sábado, 7 de maio de 2022

Como nos dias de Noé



“Não perceberam, até que veio o dilúvio e levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.” Mat 24;39

Aquela geração comia, bebia, casava, dava-se em casamento; vivia uma rotina normal, como se, nada devesse esperar, diferente do usual.

Não perceberam... perceber é entender, compreender, captar, atinar, conceber, alcançar... qualquer dos sinônimos possíveis, sugere algo que estava ao alcance. Diferente das coisas ocultas, às quais, a percepção não pode tocar. Perceber, então, era possível, mas por alguma razão não foi atingido. Demandava uma observação que estava ausente.

A “loucura” de Noé construindo a arca durante longos anos era de domínio público; motivo de escárnios, talvez. Tanto a construção, quanto, seu objetivo; dado que, o juízo ameaçado viria mediante chuvas copiosas, coisa que não acontecia; sequer, uma garoa caía; apenas orvalho.

Seria possível ter observado que Noé, não obstante sua inusitada obra, não exibia nenhum traço de insanidade mental; mais; que seus filhos levavam um modo de vida diferente do que a sociedade dissoluta e violenta de então.
Certamente havia outros indícios mais; assim, quem tivesse percepção aguçada poderia ter se associado a Noé, aderido ao projeto e certamente seria salvo. Mas, como sabemos, as pessoas preferiram levar as vidas das suas maneiras, mesmo ao risco de se perderem.

Hoje, o fomento das distrações é mais amplo que naquele tempo, (o circo do engano é imenso) também, os sinais com potencial de despertar nossa percepção são maiores.

Entre eles, o nebuloso tempo da pós-verdade previsto por Isaías; “... porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. A verdade desfalece; quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

O advento dos pastores mercenários; “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...” II Ped 2;3

O motim global contra Cristo, a “igreja” ecumênica está em célere gestação; “Por que se amotinam os gentios, os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;1 a 3

A “Imagem da besta” que fala, mediante difusão da tecnologia, que possibilita o controle de todos, como o canhoto deseja, grassa e acelera;

de quebra, vivemos na pior geração de todos os tempos, nos quesitos, valor, honra, decência, honestidade, probidade, integridade, inteligência; “nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5 Etc.

Então, não faltam elementos pra uma percepção dos tempos em que vivemos, da urgência em abraçar a salvação, e, da veracidade da Santa Palavra de Deus.

Nossa percepção limitada tende a “catalogar” as coisas de acordo com nossa perspectiva. Mas, quem aprende de Deus é desafiado a adotar para si os parâmetros Divinos. “Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;8

Nós temos como móveis os utensílios que emprestam comodidade às nossas casas; como imóveis, as próprias moradias, além de porções de terra que cada um domina.

Para O Eterno até mesmo Terra e Céus são “móveis”; “A voz do qual moveu então a Terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que, as imóveis permaneçam.” Heb 12;26 e 27

Se, até Céus e Terra podem ser movidas, pelo Eterno, quais as coisas imóveis que permanecerão?? O Salvador ensinou: “O Céu e a Terra passarão, mas Minhas Palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Quem derivar sua percepção da vida, da Palavra de Deus e nela andar, nada terá a temer, do juízo porvir.

A gritaria por interesses rasos vem abafando a voz dos que pelejam por valores. Bens, alicerçados há séculos, comprovados, que se fizeram de domínio público, de repente são questionados, revistos, rejeitados...

A Própria Palavra de Deus, Inerrante, Eterna, Imutável vem sendo temerariamente editada, em nome da “inclusão” daquelas posturas abjetas, que ela mesma exclui.

A transfiguração do inimigo tem feito grandes estragos em ambientes que deveriam ser consagrados ao Senhor.

Quem andar em Espírito terá a necessária percepção; “o que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido.” I Cor 2;15

O juízo está às portas; “Por isso diz: Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Pequenas proezas; grande negócio


“José era da idade de trinta anos quando se apresentou a Faraó...” Gn 41;46
“O mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos...” Luc 3;23

Os teólogos chamam de tipo profético, eventos, pessoas, ritos do antigo Testamento, que apontam pra outros futuros. Assim, o cordeiro da Páscoa era um tipo de Jesus; Melquisedeque, do Sacerdócio de Cristo; a chamada de Abraão do convite à conversão, etc.

