terça-feira, 5 de março de 2024

A feliz escolha


“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.” Sal 1:1

Invés de uma proibição, “Não farás isso, ou aquilo”, temos uma espécie de análise filosófica, quanto ao resultado que atingirá quem evitar determinados ambientes, companhias. “Bem-aventurado”. Ou seja, feliz. Feliz daquele que escolhe conselhos, caminhos e companhias, com prudência, sabedoria; derivando-os do que aprende da Lei do Senhor.

Grassa uma ideia superficial de felicidade, às vezes, egoísta; tendemos apensar que seremos felizes se conquistarmos certas coisas. Não é para esse Norte, que deve apontar nossa bússola. Os felizes do Senhor serão prósperos em frutificar, não, em conquistar.

“... como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão; tudo quanto fizer prosperará.” V 3 O “feliz” em apreço, mais que lograr um deleite sentimental, atua segundo o propósito para o qual Deus o comissionou. Dada a recompensa que uma postura assim receberá, com certeza se pode dizer: Bem-aventurado!

“... não anda segundo o conselho dos ímpios...” anda, é uma metáfora para a forma que alguém vive. Pouco importa se esse está em movimento, ou parado; conforme as diretrizes, os valores que escolheu, é assim que o tal, “anda”.

Desgraçadamente, não poucos doentes posam de médicos, em se tratando das doenças da alma. Quem mais deveria silenciar e ouvir, mais intenta falar. Os ímpios carecem desesperadamente de saúde espiritual, conversão. Não poucas vezes, pretendem ser referenciais, conselheiros de terceiros, embora, suas escolhas sejam incapazes de levar a bom termo as próprias vidas.

Quiçá, falta de paz os instigue, como uma alternativa fugaz, a ouvir a voz da consciência que deveria ser escutada. “Mas os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus.” Is 57:20 e 21

Como, pessoas com esses predicados seriam nossas conselheiras? “Feliz o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios.”

Quem anda bem pode nos estimular e ensinar apenas com o exemplo; o que não, carece de palavras; muitas vezes nem o próprio se atreve a escolher para si coisas que prescreve.

Quando o faz, as consequências das suas escolhas são mais eloquentes que seus conselhos. Os frutos que produz falam melhor que as palavras.

“... não se detém no caminho dos pecadores...” eventualmente passamos por caminhos que não escolheríamos para nós; somos levados por eles, mercê de circunstâncias que nos escapam. O fato de o mal estar ao nosso redor, não significa, necessariamente, que deva entrar em nós. Assim como, andar, figuradamente significa escolher, também os “caminhos” figuram as escolhas de alguém, no sentido das coisas que esse aprova ou reprova. O exemplo de vida que alguém lega é o resultado prático dos seus caminhos.

Sendo, o caminho a ser evitado o dos pecadores, algo a distinguir; (todos o somos, mesmo os convertidos) nossos pecados são nossos tropeços, não nossos caminhos. Quando pecamos, por um momento, nos desviamos, pressurosos e arrependidos buscamos perdão, mudança, retorno à vereda direita. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, O Justo.” I Jo 2:1

Embora o pecado inda faça parte de nossos atos, o objetivo é a santificação. “... fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos em novidade de vida.” Rom 6:4

“... nem se assenta na roda dos escarnecedores.”
Chegamos a um degrau mais baixo que apenas ímpio, ou, pecador. O escarnecedor. O escárnio é uma Zombaria com o intuito de causar risos; caçoada. Demonstração de desdém em relação a algo ou alguém; menosprezo.

No caso de escarnecer das coisas santas, o erro “progride” para a profanação. Diferente do que possa parecer a um ouvinte distraído, o “temor do Senhor” que nos anima, não é medo de um castigo; antes, escrúpulos, zelo, para não ferir a honra, Integridade e Santidade do Nosso Deus. Como, imbuídos dessas coisas nos assentaríamos entre zombadores?

Como alguém maneja com extremo cuidado, um quadro, um perfume valioso, um vaso de porcelana excelente, cioso para evitar danos, assim soa aos nossos ouvidos O Santo Nome do Eterno; precioso demais para ser exposto a ambientes ou situações indignas, vulgares.

