terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Quem poderá se salvar?


“Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus?” I Cor 6:9

De modo superficial, isso poderá dar azo a uma interpretação errada. Se, os injustos não herdarão o Reino, o caminho para chegarmos lá implicaria, sermos justos; o que, abriria espaço para a salvação mediante obras. Porém, a Palavra fecha essa possibilidade. Não que não devamos ser justos, mas parece que é insuficiente.

A salvação “... não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2:8 e 9

Quanto aos justos, temos um problema também; “... Não há um justo, nem um sequer.” Rom 3:10

“... Quem poderá, pois, salvar-se?” Mat 19:25 “Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.” V 26

A “justiça” dos salvos não é propriamente deles; antes, é uma justiça imputada. “Àquele que não pratica, mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é imputada como justiça.” Rom 4:5

A primeira injustiça foi o casal do Éden ter duvidado da Palavra de Deus e acreditado na falácia da oposição. Por isso, o passo inicial para salvação é “virarmos essa chave”; deixarmos os múltiplos conselhos do príncipe desse mundo, difusos através dos escravos dele, para voltarmos a confiar estritamente na Palavra de Deus.

A incredulidade é muito mais grave do que pode parecer. “fulano é ateu, mas é gente boa. Não é obrigado a crer em nada.” Ou, “cada um crê em Deus como o concebe”, "ninguém pode impor sua fé a outrem". Afirmações assim, quem jamais ouviu?

Que as pessoas são arbitrárias, livres para fazer escolhas isso é pacífico. Porém, que o ateísmo seja uma “neutralidade” inócua, inofensiva, não é tão simples. Dado o fato de Deus se ter desnudado, revelado cabalmente, por Sua Palavra e Suas Obras, a descrença traz anexa uma blasfêmia: “... quem a Deus não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu.” I Jo 5:10

Isso da Palavra. Da revelação paralela, as obras, também descreem; “Porque as suas (de Deus) coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto, Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1:20

Quanto a um Deus como “você o concebe”, a mera forma verbal já traz uma inversão; como se, invés de sermos criados por Ele, O Criador seria uma concepção nossa. Sendo assim, mero artifício, cada um pode criar o seu, como bem lhe parecer. Em eventual perigo, que clame ao seu concebido; pois, O Eterno não lhe ouvirá.

Os que, em momentos de escuridão, provação que Deus permite para aperfeiçoar a fé dos Seus, resolvem forjar caminhos alternativos, são comparados aos que acendem fogos estranhos; “Eis que todos vós, que acendeis fogo e vos cingis com faíscas, andai entre as labaredas do vosso fogo, entre as faíscas, que acendestes. Isto vos sobrevirá da minha mão, em tormentos jazereis.” Is 50:11

O que é a pregação do Evangelho, senão, um chamamento para que todos conheçam ao Senhor? O que é a conversão, à qual somos desafiados, senão, o abandono das maneiras rasas e mundanas de pensar e agir, para aprendermos de Deus segundo valores mais altos? “Porque, Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55:8

Quem considera válidas todas as “buscas” por Deus, no fundo, está apenas maquiando sua fuga, numa desonestidade intelectual embriagada, que mente para si mesmo, e acredita.

A salvação é de graça, apenas pela fé no Único Salvador, Jesus Cristo. Pelo nosso simples crer Nele, Sua Justiça é imputada aos que creem.

Não importa as obras de injustiça que tenhamos em nossos pretéritos; dali em diante, somos desafiados a um novo modo de viver. “De sorte que fomos sepultados com Ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos também, em novidade de vida.” Rom 6:4

Se, nossas obras justas não bastam, todavia, as boas obras devem concorrer com nossa profissão de fé, não como meios de salvação, antes, com testemunhos de que fomos salvos por Cristo. “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2:10

Os que levam a sério a graça recebida, se ocupam de conhecer a Deus, praticar o que Ele ensina, passam por um câmbio tão radical, que sendo os mesmos, já não são mais os mesmos; “Se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram, e tudo se fez novo.” II Cor 5;17

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Flores de plástico


“Ouvindo os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao Senhor Deus de Israel, chegaram-se a Zorobabel e aos chefes dos pais, e disseram-lhes: Deixai-nos edificar convosco...” Ed 4:1 e 2

Quando adversários quiserem “ajudar” faremos bem em desconfiar, analisar se convém, dar espaço para que se misturem conosco.

