quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A prostituição nossa de cada dia


“Assim farei cessar em ti a tua perversidade, a prostituição trazida da terra do Egito; não levantarás os teus olhos para eles, nem te lembrarás nunca mais do Egito.” Ez 23;27

O Eterno denunciando a prostituição de Israel; dizendo que ela seria entregue aos seus “clientes” os gentios, cuja idolatria imitava.

Havia múltiplos deuses no Egito. As dez pragas enviadas então, além de esmigalhar a arrogância de Faraó tinha uma função didática de ensinar a diferença entre O Todo Poderoso, e os bonecos humanos; por quê os deuses egípcios não os protegeram, se eram mesmo deuses? Os judeus deveriam ter refletido nessas coisas.

Entretanto, malgrado a inutilidade desses, deixada patente quando da Divina intervenção libertadora, um deles, o bezerro Ápis, parece que impressionava aos judeus, por alguma razão.

Tanto que, quando Moisés “demorou” a descer do Monte de Deus, os afoitos que queriam um deus palpável, visível para seu culto persuadiram Aarão a fazer uma réplica daquele; o famigerado Bezerro de Ouro.

Não obstante a punição exemplar com milhares de idólatras mortos, depois de estabelecidos na terra, atendendo a valores políticos invés de espirituais, Jeroboão, temendo que para cultuar no templo que ficara sob domínio de Roboão, o povo se voltasse àquele, tomou suas “providências”; “Assim o rei tomou conselho; fez dois bezerros de ouro e lhes disse: Muito trabalho vos será o subir a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito. Pôs um em Betel, e outro em Dã. Este feito se tornou pecado; pois, o povo ia até Dã para adorar o bezerro.” I Rs 12;28 a 30

Notemos que, além do colocarem aquelas abominações como alternativas ao Altíssimo, ainda lhes deram os créditos pelos feitos do Senhor. “...deuses... que te fizeram subir da terra do Egito.”

Pensar que a divisão do reino, Israel com dez tribos e Judá com duas, se dera como juízo pela idolatria de Salomão, que atendendo a política também, vivera temendo mais aos homens que a Deus. Quem não aprende com erros históricos tende a repeti-los.

Noutra parte O Eterno deixa patente; “Eu Sou o Senhor; Este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não Darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Quando esse tema é abordado muitos católicos se ofendem como se fosse um ataque religioso; não é. Uma testemunha de Jesus, não precisa jurar com a mão sobre a Bíblia que irá dizer a verdade, tão somente a verdade, nada mais que a verdade. Ele não pode agir de outra forma; sabedor como disse Paulo, que, “Nada podemos contra a verdade, senão, pela verdade.” II Cor 13;8

Outro dia católicos tradicionais ardiam em zelo porque o “Papa Francisco” recebeu um ídolo indígena a tal Paccha Mama nos jardins do Vaticano. Vociferavam contra a idolatria do pontífice, tendo suas casas repletas de imagens. Qual a diferença?

“Esse é meu santinho de devoção, mas Deus é mesmo dizem.” O Mesmo que proibiu imagens de toda espécie; “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Êx 20;4 e 5

Já li padres afirmando que as imagens “canônicas” são lícitas, pois, Deus mesmo mandou fazer uma serpente de metal e dois querubins sobre a Arca. Esse argumento prova exatamente o contrário; tanto era proibido fazer imagens, que só O Eterno ordenando pontualmente, para determinado fim, se faria. Isso não é defesa da verdade, mas sofisma.

Contudo, a idolatria é bem mais ampla que o culto de imagens. Temos muitos “Evangélicos” idólatras também. Os da prosperidade seu ídolo favorito é o dinheiro. Por esse fazem imagens da “Arca da Aliança” cruzes, portais, fetiches vários, mantos, lenços, lâmpadas, sal, óleo, rosa, etc. todos ídolos do mesmo quilate, tudo abominação diante do Altíssimo.