Se, os moveres necessários em nosso existenciário nos expõem, eventualmente, a companhias e ambientes indesejáveis, nos ambientes santos, O Eterno separa o que serve e o que não.

“... ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos.” Sal 1:5

domingo, 3 de março de 2024

Amor pela verdade


“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvar.” II Tess 2:9 e 10

Vaticínio do surgimento do “homem da iniquidade”, vulgarmente conhecido por Anticristo. Seu “modus operandi”; prodígios de mentira, enganos da injustiça. Seu público-alvo: os que “não receberam o amor da verdade para se salvar.”

Os “Editores das Escrituras” que falam ousadamente em “alargar À Bíblia” por se recusarem a estreitar seus comportamentos aos preceitos dela, são desse calibre; não amam à verdade. Amam suas doentias e perversas comichões.

Determinado feito pode soar mui
 prodigioso, poderoso; se foi derivado da mentira é nulo, eficaz apenas para seduzir aos que perecem, por não terem aprendido a vereda da vida.

Em tempos de avançado domínio tecnológico, bem poderão fazer surgir um “Jesus” holográfico nos ares, falando o que desejarem. Reféns dos prodígios de mentira facilmente serão aprisionados por falcatruas assim. A “marca da besta” se travestirá de avanço em segurança; há muitos “evangélicos” que a defendem, desviando atenção para algo que seguramente, não é.

Não poucos confundem amor ao próximo, com amor à verdade, como se, ambos estivessem sob o mesmo jugo. Não. São coisas diferentes. Criticar um erro doutrinário é uma forma de amar, de livrar alguém das garras da heresia; se o tal amar à verdade, se sentirá grato por deixar o engano.

O amor ao próximo é mandamento; postura necessária nas relações interpessoais, mesmo quando nosso “próximo” não se revela tão próximo assim; digo, prefere se manter à distância em relação a nós. Quiçá, quando nos faz algum mal.

O amor pela verdade deve ser o árbitro nas relações inter doutrinárias; a bem dela, devemos discordar de tudo que a fracione, contrarie, acrescente, suprima, ou, perverta. Amar a alguém não deve ser equacionado a concordar, com o que esse alguém pensa, ou faz.

Se, o lapso do amor pela verdade deixará as pessoas à mercê do engano do Anticristo, aquele que discorda de nós quando estamos errados, e nos ensina ver em bases sólidas os motivos da sua discordância, nos faz mais bem, assim, do que faria se fingisse concordar com o que descrê, apenas sob o pretexto de “evitar polêmica”.

Como dizia Sócrates: “Liberte-me de minha ignorância e te terei na conta de meu maior benfeitor.”

Nessa geração mimimi, tudo fere, ofende, melindra, facilmente, discordar de algo, se transformará em “discurso de ódio, radicalismo, fundamentalismo”, etc. Ora, para que servem os cérebros, graciosamente colocados em nossos crânios, se, mesmo podendo, nos abstivermos de usá-los?

Cabe também lembrar, acerca das discordâncias, de uma famosa frase: “Não concordo com uma palavra do que dizes; mas, defenderei até à morte, teu direito de dizeres o que pensas.”

Dadas nossas imperfeições, limitações, dissenso e contraditório se tornam inevitáveis em nossas relações. Quem concorda com tudo e posa de “amigo de todo mundo” é uma pessoa falsa, que imola à verdade todos os dias, no estúpido altar da alheia aceitação, tendo na hipocrisia seu “culto”, no Capiroto seu deus.

Só um pusilânime não lutaria em defesa de quem ama. Vemos animais pequenos ostentando bravuras impensáveis, se seus filhotes estiverem ameaçados. A força que falta nas constituições, são supridas aos apelos do amor, em nome do qual, arriscam a perder as próprias vidas.

Quantos cristãos assim fazem, ainda em nossos dias? Em países como a Nigéria e adjacências, onde predomina o radicalismo islâmico, cristãos são fuzilados em seus locais de culto, com estrondoso silêncio da imprensa, serva do pai da mentira, cúmplice no seu propósito de governo global. Para esses o “ódio” está apenas onde a verdade é defendida; onde os mentirosos matam inocentes, tudo bem.

