segunda-feira, 10 de outubro de 2022

deuses mortos


“Os deuses que não fizeram os céus e a terra desaparecerão...” Jr 10;11

Qual seria a culpa deles, para serem banidos? Embora seja vasta a diversidade desses, todos são meros desdobramentos da sugestão maligna, que o ser humano autônomo seria “como Deus”, apto a decidir o bem e o mal.

Daí, pareceu bem “suprir” a lacuna de relacionamento com O Eterno, criando uns simulacros, derivados da humana imaginação, atribuindo aos mesmos, qualidades Divinas; malgrado, não passassem de fantoches inertes. “Têm boca, mas não falam; olhos, mas não veem. Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes, mas não cheiram. Têm mãos, mas não apalpam; pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.” Sal 115;5 a 7

Sempre que a imaginação perversa tenta substituir ou suplementar À Palavra de Deus, surge um ídolo usurpando o lugar do Senhor; deuses falsos não precisam ser, necessariamente, esculpidos; invés de dar forma à matéria morta, a imaginação doentia e pervertida devaneia grandezas desde a alma morta.

“As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre...” Deut 29;29

Não há um vácuo onde a desobediência humana consiga exercitar-se sem acrescentar à temeridade, profanação. A Divina revelação veio plena, completa; “Visto como Seu Divino Poder nos deu tudo que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento Daquele que nos chamou pela Sua Glória e Virtude;” II Ped 1;3

Qualquer proposição válida, no prisma espiritual, derivará necessariamente, da Palavra de Deus; as inválidas e profanas colidirão com os Ensinos Sagrados.

Quando ouço alguém, mesmo munido das melhores intenções, esposando conselhos tipo: “Confie em você mesmo; seja você mesmo!” Imediatamente, fervilham porções da Palavra contrariando. “Negue a si mesmo” ensinou O Mestre; “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos teus caminhos; Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6 Disse Salomão; “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5 “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta Ao Senhor...” Is 55;7 etc.

Como vimos, o “seja você mesmo”, “Permita-se” arrosta À Santa Palavra inúmeras vezes. Embora esses ídolos tenham consigo o fôlego de vida herdado do Eterno, a rigor são como os esculpidos; 

seus ouvidos ouvem, mas não escutam o que deveriam; seus pés andam, mas recusam a trilhar pelo caminho estreito; mãos apalpam mas, não tocam nas Vestes de Cristo; os olhos veem, mas reféns das vontades enfermas, fingem não ver o que está patente; as narinas cheiram, todavia, evitam o “Bom Cheiro de Cristo”; as bocas falam, porém, não comunicam vida; acrescentam pecado a pecado; neles cumpre-se a maldição: “A eles (aos ídolos) se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos que neles confiam.” Sal 115;8

Sobre os que veem e fingem não ver, umas considerações mais; mesmo as Obras criadas evidenciando claramente os Atributos Divinos, bancam os desentendidos; agradecem as dádivas recebidas, ao “Universo”, não ao Senhor; “... do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê, pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; pois, tendo conhecido Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças...” Rom 1;18 a 21

Pode ser mais fácil, menos responsabilizador, “cultuar” ao Universo. Mas, também esse foi criado. “... honraram e serviram mais a criatura do que O Criador...” Rom 1;25

Quem tem olhos e ouvidos espirituais, ouve “gritos” exaltando O Eterno; “Os céus declaram a Glória de Deus; o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, e uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala; mas, onde não se ouve sua voz? A sua linha se estende por toda terra, suas palavras até ao fim do mundo...” Sal 19;1 a 4

Spurgeon comentando isso disse mais ou menos o seguinte: “Aquele que, após contemplar a magia intangível das constelações, o sol e a lua com suas rotas propositais e majestosas, os planetas com suas órbitas bem ordenadas, enfim, toda ordem esplêndida dos céus, ainda se diz ateu, juntamente se declara imbecil e mentiroso.”

O “ateu” é um deus/servo, adorador de si mesmo; coloca suas pretensões esfarrapadas acima do Altíssimo. “Aquietai-vos, e sabei que Eu Sou Deus; Serei Exaltado entre os gentios; Serei Exaltado sobre a terra.” Sal 46;10

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