Pois, José, invejado e vendido por seus irmãos, chamado ao governo com trinta anos, como provedor de alimento para os dias maus que viriam, é um eloquente tipo de Cristo.

O Senhor também começou Seu Ministério com trinta anos, também; foi invejado, vendido pelos Seus; se, a José o Faraó chamou Zafenate-Paneá (Salvador do mundo) porque a luz dada a ele salvaria a vida de muitos do mundo de então, Cristo É O Salvador do Mundo todo, o “grão de trigo” que morreu para dar muito fruto; O Pão Vivo descido dos Céus, cuja multiplicação contínua, alimenta e salva, até hoje.

Naqueles dias era preciso armazenar o trigo dos bons anos, como precaução aos maus que viriam; no que tange a Cristo não é diferente. Sua Doutrina começa a ser taxada como “discurso de ódio”, os que recusam anexos a ela são chamados de fundamentalistas, radicais, etc.

Quem fizer o bom depósito enquanto dá, terá o bom “trigo” durante o “estio” que se aproxima veloz.

Quando O Calvário estava às portas O Senhor disse: “Agora é a hora das trevas... é chegado o príncipe desse mundo que nada tem comigo.”

Pois, há um juízo em curso com o surgimento do títere de Satã; “Esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais e prodígios de mentira, com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade...” II Tess 2;9 a 12

A mentira está na ONU, na OMS, nos Governos da Terra, domina a imprensa, (na política sempre esteve, é o criadouro) e breve, a verdade se tornará crime, sob a pecha de ódio, ou mesmo “fake news”. “... a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado...” Is 59;14 e 15

A liberdade de culto será tolhida; virá o ecumenismo, onde a “Igreja Oficial” ditará como as coisas podem ser; mero humanismo, derivado do Capeta, invés de Cristianismo Oriundo de Deus. Todos os credos estarão “certos”; errado e banido será quem ousar discordar.

Quem não tiver feito o devido depósito nos dias de fartura, passará fome da verdade. O conselho dado a Timóteo deveria valer para nós; “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da falsamente chamada ciência... Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós.” I Tim 6;20 3 II Tim 1;14

Faraó viu em José uma Luz que dissipava a cegueira circunstante e disse: “... Acharíamos um homem como este em quem haja o Espírito de Deus?” Gn 41;38

Pois, em todos os que recebem ao Salvador do Mundo, Jesus Cristo, O Bendito Espírito Faz morada.

Atualmente, os “magos de Faraó” dão conta do recado sem ajuda dos servos de Deus; aliás, esses atrapalham. Mediante os frutos da árvore da Ciência, a tecnologia, “faraó” consegue certa Onipresença e Onisciência; um simulacro. Com a “Imagem da Besta” que fala, controlará o mundo ao seu bel-prazer.

Muitos pensam que o “azeite” da prudência repousa em certos dons do Espírito Santo; Não. Andar em espírito, em comunhão com Ele para discernir as coisas como são pra ser livre das seduções do inimigo. “... nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

Quando as diretrizes globalistas soarem suas vozes ecumênicas, buscando-nos, “Os teus ouvidos ouvirão A Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

A serpente do Éden não é um tipo da atual; é a mesma; com uma amplitude maior de falso brilho nos meios de sedução. “Aos violadores da Aliança ele com lisonjas perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte, fará proezas.” Dn 11;32

Quem cria uma versão “Gospel” pra tudo que o mundo faz, como não o imitará quando esse for marcado qual gado? Comecemos com proezas menores, treinando para a final.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Prisão de ventre


“... Ai dos pastores de Israel que apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” Ez 34;2

Desde a autonomia suicida do; “Vós mesmos sabereis o bem e o mal,” que o homem erra ao estabelecer prioridades. No caso dos pastores em apreço, interesses antes dos deveres.

Sendo o ego, o maior obstáculo para a boa ordem das ações, natural que seja o primeiro a ser removido para que as coisas retornem ao lugar, da perspectiva Divina. “Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.”

O Próprio Jesus Cristo, disse: “Porque o Filho do homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar Sua Vida em resgate de muitos.” Mc 10;45 Servir por amor é a essência do Reino de Deus.

