sábado, 16 de outubro de 2021

A Justiça de Deus


“Então José, seu marido, como era justo, e não a queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” Mat 1;19

José fazendo planos, dada a inusitada gravidez de sua prometida, Maria. Se, acusada de adultério, a Lei previa morte por apedrejamento; tanto dela, quanto do que fora consorte no ato.

Evadir-se silenciosamente do compromisso matrimonial, foi adjetivado por Mateus como derivado de sua justiça. “Como era justo, não a queria infamar...” Senso de justiça diferente do quê, estamos acostumados.

Em casos assim, o noivo ofendido costuma expor à infiel, para “lavar sua honra”; não raro, acontecem reações extremas, dos que até “matam por amor.”

A “justiça” dos homens, geralmente atém-se ao mérito de um ato pontual; enquanto, A Divina considera a fraqueza do agente.

No caso do mulher adúltera, essa sim, (Maria era uma escolhida, não infiel) O Salvador, ao ser chamado a votar pelo apedrejamento dela concedeu que os acusadores o fizessem, com a condição de que estivessem sem pecados. Ao demandar que promotores de justiça e algozes fossem justos, acabou com o “julgamento.” Por isso a Escritura diz que, Nele, “A misericórdia e verdade se encontraram; justiça e paz se beijaram.” Sal 85;10

A justiça do ponto-de-vista dos Céus trata com perfeita isonomia.

Por isso a Doutrina de Cristo apregoa que andemos por esses caminhos também; “Portanto, tudo o que quereis que os homens vos façam, fazei-lhes também, porque esta é a Lei e os profetas” Mat 7;12

A primeira coisa que um “justo” como José sabe, é das suas próprias injustiças, suas falhas. Como assim? Ele é “justo” ao reconhecer as mesmas; por isso, concede ao semelhante o direito de também falhar, sem ser o agente de eventual punição. “Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus.” Rom 3;11

A “justiça” rasteira, como contraponto a um ato isolado até os hipócritas praticam, ou requerem. Assim faziam os religiosos da época, aos quais, O Salvador desaconselhou imitar; disse que Seus discípulos deveriam ir além. “Porque vos digo que, se vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus.” Mat 5;20

Paulo detalhou um pouco mais o nosso dever; “Não vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; Eu recompensarei, diz o Senhor. Portanto, se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;19 a 21

Para uma visão superficial, morremos porque pecamos; afinal, “O salário do pecado é a morte.” mas, para Deus, pecamos porque estamos mortos. “... a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.” Rom 5;12

Notemos que o pecado como “pessoa” é singular; os pecados que cometemos são frutos do pecado que em nós habita. Por isso, João apresentou a Cristo como o “Cordeiro de Deus que tira ‘o pecado’ do mundo.” Tira o aguilhão e poder do pecado e nos faz renascer; dá O Espírito Santo, para tratar das consequências, os pecados.

O novo nascimento não mata a velha natureza; capacita a mortificarmos ela. O convertido não é salvo porque para de pecar; mas, porque começa a crer.

Por maior que seja nossa pretensa justiça, será como trapos da imundícia como disse Isaías; boas ou más, as obras de um morto são obras mortas. Então, por melhores que sejam não logram gerar vida, o Novo Nascimento depende da graça do Senhor Justiça Nossa; Jesus Cristo. “... não lançando de novo o fundamento do arrependimento de obras mortas...” Heb 6;1

Por isso Ele ensinou: “... A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que Ele enviou.” Jo 6;29 “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Nem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Um “justo” segundo Deus não paga na mesma moeda com que foi ofendido; antes, na mesma com que Deus tratou suas ofensas; “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;” Mat 6;12

Às vezes carecemos abdicar sonhos legítimos, como se dispusera José; ou, como o outro José, o do Egito; teve que sofrer muitas injustiças, até que, O Senhor julgou sua causa, e o recompensou ricamente.

Os “processos” perante Deus não caducam; a demora do império da injustiça potencializa as mãos da justiça, com a qual, O Eterno galardoa.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Permita-se!!??


“Não deixe de buscar as coisas que desejares, com medo do que os outros irão falar; permita-se.”

Li algo assim e achei normal; ia seguir rolando a página do Face. Mas, como numa reação atrasada, (dizem que respirar gás carbônico sob máscaras atrapalha as sinapses) meus dois neurônios atrapalhados pegaram no tranco e me pus a pensar. Quem escreveu isso deve gostar de mim, parece.

Disse que, devo ser mais eu, dane-se a opinião alheia! Ninguém pode apitar nada em minha vida. Mas, quem aconselhou isso não estava apitando, sobre como eu devo agir?? Os neurônios ainda não fizeram direito seu trabalho.