Dos indesejáveis, vulgarmente se diz: “Não atrapalhando já ajuda muito.”

Invejosos podem se camuflar de voluntários, para danar o trabalho dos incautos que neles confiam. Muitos aceitam essa intromissão, por imprudência, falta de discernimento.

Afinal, as pessoas têm a “melhor das intenções.” É de domínio público que, “de boas intenções, o inferno está cheio.”

Certo que não somos oniscientes, e bem podemos cair no logro das aparências; entretanto, caso algo nos soe dúbio, enseje desconfiança, antes de darmos a mão ao primeiro “voluntário” que aparecer, consultemos ao Senhor.

Josué errou nisso, fazendo pacto com inimigos, porque contaram uma história de peregrinos distantes, isso soou convincente; ademais, apresentaram “provas”. “Este nosso pão tomamos quente das nossas casas para nossa provisão, no dia em que saímos para vir a vós; ei-lo aqui agora já seco e bolorento; estes odres, que enchemos de vinho, eram novos, ei-los aqui já rotos; estas nossas roupas e nossos sapatos já se têm envelhecido, por causa do mui longo caminho. Então, os homens de Israel tomaram da provisão deles e não pediram conselho ao Senhor.” Jos 9:12 a 14

Malgrado, o “álibi” depois souberam que eram os próximos adversários do povo liderado por Josué. Como ele jurou pelo Senhor que lhes não mataria, apenas pode colocar aos tais em funções servis, como buscar água e rachar lenha; teve que cumprir seu juramento, de poupar-lhes as vidas, para não atrair maldição sobre si.

Sempre que nos apressamos às decisões sem consultarmos O Senhor, corremos risco de darmos a mão ao inimigo.

Há muitos adversários que, talvez, nem laborem com o fim de se fazerem inimigos dos cristãos; apenas, têm neles o público alvo para seus interesses mercenários. Tais, surgem prometendo facilitar mediante aplicativos científicos, pra produção de coisas que requerem tempo, consagração, oração. “Digite um tema e tenha um esboço completo em quinze segundos”. Prometia um anúncio pra “facilitar” a vida dos pregadores.

É preciso ser um completo analfabeto espiritual, para supor que a Água da Vida e as flores de plástico derivam, ambas, da mesma essência. Prefiro ir trôpego nas minhas limitações, quando chamado ao púlpito, do que servir pomposos arranjos de alheia feitura, com os quais nada tive; tampouco, O Senhor abençoaria. Pois, não tendo vertido do Seu Espírito, não passam de cadáveres de sermões, manipulados pelas cordas dos interesses rasos, para que pareçam vivos.

Penso que os interesses desses servos de Mamon, seja meramente comercial; senão, são piores que pensei. Seja como for, acabam fazendo colossal dano espiritual, onde encontrarem gente imprudente, adormecida, que se preocupa mais com a velocidade, que com a integridade, na difusão das coisas que devem ser santas.

Outros prometem métodos de “excelência” em administração eclesiástica, acenando com crescimento exponencial, se, aplicados os referidos métodos. A Igreja do Senhor não tem como alvo o inchaço, o crescimento numérico, a despeito do tipo de pessoas que façam parte desse “crescimento.”

O objetivo primeiro é regenerar em Cristo, os que se deixarem persuadir pela Sua Palavra e Seu Espírito; tais lograrão isso, abraçando a santificação como alvo; “ferramentas” espirituais, como, aprendizado, jejum, oração como método; não, há espaço para mortos engenhos tecnológicos, nas coisas que são exclusivas do Espírito.

Quem permite que esses adversários “ajudem”, trai a si mesmo, ao Senhor e aos que lhe ouvem; mostrando-se inepto para a liderança espiritual, por falta de um insumo básico: Vigilância.

Bem que poderíamos aprender com a postura de Zorobabel, quando os inimigos se fizeram “bonzinhos”; “... Não convém que nós e vós edifiquemos casa a nosso Deus; mas nós sozinhos a edificaremos ao Senhor Deus de Israel, como nos ordenou o rei Ciro, rei da Pérsia.” Ed 4:3

Caso alguém inda não tenha entendido em que consiste a santificação, significa separação, de tudo o que Deus detesta; “Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com as trevas? que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Eu serei seu Deus, eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e vos receberei;” II Cor 6:14 a 17

O disfarce do bem


“Melhor é ouvir a repreensão do sábio, do que ouvir alguém a canção do tolo.” Ecl 7:5

Um puxão de orelhas, uma correção soar melhor que escutar uma canção, inicialmente afronta o nosso sentido lógico; suscita o desejo por mais explicações para que possamos entender.