Havia uma disputa sobre o local correto para se cultuar, entre samaritanos e judeus; Aqueles o faziam no monte Gerizim os judeus no templo. A Samaritana questionou ao Salvador sobre o local certo e Ele apontou para o modo certo. “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim o adorem.” Jo 4;20 e 23

A única “Imagem” aceitável ante Deus é Cristo em nós. Não será visível em si mesma, mas nas consequências. Pois, invés de furtar à Glória de Deus, realça-a; “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Esqueletos nos Armários


“... Das minhas ofensas me lembro hoje;” Gen 41;9

Havia uma crise; Faraó sonhara algo que sabia ser relevante; nenhum dos seus conselheiros conseguia interpretar o sentido.

Então, o copeiro lembrou do prisioneiro José, que, dois anos antes, quando estivera preso com ele, aquele lhes interpretara corretamente a dois sonhos.

A que ofensa ele se referia? Prometera falar na casa real em defesa do preso inocente que o ajudara; “... lembra-te de mim, quando te for bem; rogo-te que uses comigo de compaixão, e faças menção de mim a Faraó; faze-me sair desta casa... O copeiro-mor, porém, não se lembrou de José, antes se esqueceu dele.” Vs 14 e 23

Geralmente em momentos de angústia somos solícitos, generosos; facilmente prometemos grandes coisas, para que sejamos livres do que, eventualmente, nos angustia; mesmo uma ninharia como a interpretação de um sonho; mas, passado o mau tempo e retornado o sol, nem sempre nos damos ao cuidado de honrarmos o que prometemos. “O telhado devemos reparar em dias de sol, não quando está chovendo.” Benjamin Franklin

Por isso O Salvador preceituou que nosso sim, deve ser sim; o não, não. Sendo o que for além disso, de procedência maligna.

Normalmente, quando pensamos em vencer a angústia são às suas dores que nos referimos; nem sempre, às tentações ao erro que essas mesmas dores podem induzir.

Salomão disse: “Se te mostrares fraco no dia da angústia é que tua força é pequena.” Prov 24;10

No entanto, usar palavras vãs, promessas fúteis para nos evadirmos a ela, não é vencê-las, mas, “acrescentar pecado a pecado,” no dito de Isaías. Como versa determinado hino da Harpa Cristã onde somos desafiados à valentia, essa engloba algo mais que triunfar às adversidades; “... a ti também vencer, sê valente!”

Há dois momentos cruciais em que nossas defesas estão fragilizadas; os angustiosos, por razões óbvias, e os de exaltação, algo não tão óbvio assim.

O que são as lisonjas, elogios desmedidos, bajulações, senão, tentações testando nossas defesas contra gente falsa que nos tenta enganar?

“Como o crisol é para a prata, o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores.” Prov 27;21

Normalmente não vemos assim, como uma prova, os elogios desmedidos. Embora sejam marcas digitais de hipocrisia, falsidade, nós incautos da silva os engolimos sem mastigar, como se fossem justas medidas de alheio reconhecimento ao nosso presumido valor.

Se na lógica mercante “quem desdenha quer comprar”, nas relações interpessoais, quem bajula quer enganar. Habacuque chegou a denunciar uns que além das bajulações faziam banquetes enganadores para descobrir segredos mediante o álcool; “Ai daquele que dá de beber ao seu companheiro! Ai de ti, que adiciona à bebida o teu furor, e o embebedas para ver sua nudez!” Hc 2;15

Às vezes a realidade precisa alguns acessórios para nos curar do torpor da nossa própria vaidade, para estabelecer diante de nós outra vez, a justa medida das coisas sem o inchaço do engano.

Ao falastrão Pedro que prometera ser fiel a Jesus mesmo à morte, o Salvador usou o canto do galo como acessório, e pontualmente expôs a fragilidade da qual ele nem desconfiava; no verso em apreço, o sonho do Faraó foi o “canto do galo” que acordou ao sonolento copeiro, para um lapso de caráter ao qual ele nem ligava, sequer percebia.

É infinito o manancial dos recursos do Pai; pode trazer insônia a Dario; um enigma “insolúvel” mediante Nabucodonosor, um leitor de crônicas perante Assuero... Qualquer coisa O Eterno usa, quando, para o bem da Sua Obra, alguma memória hibernante precisa ser desperta. A primavera de um fato novo tira o urso polar da sua letargia.

