domingo, 27 de setembro de 2020

Família sob ataque


“Acautelai-vos, que ninguém vos engane...” Mat 24;4

A manipulação é uma violência indolor. Se, coopto alguém e o levo a agir como quero, de certa forma sequestro sua vida ao meu serviço. Estarei anulando um indivíduo e levando-o a ser mera coisa, extensão de meus vícios; pois, é em prol desses que se costuma manipular.

Literalmente manipular é a arte de usar títeres, ou fantoches; para tais produzirem determinados movimentos usa-se um conjunto de cordões presos estrategicamente. No sentido figurado trata-se de induzir alguém, produzir nele, mediante “cordas” minhas, as ações ou reações que servem ao meu propósito.

Filósofos gregos chamavam às multidões de “Bestas acéfalas”. Monstros sem cérebros. Basta um “animador” entrar no meio e sair gritando determinada palavra de ordem, (mesmo que seja, crucifica-o) e logo teremos um coro reproduzindo ao grito primeiro.

O Filósofo Soren Kierkergaard disse: “Para dominar às multidões, basta conhecer as paixões humanas, certo talento, e uma boa dose de mentira.” Isso explica o sucesso do Edir Macedo, R. R. Soares, Valdemiro Santiago, Lula e outros patifes do mesmo calibre.

Para manipular, três coisas são necessárias. O objetivo, os objetos, e os meios; “cordas” que produzirão os movimentos buscados.

O objetivo mais pujante é o Globalismo a serviço do maligno. Os bonecos encontram-se todos prontos e são inúmeros; por preferirem o agradável ao verdadeiro, de certa forma pedem para ser manipulados. As “cordas” são o poder econômico.

Quem conhece a doutrina esquerdista está ciente da sua tática de “dividir para conquistar”; seu método; lançar discórdia; objetivo; totalitarismo, domínio absoluto.

Onde atuam, invés de uma sociedade relativamente coesa, temos um arranjo todo fracionado como um boi no balcão do açougue.

Negros contra brancos, gays contra héteros, ateus contra deístas, feministas contra fêmeas, sulistas contra nordestinos, veganos contra carnívoros, etc.

Poder econômico e político costumam estar amalgamados. Usando a política se institucionalizou o racismo, com o absurdo “sistema de cotas”; mediante a economia, O Magazine Luiza acaba de fazer algo semelhante.

A Natura, apresentou a Thammy Miranda como “modelo de Pai”; 

agora, a cereja da torta: Um comercial de margarina onde um amontoado de pessoas, com um comportamento que parece uma mistura de lupanar com presídio, e manicômio seria uma “família tradicional”; “Para uma família tradicional, uma margarina tradicional”.

Até meu cavalo, tão pouco letrado identifica de longe o ataque à família, com pretexto de propaganda bem humorada. A mesma filhadaputice da Natura, com meios diferentes.

Idiotas úteis aplaudem. “Parece a minha casa”! Os intérpretes dizem ser estratégia de marketing para vender mais. Um cacete! Natura e Qualy nunca mais!

Dinheiro essa gente tem de sobra, são donos do mundo. Lutam por coisas maiores. Poder e almas.

Isaías anteviu esses dias da “pós-verdade”, onde, punição é para justos, não injustos, como seria numa sociedade minimamente sadia. “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; verdade anda tropeçando pelas ruas, equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

Grande parte da mídia a quem competiria informar, também atua por manipulação, sonegando a verdade e produzindo enganos a quem não consegue discernir. A Bíblia traz: “Maldito aquele que faz um cego errar o caminho!”

Às vezes deparo com alfinetadas dos que são contra textos agressivos com palavras mais duras. Esses devaneiam que o campo de batalha seja lugar para poesias. Gosto delas, escrevo-as eventualmente. Mas, na hora do machado não uso canivete.

Sempre oportuno lembrar Gideão; ao vê-lo lutando bravamente numa luta desigual, invés de criticar seu atrevimento, o Anjo do Senhor elogiou sua coragem chamando-o, “Varão Valoroso”. Jz 6;12

Adiante, quando se preparava a batalha, O Senhor mandou que os covardes voltassem para casa. Então, quem prefere ser politicamente correto, evitar polêmicas acaba limitando ao Agir de Deus mediante sua vida.