Cristo denunciou seus antepassados: “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, não se firmou na verdade, porque não há verdade nele...” Jo 8:44

Então, é útil o conhecimento em si; porém, vital, precioso é o conhecimento da verdade. Pois, bem se pode aprender falsas doutrinas, ensinos, num esforço vão, como fazer buraco n’água. Paulo falou de mulheres que, seduzidas por falsos obreiros, “Aprendem sempre e nunca chegam ao conhecimento da verdade.” II Tim 3:7

Aos cristãos hebreus, depois de imenso rol de gente que perdera a vida por amor a Deus, foi colocada certa “pimenta” como uma exortação aos que achavam a caminhada dura e pensavam em retroceder. “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Heb 12:4

Enfim, quem acha mera crítica ou discordância, algo difícil de suportar, ainda não entendeu o sentido do “negue a si mesmo.”

Os ungidos


“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de Mim; visto que te esqueceste da Lei do teu Deus, também Me esquecerei de teus filhos.” Os 4:6

A rejeição de um sacerdote, que, por ter recusado o conhecimento, levara o povo pelo mesmo caminho, colocando-o a perder.

Impossível exagerar a importância de um líder espiritual, para a edificação e preservação dos seus liderados.

Havia três tipos de “ungidos” na Antiga Aliança; reis, sacerdotes e profetas.

Os reis, embora fossem autoridades civis, tinham dever de levar um modo de vida aceitável diante de Deus, tornando-se parâmetros para o comportamento do povo. Deveriam ter consigo uma cópia da Torá; viver segundo ela. “Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, então escreverá para si num livro, um traslado desta Lei, do original que está diante dos sacerdotes levitas.” Deut 17:18

Essa história que religião e política são excludentes como água e vinagre é uma falácia. Uma boa formação nas coisas atinentes a Deus, certamente patrocinará um bom comportamento também perante os homens.

Os profetas eram paladinos da Justiça Divina, veementes vozes a denunciar os desvios comportamentais, fosse dos pequenos, fosse dos grandes.

Jeremias, quando sua mensagem de arrependimento foi rejeitada, pensou que falara nos lugares errados, apenas entre o populacho de pouca relevância. Então, decidiu dizer o mesmo na alta sociedade. Entre os elevados encontrou a mesma indiferença; “... estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, e falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5:4 e 5

Os profetas estavam para aqueles dias, mais ou menos como os pregadores idôneos, para hoje. Eram intrépidos combatentes dos descaminhos, vozes e vidas consagradas à defesa da verdade, mesmo que tivessem que defendê-la perante reis, como fizeram Elias, Eliseu, Natã e outros.

Infelizmente, muitos se arvoravam em profetas sem terem sido chamados. Não sei se, por confundirem suas “boas intenções” com a Vontade Divina, por gostarem da status, por inveja dos verdadeiros, ou a serviço da oposição apenas, mas eram como ervas daninhas, abundantes onde deveriam estar, apenas, os comprometidos com O Senhor.

Eventualmente O Eterno chamava um Profeta, para falar contra os “profetas”; “Filho do homem, profetiza contra os profetas de Israel que profetizam, e dize aos que só profetizam de seu coração: Ouvi A Palavra do Senhor;” Ez 13:2

Por fim, os sacerdotes. Além de mediadores entre o homem e Deus, ofereciam os sacrifícios e oravam pelo perdão dos arrependidos, deveriam ser mestres, versados no ensino para conduzirem os pecadores rumo às veredas direitas. Mais ou menos como os teólogos atuais. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7

Quando um sacerdote se corrompia, como foi o caso de Eli, por exemplo, todo o povo padecia. Além derrotados pelos inimigos, naqueles dias, até a Arca da Aliança foi parar nas mãos dos filisteus. Tanto uma liderança saudável preserva um povo, quanto, outra doentia, põe a perder.

O caso do verso inicial denunciado por Oséias. Um sacerdócio rejeitado e um povo destruído.

