerem algum bem à nação, só restou aos canalhas do palácio a compra da imprensa, para que essa só divulgue o que interessa aos usurpadores, e desqualifique coisas adversas, que eventualmente surjam através da imprensa alternativa.

Qualquer pessoa com meio neurônio inda funcional pode perceber que foi imposta grotesca fraude nas eleições. Porém, só agora provas irrefutáveis começam aparecer.

Qualquer simples mortal que ousasse questionar uma mínima coisa, dentro da terra brasileira, era ameaçado, preso. Bolsonaro foi julgado e tornado “inelegível” por questionar a segurança e confiabilidade do sistema eleitoral, imaginem.

Os protestos pedindo transparência eleitoral foram levados à exaustão, sem serem atendidos; e finalmente, foram diluídos numa baderna promovida por canalhas infiltrados, dando origem à narrativa de “golpe” em 8 de janeiro, com prisão e morte de muitos inocentes.

O tempo da colheita está chegando. Deus assistiu e permitiu a tudo isso; legou certo decurso de tempo, para que as escolhas de cada um se fizessem bem claras. Políticos, jornalistas, influenciadores, cada um mostrou a que veio.

Quando o vento virar, e já começou, não terá mais espaço para os oportunistas que, mudam de posição, como quem muda de roupa. Bolsonaro ganhou duas vezes, a última eleição; em ambos os turnos; mas, como ele “não podia” ganhar, o patife de aluguel que atendia como presidente do TSE não permitiu uma apuração limpa como todo o sistema democrático requer. Ao cidadão inconformado com a majestosa falcatrua, restou um “perdeu mané!” patifaria vertida de outro “iluminado”, Luís Roberto Barroso.

A opinião pública mundial está sendo informada, antes da cirurgia, para que as manadas acostumadas a zurrar, “golpe!” contra tudo o que desagrada ao interesse rasteiro dos seus donos, não faça barulho verossímil, ensejando retaliações internacionais.

Brincaram de poderosos, por um pouco, enquanto, O Todo Poderoso permitiu. Escrevi em antigos textos que chegaria o tempo em que eles entenderiam o que significa “Deus acima de todos”. O tempo chegou. “... enterraram-se na cova que fizeram; na rede que ocultaram ficou preso seu pé.” Sal 9;15

O Divino Repouso


“Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.” Heb 4;8

Alguns hebreus entenderam como, estar estabelecidos na “Terra Prometida” ser o ponto alto, o clímax de seu relacionamento com Deus. Tendo peregrinado mais de quarenta anos no deserto, finalmente, repouso.

Josué, o general que liderara o povo após a morte de Moisés, os colocara num lugar abençoado; porém, não definitivo, não o melhor de Deus para eles.

O texto aponta para um repouso mais sublime que a mera posse de uma nação soberana; “Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia.” O assunto deveria ter encerrado, se, o repouso de Deus fosse aquele.

A lógica aponta para algo além; “Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.” V 9

Mais alguém falou de repouso, descanso após eles estarem estabelecidos? Sim. Muitos. O descanso tencionado dependia de lideranças (pastores) alinhadas com O Eterno; “Ovelhas perdidas têm sido o meu povo, seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar do seu repouso.” Jr 50;6

Tais desvios despertaram a Ira do Santo, e consequente rejeição do povo; “A quem jurei na minha ira que não entrarão no Meu repouso.” Sal 95;11

Quando isso foi escrito, o povo possuía a terra havia muitos anos; contudo, não tinham repousado em Deus. Miquéias exortou: “Levantai-vos, e andai, porque este não é lugar de descanso; por causa da imundícia que traz destruição, sim, destruição enorme.” Miq 2;10

A Aliança Divina trazia preceitos santos escritos em tábuas de pedra; também, a promessa do estabelecimento do povo na terra.
Porém, O Eterno tinha em mente algo mais elevado. “... Eis que virão dias, diz o Senhor, em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei Nova Aliança, não segundo a que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; como não permaneceram naquela Minha Aliança, para eles não atentei, diz o Senhor. Porque esta é a Aliança que depois daqueles dias farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei Minhas Leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus, eles Me serão por povo;” Heb 8;8 a 10

O descanso em Cristo, não tem incidência física, necessariamente; antes, psicológica, espiritual; “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas.” Mat 11;28 e 29

Embora, inicialmente, a Nova Aliança fora prometida à casa de Israel, O Salvador foi mais inclusivo; “Vinde a Mim todos...” João explica; “Veio para o que era Seu, os Seus não O receberam. Mas, a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;11 a 13

Notemos que, os que ingressam na Nova Aliança não têm laços necessários de sangue; antes, espirituais, pois, nasceram de Deus. João Batista advertiu aos “puros sangues” que lhe escutavam a não confiarem nisso; “Não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.” Mat 3;9