Em tempos de juízo, O Eterno escolheu o capitão Jeú que “Cavalgava furiosamente” não um poeta como Davi, ou um filósofo como Salomão. Como precursor do Messias, João Batista com seu machado de cortar hipocrisia.

Muitos cristãos foram manipulados já como se, paz fosse nosso alvo. Cristo fez distinção entre Sua Paz e a que o mundo dá. A Dele nos reconcilia com Deus e se faz espada contra esse sistema corrupto. “Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que amizade do mundo é inimizade contra Deus?” Tg 4;4

Os ataques contra o conhecimento de Deus e Seus Valores vão se intensificar ainda; eis nossa brecha! Nossa inserção no bom combate! “... as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Vida no Deserto

“Eu te conheci no deserto, na terra muito seca. Depois eles se fartaram em proporção do seu pasto; estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.” Os 13;5 e 6

Quando Deus afirma que conheceu a Israel no deserto, não é apenas uma figura de linguagem; era desértico o cenário, no prisma da liberdade, vida espiritual, e literalmente, quando da jornada do Êxodo; O Eterno os sustentou por 40 anos, de modo milagroso.

É fácil ser “fiel” quando dependo que o Maná caia durante a noite, para que eu o coma no dia seguinte.

Porém, a jornada no deserto, ainda que tenha durado 40 anos, muito mais que o necessário à travessia que seria de meses, como juízo pela incredulidade, ainda que tenha durado tanto, digo, era transitória; ao determinado tempo, O Eterno os introduziu sob a liderança de Josué, na Terra da Promessa, plena de fartura.

“No outro dia depois da páscoa, nesse mesmo dia, comeram, do fruto da terra, pães ázimos e espigas tostadas. Cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do fruto da terra, os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano comeram dos frutos da terra de Canaã.” Js 5;11 e 12

Um mais desavisado talvez dissesse: “Canaã, finalmente! Os problemas acabaram!” Bem, depende do quê, se considera problema. Pois, no quesito relacionamento com Deus, parece que a fartura atrapalhou; “... estando fartos, ensoberbeceu-se seu coração, por isso esqueceram de mim.”

É doentia essa ética utilitarista de muitos “cristãos” onde, O Todo Poderoso, invés de temido, adorado e cultuado como convém é tido como um pneu reserva, esquecido e só lembrado quando fura um dos que estão rodando.

Assim, Deus é buscado quando lapsos emocionais, relacionais, materiais assomam; mas, dirimido isso “não é mais necessário”. Uma blasfema inversão, que faria do pecador o Senhor, e do Eterno, O Servo.

Claro que Deus é “Socorro bem presente na angústia...” e Ele mesmo desafiou: “Invoca-me no dia da angústia...” ou seja: Continua conhecendo os desvalidos, no deserto. A questão é como será nossa postura após o livramento.

A fé sadia é base de um relacionamento que vai muito além das circunstâncias, como ensinaram Habacuque e Paulo, por exemplo: Aquele disse: “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, nos currais não haja gado; todavia, me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação.” Hc 3;17 e 18

O Apóstolo ampliou: “... aprendi contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e também ter abundância; em toda a maneira, em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, quanto ter fome; tanto a ter abundância, quanto padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4;11 a 13

As circunstâncias devem ser, como a palavra sugere, aquilo que nos circunda; está ao redor, não dentro de nós, onde deveria ser habitat de fé, que opera por amor; de tal modo que enseja obediência a despeito do que nos rodeia a atrai a Divina habitação ao nosso frágil “templo”. “... Se alguém Me ama, guardará Minha palavra; Meu Pai o amará; Viremos para ele e Faremos nele morada.” Jo 14;23

Deus É plenitude, vida; não um oásis circunstancial, que após um socorro pontual na jornada já não serve mais.

Essa perversão de “transformar pedras em pães”; digo, uso da fé para “alquimias materialistas”, isso foi sugestão do Capeta, lembremos.

Se a fé, pela sua natureza tem “olhos” peculiares que podem nos deixar, como Moisés, “firmes como que vendo o invisível”, nossos desertos eventuais não deveriam fomentar dúvidas que Canaã nos espera. Deus é Fiel.