Uma máxima asiática diz que deveríamos escrever as ofensas recebidas na areia, e os benefícios na rocha. O que, outra coisa não é, senão, os preceitos do perdão e da gratidão desfilando com vestes poéticas.

Mas, quando sou eu o ofensor, não a vítima das ofensas, precisarei, como o Filho Pródigo, errar entre porcos para perceber o mal que fiz?

Numa geração doente como a atual, onde só é permitido elogios, o menor sinal de correção, ressalva, já soa a intromissão indevida, se Deus não fizer o “galo cantar” para mim, como não seguirei adormecido no confortável saco de dormir dos meus pecados?

Todos temos “esqueletos” no armário da memória e se o deixarmos fechado como se estivesse tudo bem, seguirá tudo mal; morreremos abraçados aos nossos erros, a menos que O Senhor nos desperte em tempo.

A verdade não nos embriaga para que a língua se solte; normalmente escava o “sítio arqueológico” dos nossos lapsos, para que os “ossos” passados permitam a compreensão da vida, e correção de rumos enquanto ainda dá.

domingo, 9 de agosto de 2020

As luzes na fachada


“Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o trará para fora.” Prov 20;5

Normalmente associamos à inteligência, rapidez de raciocínio, facilidade de compreensão, perspicácia... entretanto, na sentença supra, de Salomão ela foi anexa à arte de trazer para fora, o que já está no profundo de cada um.

Disse mais: “O homem sábio é forte, o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5 Isto é: faz valer, o depósito que possui em si.

Assim, se o tolo é visto como outrem que usa uma pedra preciosa na funda, o inteligente é o que faz o uso oportuno daquilo que tem alto preço, a sabedoria. Ela diz: “Riquezas e honra estão comigo; assim como bens duráveis e justiça. Melhor é meu fruto do que o ouro, do que o ouro refinado, os meus ganhos mais do que a prata escolhida.” Prov 8;18 e 19

Ter algo valioso no âmago e não trazer isso à luz, numa linguagem simples é saber o que é certo, e fazer o errado. O Salvador aconselhou a moldarmos ações ao conhecimento; “Se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.” Jo 13;17

Se observarmos as redes sociais, por exemplo, parecerá que somos a geração mais sábia que já viveu; dados os conselhos, as sentenças filosóficas, propostas existenciais, e as porções bíblicas que se partilham.

Contudo, se deixarmos o “País das Maravilhas” para Alice, e observarmos com algum critério à realidade depararemos com a pior de todas as épocas, também vaticinada nos provérbios; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos, e suas pálpebras são sempre levantadas.” Cap 30;12 e 13

Pouco vale ter diamantes no fundo e trazer à luz o reles cascalho.

No antigo pleito entre o ser e o parecer algo, esse vai ganhando de lavada daquele; somos a geração vídeo, consumidora de cultura inútil, de hienas que riem da própria morte, nas tolices que as distraem, e evitam a buscar vida nas coisas profundas pelas quais recusam-se a mergulhar. Parece que descobrimos pérolas de superfície.

Assim, mesmo sentenças sábias partilhadas, não passam de “vídeos;” digo, de como as pessoas querem ser vistas...

Alhures se denuncia a inutilidade de um asno carregado de livros, o que para o tal não passaria de um peso; um amontoado de sentenças sábias apenas para consumo externo, para fazer pose ante terceiros acaba tendo a mesma função que os livros no dorso do jerico.

Sempre recorro a uma sentença de Plutarco: “A mente não é um vaso para ser cheio; é um fogo a ser aceso.”

Logo, invés de se empanturrar de frases profundas sem refletir sobre nenhuma, que tal ousar pensar detidamente sobre uma só? Moldar o agir por ela? Pode que, tico e teco produzam uma faísca atritando pedras, e o prazer da reflexão acenda um fogo que paulatinamente irá consumindo a ignorância.

