sábado, 5 de novembro de 2022

Estouro patriota


O Brilhante Augusto Nunes definiu a esquerda com uma frase insuperável: “Os incapazes, capazes de tudo”.

O primeiro adjetivo define à gestão deles: Incapazes. Onde governam termina sempre em desemprego, inchaço estatal, fisiologismo, invés de indicações técnicas, corrupção, sucateamento educacional. Pervertendo a função do ensino; formam militantes invés de cidadãos, aptos a pensar.

A “transposição” que durou uma década de superfaturamentos e não foi acabada; a aquisição do ferro-velho de Pasadena, a entrega de uma refinaria de mão beijada à Bolívia, investimentos pesados em ditaduras “cumpanheras” a despeito das carências do nosso povo; o oneroso parque olímpico sem função agora, apodrecendo no Rio de Janeiro; estádios gigantescos onde o futebol nem tem tanto brilho, nem público, como Brasília e Manaus são alguns monumentos à incapacidade e corrupção, deixados pela gestão deles.

Mas, eles são “capazes de tudo”; agora a alusão é ao espectro “moral” deles. Rastros de sangue marcam o caminho pretérito, por onde andaram pessoas que, de alguma forma se lhes revelaram inconvenientes.

Celso Daniel e nove testemunhas do caso; Toninho do PT, Teori Zavaski, Eduardo Campos; claro que as mortes de muitos desafetos deles foi apenas coincidência! Eles sempre vencem “em nome do amor, da esperança”, e céleres denunciam aos “discursos de ódio”; chegam a ser zelosos defensores da verdade, ciosos caçadores de “Fake News”; portanto, pensar que sejam capazes de matar seria uma blasfêmia. A facada em Bolsonaro foi “um erro nosso” segundo Zé Dirceu. Talvez, por não ter logrado o objetivo.

Invés de juristas de “Reputação ilibada e notável saber” indicaram à Suprema Corte os mais “Capazes de tudo” que se possa imaginar. Um deles, Luiz Roberto Barroso disse: “Eleição não se ganha; se toma.” Mais ou menos o que dissera outro ladrão descondenado, José Dirceu: “Vamos tomar o poder; que é diferente de ganhar uma eleição.”

A hipocrisia, o cinismo e a falsa equivalência são suas ferramentas de trabalho” favoritas.

Invés do devido rito processual, provocado mediante o Ministério Público, denúncia, investigação, e punição, respeitadas as devidas instâncias, tudo se resolve em Alexandria. Digo, Alexandre de Moraes, o tirano de toga faz e acontece ao arrepio das leis, com conivência dum Senado frouxo, possivelmente, liderado por gente suja com rabo preso.

Agora essa sumidade do direito foi o responsável pela “contagem” de votos na eleição mais importante da história do país.
Os frutos estão verdes e amarelos.

Antes, mostrara sua “imparcialidade” perseguindo, via censura, bloqueio, desmonetização a toda sorte, a influencers, jornalistas, empresários conservadores; censurara jornais, documentários, rádios, por “desordem informacional”; nome com qual batizaram à verdade inconveniente aos canhotos.

Não bastasse isso, duas centenas de milhares de inserções radiofônicas do candidato conservador foram suprimidas em prol do ladrão. No entanto, amebas com dois neurônios, vendo a revolta dos cidadãos, acusam: “Não sabem perder!” Breve o jogo vai virar e aí eles poderão mostrar o quanto sabem.

Começaram a oposição ao Bolsonaro no dia da posse; agora Randolfe Rodrigues, pede cem dias de trégua sem oposição ao “novo Governo”. (veremos)

Bolsonaro lutou sozinho na defesa do tratamento precoce ao vírus e na advertência que, com os devidos cuidados o trabalho deveria prosseguir. Foi abafado no grito. Lula agradeceu à natureza pelo COVID; “Fique em casa; a economia a gente vê depois”.

Não obstante, ter sido o Presidente, a única postura sadia naquela tragédia, fizeram uma CPI para investigar seus “crimes”. Agora, na ilusão que “tomaram o poder” falam em “Pacificar o país” que estaria muito polarizado. Canalhas!!