Como cresce o rabo do cavalo, cada vez mais para baixo, hoje a apostasia cresceu. Para cada ministro idôneo, há algumas dezenas de falsários, que não dão a mínima se estão levando quem lhes ouve para a perdição.

São mercenários imediatistas, alheios à mensagem de salvação; lhes bastam os resultados terrenos dos seus enganos; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre; cuja glória é para confusão deles, só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3:18 e 19

Se, outrora foi necessário que profetas falassem contra “profetas”, hoje desesperadamente carecem, os pregadores probos, pregarem contra os réprobos que pervertem tudo o que podem, deixando um sujo rastro por onde passam.

Invés de ouvir quem prega a verdade, as pessoas costumam escolher aqueles, com cuja mensagem se identificam, nem que seja mentirosa; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4:3 e 4

Invés de aprender com erros históricos, muitos, por preferirem o engano dos sentidos, à sobriedade do conhecimento espiritual, irão repeti-los. “Meu povo foi destruído porque lhe faltou o conhecimento...”

sábado, 2 de março de 2024

Pureza em cheque


“Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30:12

Um choque conceitual antagônico; a mesma coisa que foi vista como pura, ao apreço dos nela envolvidos, foi tida por imunda, aos Olhos do Espírito Santo, que inspirava ao sábio escritor. Por quê?

Porque todo aquele que aprecia às coisas como um deus, (sugestão do Diabo) tende a ter os próprios interesses e motivações como aferidores; quem teme O Todo Poderoso, deixa com Ele os conceitos do que é puro, ou não é.

Não há meio termo nas questões espirituais, as pessoas estão de um lado ou de outro. Os valores acabam invertidos, onde o “deus” é aquele ser pequeno, caído, mentiroso que se opõe ao Eterno.

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz, da luz, trevas; fazem do amargo doce, do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos! Ai dos que são poderosos para beber vinho, homens de poder para misturar bebida forte; dos que justificam ao ímpio por suborno, e aos justos negam justiça! Is 5:20 a 23

O “ai” é um lamento quanto ao juízo necessário que incidirá; “Por isso, como a língua de fogo consome a palha, o restolho se desfaz pela chama, assim será sua raiz como podridão, sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a Lei do Senhor dos Exércitos, desprezaram A Palavra do Santo de Israel. Por isso se acendeu a ira do Senhor contra Seu povo; estendeu Sua mão contra ele e o feriu, de modo que as montanhas tremeram, seus cadáveres se fizeram como lixo no meio das ruas; com tudo isto não tornou atrás Sua ira, Sua mão ainda está estendida.” Vs 24 e 25

Onde essas coisas preponderam, a sociedade com um todo padece, pela maldição que atraem; “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24:5 e 6

A pergunta respondida pelo salmista deveria nos fazer pensar: “Com que purificará o jovem seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119:9

Muitos conceitos alternativos sobre pureza têm sido difundidos, que não derivam da Palavra de Deus. De onde vêm então?

Da referida inversão de valores de um mundo cegado pelo seu príncipe; eterno inimigo do Criador, que, obra a perverter as coisas, tendo seu prazer em matar, roubar e destruir, enquanto, Deus tem o Dele em criar, regenerar, salvar.

Enquanto O Filho de Deus encarnado disse, “... Eu Sou A Luz do mundo; quem Me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” Jo 8:12

Da oposição, os servos são “blindados” contra a incidência dessa Luz: “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4:4

Normal seria, aquilatarmos as coisas aos nossos próprios olhos, se, fôssemos o que o “Pai da mentira” prometeu que seríamos; como Deus. Essa pretensão doentia foi ironizada, sentenciada: “Vós sois deuses, todos vós filhos do Altíssimo. Todavia, morrereis como homens, caireis como qualquer dos príncipes. Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois Tu possuis todas as nações.” Sal 82:6 a 8

Aos que, invés da pretensão de pureza derivada da cegueira, preferem ser purificados deveras, A Palavra é categórica: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago, medula para teus ossos.” Prov 3:5 a 8

Essa geração “pura” ousa decidir qual parte da Palavra de Deus ainda vige e qual foi “superada”; como se, o desejo pela imundícia fosse mais legítimo que o imutável preceito do Eterno.

“Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho e andai por ele; achareis descanso para vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6:16

Os teólogos liberais com suas “pregações inclusivas”, supressões e distorções, ao sabor dos ímpios, também foram denunciados por Jeremias: “Como, pois, dizeis: Nós somos sábios, a Lei do Senhor está conosco? Em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; eis que rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm?” Jr 8:8 e 9

“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.”

A busca pelo ouro


“Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua! Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro...” Lam 4:1 e 2

A Bíblia interpreta-se. Ela mesma deixa ver, quando determinado método literário é usado, qual o sentido tencionado pelo autor.

A alegoria do ouro que escurece, perde suas qualidades é interpretada no contexto imediato, no próximo verso.

O ouro era uma metáfora avaliando às pessoas aos Olhos Divinos; por terem caído em desobediência foram entregues ao juízo. Perderam suas qualidades, como se, o ouro degenerasse e passasse a ser apenas terra. “Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro.”

Também compõe a breve alegoria, o extravio das pedras; “Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua!” Embora pudesse ser uma reportagem literal, da destruição do templo pelos babilônios, também era eloquente figura da dispersão das pessoas que deveriam estar no lugar santo, para adorar.

Pedro explica: “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2:5

Assim, a dispersão dos adoradores, na morte ou, escravidão, também poderia ser figurada como “pedras do santuário, espalhadas”.

Quando Deus compara alguém a ouro, não significa que esteja apreciando o valor intrínseco desse. Antes, tem a ver com o quanto aprecia a comunhão em obediência dos Seus filhos, coisa que só é possível atuando O Bendito Espírito Santo em nosso espírito regenerando-o.

Paulo pontuou: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, não nossa.” II Cor 4:7 Os salvos contêm um tesouro, invés de serem um. Embora, O Amor do Pai os reputa como tais.

Então, quando andamos em espírito, preservando nossa comunhão mediante consagração, Deus nos vê como coisas valiosas, não obstante, tenha sido Sua misericórdia, que nos regenerou, salvou e legou Seu Espírito, para em nós agregar valor.

Poucas pessoas conseguem aquilatar, quanto vale um bem como a vida, em comunhão com O Criador, tendo como pano-de-fundo, a eternidade. O Salvador ensinou: “Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” Mat 16:26

O Salmista também meditara acerca do valor da vida, e qual o devido resgate; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão; dar a Deus o resgate dele. Pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49:6 a 8

Ouçamos Pedro: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o Precioso Sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado.” I Ped 1:18 e 19

Não raro, pregadores do Evangelho são rechaçados como gente incômoda que se intromete nas alheias vidas. Duas coisas as pessoas ignoram: Suas vidas não são estritamente suas, pertencem ao Criador; e foi Ele que mandou entregar Seu convite para salvação; a fim de que, o tesouro da regeneração no Espírito também seja posse desses alvos do Amor Divino.

“... Ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.” Mc 16:15 e 16

Deus os quer honrar e valorizar; porém, requer antes que lhe deem ouvidos, honrando-o também; “... aos que Me honram honrarei, porém os que Me desprezam serão desprezados.” I Sam 2:30

Deus criou filhos para que fossem sábios; não esperemos agradá-lo, agindo como tolos; afinal, “Como o que arma a funda com pedra preciosa é aquele que concede honra ao tolo.” Prov 26:8

Segundo a mitologia grega, o rei Midas, tudo o que tocava virava ouro. Daí a figura do “toque de midas” tipificando a pessoa de espírito empreendedor, talhada para prosperar no que faz.

Pois esse “toque” é um Dom Divino; o fiel que evita maus caminhos e companhias, meditando na Lei do Senhor, “... será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.” Sal 1:3

Não entendamos prosperidade, porém, como entendem e ensinam os mercenários da terra. Prosperaremos naquilo que conta para a vida eterna; “Ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, onde ladrões não minam nem roubam.” Mat 6:20
Não nos deixemos seduzir pelo ouro que acaba virando terra.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Liberdade de expressão


“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Gn 2:16 e 17

“Por que Deus colocou uma árvore proibida no jardim?” Sem ela, não haveria a queda, e tanta desgraça seria evitada.