O abençoado descrito no Salmo primeiro faz algo assim; “... tem seu prazer na lei do Senhor, e na Sua Lei medita de dia e de noite.” V 2

Claro que a coisa não será tão divertida quanto rir de memes; mas, enquanto aqueles laboram para distrair mortos, a sabedoria se esforça para ressuscitar.

Se o conhecimento fosse apenas uma posse para ostentação, ginástica intelectual, mero deleite a alimentar a vaidade, não teria relevância buscá-lo ou não; entretanto, o Criador que colocou cérebros dentro dos nossos crânios o fez tencionando que os usássemos em prol de nossas vidas; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também Eu te rejeitarei...” Os 4;6

Nossa palavras (postagens) são registradas em memoriais celestes; “... o Senhor atentou e ouviu; um memorial foi escrito diante Dele ...” Mal 3;16

E pelas nossas palavras seremos julgados, ensinou O Salvador; por isso Tiago adverte a que se fale menos e ouça mais; “... muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.” Cap 3;1 e 2

Ou seja, se tens esse conhecimento no fundo, por quê, não o trazes a luz? A luz espiritual não está no fim de um túnel; deve fulgir mostrando o lugar dos passos; “Lâmpada para os meus pés é Tua Palavra; luz para o meu caminho.” Sal 119;105

Então, “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado.” I Jo 1;7

sábado, 8 de agosto de 2020

A Carta dos Bispos; Abalo "Císmico"


“O estrangeiro não afligirás, nem oprimirás; pois estrangeiros fostes na terra do Egito.” Ex 22;21

Uma qualidade apreciável é a empatia; a capacidade de se colocar no lugar do outro para entender seus motivos e dores.

Pois, acima temos o mandamento para o exercício dessa qualidade, em consórcio com a experiência; não oprimirás ao estrangeiro, pois já o fostes e sabes como é.

Cá no sul se diz que “touro em terreno alheia é vaca”; o que, abstraído o verniz machista, pretende deixar patente que, em terra alheia nossa ousadia perante a vida, fiados nos direitos de cidadania e identidade com o chão, não são os mesmos, de quando estamos em casa.

“Um profeta não é bem vindo em sua terra”, mas, para efeito de convívio social é em terra alheia que somos fragilizados.

A suma é que, dadas as nossas dores vividas devemos aprender a ser solidários para com as alheias.

Durante mais de cinco séculos, os Protestantes têm convivido com pechas como “Hereges, desviados, sectários...” etc. Isso vindo dos Católicos que, por se considerarem a “Única Igreja Verdadeira” assim avaliavam aos que ousaram discordar de seus ensinos e hierarquia.

Não esqueçamos que Lutero, pai da Reforma, era um padre; que, ao descobrir práticas e ensinos vários em desacordo com as Escrituras publicou suas 95 teses, exortando católicos fiéis a uma mudança de postura nos temas propostos, não à separação de Roma e criação de nova igreja.

A reação de Roma àquilo, que preferiu perseguir aos descontentes a rever suas práticas que incluíam até venda de indulgências (perdão) em moedas, essa reação sedimentou o cisma, não a vontade dos que discordavam. Portanto, a culpa pela existência dos protestantes deriva dos que exigiam obediência incondicional, malgrado, pudessem ser demonstrados seus erros.

Embora houvessem disputas pontuais de interpretação desse ou daquele texto, o cerne da questão sempre foi a “necessidade de submissão ao Cabeça visível da Igreja” a causa maior; pleito cada vez mais frágil, quase extinto; não por concessão ou mudança dos romanistas, mas, por apostasia dos “protestantes” que acham mais desejável a aclimação política mesmo no erro, que o zelo de Deus pela Verdade, que motivara a Lutero.

Entretanto, com o golpe de derrubou Bento XVI e a eleição de Francisco, o Papa comunista, novo cisma se desenha, entre os católicos sinceros, e os da “Teologia da Libertação” que bebem mais de Karl Marx que da Bíblia.