A esquerda é como os felinos da savana; vorazes predadores em seu natural; só se acalmam depois que devoraram suas presas. Devoraram verdade, justiça, isonomia, instituições, cidadania e foram pra galera. Uns com o L nas mãos e tornozeleira nos pés; outros com o L numa mão e um fuzil na outra; e boa parte, lamentavelmente, com o L na mão e o Saara nos crânios.

Temo o que virá; os guepardos e as hienas do riso precipitado têm que lidar à contragosto com um estouro de búfalos de estranha pelagem; verde-amarelo.

Muitos que acreditaram no resultado das “apurações” postaram suas mensagens de luto; a desonestidade intelectual não demorou a surgir comparando o luto da perda de um ente querido com à tristeza de uma derrota eleitoral, como se, fosse missão impossível entender uma metáfora; para eles, talvez seja.

No Sete de Setembro último o país mostrou claramente o que queria, e com que “instrumentos” contava para tanto; os incapazes não foram capazes de ler.

Agora a fraude faz água na Argentina, Portugal, Estados Unidos, França, no mundo todo; por aqui, apenas uma Tsunami.

Todos diziam nos debates que Lula é ladrão. Ele e a sua súcia decidiram provar o contrário, roubando a eleição. Bravo!

Os "dedos" de Jairo


“Chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e, vendo-O, prostrou-se aos Seus Pés e rogava-lhe muito, dizendo: Minha filha está moribunda; rogo-Te que Venhas e lhe Imponhas as mãos, para que sare e viva.” Mc 5;22 e 23

O judaísmo era cioso de sua posição na sociedade; qualquer um que ousasse propor ensinos espirituais, não derivados dele, seria visto como sedicioso, dissidente gratuito, que deveria ser mantido longe.

Seu legalismo rígido contentava-se com a superfície da Lei, os textos; sem, necessariamente, chegar ao Espírito; à intenção pela qual fora promulgada. Muitas vezes O Salvador os acusou de hipócritas, por essa superficialidade vazia.

Uma ousadia que fosse além da interpretação deles, como a de Cristo, que dizia: “Está escrito: ... Eu porém, vos Digo...” soava a um atrevimento imperdoável. Uma blasfêmia.

Não apenas O Salvador deveria ser mantido à distância, como, qualquer um que, Nele cresse. O “mal” deveria ser cuidadosamente erradicado. “... Porquanto já os judeus tinham resolvido que, se alguém confessasse ser Ele O Cristo, fosse expulso da sinagoga.” Jo 9;22

Mesmo O Senhor tendo feito um sinal estupendo, curado a um cego de nascença, a rejeição seguia incurável; o reconhecimento de Suas Reivindicações terminaria com a exclusão de quem reconhecesse.

Dito isso, voltemos a Jairo. Ele era um dos principais da sinagoga. Se, o simples reconhecimento de Cristo culminaria em expulsão, como ele se prostrava aos pés do Senhor? Teria perdido a noção do perigo? Onde ficava seu orgulho de religioso convicto, líder espiritual da sociedade?

Se a sombra da morte ameaça, o sol do orgulho tende a perder um pouco do seu brilho. Quando estamos andando na terra firme das circunstâncias favoráveis, nossos vícios de estimação seguem hirtos, convictos. Porém, derivem nossos barcos no mar das dúvidas, açoitados pelas ondas de medo, ameaças de perdas, e nossas convicções se liquefazem.

A vida de sua filha agonizava ao estertor; tal “argumento” lançava por terra as conveniências judaizantes; ao clamor de um bem maior, a vida, coisas periféricas desfilavam como apenas isso: periferia. “vão-se os anéis, ficam os dedos”.

Acontece que, essas “tempestades solares” que abalam ao astro rei do orgulho desbloqueiam os satélites do intelecto também; isto é: Ele sabia que Jesus podia restaurar sua filha; senão, sequer faria sentido pedir isso. Contudo, desgraçadamente, o que sabemos nem sempre molda nosso agir; por causa dessa tranqueira que nos barra; o ego.