Deus É Amor; uma das características imprescindíveis ao amor é a liberdade. Se o homem tivesse sido criado incapaz de pecar, também o seria, de obedecer. Invés de livre, seria mero autômato, a “funcionar” conforme uma programação nele inserida.

Deus leva a liberdade de expressão às últimas consequências; Simeão preveniu Maria que sofreria vendo Jesus sujeito a essa liberdade sem limites. “Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, para sinal que é contraditado (uma espada traspassará também tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2:34 e 35

O Senhor foi chamado de samaritano, ofensa entre os judeus, enganador, endemoninhado, etc.

Alguém deixar de dizer o que pensa apenas porque é proibido não combina com a liberdade para a qual Deus criou o homem.

Quando vetou certa árvore, advertindo das consequências de comer dela, ofereceu a Adão, argumentos mais que a obediência por amor a Ele; também por amor-próprio, para que esse evitasse os danos a si mesmo que a má escolha ensejaria. Todavia, o direito a fazê-la foi preservado, tanto que, o primeiro casal a fez.

Então, quando escuto sobre “controle social da mídia”, nome palatável que alguns patifes dão à censura, logo percebo as digitais de gente que tem coisas a esconder; que não suporta conviver com a verdade nem com a liberdade que permitiria que essa fosse dita.

Falam em coibir à mentira, claro! Os mesmos que proibiram de chamar ao ladrão pelo nome, além de, amigo de ditadores, coisa também verdadeira, são os que pretendem decidir o que é mentira e o que veraz???

Os que “contaram” nossos votos no escuro, escondendo os códigos-fonte, porque impuseram colossal fraude, esses teriam o monopólio da verdade?

É preciso muita filhadaputice, infelizmente nosso idioma não tem palavras “à altura”, digo, tão subterrâneas, como os caracteres desses.

As leis vigentes já garantem defesas contra calúnias, mentiras, difamações, sem necessitar de proibir que essas sejam ditas. Cada um responde pelo que disser sem nenhuma necessidade de censura. Os que precisam impor mordaças, o fazem porque não conseguem conviver com a verdade, não, com a mentira.

Ora, o antídoto à mentira, é justo, a verdade. Não é proibindo que se combate a coisa, antes, legando plena liberdade de expressão.

Como em toda a ditadura, apenas o que convém aos que ditam suas vontades pode ser dito, e vergonhosamente estamos numa. Mesmo todo o povo não desejando, meia dúzia de safados, maioria do STF, presidente da Câmara e do Senado e o da República impõem suas doentias e venais vontades sobre mais de duzentos milhões de pessoas, até quando?

Mas, o fato de eu estar escrevendo coisas assim, não significa que vige plena liberdade? Não. Sou “protegido” pela insignificância, pelo pequeno alcance do que escrevo. Tivesse alguma relevância e fatalmente acabaria preso. Há deputados assim, malgrado a lei “garanta” imunidade pelas suas opiniões no exercício do mandato.

Há muito, a venda da estátua da justiça ressignificou-se; deixou de ser venda, no sentido de obstáculo tapando à visão, para significar venda, de vender, comercializar; e o “não ver”, invés de tipificar imparcialidade, passou a significar, não ver os direitos dos cidadãos decentes, nem os defeitos dos tiranos que a compram. Eis a democracia!

Temo pela sorte desse país. Vivemos a pior das ditaduras, a do judiciário, a quem recorrer? E o exército que sempre soou como um último recurso ao qual apelar, em caso de ameaça de ruptura democrática, já foi “comprado”; a instituição que gozava de maior credibilidade com a opinião pública, acabou revelando muita gente condecorada, indigna da farda que enverga.

Essa gente não para diante de nada; leis, fatos, clamores, vontade da maioria... a única coisa que os pode deter é a força. Onde ela está?

Poderemos acabar sendo palco de guerra, pela abertura do sistema corrupto, comunista, aos “companheiros” de fora, China, Rússia... com eventual resposta de nações democráticas da Europa e Estados Unidos para contraponto. Seremos meros peões de alheios interesses.