Pouco importa a linhagem sanguínea; o que conta receber é vida espiritual. Estando vivas, até as “pedras” podem servir, como ilustrou Pedro; “Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;4 e 5

Porque nosso repouso não é aqui, somos exortados a suportar as aflições inevitáveis num mundo ímpio como esse. Todavia, no devido tempo, haveremos de repousar em Deus. “Visto, pois, que resta que alguns entrem nele, e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas novas não entraram por causa da desobediência, determina outra vez um dia, hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois: Hoje, se ouvirdes Sua voz, não endureçais os vossos corações. Porque, se Josué lhes houvesse dado repouso, não falaria depois disso de outro dia. Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus.” Heb 4;6 a 9

Vulgarmente se diz: Fulano descansou, ao morrer. Não é tão simples assim. Depende de como viveu. “... Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos; suas obras os seguem.” Apoc 14;13

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Banidos do Reino


“Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, impuro, avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.” Ef 5;5

“Porque bem sabeis isto:”
Costumamos pensar na Palavra de Deus como Fonte que nos revela algo; assim é. Entretanto, também pode reiterar o que já é sabido. Alguém disse que, “A verdade precisa ser diuturnamente repetida em palavras, porque a maldade se repete em ações.”

“Chover no molhado”, repetir ante alguém, o que esse já sabe, também faz parte dos Divinos cuidados para com aqueles que O Senhor chama. “... Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas; é segurança para vós.” Fp 3;1

Paulo estava reprisando ensinos que eram de conhecimento dos cristãos efésios, que julgou oportunos. Alistou alguns tipos que “não têm herança no Reino de Cristo e de Deus.” Não significa que seja essa, uma lista exaustiva; antes, o apóstolo arrolou os primeiros tipos réprobos, que lhe vieram à mente.

“... nenhum devasso...” Os depravado nos costumes, libertinos, licenciosos, perversos, não serão admitidos no Reino. Gostaria de saber o quê, os que pretendem “editar” à Bíblia fariam com um texto assim. O baniriam simplesmente, ou, dourariam à pílula com quais palavras?

A Palavra de Deus, precisamente por ser o que é, costuma confrontar más inclinações, denunciando-as como réprobas ante O Eterno. Enquanto obra o mundo por ser inclusivo, abrigando na legitimação social, toda sorte de comportamentos, por detestáveis que sejam ante O Senhor, Ele segue Exclusivo, Impoluto, Indômito, Santo.

“Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual, ninguém verá o Senhor...” Heb 14;12 “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

“... impuro...”
A separação demandada dos que pretendem pertencer a Cristo, tolhe toda sorte de misturas, com aquilo que desafina dos santos preceitos. Fazer distinção entre o santo e o profano, é o primeiro passo que deve aprender, aquele que pretende se conservar puro, como templo do Espírito Santo.
Desde a Antiga Aliança essa separação era demandada. “Para fazer diferença entre o santo e o profano, entre o imundo e o limpo...” Lev 10;10

A mera cobiça do olhar, já macula à alma humana pela impureza, como ensinou O Salvador; “... qualquer que atentar numa mulher para cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mat 5;28
O Senhor usou uma pesada alegoria quanto à necessária disciplina dos olhos; “se, teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no Reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.” Mc 9;47

Tiago exortou contra o coração duplo: “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;8

A devassidão se espraia, sobretudo, pelas formas alternativas de relacionamentos; a impureza, mesmo nas formas tradicionais, também pode acampar.

“... ou avarento, o qual é idólatra...” Em geral se pensa na idolatria como confecção e adoração de imagens; esse é o aspecto mais grosseiro. A superestima fanática de pregadores e cantores, também é uma forma de idolatria, que muitos professos cristãos, cometem. Porém, mais sutil é o exagerado apego materialista, o amor ao dinheiro.

Invés de liberalidade para com as carências dos irmãos mais pobres, e para com as necessidades da Obra de Deus, sendo generosos nas ofertas e fiéis nos dízimos, muitos se apegam ao que podem, para burlar isso, mesmo jurando confiança irrestrita no Eterno.

Apareça um “teólogo” dizendo que não precisamos mais templos, (“desigrejados” assoviarão com dois dedos à boca) e que os dízimos foram abolidos, pronto; os avarentos terão seu “mestre”.

Pouco importa se, os postulados desse, não suportem a um sadio escrutínio da Palavra. Os “Mamonitas” desqualificarão a quaisquer expositores, por aptos que sejam, e ficarão com seus colegas de afeto monetário.

Paulo exortou ao jovem pastor, Timóteo: “Os que querem ser ricos caem em tentação, laço, muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores.” I Tim 6;9 e 10

Sendo um cuidado amoroso e necessário, a repetição de preceitos vitais, pois, parece oportuno terminar essa abordagem, com a reiteração do que foi assentado no princípio: “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, impuro, avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.”

O Salvador nos ensinou a colocarmos as coisas na devida ordem; “buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33