Dia desses 152 Bispos brasileiros assinaram uma carta que convenientemente “vazou” para alívio da CNBB; é tão baixa, parcial e mentirosa que, não merece comentários pormenorizados; dá preguiça. Basta dizer que é um “Ele Não” religioso, um “Fora Bolsonaro” eclesiástico, um ataque petista com vestes de igreja.

Se, os católicos mais convictos desde o famigerado “Sínodo da Amazônia” e antes até, estavam desalinhados com o Vaticano, muitos padres denunciavam abertamente que Francisco é o Falso Profeta dos últimos dias, previsto no Apocalipse, agora, o “Manifesto Comunista” dessa múmias disfarçadas de religiosos foi a cereja da torta, a pá de cal nas esperanças de uma cura na igreja.

Os que apregoam nas redes sociais que se cultue de forma alternativa, se ignore Francisco e suas heresias, a despeito do conteúdo, na forma se portam de maneira igual ao que fizeram os protestantes medievais. Entre obediência irrestrita ao erro, e a ação “desalinhada” que lhes aquieta as consciências, preferem essa.

Serão cada vez mais incisivas as excomunhões, as pechas de hereges, desviados, sectários... bem vindos ao clube; sabemos como é, pois também fomos “estrangeiros” desde sempre.

Aliás, a ideia bíblica é mesmo essa; “Todos estes (os heróis da fé) morreram na fé, sem terem recebido as promessas; mas vendo-as de longe, crendo-as e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Porque, os que isto dizem, claramente mostram que buscam uma pátria.” Heb 11;13 e 14

A Palavra de Deus sempre coloca obediência como indispensável, aos cristãos; “Obedecei aos vossos pastores...” entretanto, pressupõe que esses atuarão de modo a ser eco do Único Pastor; “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos, bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12;11 e, “O Senhor É O meu Pastor...” Sal 23;1

Um líder espiritual não é uma fonte, é um canal; “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento; da sua boca devem os homens buscar a Lei porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Mal 2;7

Quando um pastor para de representar Deus, em atenção a interesses espúrios, a coisa deixa de ser Divina; desce ao rés do chão das humanas. Então, o mandado é à desobediência; “Fostes comprados por bom preço; não vos façais servos dos homens.” I Cor 7;23

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Maligna Perspectiva


“Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, só as dos homens.” Mat 16;23


A ideia comum de “pisar serpentes e escorpiões” metáfora para triunfar aos maus espíritos é uma espécie de exorcismo. Um enfrentamento direto com o canhoto e associados.

Entretanto, na maioria dos casos a coisa não se dá assim; eventualmente acontece. Como vimos no texto inicial, Satanás conseguiu emitir sua ideia em consórcio com Pedro, que era chegado do Salvador.

Todos sabem que “Deus É Espírito”; mas, muitos parecem ignorar que Satanás também é. Assim, uma influência espiritual, dele derivada, está a seu serviço, mesmo que a pessoa usada por essa influência, sequer identifique; esteja munida das melhores intenções.

O Salmista pintou o traidor assim: “As palavras da sua boca eram mais macias do que manteiga, mas havia guerra no seu coração: suas palavras eram mais brandas do que azeite; contudo, eram espadas desembainhadas.” Sal 55;21

Explicando a peleja espiritual Paulo ensinou: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;4 e 5

Se, nossas armas são eficazes “em Deus”, necessariamente, pela “Espada do Espírito” é que somos capacitado para a peleja.

Na diatribe ao conselho de Satanás pelos lábios de Pedro O Senhor o acusou de cogitar apenas das coisas dos homens, não das de Deus.

Alguém já ouviu falar de alguma promessa de reino de Satanás para depois dessa vida? Algum tipo de salvação e esperança futura?

Diferente do Eterno que promete enxugar todas as lágrimas, vida eterna; “Novo Céu e uma nova Terra onde habita a justiça”, o “Sinédrio de Satã” trabalha por toda parte visando acelerar o implemento do que eles chamam de “Nova Ordem Mundial”. Um império aqui.