A luz acaba laborando em vão, quando a vontade enferma opta pelas trevas. “A condenação é esta: Que a Luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a Luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20

Essa dubiedade entre saber e agir de modo diverso dividia muitos naqueles dias; “Apesar de tudo, até muitos dos principais creram Nele; mas, não o confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga.” Jo 12;42 Apesar da maldição proferida mediante Isaías; “cegou-lhes os olhos; endureceu-lhes o coração...”

O imediatismo humano costuma fazer suas vítimas prezarem, mais às pedras que os diamantes; “Porque amavam mais a glória dos homens que a de Deus.” Jo 12;43 A Glória de Deus nos aguarda no além; o inútil aplauso humano é aqui.

Para os salvos, Jesus Cristo É A Preciosidade que ofusca bens menores; dane-se a aceitação social, se, perdê-la, for o custo de nossa fé! “O Reino dos Céus é semelhante ao homem, negociante, que busca boas pérolas; encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a.” Mat 13;45 e 46

Se conseguíssemos entender que, a vida está em jogo, independente da saúde, teríamos mais sede de Cristo e menos apego aos nossos melindres horizontais. Jairo precisou que a morte literal visitasse sua filha, para que, quiçá, a sua própria vida tenha sido salva, podendo finalmente ceder aos apelos da fé, vendo a jovem ser trazida de volta, das garras morte.

No prisma espiritual isso se passa com todos que se convertem; “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para vida.” Jo 5;24

Nosso apreço doentio pela glória humana, e o excesso de amor-próprio, que, ignora nossa perdição nos vícios, mas vaiaria ao nos ver rendidos a Cristo, são óbices internos que precisamos vencer.

Oscilamos entre uma vida falida, palpável, e outra, eterna, que aguarda além. Muitos, nesse caso, optam pelos anéis, em prejuízo dos dedos. “Quem achar sua vida perdê-la-á; quem perder a sua vida, por amor de Mim, achá-la-á.” Mat 10;39

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Deus "Escondido"


“... Por que Te Escondes nos tempos de angústia?” Sal 10;1

Deus Se Esconder é um modo de verbalizar a ausência de respostas, de livramento. Quando as coisas não acontecem como anelamos, malgrado, tenhamos orado e feito as preparações possíveis, em demanda delas, a sensação é de que Ele Está longe. 

Às vezes fazemos uma série de planos e esquecemos de “combinar” com Ele. “Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor a resposta da língua.” Prov 16;1

Só notamos esse lapso em dias de angústia, normalmente, por que em dias comuns, ou de júbilo nos portamos como se, nem precisássemos Dele. Assim, só percebemos tal “ausência”, quando anelamos Sua Presença. Quando estamos bem, sozinhos, geralmente agimos como se Deus fosse desnecessário.

É errado buscarmos O Senhor em dias de angústia? Não! Ele mesmo autoriza-nos: “Invoca-Me no dia da angústia; Eu te Livrarei, e tu Me glorificarás.” Sal 50;15 Três partes: Clamor, livramento e gratidão. Não raro, esquecemos dessa.

Quando O Buscamos para obtermos coisas, meramente, sem vivermos uma vida de renúncias, santificação, Sua Palavra aponta os Divinos Motivos; “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça. Porque vossas mãos estão contaminadas de sangue, vossos dedos de iniquidade; vossos lábios falam falsidade, e a língua pronuncia perversidade.” Is 59;2 e 3 

Nem Se Esconderia de nós, mas de nossos feitos; “Tu És tão Puro de Olhos, que não Podes Ver o mal; a opressão não Podes contemplar...” Hac 1;13

Quando vemos, ficamos perplexos ante à segurança e prosperidade dos ímpios; contudo, muitas vezes desejamos ser prósperos sem desejarmos ser santos. Acaso O Eterno Faria acepção? Teria Seus Prediletos, aos quais Facultaria licença para pecar?