Indo além da repreensão ou canção, identificando os agentes às quais elas estão anexas, sábio e tolo, novos elementos assomam para que nosso entendimento triunfe.

Se um sábio me repreender, será que ele não estará certo? No entanto, seria sábio aquele que preferisse o mais difícil em prejuízo do mais prazeroso? Não seria um masoquista?

O adjetivo “melhor”, pode qualificar a partir do valor de algo, ou, do sabor. O bom, e o bem, embora sejam semelhantes, não são estritamente a mesma coisa. Se perguntarmos a uma criança enferma, que carece urgente determinada dose de remédio para seguir vivendo, se ela acha melhor a injeção salvadora, ou comer chocolates, possivelmente, prefira a segunda opção. Sua noção de “melhor” terá a ver com prazer, malgrado, a carência de saúde; que seria o resultado final, de ter escolhido o mais doloroso.

Nessa sociedade narcisista, egoísta, cheia de si e vazia de Deus, eventual repreensão contra alguém que erra, presto se resolve com a “exclusão”, o “cancelamento”. Se não gosta de mim como sou, vaza!

A pretensão de cada um ser uma obra acabada, tornando-o um intocável, permeia o imaginário coletivo; cada qual faz o que quer, quando e onde deseja. Ai do “enxerido” que ousar discordar. Ou, manda “curtidas, corações” ou se manda. “Vai cuidar da tua vida! Tu não pagas minhas contas!” Pronto.

As vezes Jesus bate às nossas portas usando mãos bem improváveis. O que O move é Seu amor, não nosso senso “lógico”.

Deus anteviu essa geração; em Sua Palavra vaticinou a chegada dela: “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia. Há uma geração cujos olhos são altivos, suas pálpebras são sempre levantadas.” Prov 30:12 e 13

Toda imunda, mas cheia de si; carecendo miseravelmente de ajuda psicológica, e espiritual; contudo, de olhos altivos, plena de pompa e circunstância.

Avancemos da criança biológica do primeiro exemplo, para a criança psicológica. Essa, mesmo tendo idade de jovem, ou de adulto, ainda não cresceu consoante com seus dias. Coloquemos diante dela uma série de “memes”, essas futilidades jocosas, calculadas malignamente para manter em certo “conforto” a hibernação dos cérebros, a letargia das almas, e um breve texto com ensinos práticos, capazes de engendrar algum crescimento, fomentar reflexões, e melhor preparar para a vida. Qual das alternativas receberá atenção de nossa criança?

Fatalmente essa achará melhor a canção dos tolos, que eventual repreensão do sábio.

Para os que assim se portam, a leveza da caminhada é mais importante que o destino; que, para onde a mesma os vai levar.

A preguiça de construir mediante escolhas uma jornada meritória rumo a um destino venturoso, por causa das demandas em renúncias, necessárias, lança os traidores de si mesmos, na vala comum de um “fatalismo” hipócrita, como se, o devir independesse deles e de suas escolhas. “O futuro a Deus pertence”. Filosofam.

As facilidades prazerosas de certos caminhos não passam de engodos, até que, seduzidos por elas cheguemos a um ponto de onde não haja mais retorno possível. “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14:12

Ora, Deus nos chama no presente, onde, mudanças em nosso futuro ainda são possíveis. Convida-nos, como arbitrários que somos, a fazer as melhores escolhas. Adverte das consequências das duas que são possíveis; desviar-se do conselho, da repreensão, ou lhe dar ouvidos; “... comerão do fruto do seu caminho, fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:31 a 33

Acontece que, dar ouvidos a Deus, em tempos em que os valores foram invertidos, requer uma índole raramente encontrável. O escárnio, a zombaria surgem pré-fabricados, prontos; basta compartilhá-los. A centelha na consciência, que se moveu no jazigo, tentando patrocinar alguma reflexão, volta a dormir; assim, presto é “resolvido” o problema da repreensão.

Inclusive o falso engajamento espiritual, de quem partilha verdades profundas sem digeri-las, se presta a esse papel. Nesse caso, a “canção do tolo” não está na letra, mas, na harmonia.