Tiago cotejou a Pura Sabedoria Divina com a oposição e disse que essa é “Terrena, animal e diabólica.” Sua perspectiva; terrena, um reino aqui; seu âmbito de atuação; animal, ou seja, na alma do homem não no espírito que só o “Novo Nascimento” mediante Cristo possibilita. Sua fonte, diabólica; vinda do Pai da Mentira.

Há pouco deparei com fragmentos de ensinos que desafiavam a cada um a enfrentar suas “sombras” e livrar-se das “crenças falsas” como “única maneira de curar-se ser inteiro novamente...” Ressalvada a boa intenção de quem partilhou e sua sinceridade, trata-se de mais um “conselho contra o conhecimento de Deus.”

Outrora se usava certo brado de apoio: “Falou e disse!” Grosso modo parece uma redundância gratuita, mas não é; há uma grande diferença entre falar e dizer; pois, o texto apreciado falou bastante, embora não disse quase nada.

Se, tenho que enfrentar minhas sombras e me livrar das crenças falsas, mas o texto que isso propõe não ousa identificar uma, nem outra, apenas me tira a escada e me deixa no pincel. Falou mas não disse nada.

Agora, quando ousa esse conselho em fluente “Dilmês” dizendo que ele é a “única” maneira de ser regenerado, (inteiro outra vez) finalmente disse algo; blasfemou chamado ao Salvador de mentiroso, pois Ele disse duas coisinhas básicas; uma: “... Sem Mim nada podeis fazer” Jo 15;5; outra: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão, por Mim!” Jo 14;6

Portanto, quando enfrento “Conselhos que se levantam contra o conhecimento de Deus”, o faço expondo o que Deus disse sobre o tema; afinal, “Nada podemos contra a verdade; senão, pela verdade”.

Por não cogitar das coisas Divinas, antes, laborar por cegar os homens à compreensão delas, (... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho...) os conselhos do maligno soam mais saborosos ante os incautos que A Palavra de Deus.

Acenam com direitos irrestritos; tolerância, inclusão, prosperidade, liberdade... mentiras que os homens adoram ouvir; O Eterno não doura a pílula, chama-nos pelo que somos, maus e pecadores, irremediavelmente condenados ao inferno sem Cristo.

Entre tomar uma cruz, ou, fazer o que quiser nas asas das paixões, facilmente percebemos o que soará mais agradável ao homem natural.

Pelo império da mentira o adúltero pode trabalhar acenando com pureza; o corrupto pode propagar acenos de probidade; o tirano discursar em defesa da liberdade...

Pelo Reino de Deus, só regenerados em Cristo, pecadores arrependidos e por Ele transformados podem laborar; sempre com as armas da Verdade.

Pois, a excelência de um caminho não reside nas facilidades que enseja, mas aonde ele leva; “Há um caminho que parece direito ao homem, mas seu fim são os caminhos da morte.” Prov 16;25

domingo, 2 de agosto de 2020

Alerta Vermelho


Há algum tempo, conservadores mais convictos, entre os quais me incluo, denunciavam os riscos de uma ditadura comunista por aqui; uma “venezuelização” do país, onde liberdades básicas corriam risco de desaparecer.

Para a maioria passávamos ao largo; alguns, nos achavam alarmistas, que veem pelo em ovo, ou chifres em cavalos.

Afinal, era vigente “plena democracia” com um saudável vigor institucional, liberdade de expressão; censura, ditadura eram males pretéritos, coisa dos “malditos militares” de outrora.

Pois bem, uma vez eleito Jair Bolsonaro, o único candidato de fora do “Mecanismo”, como um cumprimento do seu bordão bíblico, “conhecereis a verdade...” veio, enfim, à luz que tipo de “democracia” imperava. Não passava de uma oligarquia de safados, (domínio de poucos corruptos); eventuais enfrentamentos e ataques mútuos entre eles era de jogo de cena, para a sonolenta torcida.

Apesar de alguns incautos dizerem, eventualmente, durante arruaças pontuais, “O gigante acordou!” o bosta seguia indiferente, “deitado eternamente em berço esplêndido.”