Tem coisas que, mesmo não ditas, apenas feitas, podem trazer implicações blasfemas. Nos dias de Malaquias o culto Ao Senhor era feito de modo relapso, mesquinho. Animais defeituosos eram sacrificados; mediante o profeta O Senhor interpretou o significado daquilo: “Ofereceis sobre Meu altar pão imundo e dizeis: Em que Te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível... vós O profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, seu produto, isto é, sua comida é desprezível.” Mal 1;7 e 12

Invés de bênçãos, aquela postura sem reverência, temor, e sem noção atraiu maldição; “Seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque Eu Sou Grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos; Meu Nome É Temível entre os gentios.” Mal 1;14 Não se depreenda disso que estou advogando ofertas vultosas; antes, pureza de motivos, reverência, santificação.

O Eterno endereçou expressamente, Seu Juízo: “Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós. Se não ouvirdes e não propuserdes, no vosso coração, dar honra ao Meu Nome, diz o Senhor dos Exércitos, Enviarei maldição contra vós; Amaldiçoarei vossas bênçãos; já as Tenho Amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração.” Cap 2;1 e 2

Geralmente, a razão da distância do Senhor se acha em nós, não Nele, como advertiu Tiago: “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti vossas misérias, lamentai e chorai; converta-se vosso riso em pranto, vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante O Senhor, Ele vos exaltará.” Tg 4;8 a 10

Aos rápidos para discernir e acusar erros alheios, sem a mesma destreza para com os próprios, está posta uma sentença: “Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem. Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao Juízo de Deus?” Rom 2;2 e 3

Muitas vezes, a Bênção Divina nos espera no lugar por Ele escolhido; a queremos onde estamos, do nosso jeito; “Dores de mulher de parto lhe sobrevirão; ele é um filho insensato; porque é tempo e não está no lugar em que deve vir à luz.” Os 13;13

Se, nosso viver desafina do Divino Querer, Sua “Ausência” é o diapasão segundo o qual nos quer aferir até atingirmos o lugar desejado. “Por isso, o Senhor Esperará, para ter misericórdia de vós; e por isso se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que Nele esperam.” Is 30;18

Quando a samaritana perguntou pelo lugar certo para adoração, se em Gerizim ou Sião, O Salvador respondeu: “Em espírito e verdade.”

O Santo já Veio em nossa busca; porém, queremos manter “distância segura” Dele, sem expor nossos pecados ao risco de serem perdoados.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto Está perto.” Is 55;6
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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Pena de morte


“Não recebereis resgate pela vida do homicida... certamente morrerá.” Nm 35;31

Crimes culposos, acidentais, teriam escape para o envolvido, nas cidades de refúgio. Outros, menores, poderiam ser regatados com indenização correspondente; porém, o homicídio deveria ser punido com pena de morte.

“Todo aquele que matar alguma pessoa, conforme depoimento de testemunhas, será morto; mas uma só testemunha não testemunhará contra alguém, para que morra.” v 30

O refugiado não poderia burlar a pena; ficaria retido nela até a morte do Sumo Sacerdote, não cabia resgate, atenuante. “Não tomareis resgate por aquele que se acolher à sua cidade de refúgio, para tornar a habitar na terra, até à morte do sumo sacerdote.” v 32 A Lei de Deus não comportava jeitinhos nem burlas.

A vida é algo solene, sério, inegociável. Quem a menospreza, afronta ao Criador; Ele Reserva a Si o direito de dispor dela. “Vede agora que Eu, Eu o Sou; mais nenhum deus há além de Mim; Eu mato, e Faço viver; Eu Firo, e Saro; ninguém há que escape da Minha Mão.” Deut 32;39

Nosso chamamento é ao amor, ao perdão, deixando a vingança com Ele.

Alguém cantou: “Consideramos justas todas as formas de amor”; como se houvesse mais do que uma.

O que muitos sem noção chamam de diversidade do amor, não passa de um mosaico de perversidades, anomalias biológicas e comportamentais, cujos agentes, cientes da feiura disso tentam minimizar usando o verniz do amor. Uma coruja tingida de verde não se faz papagaio.