Assim como, na aridez que nada poderia gerar Deus enviava o alimento dos Céus, na “noite escura da alma,” a fé sadia saberá onde comer; “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor; firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Estamos no limiar do pior de todos os desertos, o espiritual; breve, instaurado o império do Anticristo, a mensagem da Graça será reputada “discurso do ódio” falar a verdade, “fundamentalismo”; não se alinhar à igreja ecumênica, balaio de gatos, será sedição; firmeza na fé vai custar muitas vidas.

Aí, a importância vital de ter olhos que vão além do circunstante e veem o devir, mais que a situação momentânea. “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.” Rom 8;18

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

A Urgência do Amor


“Quantas vezes a gente em busca da ventura
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão, por toda parte, os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!”
Mário Quintana.

Buscarmos alhures o que está perto, como lindamente versou o Quintana, é uma “doença” que já deu o que falar. Pascal cunhou a célebre frase onde ensina que “o coração tem razões, que a própria razão des conhece;”

É como se, uma febre qualquer deixasse opacas as retinas da razão, e privado dessas, sem ver as coisas como são, fizéssemos as más escolhas; coisa que só em dias ulteriores identificaríamos; como que, tencionando volver à esquina onde escolhemos o erro devaneamos; “Eu era feliz e não sabia.”

Nos cânticos de Salomão há uma passagem onde, ao ouvir o amado batendo à porta, a coração de pretendida estremeceu, “... eis a voz do meu amado que está batendo: abre-me, minha irmã, meu amor, pomba minha, imaculada minha, porque a minha cabeça está cheia de orvalho, meus cabelos das gotas da noite.” Cap 5;2

Nenhum equívoco; sabia quem estava batendo, e o que sentia por ele; “O meu amado” dissera.
No entanto, não foi o coração que criou barreiras. Mas a dona “Razão” apresentou argumentos para que ela não se levantasse e recebesse seu amor. “Já despi minha roupa; como as tornarei a vestir? Já lavei meus pés; como os tornarei a sujar?” v 3

Evidente que o sujeito insistiu uma segunda vez, e o coração dela deixou claro seus “pensamentos” sobre o assunto. “O meu amado pôs a sua mão pela fresta da porta, minhas entranhas estremeceram por amor dele.” V;4

Parece que ela fez o que vulgarmente se chama fazer docinho, “valorizar” um pouco, bancando a difícil, enquanto se perfumava para o receber; “Eu me levantei para abrir ao meu amado; minhas mãos gotejavam mirra, os meus dedos mirra com doce aroma, sobre as aldravas da fechadura.” V;5

Entretanto, quando a “Cheirosa” finalmente abriu a porta, era tarde demais; “Eu abri ao meu amado, mas já o meu amado tinha se retirado, tinha ido; a minha alma desfaleceu quando ele falou; busquei-o e não o achei, chamei-o e não me respondeu.” V;6

Transportando esse incidente das coisas do coração, para a arena espiritual, muitos se portam do mesmo modo, quando “O Amado” bate às portas dos corações em busca de correspondência ao Seu Amor.

“Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir Minha Voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, com ele cearei, e ele comigo. Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu Trono; assim como Eu venci, e me assentei com Meu Pai no seu trono. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz...” Apoc 3;20 a 22

Noutra parte, personificado na Sabedoria, O Eterno deixa patente a insistência do Seu amor, e a resiliência humana em rejeitar; “A sabedoria clama lá fora; pelas ruas levanta sua voz. Nas esquinas movimentadas ela brada; nas entradas das portas e nas cidades profere suas palavras: Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento? Atentai para minha repreensão; pois eis que vos derramarei abundantemente do Meu Espírito e vos farei saber Minhas Palavras.” Prov 1;20 a 23

Muitas vezes as pessoas se movem internamente ante o apelo do Amor Divino, mas, como a amada dos Cânticos aquela, demoram abrir aporta; muitos só o percebem quando é tarde demais.

Não que Deus deixe de amar, mas chega uma hora que outra coisa que Ele ama, a justiça se impõe e Ele muda a abordagem; “Entretanto, porque clamei e recusastes; estendi a minha mão e não houve quem desse atenção, antes rejeitastes todo o Meu Conselho, não quisestes a minha repreensão; também de minha parte me rirei na vossa perdição e zombarei, em vindo o vosso temor.” Vs 24 a 26

Não poucos estão como o “Vovô” da quadra do Quintana, como os óculos sobre o nariz rebuscando em gavetas para ver se o encontram; digo, o melhor propósito do Amor de Deus para elas está bem ao alcance, mas elas saem devaneando com por coisas desnecessárias e fúteis que, quiçá, se tornarão maldições no final.