Salomão comparou isso, a usar diamantes em fundas.

Felizes os que, logram ir além da casca sisuda das repreensões! O vero amor se abriga no âmago delas. “Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.” Prov 27:6

domingo, 21 de janeiro de 2024

Questões loucas


“Rejeita as questões loucas, e sem instrução, sabendo que produzem contendas.” II Tim 2:23
“Não entres em questões loucas, genealogias e contendas, nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs.” Tt 3:9

Paulo aconselhando Timóteo e Tito, a evitarem o que chamou de “questões loucas.” Salomão filosofara sobre o tema: “Honroso é para o homem desviar-se de questões, mas todo tolo é intrometido.” Prov 20:3

Não significa que não haja assuntos pelos quais devamos pelejar; sobretudo, para que nenhuma mentira encontre assento nos domínios da verdade. Mas, há debates que se conhece o fim, desde o começo.

O que diferenciava os filósofos dos sofistas era que eles procuravam descobrir a verdade; enquanto aos sofistas, bastava prevalecer num debate, produzir crença sem ciência; a afirmação individual do querelante era mais importante, para os tais, que outros valores.

Quando cada um está enraizado de um lado, e se dispõe a defender sua “visão” sem mostrar nenhuma disposição para mudar, caso seja convencido de estrar laborando em erro, então, antes mesmo de se iniciar o pleito já podemos evitá-lo; fatalmente entrará para o rol das inconvenientes “questões loucas.”

Quando deparo com chamadas tipo; cristão que passou da denominação A para a B, ou vice-versa, e finalmente “descobriu a verdade”, nas entrelinhas vejo a ideia doentia de que a salvação seja institucional, derivada dos ensinos de determinada Igreja, não, de Cristo.

Não ignoro o dito que, “fora da Igreja Católica não existe salvação;” Também, os Adventistas se acham os remanescentes fiéis; que “o catolicismo é Babilônia; o protestantismo as filhas da babilônia;” a “marca da besta” será o tal de “decreto dominical” etc. Pois, mesmo entre os que pretendem ter as mesmas bases, muitos divergem.

Eventualmente preciso marcar posição sobre essas coisas, dada a insistente reiteração delas. Embora as denominações sejam necessárias, (longe de mim as falácias dos desigrejados) as congregações úteis, a Salvação deriva de Jesus Cristo; nenhuma denominação, por antiga que seja, tem autoridade para definir, além do quê, A Palavra já define, como termos pelos quais podemos ser salvos.

A salvação não é nada “inclusiva”; “Eu Sou O Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem a Pai, a não ser por mim.” Jo 14;6 Por Ele, necessariamente é segundo Sua Palavra.

O caminho é estreito, porém, acessível a todos; “... Deus não faz acepção de pessoas; mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, O teme e faz o que é justo.” Atos 10:34 e 35 Isso elimina e exclusividade; pois, poderíamos trocar “nação”, por denominação. Os termos precisos da postura esperada dos salvos estão expressos: “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Então, com devido respeito aos que a isso fazem, prefiro não empreender esforços para provar que o céu é azul, a grama verde, a roda redonda; etc.

Embora grasse um doentio relativismo, “todos nascem humanos, e cada um escolhe o que quer ser”, como dizem os homossexuais, isso não muda o fato que todos nascem masculinos ou femininos. As derivações pretendidas não forjam novo ser; antes, deixam patentes as doenças de alguns.

Assim os debates, de gente que não está disposta a mudar em nada; apenas se impor, ser aceita como é; “vencer” na lábia, como faziam os sofistas; isso não traz fruto nenhum.

Nada mais eloquente que o testemunho idôneo, de um que anda bem, segundo Cristo. Como vimos acima, “Deus conhece os que são Seus...” eventual acerto das nossas escolhas deve ser visível no teatro da vida, mais que, na arena dos debates.

Enquanto brigamos para ver quem é seita e quem é igreja, damos férias ao tentador, que nos verá alienados do objetivo na “Vinha do Senhor” discutindo o sexo dos anjos.

O basilar não pode ser mudado; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.” I Cor 3:11

Então, os que estão sobre a mesma base, escolham bem o “material de construção”, algo que suporte o fogo das provações, que arderá; “... se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3:12 e 13

Enfim, melhor que ter razão é ter discernimento; aquela tem suas bases no cérebro; discernimento é dádiva superior, porque, do espírito; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5:14

Necessária santificação


“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” Fp 2:15

Paulo exortando aos cristãos filipenses a agir sem murmurações nem contendas, para exibirem aqueles traços de caráter.