Os gregos usam três palavras; Eros, Phileo e Ágape, como facetas do amor. A primeira refere-se à atração física, sexual, não vai além disso; Phileo tem a ver com amizade, identidade de valores e gostos, mais do que, amor propriamente dito. Esse é o Ágape, excede atração física, supera a identificação psicológica, chegando às razões do espírito. “O amor é sofredor, benigno; não é invejoso; não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas com a verdade...” I Cor 13;4 a 6

A verdade tem sido odiada numa sociedade apodrecida, que não tolera o pensamento dissidente, acusando outros de intolerância; odeia à liberdade alheia, e denuncia supostos “discursos de ódio”, os quais fazendo, diuturnamente, ao eventual triunfo desses, presto diz que “o amor venceu”; outra coruja verde papagaiando.

O Eterno considera injusta, criminosa a iniciativa de matar; isso inclui violência, omissão, corrupção que desvia recursos necessários à vida, aborto, falso testemunho contra a vida de alguém, cumplicidade com quem defende métodos de matar... Sim, um testemunho falso pode matar; “A morte e a vida estão no poder da língua; aquele que a ama comerá do seu fruto.” Prov 18;21

Acontece que, isonomia é algo que A Justiça de Deus preserva, de modo a incidir sobre nós o que achamos justo sobre terceiros. “Como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei, também.” Luc 6;31

Por isso, o conselho para que sejamos sóbrios, cuidadosos em nossas aprovações. “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

Mas, e as palavras duras que falo contra corruptos, ladrões e assassinos? As mesmas coisas que lhes digo valerão contra mim, se, eventualmente eu passar a agir como eles. Deus não tem favoritos “à priori”; apenas, posturas que aprova, outras que não; “Meus Olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem Comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101;6

São nossas escolhas, viciosas ou virtuosas que determinarão onde acabaremos nossos dias, a despeito das consequências temporais que possam nos assolar; “Portanto comerão do fruto do seu caminho, fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;31 a 33

A pena de morte segue valendo? Sim. Deus não a está aplicando por tentar ainda a salvação espiritual; sem essa, todos já estão mortos embora, a execução esteja aguardando a fila andar.

O Salvador ensina: “... quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me Enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

O fato de a existência dos mortos seguir vigente, invés de ser usada para esse bendito escape rumo à vida, na maioria tem sido para aumentar a própria pena; “Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;” Rom 2;5

segunda-feira, 31 de outubro de 2022

O Filho Pródigo do Diabo


Certo príncipe tinha muitos filhos, na verdade não eram legítimos, ele os sequestrara, embora gostasse de ser chamado de pai. Era cheio de posses e dava aos seus “filhos” prazeres de todo tipo; vícios, libertinagem, com a única condição que obedecessem e servissem sempre.

Viviam sujos, sem esperança de cambiar de sorte, mas seu “pai” insistia em dizer que eram felizes. Promovia toda sorte de distrações, de modo que, nem tempo para se lavar, tinham.

Certo dia, de ressaca da vida dissoluta, um deles ouviu falar de uma Fonte pura, onde toda sujeira seria limpa e até os prazeres seriam purificados. Isso mexeu com seu pensamento; falou a um ou dois de seus irmãos que zombaram dele; disseram que a fonte era apenas uma prisão, no castelo do Rei, não estava com nada; seu pai lhes ensinara isso desde pequenos.

Ele continuou inquieto. Via pelas ruas alguns que bebiam da dita Fonte e eram limpos, saudáveis e pareciam felizes, nunca de ressaca... Por um instante sentiu desejo de conversar com um daqueles e saber como eram, de fato, as coisas.

O príncipe quando soube ficou furioso, mandou que o servo fosse cercado de conselheiros e guarda-costas, de modo que, se não fosse desencorajado pelos conselhos, deveria ser, por ameaças.

Sempre que podia, ele conversava com os que bebiam da Fonte Eterna; (assim chamavam) quanto mais ouvia sobre a Água Pura, mais sede sentia. Um dia, não resistiu; decidiu enfrentar a tudo e a todos, fugiu dos guarda-costas, desprezou os conselheiros de In mundo e foi conhecer a famosa Fonte.