Daí, entre outras facetas dos Seus ensinos encontramos as prioridades, do prisma celeste: “Buscai primeiro o Reino de Deus, e sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Quando alguém faz menção das coisas Divinas, como pretexto, visando aquisição para si, das humanas, tal se encaixa no perfil que Paulo delineou como sendo adoradores das tripas; “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo, chorando, que são inimigos da Cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre...” Fp 3;18 e 19

A Cruz de Cristo atina primeiro à regeneração das almas, não a alimentação dos corpos. Perverter seu fim seria uma atitude profana.

Não apenas na esfera religiosa, até nos meandros políticos, encontramos esses que colocam o feno antes das joias.

Enquanto, para homens de almas sadias as considerações políticas começam por liberdade, probidade, justiça, educação esmerada, infraestrutura... outros discutem o preço do gás, dos ovos, do leite, da carne; não que essas coisas não sejam importantes; mas, quando se antecipam aos valores morais e cívicos, testificam das prioridades dos que, assim falam.

Para os tais, pouco importa corrupção, roubos, improbidade, valores inversos, fisiologismos vários; venderiam seus votos por uma cesta básica; de bom grado seriam serviçais de ladrões, se em troca, alguma bolsa-pão, se lhes abrisse.

As variações de preços não dependem de governos; se não houver certo lucro como estímulo à produção, alimentos nem serão produzidos; assim, o mercado, a demanda estabelece preços; o Governo gere as coisas públicas, não, as privadas. Quando governos pretéritos se meteram a congelar preços, os bem informados sabem no que deu. Escassez.

Quando ignoramos os valores da alma, nos contentamos com comer, beber e copular, abdicamos da condição humana e nos tornamos meros animais.

É fácil taxar os outros de gado, por ter aprendido a mugir duas sílabas; difícil seria agir como homem, com todo o potencial legado a quem, além de corpo, recebeu alma e espírito.

Atuar ciente das responsabilidades, consequente no que tange às próprias ações.

Não dá para semear escolhas majoritárias em corruptos, tiranos, ditadores e esperar colher na ceifa das urnas, a governantes patriotas, libertários, probos, democratas.

Os mesmos que, no auge da pandemia defendiam o fecha tudo, “a economia a gente vê depois”, por um lado, via ONU acusam o Presidente de “crime contra humanidade” por querer que a economia seguisse seu curso, com devidos cuidados; por outro, vociferam seu descontentamento com a escalada dos preços dos alimentos, esquecendo convenientemente, que foram eles que atrapalharam a economia, não O Presidente.

Ele tolhido em Seus poderes pelo STF, pagou “Auxílio Emergencial” e carreou polpudas verbas aos estados, que, na maioria foram malversadas. Desviadas.

Até “la pensa” daltônica, que enxerga vermelho onde é verde e amarelo, começa a dar sinais de cansaço, em sua inglória luta de colar versões abafando fatos. Também esses, malgrado a nobre chamada para servir ao público com um trabalho imparcial, têm se feito na ampla maioria, “pastores de si mesmos.” Como prostitutas vendem seus corpos por dinheiro, esses, fazem o mesmo com seus veículos.

Tentam abafar as manifestações populares, em claro sintoma de ausência de autocrítica. Não podem mais nem dez por cento do que podiam antes do advento das mídias sociais, mas atuam como se inda pudessem.

Os buracos de suas peneiras se fazem cada vez maiores, e concomitante, os raios do sol, mais vívidos.

Não importa o teatro de nossa atuação; religioso, civil, político; se as nossas prioridades se opuserem às prescritas pelo Criador, estaremos colocando o carro adiante dos bois. E não venham com essa balela que política e religião não se discutem. O que são os comícios e cultos, senão, locais para discutir essas coisas?

Quando o contraditório precisa ser abafado, no fundo, sabemos que estamos defendendo o indefensável. A Bíblia sentencia: “... Bem-aventurado aquele que não condena a si mesmo naquilo que aprova.” Rom 14;22

segunda-feira, 2 de maio de 2022

Esforços vãos


“Nada debilita mais a inteligência do que a obstinação orgulhosa na astúcia fracassada.” Olavo de Carvalho

Algumas coisas “despertam” minha preguiça de ler, ver ou ouvir:
“O dízimo é para o novo testamento?”
“O que realmente, os textos sagrados dizem!”
“Por que esses livros ficaram de fora da Bíblia?”
“Jesus sofreu abuso sexual dos romanos”?
Qual é a verdadeira Igreja?
Etc.