Por isso, a mensagem de salvação sempre se nos é apresentada com sentido de urgência, por dois motivos, eu diria; pela fugacidade de nossas vidas, que podem acabar a qualquer instante, e pelo valor eterno dos que nos é proposto.
“Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes Sua voz, (de Deus) não endureçais vossos corações, como na provocação. Porque, havendo-a alguns ouvido, o provocaram...e não puderam entrar por causa da sua incredulidade.” He 3;15, 16 e 19

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Evangélicos progressistas???


Deparei esta manhã com a seguinte manchete:

“Evangélicos progressistas reagem contra a homofobia de pastores e ensaiam avanços na Política”.

Adiante diz: “Ala da igreja evangélica rechaça pregação por “medo do inferno” e uso deturpado de trechos bíblicos para criticar homossexuais.”

A matéria aborda uma fala infeliz de André Valadão, e requenta outra antiga de sua irmã Ana Paula que, teriam teor “homofóbico”; em cima disso os tais progressistas decidiram virar a mesa.

Primeiro esses dois não me representam em nada. Estão longe de ser referenciais de teologia evangélica sadia. Que falem por si mesmos.

Passei o dia pensando, o que seria um “Evangélico Progressista”.

No jargão político sabemos que a “moral” adjacente aos partidos classifica-os como conservadores ou progressistas. 

Os primeiros, zelosos de valores, família, igreja, bons costumes patriotismo; os “Progressistas” são de viés esquerdista, comunista; defensores do aborto, casamento gay, ideologia de gênero, descriminalização das drogas, em alguns lugares, pedofilia e zoofilia, até.

Aí meus dois neurônios ainda ativos se puseram a pensar como alguém pode defender essas pautas, e se dizer evangélico? Parece que acabam de inventar à roda quadrada.

Os católicos fizeram vistas grossas quando os comunistas se infiltraram, com a famigerada Teologia da Libertação; hoje os defensores dela são maioria, dominam tudo e até o Papa é comunista. Para efeitos práticos a igreja está dividida entre os tradicionais e “progressistas”, com hegemonia de poder nas mãos destes.

Se, soubessem mesmo o que é conversão nem usariam um termo obtuso assim: “Ala da Igreja”. A Igreja não é partido político que se subdivide em alas. Múltiplas são as denominações, algumas diferenças de usos e costumes, mas a Palavra é a mesma, o Espírito também, (Falo de igrejas sérias) os salvos dentre todas as denominações são membros de um corpo, com Uma Cabeça, Cristo; não signatários de uma ala.

Medo do inferno para “ameaçar” gays? Primeiro um erro grotesco de perspectiva. A Mensagem evangélica não visa ameaçar com morte a quem já está morto. Fala com mortos, gente condenada, visando atraí-los à vida. “... vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Quanto à ameaça do inferno é doutrina bíblica contra todos os pecadores, gays ou não. “Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei.” Luc 12;5

Dizem ainda que “Deturpamos textos bíblicos para criticar aos gays”; Não sei quem faz isso mas, não vou interpretar para não deturpar; apenas copiar; quiçá um deles lendo-os me ensine como interpretar corretamente;

“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é;” Lev 18;22 “...homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza, recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.” Rom 1;27
“... efeminados, nem sodomitas... herdarão o reino de Deus.” I Cor 6;9 e 10 Etc.

Sei que os movimentos LGBTs criaram a tal de “Bíblia Inclusiva” que exclui ou redefine esses textos com os quais discordam.

Contudo reescrever editando Deus, por bonitinho, progressista e inclusivo que pareça, não passa de estupidez. “... em vão tem trabalhado a falsa pena dos escribas. Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;8 e 9

Quem disse que podemos por nós mesmos definir bem e mal, certo e errado mesmo contrariando Deus foi a oposição; O profeta pensava diferente; “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem o seu caminho; nem do homem que caminha dirigir os seus passos.” Jr 10;23

Mas o que tenho contra os gays? Nada. Se tivesse algo bastaria fazer vistas grossas aplaudi-los no erro para que, no fim eles se perdessem.