Ora, como disse Barão de Itararé, “De onde nada se espera é que nada vem, mesmo”; governantes de então, invés de se reunirem com expoentes de economias e democracias sólidas, para efeito de intercâmbio, por identificação com os vermelhos, sempre faziam suas “comissões mistas” e iam lamber as botas dos chineses, mesmo sabendo o tipo de “liberdade” existe por lá.

Quando em meados dos anos oitenta estudantes saíram às ruas pedindo direito de escolha foram massacrados com tanques de guerra, o fatídico “Massacre da Praça da Paz Celestial”. Que ironia!! Chamar de local de paz celestial um local transformado em palco de guerra infernal.

Aquele vírus nos prejudica há umas duas décadas, já. A sede de totalitarismo, partido único dominando ao povo como se, gado de sua propriedade.

Agora que os fatos mostram que estávamos certos, os que advertiam dos riscos, não me alegro porque estava certo, temo o que virá.

Nossa Suprema Corte é mais venezuelana que se poderia prever. Gente como Adélio Bispo, e Glenn Greenwald, contam com a proteção dela, malgrado, seus crimes notórios; os que pensam fora de um matiz vermelho, como Osvaldo Eustáquio, Bernardo Kuster, Sara Winter, Allan dos Santos, etc. são censurados, perseguidos, alvos de busca e apreensão sem motivo nenhum, presos até. Eis a democracia à chinesa!

Agora, Allan dos santos, teve que deixar o país para fazer seu trabalho de jornalista investigativo sem risco de ser assassinado.

Mas, diria alguém, fez denúncias graves contra membros do STF, embaixadas da China e Coréia do Norte, e um advogado do PT. Sim, fez. Mas, se ele tem provas é seu direito fazer; e dever de uma nação democrática com instituições minimamente funcionais, investigar; comprovadas as denúncias, punir exemplarmente aos culpados.

A inversão aos moldes dos vermelhos é tal, que, ladrões vagabundos condenados há muitos anos em segunda instância, como Lula e José Dirceu, andam livremente articulando conchavos pra lá e pra cá; enquanto, jornalistas e youtubers que nenhum crime cometeram, são presos, eventualmente carecem se refugiar. Seu crime? Não são comunistas, apoiam Jair Bolsonaro.

A invasão Chinesa é mais profunda do poderia pensar um desavisado qualquer; já dominam meios de comunicação, de produção e mesmo terras produtivas. E, se a acusação do Allan se comprovar, estariam usando sua embaixada em Brasília, como local de espionagem e conspiração para derrubar a um Governo legítimo; quiçá, plantar outro que “fale a mesma língua” deles.

Parece alarmismo de novo? Não esqueçamos que, semana passada foi fechada a embaixada dos chineses em Huston, Texas, EUA, pela mesma acusação; espionagem.

Essa gente tem autocrítica embora para efeito de discurso doutrinador seu sistema é libertário, democrata, inclusivo, superior, na verdade, para implantá-lo carecem fraudes, espionagem, mentiras, pois, a verdade não convenceria ninguém.

Há rios de sangue por onde o comunismo passou, entretanto, seus proponentes e idiotas úteis adictos insistem, que o capitalismo é que é nocivo ao mundo. Ora, o “mal” que o capitalismo enseja é a falência dos incompetentes.

Como não se cura câncer com Aspirina, e o “Organismo do Seu Brasil” está mui tomado pelo vermelho tumor, temo o risco de uma guerra civil, caso tentem mesmo tirar o presidente mediante golpe; ou guerra internacional, até, se os orientais, confiados no apoio dos traidores da pátria daqui, resolverem invadir mesmo, para valer, nosso país.

Das guerras internas desmedidas de cada patife, as outras são feitas, para que, inocentes percam vidas, porque safados não perdem suas ambições. “De onde vêm as guerras, pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4;1

O gigante dormiu por muito tempo; o inimigo veio e plantou seu joio; não temos como salvar a seara das instituições democráticas sem erradicar certas ervas daninhas. Mãos à obra!

sábado, 1 de agosto de 2020

Fogo no Circo


“Desde o princípio do mundo nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença. Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.” Jo 9;32 e 33

Irretocável a lógica do ex cego que, curado, para desespero do “Mecanismo” de então, via duas vezes; as coisas circunstantes, e O Ser de Jesus que o sarara.