Sempre surge um “iluminado”, um “teólogo” perspicaz que pretende “abrir nossos olhos” para que que a “visão” dele nos seja transmitida. Alguma faceta histórica foi sepultada em algum “limbo” de esquecimento; e finalmente será posta ante nossa face.

Por quê rejeito tais coisas, com preguiça até mesmo de as conhecer? Porque acredito que Deus existe. Como assim? Que além de Existir, que Ele É mesmo, Deus.

Se, Ele se dispôs a deixar para Suas criaturas o “Manual do Fabricante”, necessária a conclusão que o mesmo traga tudo o que é preciso para o bom funcionamento; no próprio “manual” diz assim; “... Seu Divino poder nos Deu tudo que diz respeito à vida e piedade...” II Ped 1;3

Não se trata de ser avesso ao conhecimento; mas, de rejeitar pretensos suplementos ao que é completo; ou, poluir a luz estabelecida, pelas sombras de doentias idiossincrasias.

Se algum “rabisco” de revelação ficou perdido alhures, e só agora, (por mãos de gente que se dispõe a combater a tudo o que, foi estabelecido e provado mediante a eficácia da Obra Salvadora) vem à tona, sobejam razões para eu pensar que tal “luz” não vem do alto.

A Palavra não é difícil entender; o que demanda coragem, ousadia, entrega, é praticar. Embora oponentes da fé nos acusem de, nos escondermos “atrás da Bíblia”, fogem quando consideram para si, os custos do “esconderijo”. “Negue a si mesmo”.

“Quer conhecer a motivação espiritual de alguém? Observe contra o quê, ele está lutando.” Padre Paulo Ricardo.

Pois, esses, malgrado a vastidão de pecados que grassa, avalanches de mentira, mar de lama da prostituição, tsunamis da corrupção, etc. Voltam suas artilharias contra os que tentam praticar A Palavra de Deus. Não sei por que, mas não parecem estar a serviço do Eterno.

Os gregos chamavam de erística, a “arte” dos debates cujo alvo, era mais a ginástica mental, capacidade verbal, que a busca de um objetivo sadio. Enquanto a filosofia campeava pela verdade mediante raciocínio honesto, sofistas buscavam prevalecer, mediante falácias. Aqueles visavam encontrar a ciência; esses, produzir crenças, prevalecer.

Nos dias dos juízes, Deus usou a Débora para um grande livramento. Ela narrou o mesmo num cântico, expondo os feitos de cada tribo; de Rubem disse: “... nas divisões de Ruben foram grandes as resoluções do coração. Por que ficaste tu entre os currais para ouvires os balidos dos rebanhos? Nas divisões de Ruben houve grandes esquadrinhações do coração.” Jz 5;15 e 16

A guerra acontecendo e a tribo de Rubem debatendo, dividindo-se; o pau comendo e eles filosofando.

Os plantadores dessas “descobertas” fazem o mesmo; tentam desviar nossa atenção do bom combate e chamar-nos às suas futilidades verbais; Se, naqueles dias, o livramento operado mediante Débora atingiu a todos, agora não é assim. “Cada um dará conta de si mesmo a Deus”; Rom 14;12

Nos dias da reedificação dos muros de Jerusalém mediante Neemias, a oposição também agia assim. A todo momento tinha uma “profecia”, decreto real, calúnia, um convite pra reunião para desviar o líder do seu foco. A um assim, respondeu: “Enviei-lhes mensageiros a dizer: Faço uma grande obra, de modo que não poderei descer; por que cessaria esta obra, enquanto a deixasse, e fosse ter convosco?” Ne 6;3

A cada tentação que sugere que desçamos da obediência e santificação, essa deveria ser nossa resposta: “Estou fazendo uma grande obra; não posso descer.” Não é presunção; mesmo que alguém não desempenhe ministério, cuide basicamente do bom testemunho e da própria salvação; “uma alma salva vale mais que o mundo inteiro perdido”, o cuidado com uma é já uma grande obra.

Quem desperdiçar tempo e esforços com esses inventores da roda, descobridores da pólvora, (erro que já cometi bastante) estará fazendo uma troca de grande prejuízo. “... a mim deixaram, o manancial de águas vivas, cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Js 2;13

Quem cumpre A Palavra da Verdade descobre novidade de vida todos os dias; quem desperdiça tempo e esforços com essas “novidades”, volta-se pro lixo.

“Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito, e a porca lavada ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

Almas ébrias


“Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

Depois de prevenir que nos últimos dias a embriaguez dos sentidos entorpeceria muitos, Paulo advertiu a Timóteo: “Mas tu, sê sóbrio...”

O “vazio interior com o Formato de Deus” a pulsar em cada um exige devidos cuidados; O Deus Vivo com Seu Formato Santo, Justo soa “estreito demais” para esses ébrios, resta-lhes um “Plano B”, um simulacro profano.
‘Falem-nos segundo nossos desejos, e digam que isso é o Desejo de Deus para nós.’

Todo pregador que se der a esse truque de ilusionismo terá plateia plena; a geração da pós-verdade não se importa com consequências futuras; apenas, com calmarias imediatas.

Essa doença de querer bajulação invés da verdade é antiga; Isaías disse que em seus dias era assim: “... Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10

Isso assomou nos dias do Salvador também; “Muitos dos Seus discípulos, ouvindo isto, disseram: Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” Jo 6;60

Tendemos a ter vidros por diamantes e vice-versa. Vemos nos programas de sobrevivência, pessoas largadas sem recursos em lugares inóspitos; elas constroem abrigos toscos, bebem água de origem insalubre; comem cobras, lagartos, sapos, o que puderem; passam frio, para suportar determinado tempo e ganhar um prêmio.

Muitos, apenas pelo orgulho de provarem a si mesmos e a todos que podem conseguir, acham que vale à pena. Todavia, coloque-se ante os tais a senda estreita que passa pela Cruz, cujo prêmio é a salvação e a vida eterna, poucos se atreverão.

Se, aquele feito “heroico” alimenta o orgulho das “lendas”, a submissão a Cristo demanda humildade. 

Também precisamos “comer do ruim”; concorrem desprezo, intrigas, perseguições, zombarias, violências até; sem esquecer o assédio de nossa própria carne, que tende ao comodismo rebelde, invés da submissão obediente; ainda as tentações do mundo, inimigo de Deus; em meio a essas coisas devemos permanecer sóbrios, impolutos, confiantes no “Criador do Programa”, Jesus Cristo.

Não temos um “Discovery Chanel” ou uma “Netflix” para exibir-nos; só os de nosso estreito convívio podem apreciar nossa atuação; mas, uma plateia seleta de bravos campeões pretéritos, está interessada em nosso desempenho e nos assiste.

Depois de alistar os feitos desses grandes vencedores de idos tempos, a Epístola aos Hebreus, como que, nos coloca atuando dentro de um estádio, no qual, todos eles estão na plateia torcendo por nós. “Portanto nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” Heb 12;1

Embaraços surgem quando as coisas da vida terrena tentam usurpar o espaço que devemos dispor para a celestial. Paulo ensina: “Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4

Sendo uma guerra, onde a lógica de se pelejar por comodismo, facilidades, prazeres? Nosso alvo é resistir ao inimigo para preservação da vida. Ele ou eu, alguém vai perder.

A genuína Palavra oferece o necessário armamento; “Estai, pois, firmes, tendo cingidos vossos lombos com a verdade, vestida a couraça da justiça; calçados os pés na preparação do Evangelho da paz; tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus;” Ef 6;14 a 17

Cingir-me com a verdade tem a ver valores que abraço para mim; combater com a “Espada do Espírito”, os que defendo socialmente; “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se um ministro probo deve combater os conselhos do engano, necessariamente será um “desmancha-prazeres”, ante os que desejam os comodismos da ilusão.

Quem for chamado a isso, pois, despreze as vaias e os aplausos humanos, sem perder jamais contato, com a Fonte Pura da Água da Vida.

A vigência da maldade atualmente é tal, que virtude e vício paulatinamente, começam a trocar de lugar. Os que se negam e se gastam por amor ao próximo são acusados por seus “discursos de ódio”; fortes vendavais nos testarão nos últimos dias. Quem estiver na Rocha permanecerá.