Mas O Amor de Cristo que “Folga com a verdade” nos constrange a ser chatos, inconvenientes até, apara adverti-los dos riscos que correm; sendo amados por Deus, precisam, como todos os pecadores, corresponder a esse amor andando segundo Sua Palavra para receber a salvação.

E, para não deixar uma questão em aberto, não existe evangélico progressista. O que há são infiltrados inconversos, com fins políticos e espirituais deletérios; se conhecessem deveras a Deus, não achariam que as coisas acontecem por esperteza humana; antes, Ele faz acontecer como Deseja.

Afinal já temos as tais “Igrejas Inclusivas” para quem quer ser gay e escamotear a Bíblia ao mesmo tempo.

Nossa oração e desejo é que se arrependam para salvação; caso prefiram seguir discordando da Palavra, o mesmo Deus ensina a solução; “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Am 3;3

domingo, 20 de setembro de 2020

Pegadas Ovinas do Dragão


No Apocalipse João descreveu um ser, tendo chifres de cordeiro e falando como o Dragão. O Dragão que fala, sabemos, é Satanás.
Enfim, parecia Cristo, O Cordeiro; mas, falava como Satanás, o Dragão.

Se, a boca fala do que o coração está cheio, óbvio que o dito bicho, malgrado sua dócil aparência estava cheio de Capeta.

Como fala Satanás? Sabendo que o apelo visual normalmente é mais forte que nossa acuidade auditiva, aos olhos apresenta-se como cordeiro; disso, seu objetivo: Enganar.

Como se engana falando? A forma mais tosca é a mentira. Contudo, se pode usar duplo sentido, eufemismos, descontextualização, desonestidade intelectual, inferências maliciosas, camuflagens nobres para fins vis, ironia, sarcasmo, etc. A coisa é mui vasta.

Quando falou com Eva ofereceu liberdade, autonomia e divindade. Esses três motivos “brilhantes”, usou para empacotar desobediência, pecado e morte. Tivesse trazido essas coisas nuas e cruas, a mulher as teria rejeitado.

Quando falou com Jesus diretamente, desafiou-O ao orgulho, mostre quem és, faça pão de pedras; poder global em submissão a si; por fim, a tentar ao Eterno exigindo cuidados indevidos; mediante Pedro mostrou “Compaixão”; “De maneira nenhuma te sucederá isto”. Seu “bom sentimento” visava desviar ao Salvador do objetivo.

Enfim, quando o dragão fala, não importa o modo, nem a beleza do que esteja oferecendo, a rigor, sempre estará oferecendo um dragão; não pode dar mais do que possui. Sabendo os problemas de marketing do inferno, redefine e promete o Céu.

Não temos em nossa natureza caída e perversa, meios para evitar os múltiplos enganos que o bicho semeia.

Sem o socorro do Espírito Santo, Seu Discernimento facultado aos servos, todos caímos nas arapucas do maligno. “Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas, o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;14 e 15

Diz noutra parte que, “O ouvido prova as palavras como o paladar prova aos alimentos”, daí a exortação repetida no Apocalipse; “Quem tem ouvidos, (espirituais, acrescento) ouça, o que O Espírito diz às igrejas.”

Assim, quem recebe essa graça de discernir as coisas “enxerga” ao dragão, malgrado, a beleza do seu disfarce.

Cheias estão as redes sociais, infelizmente, de gente que tenta se parecer com cordeiro, mas se comporta como dragão.

Em suas nuances “cordeiras” esposam textos bíblicos, comportamentos humanistas, defesas de causa nobres, etc.

Mas, à menor contrariedade passam a funcionar no modo dragão; “Pague minhas contas antes de se meter na minha vida”; Estou cag**** e andando para tua opinião sobre mim;” “Daí se fulano é gay, se cicrana deu para beltrano, cuide da sua vida!” “Se não te deram valor escolha outro ou vá piranhar um pouco...”

Parecem-se com o burrico do Shrek que casou com um dragão e não para de gerar dragõezinhos.

Todas essas “sutilezas” de porcos-espinhos, são derivadas da autonomia, e egoísmo; “bens” do Dragão.

Não que alguém por ser cristão deva ser enxerido, metido na vida d'outrem, juiz alheio. Mas, quem possui o ministério do ensino, por exemplo, tem dever de dividir a luz que possui.

Quando ensina segundo Deus, realça valores que são incidentes sobre si também. Não está “atirando pedras”, antes, difundindo luz.