No começo sentiu-se mal, indigno, sujo. O Rei, dono da Fonte, mandou Seus servos dizerem que não tinha importância, que ele era bem-vindo ali; e que Seu Mordomo-Mor, O Espírito Santo, Estava disposto a ajudar se ele quisesse se lavar. Aquilo mexeu com seus sentimentos; porém, lembrou dos prazeres de in mundo, dos conselhos que desencorajavam e das ameaças dos guardas; foi embora sem aceitar o convite do Rei, que o queria salvar.

Desde então, suas angústias só fizeram crescer; as promessas do Rei soavam verdadeiras; contudo, também eram presentes as ameaças do príncipe de In mundo, que já pensava em matá-lo, para que não fosse embora de novo. 

Vez por outra se pegava ouvindo as palavras dos servos do Rei, que prometiam prazeres verdadeiros e eternos, além de limpá-lo por inteiro. Vencido por inexplicável sede, voltou à Fonte.

Foi recebido com o mesmo amor; as promessas do Rei foram renovadas. O mesmo anseio interior o moveu e como que puxado por uma mão invisível, mergulhou. Suas próprias lágrimas de alegria pareciam lavá-lo; realmente, num momento sentiu-se limpo. Aprendeu que sempre pertencera àquela família, apenas fora sequestrado pelo príncipe de In mundo; agora, estava de volta ao lar. 

O Rei designou um guardião para proteger seu filho contra conselhos e ameaças dos servos do príncipe.

Mas, nem tudo era festa no Reino Eterno. Era preciso estudar suas leis, treinar uma postura excelente para um dia estar apto a viver na corte. 

Sempre que podiam os conselheiros de In mundo acenavam com seus sujos prazeres em contraste com a disciplina do Reino, pra convencerem ao, agora fiel, a voltar à antiga vida. Às vezes ele se esquecia de beber Água da Vida, ou de se lavar para deitar; uma pequena porção de sujeira já trazia saudades de In mundo.

O guardião do Rei o protegia de ataques, mas deixava ir aonde quisesse, fazer suas escolhas; era ordem Dele, que todos Seus filhos fossem plenamente livres. 

Cada vez que esquecia de se lavar, tendia a aproximar-se de antigos amigos, que sempre o convidavam para suas festas impuras, seus prazeres doentios.

Continuava frequentando o castelo do Rei, mas sempre dava uns passeios nos arrabaldes, saudoso da antiga vida. Nessas idas e vindas, um dia esqueceu o cantil e bebeu de novo nas fontes do príncipe.

O guardião disse: Voltemos ao castelo que o Rei te vai perdoar. Mas os conselheiros do príncipe insistiram que ele voltasse a antigas festas, que era muito mais fácil que a disciplina do Reino. Vencido em sua alma, desistiu de retornar ao castelo; voltou aos antigos ambientes; não viu mais seu protetor.

O príncipe quando soube de seu retorno mandou que fosse atribulado, algemado aos vícios na masmorra da depressão. Além desses castigos, os bobos da corte zombam repetindo promessas do Rei dos reis, que ele desprezou...

“Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do Santo Mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

A Noite


“Sua Ira dura só um momento; no Seu Favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã.” Sal 30;5

O salmista atribuiu seu choro à Ira de Deus; não pareceu esposar a ideia de que O Eterno o estaria punindo diretamente; antes, deixando-o à mercê da sorte; “... Tu Encobriste Teu Rosto, e fiquei perturbado.” v 7

Isaías explicou os motivos; “Vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;2

Esse “desprezo” Divino fora lido como manifestação eventual de ira. Todavia, a esperança albergava-se na Divina Misericórdia; “... no Seu Favor está a vida.” Adiante, comemorou: “Tornaste meu pranto em folguedo; desataste meu pano de saco, e me cingiste de alegria.” v 11 A noite tinha acabado.