Os embriagados e os embriagantes, infelizmente se perderão nessa cumplicidade no erro. “Os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.” II Tim 3;13

domingo, 1 de maio de 2022

Crentes de três corações


“... Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra Mim.” Is 1;2

A rebeldia é um dos temas relevantes em Isaías. Ele começa seus escritos por ela; menciona de novo, lá no fim, anexando as consequências. “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Cap 63;10

Embora a rebeldia possa se manifestar de múltiplas formas, parece que então, se mostrava numa resistência a aceitar os termos Divinos, reconhecer que pertenciam a Ele, por duplo direito. Primeiro, por ser Ele O Criador; depois, por ter O Santo, os libertado da escravidão do Egito.

O verso seguinte expõe essa faceta: “O boi conhece seu possuidor, o jumento a manjedoura do seu dono; mas, Israel não tem conhecimento, Meu povo não entende.” v 3

Naqueles dias não havia todas as Escrituras atuais, tampouco, as facilidades modernas de difusão. Mas, mesmo no que era, então, possível, o povo se recusava a conhecer, obedecer. “Escrevi-lhe as grandezas da Minha Lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

A falha inicial foi a autonomia em relação ao Criador, ainda é assim. Ao primeiro homem foi proposto deixar A Sabedoria Divina, ser sábio aos próprios olhos; “vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Sobre isso temos duas coisas: Primeiro, um conselho: “Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor, aparta-te do mal.” Prov 3;7

Depois, uma valoração: “Tens visto o homem que é sábio aos seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.” Prov 26;12

Um tolo poderá apender, se ensinado; um assim acha que não precisa, que já está apto para ensinar; portanto, resiste. Sua rebeldia o faz refratário à luz.

Dentre as muitas maneiras de ser rebelde, a patrocinada pela presunção é uma das mais eloquentes.

Não é sem motivo que o primeiro passo rumo a salvação demanda a destituição do ego. “Negue a si mesmo.”

Esse, além da autonomia suicida que o aprisiona, também padece de cegueira no âmbito espiritual; assim, munido das melhores intenções, ainda pode fazer o homem agir contra À Vontade de Deus. “... Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas dos homens, mas para salvá-las...” Luc 9;55 e 56 Não sabiam de que Espírito eram; “O Meu povo não entende...”

O conhecimento da Vontade Divina demanda uma ruptura como o mundo circunstante; com seus “valores” avessos aos do Reino de Deus. Se, por aí se busca fama, riquezas, prazeres, proeminência, poder terreno, os chamados por Deus devem ter alvos mais elevados. “Buscai primeiro o Reino de Deus, e Sua Justiça, e todas estas coisas (necessárias; pão, vestes) vos serão acrescentadas.” Mat 6;33

Sem as febres do mundo que são sintomas do medo da morte; os salvos em Cristo são libertos desse medo, também.

Por isso Paulo nos desafia a uma ruptura com o jeito mundano, para nos tornarmos Íntimos do Divino querer; “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;2

Como Cristo recusou a fazer sinais ante o ímpio Herodes, Deus também não revela nada para estranhos; “O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; Ele lhes mostrará Sua Aliança.” Prov 25;14

A rebeldia não se apresenta apenas numa rejeição direta, frontal a Deus. Antes, na perversão da Sua Palavra, fazendo parecer que Ele disse o que desejamos ouvir, invés de ter dito o que Quis dizer.

Para cada pregador rebelde, há uma vasta leva de incautos desejando o engano letal, invés da Água Viva; “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências...” II Tim 4;3

Não obstantes os modernismos e os liberalismos infiltrados na Sã Doutrina, A Palavra segue Sóbria, Perene, Saudável, Eterna; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para vossas almas...” Jr 6;16

Para os mundanizados esse é o problema; invés de fama, riquezas, satisfações carnais, a Palavra propõe “apenas” descanso para as almas; salvação.

Há muitos “cristãos” de três corações. Um quer Deus; outro, o mundo; o terceiro cria uma “fusão” profanando O Santo, por não se render.

Para a pureza demandada em Seu Reino, dois corações é demais; daí, o conselho: “Chegai-vos a Deus, Ele Se Chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações.” Tg 4;8

Não existem rebeldes sem causa. A causa é feia demais, de modo a negar a própria existência.

sábado, 30 de abril de 2022

Os tonéis vazios


“Se, disserdes: No Senhor nosso Deus confiamos; porventura não é Esse Aquele cujos altares Ezequias tirou, dizendo a Judá e a Jerusalém: Perante este altar vos inclinareis em Jerusalém?” II Rs 18;22

O emissário de Senaqueribe propondo a rendição aos judeus; a superioridade numérica era tanta, que o vaidoso enviado se divertia. “Ora, dá agora reféns ao meu senhor, o rei da Assíria; dar-te-ei dois mil cavalos, se tu puderes dar cavaleiros para eles.” v 23 A “dúvida” era se o rei Ezequias poderia reunir dois mil homens.