“Para que sejais irrepreensíveis e sinceros...” Toda a ação má é passível de ser repreendida; a integridade espiritual torna desnecessária a correção; quem consegue andar retamente, não precisa ser chamado à retidão.

Nem assim estaremos livres de ataques; a repreensão incide sobre quem anda mal; a calúnia costuma apontar suas setas contra o que anda bem. “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;” Mat 5:10

Sincero equivale a estar de cara limpa, sem máscaras. Lidar com a verdade, tanto quando ela nos favorece, quanto, quando nos é adversa.

“... filhos de Deus inculpáveis...” sermos inculpáveis ante Deus, ou, os que O Servem, não raro, desperta inveja dos que assim não andam. Como José, filho de Jacó. Seu bom porte, fazia dele o favorito do seu pai; por isso, era detestado pelos irmãos. O ímpio costuma ser assim; não quer fazer as coisas que agradam ao Pai; entretanto, quer a reputação de favorito; ou, pelo menos, de igual ao de reto proceder. 

Quer igualdade andando por atalhos, sem preço, sem renúncias. “A pior forma de desigualdade é considerarmos iguais, às coisas que são diferentes.” Aristóteles.

Como nosso desafio é andarmos em espírito, escolhermos as veredas que Deus aprova, é diante Dele, que devemos caminhar sem culpas. Como os homens verão a isso, não depende de nós, mas, da visão de cada um. “Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós do que a Deus.” Atos 4;19

“... no meio de uma geração corrompida e perversa...”
pelo fato de os salvos coexistirem com os ímpios, eventualmente, dividirem os mesmos ambientes, sempre estarão em face a uma disputa, de escolhas, valores. Inevitável o conflito entre o jeito ímpio e o piedoso, de ver as coisas.

Serão acusados de pretender ser melhores que os outros, quiçá, de puxa-sacos do patrão, ao fazerem com esmero seu trabalho; se tornarão obstáculos em situações corruptas; pois, ao não participarem, serão ameaças, aos que buscam vantagens ao arrepio da justiça; enfim, não terão vida fácil, como foi a sina de Ló; “Porque este justo, habitando entre eles, afligia todos os dias sua alma justa, por isso via e ouvia sobre suas obras injustas.” II Ped 2:8

Terão os mandados Divinos como parâmetro, enquanto, os demais, farão as coisas ao seu modo, o que caracteriza a perversão. Posicionar-se-ão, cada um, segundo parece bem aos próprios olhos, coisa desaconselhada ao que teme a Deus. “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3:7

“... entre a qual,
(geração) resplandeceis como astros no mundo.” Essa generosa visão que contempla os santos brilhando no escuro, é a visão dos céus; o ímpio não vê assim; “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3:3

Embora o teatro das nossas ações seja perante os homens, a palavra final sobre o valor delas, virá dos céus. O simples terem que admitir, os ímpios, que os cristãos são diferentes deles, chagará aos céus como um louvor, um testemunho que glorifica ao Santo; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos céus.” Mat 5:16

A acusação que queremos ser melhores que os outros, em parte, é verdadeira; embora, nosso alvo não seja esse. Tentamos a cada dia ser melhores que nos mesmos; “crucificar a carne e suas paixões”, para crescermos em obediência, sermos aperfeiçoados em santificação.

Se, no ponto de partida, da dignidade humana, e de serem criaturas de Deus, se igualam todos, as escolhas dos rumos, e dos modos de ser e agir durante a caminhada se encarregam de deixar as pessoas mui diferentes.