Muitos acham que o “faz o L” tem a ver apenas com o roubo e a disparada exponencial dos preços dos alimentos; perigosa ingenuidade. Há força internacionais por trás das ousadas sujeiras que fazem em nosso país.

Quando vejo um idiota compactuando com a censura, sinto um misto de raiva com vergonha alheia.

Os que resistem


“Não vos espanteis dos que resistem, o que para eles, na verdade, é indício de perdição, mas para vós de salvação, e isto de Deus.” Fp 1:28

Duas consequências, da rejeição ao Evangelho. Para os que resistem, indício de perdição; aos que são resistidos, de salvação. Isso por si só deveria deixar estabelecido, que, nosso dever é sermos verdadeiros, mais que, “aceitáveis.”

Embora os mais “cordatos” deplorem esse “radicalismo”, A Palavra de Deus sempre coloca as coisas de modo dual, antagônico e cabal. Como nenhuma mulher pode ficar mais ou menos grávida, está ou não, as coisas atinentes à vida também se recusam a emoldurar seus quadros com contornos cinza. A pessoa está salva, ou perdida.

A migração de uma condição para outra só é possível respondendo favoravelmente ao chamado de Cristo; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5:24 “... ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Nas relações horizontais, em geral, se vê como bom sinal, a alheia aceitação; porém, esse apreço precisa ser contextualizado; a rejeição por parte dos ímpios não é necessário indício que algo rejeitável foi anunciado. Pode indicar que, O Evangelho está sendo pregado como é, sem falsificações. 

Por confrontar aos errados para que mudem, invés de agradá-los, a Doutrina de Cristo nem sempre tem livre trânsito. Todas as religiões o têm, vide ecumenismo; a única resistência é da sã Doutrina, por ser exclusiva, e ter sido dada para forjar a unidade, não, união.

Uma coisa é empreender esforços, orar, desejar ardentemente que ímpios aceitem ao Evangelho; outra, seria perverter, falsificar, omitir porções, para criar um “Evangelho” que parecesse aceitável aos que se recusam mudar de vida, aos Divinos padrões.

Ser, a Santa Mensagem, adversa à resiliência pecaminosa é o esperável. Se alguém decidir pregar uma outra “inclusiva” multicor, apenas para parecer legal, possivelmente pareça mesmo, aos que querem ser agradados invés de convertidos. Mas, esse não é o papel dos ministros idôneos.

A famigerada “teologia coach” se esforça em fazer parecer agradável, algo que deseja, “apenas” parecer santo; faz estragos, por suprimir o “princípio ativo” que regenera, enquanto serve placebos de aceitação incondicional; se contorce em falácias calculadas, omitindo a cruz em busca de números, invés de apresentá-la soturna como é, mas capaz de ensejar vida.

Cristo É Luminoso! Assim pareceu aos que ouviram Sua Mensagem. Ficou claro para eles que, o modo de vida calcado nas obras más carecia ser abandonado, caso decidissem seguir ao Salvador.

Fizeram suas escolhas; a maioria preferiu o escuro, sob condenação, a encarar as consequências de sair à luz. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3:19 a 21

Carecemos pregar um Evangelho que seja aceitável aos padrões celestes. Dependendo do “calibre” de quem nos ouve, a rejeição é mais esperável que a aceitação. Então, embora nos importemos e desejemos o contrário, o problema não é nosso. Sempre houve resistência; “... vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás e dirás: Assim diz O Senhor Deus, quer ouçam quer deixem de ouvir.” Ez 3:11

Em geral, as pessoas preferem a calmaria sonolenta, quando, seria vital estarem acordados; mesmo se, açoitados por uma eventual tempestade.

Nessa predileção, por dormir, a luz incomoda, deveras; Paulo exortou aos que assim se portam: “Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. Por isso diz: Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5:13 e 14

Muitas pessoas não querem ser esclarecidas; presumem saber das coisas, mesmo estando miseravelmente cegas, no âmbito espiritual; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4:4

Cegos inda se misturam aos salvos; seu “aferidor” é o paladar, não a justiça da Palavra. Perverter à mensagem é uma forma oblíqua de resistir, que também leva à perdição. “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas. Mas tu, sê sóbrio...” 4:3 a 5