Reconhecer perante as lideranças que, um “Rebelde não alinhado” como Jesus, procedia de Deus era uma afronta. Por certo já começavam a pensar num “Adélio Bispo”. Quando da ressurreição de Lázaro não tiveram dúvidas; era preciso livrar-se da “ameaça”.

Luz, de nenhum tipo, física ou espiritual, sai da fábrica do Capeta; seu trabalho é diametralmente oposto. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4

Como atua, para cegar às pessoas para a verdade? Desde os dias do Império Romano se dizia que dando pão e circo ao povo ele estará dominado, não questionará as coisas e viverá sua servidão sossegado.

Desgraçadamente é assim. Embora, para tentações “especiais” em que o alvo seja maior, como Adão e Cristo, ele tenha oferecido ao primeiro divinização; o poder; (sereis como Deus) ao Segundo um domínio global (tudo isso te darei se prostrado me adorares), para o homem comum, abastecido o ventre e drogada a alma com alguma sorte de circo, ele dormirá sossegado entre os mortos.

Paulo sofreu com esses; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, repito chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, cuja glória é para confusão deles...” Fp 3;18 e 19

Um do efeitos colaterais, “positivos” do famigerado vírus que grassa é que o circo fechou. Digo; grandes espetáculos, futebol, fórmula 1, shows, etc. Pelas aglomerações óbvias que ensejariam pararam de acontecer, pelo menos, com concurso de público.

Mesmo o pão, em muitos casos, por consequência de atitudes desastradas de governantes ineptos, ou mal intencionados, também começa a faltar e o desemprego assusta. Um cenário que outrora permitia sonhar com progresso, agora se reveste do mero desafio pela sobrevivência.

Desesperado com a possibilidade das pessoas, finalmente se esforçaram um tiquinho pelo que, deveras interessa, salvação da alma, o “dono do circo” rebusca-se de espetáculos pretéritos, grandes feitos de pilotos, músicos, atletas do passado, para tentar requentar às almas viciadas, para que essas não “corram o risco” de se voltarem para O Criador. A fábrica de cultura inútil, então, nunca esteve tão produtiva.

Para muitos o “Vale à pena ver de novo”, forma em que se apresenta o vale à pena seguir morto, consegue sanar parcialmente a crise de abstinência.

Contudo, almas viciadas tendem ao vício outra vez; mesmo em casos graves como o atual, seus anseios são por mais do mesmo, não por “fecharem para balanço” por um pouco e pensarem seriamente sobre os caminhos por onde têm andado. São como o bêbado citado nos provérbios; “Dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.” Prov 23;35

Em muitos casos, burlam leis e fazem seus ajuntamentos clandestinos deixando patente que têm mais sede de morte, que de vida.

Pois, abraçar à Vida requer o abandono de coisas a que se recusam; todavia, aos que ousam tal passo, com vírus ou sem, recebem uma segurança que extrapola à vida e uma paz interior que desafia às circunstâncias adversas. “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte d’água que salta para a vida eterna.” Jo 4;14

Nessa reta final da saga Divino-humana O Salvador segue deixando patente Seu Amor, no convite à vida que reiteradamente faz; “O Espírito e a esposa dizem: Vem. Quem ouve, diga: Vem. Quem tem sede, venha; quem quiser, tome de graça da Água da Vida.” Apoc 22;17

Infelizmente, quem levou uma vida toda drogado pelo vinho das paixões, não vê um apelo desejável num convite à água; “... não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência Nele, para que o desejássemos.” Is 53;2

Não disse Isaías que Ele era feio; mas, que as pessoas não viam Sua Beleza; Quem se acostumou com o caminho largo como conceito de beleza, achará sem graça a “Vereda estreita”.

Diz o adágio que o pior cego é o cego voluntário; como curaria, O Senhor, alguém que recusa-se a admitir sua doença?

“Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20