Os que preferem os rasos pensares humanos, e o curso fácil das inclinações naturais, não podem estar no mesmo plano dos que negam a si mesmos, e adotam como diretrizes das suas vidas, os pensamentos de Deus; “Os Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos que a terra, são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55:8 e 9

Ao que parece o mundo ama mais que nós; afinal, valora nossas falas como “discursos de ódio.” Se soubessem o mal que o pecado faz, o odiariam também.

sábado, 20 de janeiro de 2024

A anulação do indivíduo


“Chegando-vos para ele, (Cristo) pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.” I Ped 2:4

A diferença entre aprovação humana e Divina. Não raro, aquilo que Deus rejeita, o homem aprova, e vice-versa. O Salvador observou; “Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16:15

Nossas atitudes são, inicialmente, diante dos homens; mas, boas ou más, também estão diante de Deus. “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4:13

O Senhor lutou contra hipócritas. O que são esses, senão, os que se preocupam em estar “bem na foto” perante os semelhantes, mesmo estando alienados do Senhor? O Salvador lembrou o vaticínio sobre eles; “Hipócritas, bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo: Este povo se aproxima de Mim com sua boca e Me honra com seus lábios, mas seu coração está longe de Mim.” Mat 15:7 e 8

Perante os homens é mui fácil encenar virtudes, por uma razão simples: A visão humana pode pouco; “... Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque O Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém O Senhor olha para o coração.” I Sam 16:7

Aos olhos humanos, basta que algo faça volume, ostente, tome as ruas, avenidas em grandes passeatas, para que, de alguma forma pareça um pleito justo, uma causa respeitável. O somatório de muitas vontades “valida” um pleito, a despeito do motivo de sua existência.

O Senhor não trabalha com multidões; antes desafia aos indivíduos, a responderem Seu chamado.

Por ocasião do “julgamento” de Cristo, Pilatos usou os muitos que era contra Ele, como argumento; “... tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim.” Jo 18:35 Adiante, O Salvador trouxe a responsabilidade para cada um em particular; “... Todo aquele que é da verdade ouve Minha Voz.” V 37

Paulo relembrou a responsabilidade individual do homem, diante do Eterno; “... Como Eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a Mim, e toda a língua confessará a Deus. De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14:11 e 12

Está na moda nessa amálgama amorfa e amoral que se tornou a humanidade, a anulação do indivíduo, a massificação. Um líder qualquer faz uma declaração infeliz, presto alguém cria uma manchete espetaculosa dizendo ser aquela a opinião de todos seus congregados.

Uma denominação protestante aceita ao ecumenismo, e presto se conclui que todos os liderados por aquele aceitaram também.

Primeiro, nas questões espirituais, ninguém é proprietário de ninguém. Um líder humano na Igreja deve representar a Cristo, obedecê-lo e imitá-lo, para ter autoridade mediante seu exemplo, para exortar a outrem; como disse Paulo: “Sede meus imitadores, como também eu de Cristo.” I Cor 11:1

Certo que temos pastores humanos aos quais devemos obediência, à medida que eles também obedeçam a Cristo. Mas, em última análise, “O Senhor É O meu Pastor...”

Ninguém está autorizado a decidir nada em meu lugar. Deus em Seu plano salvador, enviou Seu Filho e Sua Palavra, para salvar aos que lhe dessem ouvidos; advertindo que, malgrado, muitos fossem chamados, poucos seriam escolhidos; Deus escolhe só os obedientes, os fiéis.

Os homens ímpios depois de apostatarem da fé, de rejeitarem a Cristo como Salvador e Senhor, decidiram que o negócio é se unirem num balaio de gatos global; fazerem as coisas como bem lhes parece. Aglutinar todos os ensinos e credos sob a mesma bandeira, o ecumenismo. A “paz inter-religiosa” se tornou, aos olhos humanos, mais importante que a salvação.

O Criador que vê as coisas como são, não, como parecem, pode chamar isso pelo nome; trata-se de uma união sim, mas para se rebelar contra Cristo; “Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor e contra o Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas. Aquele que habita nos céus se rirá; o Senhor zombará deles.” Sal 2:2 a 4

A coisa progredirá de tal forma que logo seremos forçados a decidir se preferimos obedecer aos homens, ou, a Deus. Não será com essas palavras. Dourarão a pílula para que o mal pareça bem, e o bem, mal; como os renascidos também foram capacitados a “ver” além das aparências, lhes será fácil escolher; “... Julgai se é justo, diante de Deus, ouvir antes a vós, que a Deus. Atos 4:19

sexta-feira, 19 de janeiro de 2024

Prodígios da mentira


“Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.” II Tess 2:9 e 10

A vinda do homem do pecado, filho da perdição, o anticristo.

Virá, “... segundo a eficácia de Satanás...” no que ele é eficaz? O texto traz, mentira, engano; forjando “sinais e prodígios”; falsos milagres, derivados da injustiça; eficazes apenas contra os que não amam à verdade.