Depois de desdenhar possível socorro de Faraó, zombou também da confiança em Deus; pois, segundo suas palavras, o próprio rei Ezequias, O havia banido. Estando alienados de Deus, sem forças militares para um confronto, apenas a rendição lhes restaria, segundo argumentara o loquaz emissário.

O uso de narrativas falaciosas, de tentar colar versões abafando fatos é mui antigo, embora seja bem mais pujante, atualmente.

Ezequias banira a idolatria, que tentara usurpar o Lugar do Senhor, para que o culto verdadeiro se restabelecesse. “Fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo que fizera Davi, seu pai. Ele tirou os altos, quebrou estátuas, deitou abaixo os bosques, fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã. No Senhor Deus de Israel confiou, de maneira que depois dele não houve quem lhe fosse semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele.” vs 3 a 5

Assim, o “Lula” da época pegou a derrocada imposta à idolatria de então, e disse ser isso, uma rejeição ao Deus Vivo. Nada poderia estar mais longe da verdade. Porém, o cultor de Zé Pelintra e defensor do aborto se mete a dizer quem é cristão e quem não é, atualmente.

Em outra fala (ácia) disse que os evangélicos não podem ficar ouvindo pastores; se assim fizermos, teremos que ouvir a ele. Onde já escutamos isso? Ah, no Éden: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”, ensinou aquele que se pretendeu libertador dos “excluídos da Divindade.” O PT, (profeta trambiqueiro) da época.

Não sei qual grau de influência pretende que suas baboseiras tenham; discursos de inclusão social, ética na política, esses verdadeiros criadouros de corruptos, na bandeja do Erário, foram dedetizados pela informação. O conto da cegonha não cola mais; nós sabemos, como os bichos nascem.

Não ignoramos que há muitos maus pastores, infelizmente; mas, o pior deles inda vira bebê capeta, perto do capiroto mor de nove dedos.

Se, nas coisas humanas, ao rés do chão, muitas vezes vence quem grita mais alto, quem mente melhor, nas que envolvem O Eterno, Ele mesmo se ocupa em definir o que é réprobo e o que é veraz.

O rei assírio mandou seu joguete bravatear blasfêmias, presumindo-se enviado; “Subi eu, porventura, sem o Senhor contra este lugar, para o destruir? O Senhor me disse: Sobe contra esta terra, e destrói-a.” V 25

O rei “alienado” fez a coisa certa, foi orar. “Aconteceu que, tendo Ezequias ouvido isto, rasgou suas vestes, se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor.” Cap 19;1

“Verdade é, ó Senhor, que os reis da Assíria assolaram as nações e as suas terras. Lançaram os seus deuses no fogo; porquanto não eram deuses, mas obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso os destruíram. Agora, pois, ó Senhor nosso Deus, te suplico, livra-nos da sua mão; assim saberão todos os reinos da terra que só tu és O Senhor Deus.” vs 17 a 19

O Eterno respondeu através do profeta Isaías, palavras de segurança, proteção. O que fora caluniado e humilhado, receberia livramento, porque O Santo se agradava dele.

“Sucedeu que, naquela mesma noite saiu o anjo do Senhor, e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram cadáveres.” v 35

Não obstante o domínio da “mídia” da época, e a superioridade bélica, o “líder das pesquisas” teve que engolir fragorosa derrota e volver ao seu país humilhado, onde foi assassinado perante seus ídolos, por seus próprios filhos.

A força da mentira é a mesma dos espantalhos. Até faz algum efeito mercê da ignorância das aves. Se essas pudessem ver melhor, usá-los-iam como poleiros.

O mínimo que se espera dos servos de Deus é algum discernimento. “O que é espiritual discerne bem tudo; ele de ninguém é discernido.” I Cor 1;15

Quem acha que se trata só de política e cada um escolhe o quer, ainda não entendeu nada. Como as asas acabam inúteis para aves engaioladas, assim, os cérebros para esses.