O silêncio, esperas, nãos, de Deus, têm uma eloquência mui forte para quem sabe ouvir. Por vezes, mesmo que, em Sua Misericórdia perdoe nossos pecados, permite que sorvamos alguma parcela de consequências com função didática. Em Sua Contrariedade, não nos faz comer o fruto dos nossos erros, mas, beber um chá de suas folhas amargas, para que aprendamos quão maus eles são.

Embora nos tenha plantado para darmos bons frutos, não raro, O decepcionamos, como fez a nação de Israel; Ele reclamou frustrado: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel, os homens de Judá são a planta das Suas delícias; Esperou que exercesse juízo, e eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor!” Is 5;7

Poderíamos parafrasear para nosso tempo, mais ou menos assim: “Porque a Videira Verdadeira É Jesus Cristo; os homens dispostos a segui-lo, a plantação desejada pelo Pai; esperou que vivessem a santificação, eis a profanação! Que ajuntassem tesouros no Céu, e eis seus impérios na Terra!”

O Santo Suporta que nós O deixemos por muito tempo, esperando em Sua Longanimidade, até que, também nos deixa por um pouco, como um convite a pesarmos nas consequências, e alcançarmos arrependimento. “No Seu Favor está a vida.”

A noite do choro, se esse for segundo Deus, acaba sendo nosso “dia” de regeneração; “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Cor 7;10

A única desgraça real é aquela com a qual nada aprendemos; e, quando uma frustração, uma decepção nos leva ao arrependimento e à oração, ela nos faz mais bem, do que mal.

A duração de uma “noite” espiritual não se equivale, necessariamente, a uma cósmica. É um período de prova, correção determinada por Deus, que, se devidamente entendido, e absorvido, será a preparação do riso porvir; desafio à retomada do bom caminho, alento disfarçado, assim como uma tempestade preparando um arco íris.

Dado o que aconteceu com nossa “eleição” presidencial, uma dura noite assola aos cristãos do país. Os presídios, o crime organizado em todos os níveis, comemora, enquanto o povo decente lambe feridas.

Os mais indignados manifestam seu luto pela nação; uns lavam as mãos dizendo que fizeram sua parte; outros mais afoitos lançam suas diatribes contra a má “escolha da maioria”.

Não estou de luto; a esperança não morreu; nem culpo à escolha do povo, pois, os que fizeram má escolha são minoria; trata-se de uma grotesca fraude; poucos culpados machucando a muitos.

A sentença final inda não foi dada; pertence ao Senhor dos Exércitos, que Tem Poder para converter pranto em riso. Afastar as brumas da noite e trazer nova manhã.

A Palavra ensina que Deus apanha aos sábios em suas próprias astúcias, e prevê a colheita dos semeadores de enganos: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” II Tim 3;13

Aproveitemos nossa noite, para, como Jonas no ventre do peixe, analisarmos nossas escolhas, repensarmos os motivos. Quem sabe, ao ouvir nossa oração de arrependimento, como a daquele, cause uma indigestão no monstro e nos regurgite na praia de um recomeço, de uma caminhada que agrade ao Eterno.

Sempre tivemos liberdade plena, e muitas vezes não a usamos da melhor maneira; quem sabe, à iminência de a perdermos, aprendamos, enfim, seu inefável valor, e usemos os dias de tempo bom para prevenir goteiras, invés de as querer reparar durante o temporal.

O país ainda não está entregue aos maus; algumas vozes poderosas se farão ouvir. Até crimes “esquecidos” serão devidamente julgados; a justiça dos homens anda raquítica, mas a do Eterno, não.

“Longe de Ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de Ti. Não faria justiça o Juiz de toda terra?” Gn 18;25

domingo, 30 de outubro de 2022

Terra Prometida


“Passou Abrão por aquela terra até ao lugar de Siquém, até ao carvalho de Moré; estavam então os cananeus na terra. Apareceu O Senhor a Abrão, e disse: À tua descendência Darei esta terra...” Gen 12;6 e 7

Duas coisas “ilógicas” a testar a fé do patriarca. Os cananeus ocupavam então, à terra; não estava baldia; o que, certamente demandaria algum fato novo que removesse aos tais; e ele não tinha filhos, sendo de idade avançada; como a promessa da terra fora à descendência, mais um fato novo se impunha; que ele e Sara tivessem um sucessor.

