“Vem, saciemo-nos de amores, até à manhã; alegremo-nos com amores.” Prov 7;18
A adúltera, ao jovem imprudente. Avisa-o que seu marido está viajando e convida-o para o desfrute dos vícios, aos quais, chama de amores.
O sonolento não mostra nenhum cuidado, escrúpulo; antes, “logo a segue, como o boi que vai ao matadouro...” V 22
O hábito de chamar aos vícios perniciosos por outros nomes é bem antigo. Quando determinado artista cantou: “Consideramos justas todas as formas de amor”, a rigor, ele queria dizer, todas as formas de relações sexuais. Tanto que, ele vive sua sexualidade alternativa. É direito dele; agora definir o que é justo e o que não, essa pasta não lhe foi dada.
As coisas não são, necessariamente, como as consideramos. A verdade não é maleável, como se, cada um tivesse sua porção, tipo aquela platitude “filosófica” ante a qual, idiotas babam; a do número escrito no chão, que de um lado é seis, do outro, nove; engenho forçado do relativismo, para que, mesmo as visões opostas todas, “tenham razão”. Nada poderia ser mais estúpido e pernicioso.
No exemplo em apreço, temos a mesma situação vista por duas leituras diferentes. A saciedade do amor, e, adultério. Quem sugeriu que podemos valorar às coisas ao nosso bel prazer, foi o canhoto; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal, sereis como Deus.” Contudo, quem se atreve contra os valores que O Eterno estabeleceu, e contra a verdade que Ele revelou, se faz como o diabo. Como certo político conhecido, o diabo em campanha promete picanha; na hora do vamos ver, acena com ovos. Os seus filhos saem semelhantes ao pai.
Se, tudo é relativo e cada um pode ver o “número” que aprouver, sequer a inversão de valores é possível. Os tais, seriam diluídos na miscelânea de deuses, e cada um escolheria aos da sua predileção; todavia, os valores estão estabelecidos na Divina revelação.
Os que se atrevem contra eles, estão em rota de colisão contra o juízo do Eterno. “Ai dos que, ao mal, chamam, bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas, luz, e da luz, trevas; que fazem do amargo, doce, e do doce, amargo.” Is 5;20
Cada um pode defender a moralidade que aprouver, sofismar sobre O Santo, sobre a conveniência e atualidade da Palavra, etc. Ela segue, solene, sóbria, radicada, imutável; “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, herdarão o Reino de Deus.” I Cor 6;10
Para a mulher adúltera, bastava o marido não estar, para que ela fosse em busca dos seus deleites ilícitos. Invés do necessário apreço por compromissos, valores, honra, pautar suas escolhas, ela preferia que as comichões do corpo o fizessem.
Assim também fazem os que escolhem “doutrinas inclusivas”, que afrontam ao que O Eterno revelou. Invés do compromisso com Ele pautar escolhas, esses adúlteros espirituais escolhem o prazer de escutar o que anseiam, nas alcovas proibidas dos falsos mestres. “Porque virá o tempo em que não suportarão à Sã Doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si, doutores, conforme suas concupiscências, desviarão os ouvidos da verdade, voltando-se às fábulas.” II Tim 4;3 e 4
Como o que segue à adúltera que vimos no princípio, também esses encontrarão sorte semelhante: “Assim, o seduziu com palavras muito suaves, e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios; ele logo a segue, como o boi que vai para o matadouro, e o insensato para o castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado, ou, como a ave que se apressa para o laço, e não sabe que esse está armado contra sua vida.” Prov 7;21 a 23
Deus nada escreveu de ambíguo, que possa ser lido de uma forma, e de outra, totalmente oposta, também. A verdade é absoluta, categórica, cabal. Quem não consegue lidar bem com ela, busque em si mesmo as razões, não em Deus, no Qual, “Não há mudança nem sombra de variação.”
Essa balela de que cada um interpreta como quer à Palavra de Deus, não passa de desculpa esfarrapada de gente avessa à ela, que tenta camuflar com “lógica” sua pecaminosa e resiliente aversão.
O básico para andar bem todos sabem, mesmo, os que não leem À Palavra. Como o jovem do exemplo, o fato do marido não estar em casa era sua “segurança”; desses, o do juízo demorar um pouco.
Aos “descuidados” assim, O Eterno adverte: “Estas coisas tens feito e Eu me calei; pensavas que Eu era como tu; mas Eu te arguirei, e as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21