Os cristãos verdadeiros são chamados a ser tão “metidos” que as coisas alheias lhe dizem respeito sim; “Para que não haja divisão no corpo, antes tenham os membros igual cuidado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;25 e 26

O que é o perdão, mandamento-base do cristianismo, senão, ousadia de “pagarmos” a dívida alheia para conosco? O que é a caridade, senão, a arte de “nos metermos” na vida alheia para seu socorro? O que é o ensino, senão, acender uma luz no caminho do semelhante ajudando-o para que ele veja melhor?

Ninguém é obrigado a ser uma coisa nem outra; que cada um faça suas escolhas. Só, não dá para ser as duas ao mesmo tempo.

O Senhor foi categórico e excludente: “... próximo está o tempo. Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda; quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;10 e 11

Fomos escolhidos e armados para o bom combate; isso demanda de nós que pareçamos com cordeiros e falemos como tais.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas, poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo.” II 10;4 e 5

A Regeneração das Pedras


“Tomarás duas pedras de ônix e gravarás nelas os nomes dos filhos de Israel... Porás... por pedras de memória para os filhos de Israel; Arão levará seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor.” Êx 28;9 e 12

Paramentos do culto no Antigo Testamento. Duas pedras de ônix com os nomes dos filhos de Israel escritos, engastadas em ouro, presas ao manto sacerdotal, sobre os ombros do sumo sacerdote Aarão.

Quando o Eterno escolhe algo para memorial tem em vista nossa memória, não a Sua. Não pensemos que Aquele que não dorme nem tosqueneja, tampouco se cansa ou se fadiga, sofra de Alzheimer, tenha algum problema de memória.

Quando criou o Arco Celeste após o dilúvio disse que seria símbolo de Sua Aliança com a humanidade; “Vendo-o me lembrarei da Aliança que fiz”, usou o modo humano de falar, como se Ele sofresse oscilações de ânimo, carecesse ser lembrado das Promessas por algum fator externo. Nele não há mudanças nem sombra de variação, ensina Tiago.

O real sentido era que vendo o arco após as chuvas nós lembraremos de Sua Aliança e não temeremos novo dilúvio.

Se, alguns decidiram usá-lo como bandeira da perversão sexual, diante de Deus e de quem O serve tem um sentido muito diferente.

As coisas do culto no Antigo Testamento são tipos proféticos do Novo. A Epístola aos Hebreus chama de sombras dos bens futuros; “... tendo a lei a sombra dos bens futuros, não a imagem exata das coisas...” Cap 10;1

Assim, o cordeiro da páscoa tipificava a Cristo; os pães de proposição, Sua Palavra; o povo de Israel, agora mais amplo comportando todos os crentes, judeus e gentios, promessa feita a Abraão que nele seriam benditas todas as famílias da Terra; os sacrifícios de animais tipificavam o Sacrifício perfeito de Cristo; o sacerdócio de Aarão, uma “sombra” do nosso Eterno Sumo Sacerdote...

Eis o papel das coisas no Antigo Testamento, cuja transição para o Novo, foi explicada de modo bem didático na epístola dirigida, justo ao povo que vivera sobre aquelas condições, os Hebreus!

“Vindo Cristo, Sumo Sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o Sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” Cap 9;11 a 14

Se, o Sumo Sacerdote temporal usava algo precioso sobre os ombros como memorial, Seu Antítipo, o Eterno traz algo vergonhoso para nós como memorial do custo do Seu amor; “Eis que nas palmas das minhas mãos Eu te gravei...” Is 49;16

Nos Seus Ombros uma cruz; nas mãos nossa resposta ao Seu Amor.

Pois mesmo as pedras preciosas e ouro, usados na confecção do manto aquele eram simulacros pobres das verdadeiras riquezas diante de Deus.

Pedro diz que a fé é muito mais preciosa que o ouro; a sabedoria fala coisas parecidas também; “Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro; que o ouro refinado, e meus ganhos mais do que a prata escolhida.” Prov 8;18 e 19

Quando desafiados a edificar sobre o Único Fundamento, Jesus Cristo, somos instados ao uso do melhor “material de construção.” “Se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará...” I Cor 3;12 e 13

Essa manifestação se dará mediante prova de fogo, o que elimina a eficácia das coisas combustíveis, como madeira, feno, palha...