A fé nos desafia a ousarmos nossas expectativas na Integridade Divina sem a muleta das circunstâncias, como ensinou Isaías: “Quem há entre vós que tema ao Senhor e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas, não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, firme-se sobre seu Deus.” Is 50;10

Alguns louvores fazem menção, (erroneamente) aos “sonhos de Deus”. Ora, sonho é um, quem sabe, quem dera, quisera, se Deus quiser, irei batalhar por isso, essas aspirações incertas de pessoas de capacidades também incertas; nós.

Deus É O Todo Poderoso; não sonha, planeja. Paulo O descreve assim: “... Deus, o qual Vivifica os mortos, e Chama as coisas que não são como se já fossem.” Rom 4;17 Senhor da vida, ciência, tempo... Ancoramos nossas aspirações num, “se Deus quiser”, Ele Faz o que Quer, segundo Sua Soberana Vontade.

Tanto antevê coisas que Deseja Fazer, quanto, as que Necessitará, mesmo não desejando; como a cruz de Cristo por exemplo. Quando Criou o homem, Sua Presciência Sabia que aconteceria a queda e seria necessário o resgate. Ao ter Se disposto a aceitar a dura missão, O Salvador, dada Sua Integridade, foi imputado como tendo já Feito, o que ainda faria, milênios depois; “... Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.” Apoc 13;8

A idade avançada de Abrão e Sara seria obstáculo ao Doador da vida?? Mas, e os cananeus? Como dar aquela Terra aos descendentes de Abraão com eles habitando-a? “A casa dos ímpios se desfará, mas a tenda dos retos florescerá.” Prov 14;11

O Senhor Conhecia a impiedade dos tais; ainda prorrogaria seu tempo, para que o juízo, quando viesse fosse transbordante de justiça. “Tu irás a teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. A quarta geração tornará para cá; porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia.” Gn 15;15 e 16 O fato de O Eterno tolerar a iniquidade sem punir de imediato, tem a ver com Sua Longanimidade, não, concordância.

À descendência não significava ao filho, estritamente; antes, a um povo que derivaria dele e só herdaria a promessa quatro séculos adiante. Abraão não veria se cumprir. Morreria antes. Por isso a fé é aquilatada como sendo, “... o firme fundamento das coisas que se esperam, a prova das coisas que se não veem.” Heb 11;1

Quando findou o tempo dos amorreus, O Senhor explanou os motivos da destruição deles; depois de vetar incesto, adultério, zoofilia, homossexualismo etc. Denunciou: “Com nenhuma destas coisas vos contamineis; porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que Expulso de diante de vós. Por isso a terra está contaminada; Visito sua iniquidade, e a terra vomita seus moradores.” Lev 18;24 e 25

Não há acepção, parcialidade, no Eterno. As mesmas coisas pelas quais punia aos amorreus, vetava aos seus escolhidos que as fizessem. Os que as não cumpriram também foram punidos. 

Na verdade, os “escolhidos” são os primeiros no juízo, como disse Ezequiel e repetiu Pedro: “... matai velhos e meninos... começai pelo Meu Santuário...” Ez 9;6 “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; se, começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao Evangelho de Deus?” I Ped 4;17

A prosperidade eventual dos ímpios, avessos ao Santo, era engano deles; “... entrei no santuário de Deus; então entendi o fim deles. Certamente Tu os Puseste em lugares escorregadios; Tu os Lanças em destruição. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos de terrores.” Sal 73;17 a 19

Também a Volta do Senhor “padece” circunstâncias adversas, como se, não fosse acontecer; “Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3;4 dizem os zombadores.

Somos sucessores de Abraão, enxertados no seu mais Nobre Descendente, Cristo. Como ele, devemos descansar na Integridade Divina, mesmo que, o prometido pareça pertencer a outros.

Quem larga na frente, não chega, necessariamente, primeiro. “O que começa um pleito, a princípio parece justo; porém, vem seu próximo e o examina.” Prov 18;17