Coisas impensáveis ao vulgo já são possíveis aos que pilotam a “Árvore da Ciência” derivando dela suas fontes, porque, alienados da “Árvore da Vida.” Quem não tem acesso aos milagres originais, precisa se contentar com simulacros artificiais.

Quem jamais viu os chamados “agro glifos” figuras geométricas perfeitas, sobrepostas, amassando às plantações; sem nenhum vestígio na terra, levando os mais precipitados a concluírem que estamos sendo visitados por ETs? Coisas assim já são possíveis ao homem, disparando algum laser, ou similar, a partir de drones.

A quem interessa a crença em ETs, nos momentos finais da difusão do Evangelho. Quem gostaria e faria, se pudesse, manobras diversionistas assim? Aquele que tem interesse em fomentar a mentira. Dispondo da ciência para pilotar, e dos “valores” necessários para mentir, por que se deteria?

Coisas inimagináveis ao homem comum, já são possíveis; como causar chuva espalhando determinados reagentes nas nuvens; terremotos, explodindo calculadamente, profundezas da terra; rodar imagens na “tela celeste” desde lasers da terra; forjar hologramas encenando coisas vivas, etc. A qualquer momento poderemos ver “Cristo” falando com a humanidade desde os céus.

Diante do Senhor foi enviado João Batista; Sua missão: “... Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda ao nosso Deus. Todo o vale será exaltado, todo monte e todo outeiro será abatido; o que é torcido se endireitará, o que é áspero se aplainará.” Is 40:3 e 4

No prisma da preparação, nivelaria todos; não haveria “montes;” ricos, religiosos, governantes que estivessem bem, espiritualmente; nem “vales”, prostitutas, publicanos, leprosos que devessem ser desprezados. A todos a mesma mensagem: “Produzi frutos dignos de arrependimento...”

No teor central do anúncio, Deus: “... levanta tua voz fortemente; levanta-a, não temas; dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.” Is 40:9 Ele disse: “Eis O Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

O imitador que tentará usurpar ao lugar de Cristo, também tem seu precursor, o Falso Profeta. Como o reino do enganador não pretende se estabelecer sobre um povo apenas, mas sobre todos os povos, um “nivelamento” também será necessário.

Se, então, todos foram “nivelados por baixo” por necessitarem de salvação, agora o mentiroso mor patrocina outro, por cima; todos os credos, doutrinas, ritos, ensinos, são considerados igualmente válidos, mediante o famigerado ecumenismo; “todos buscam a Deus, cada um à sua maneira,” defende o “Papa Francisco”, o “João Batista” de Satã. Já está enfrentando oposição interna, com a proposta de se abençoar “casais” homossexuais. Nada o deterá.

Quem aprendeu a amar a Verdade, a conhece e preserva; para salvação, sabe a receita exclusiva: “Eu Sou O Caminho, A Verdade e A Vida; ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Mesmo que a Bíblia seja proibida, reescrita, como está sendo na China; para quem ama à verdade, nenhuma mentira terá abrigo em seu íntimo; venha do papa ou do poderoso que for.

“Aos violadores da aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, fará proezas.” Dn 11:32

Não podendo cooptar adoradores com lisonjas, tentará via coação econômica. Como dominará o sistema, com moeda única digital, restringirá o acesso ao mercado aos que usam certa “Senha”; privado dela, ninguém poderá comprar nem vender. Outra vez, os que amam à verdade farão proezas no Senhor; não aceitarão o 666; selo do Capeta.

Os adventistas que puseram “todos os ovos num balaio só”, “decreto dominical”, passarão vergonha, pela sua obsessão por um “Anti-Moisés”, quando deveriam ter se preparado para o Anticristo.

A imposição da marca servirá como crivo, para separar verdadeiros e falsos servos do Senhor. Atualmente, que nada é proibido e a marca inda não foi imposta, muitos já mercadejam a Cristo, por dinheiro. Quando essa necessidade for “oficial” serão os primeiros da fila.

Quem passa a vida amando dinheiro ao preço da verdade, quando isso for lei, invés de fazer proezas pela salvação, correrá ao encontro do engano, supondo achar nele, seus “verdes pastos, águas tranquilas.”

Do jeito que a banda global toca, a verdade vai ficar cada vez mais “feia”; felizmente, como dizem, o amor é cego. A beleza está nos olhos de quem a vê.