Se, aquelas preciosidades envergadas por Aarão eram símbolos de valores maiores diante de Deus, esses valores simbolizados é que importam. “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado, incontaminado. I Ped 1;18 e 19

O Eterno trabalha com pedras brutas; para que, uma vez regenerada a Preciosa e Bendita Imagem de Deus, Ele possa se sentir em casa, habitando conosco;

“Chegando-vos para Ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;4 e 5

sábado, 19 de setembro de 2020

Baile de Máscaras


“O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para seus passos.” Prov 14;15

O uso de máscaras está na moda, controverso quanto à eficácia; alguns advogam tratar-se apenas de um instrumento de dominação psicossocial, um ensaio dos globalistas para quando marcarem, enfim, seu gado.

Desde a queda, quando temendo a presença de Deus o homem se escondeu, a “saúde” da alma humana sempre necessitou de máscaras; a consciência íntima de uma inocência necessária, não atingida, disfarçada e negada na conveniência hipócrita, de quem, como os gatos, tendo feito a coisa aquela, busca esconder.

Assim, o humano caído age como um diabo e procura manter a pose de filho de Deus. Desgraçadamente a verdade passou a ser um “vírus” contra o qual mascara-se.

E, o advento do Salvador, antes de salvar expõe esses vícios comuns a todos nós. “Destruirá neste monte a face da cobertura, com que todos os povos andam cobertos, o véu com que todas as nações se cobrem. Aniquilará a morte para sempre...” Is 25;7 e 8

O contexto imediato de vitória sobre a morte deixa claro que se trata do Messias. Ele que romperia a cobertura das faces de todos.

Esse “rasgador de máscaras” invés de doce e amoroso conselheiro, como devaneiam incautos sonolentos, mais afeitos aos melindres que à Palavra de Deus, vindo, para os hipócritas de sempre seria insuportável, como um fogo que derrete metais para remover escórias; “Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem subsistirá, quando Ele aparecer? Porque Ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi, os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

Notemos que, Seu alvo, antes que nosso bem estar, autoestima, visa produzir justiça.

Se na inocência os humanos estavam nus e não se envergonhavam, diante da Luz, todos ficavam desnudos e envergonhados; vendo a própria sujeira, a maioria decidiu apagar a Luz, invés de lavar-se.

Nunca foi uma incapacidade intelectual para compreender a Pessoa e a Mensagem de Cristo a barreira; as pessoas que O ouviam entendiam tão bem, que sabiam que junto Dele suas máscaras não cabiam mais; preferiram continuar usando-as, para a própria condenação; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, (usa máscara) para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Salomão advertira que invés de se dar crédito a cada palavra se deve observar os passos.

Em todos os aspectos da vida há mascarados; mas, nas coisas da política, pela publicidade óbvia, é que a coisa é mais espetaculosa.

Outro dia tivemos uma “live” de esquerdistas; políticos, artistas, jornalistas, youtubers... cujo tema era “em defesa da democracia”.

Cáspita!! Nosso presidente foi eleito legitimamente; a única coisa que pleiteia é que sejam impressos os votos para evitar fraudes. Onde está a ameaça à democracia? Candidate-se quem quiser; seja eleito quem puder.

Mas, precisam usar uma máscara bem bonita para sair em público; por dentro, essa gente defende o aborto, a perversão sexual de crianças, zoofilia, pedofilia, destruição dos valores cristãos, legalização das drogas, impunidade aos corruptos. Com uma cara feia assim, como sair em público sem máscara?

Até o mentor deles tem autocrítica; invés de sair à luz como é prefere transfigurar-se em anjo de luz; igualmente eles precisam vestes alugadas; quais vampiros, seres noturnos avessos ao sol, esses filhos das trevas o são, à verdade.

É vero que o pecado escraviza, “Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, faço. Ora, se faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.” Rom 7;19 e 20 também é que, depois de Cristo trata-se de escravidão voluntária.

No mesmo contexto onde descreve a servidão ao pecado Paulo apresenta a saída; “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor.” Rom 7;25

Adiante, vemos esse alforriado por Sangue que, anda após O Bendito libertador, envergando o “jugo suave” de homem livre; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, livrou-me da lei do pecado e da morte.” Rom 8;1 e 2

Nele, “todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” II Cor 3;18