Não temos problema nenhum com a opinião alheia, quando essa nos elogia, estimula, encoraja, seja na direção que for. Se alguém ousar exortar, corrigir, discordar, quiçá, ensinar, aí não; pague minhas contas primeiro.

Contra expressiva maioria, sou dos que acham que não devem tomar vacina contra Covid, por exemplo. Que a coisa ainda não revelou eficácia nenhuma; foi aprovada a toque de caixa por pressões políticas não convicção médica, e soa estranha essa pressão desordenada de gente que se omite de pensar e quer opinar sob a saúde alheia, ignorando lapsos dos próprios neurônios.

Mas, diria o Simplício, trata-se de saúde de todos, é um problema social. Certo. Mas, se as tais vacinas imunizam mesmo, qual risco correriam os que, imunizados, tiverem contato com outros que não foram?? No entanto, se não funciona, como inúmeras mortes de “duplamente imunizados” demonstram, qual o sentido de se fazer isso? Às vezes me permito pensar...

Além disso, gente que defende o aborto, matança de fetos inocentes, por quê se preocuparia tanto com vidas veteranas e culpadas? Não sei; preciso parar de usar essas máscaras emburrecedoras.

Se, o que os outros hão de falar não deve ter a mínima importância para mim, permito-me discordar desses berrantes globais. A humanidade está apodrecida, doente moralmente, eivada de inversão de valores. “A multidão é ignorante; um mostro anencéfalo;” diziam antigos pensadores gregos.

Assim, a tendência que falem mal de mim, desfaçam de minhas escolhas aumenta exponencialmente, tanto mais, quanto, eu tiver por firmes e confiáveis os valores do Céu, expostos na Palavra de Deus.

Inconsequentes do “permita-se” agem como se a vida fosse um eterno convite para festa; A Bíblia ensina: “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos aplicam ao seu coração.” Ecl 7;2

Invés de um festeiro e irresponsável “permita-se” aconselha que olhemos para a realidade e nos instruamos.

Até tem um “caminho largo” sinalizado com placas de ironia e advertência da necessária chegada; “Alegra-te, jovem, na tua mocidade, recreie-se o teu coração nos dias da tua mocidade, anda pelos caminhos do teu coração, pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas te trará Deus a juízo.” Ecl 11;9

O Criador colocara uma só restrição ao casal de mordomos do Éden; mas, apareceu um que “gostava” deles mais que Deus e soprou seu insano “permita-se!”

O que teriam pensado do mais novo “amigo”, quando, reféns do medo se esconderam; descobertos tentaram pagar resgate com desculpas esfarrapadas?

Desde então tem sido assim; na hora de encaminhar para o abismo sempre surge um amigo “libertário” que parece gostar mais de nós, que nós mesmos; mas na hora das amargas consequências estamos irremediavelmente sós.

O que os outros vão dizer mostra o que eles são; com o quê se identificam. Mais facilmente reprovam as escolhas virtuosas que as viciosas; assim, o aplauso humano é um péssimo aferidor do mérito das nossas escolhas.

Tendemos a devanear com as cores do caminho, mais que, a considerar aonde ele leva; A Palavra de Deus ensina: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Por olhar para os alvos, mais que a trajetória, O Divino Conselho parece tão sisudo; “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, a bênção e a maldição; escolhe pois a vida, para que vivas, tu e tua descendência;” Deut 30;19

Dado o destino a ser buscado O Salvador ensinou a trajetória também; “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, poucos há que a encontrem.” Mat 7;13 e 14

Enfim, invés de pautar escolhas pelo que o outros irão falar, ignoro-os em prol da fidelidade do que O Rei dos Reis Falou: “Negue-se; tom sua cruz e siga-me.”

domingo, 10 de outubro de 2021

Negue-se; mas não muito


“Para que o homem hipócrita nunca mais reine, não haja laços no povo.” Jó 34;30

Desconsiderando se, os amigos de Jó colocaram bem ou mal suas palavras; o que disseram de certo, coerente com as demais Escrituras é válido.

Temos um tipo de reino que deverá ser banido para sempre, (da hipocrisia) e, como atua; armando laços ao povo.

Isaias anexou ao laço, as figuras do medo e da cova; “O temor, a cova e o laço vêm sobre ti, ó morador da Terra.” Cap 24;17

A hipocrisia é codinome da mentira; o mesmo profeta mostrou a verdade em seu banimento necessário, de tal situação. “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Foi assim nos dias do Salvador. Mas, a coisa cresceu exponencialmente, malgrado, Sua Obra; sinais do juízo vindouro gritam. Ainda, Renan é juiz; Jair é réu.

A Palavra apresenta o motivo da permissão do trono da mentira sobre a humanidade; virá “Com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade, antes, tiveram prazer na iniquidade.” II Tess 2;10 a 12

Como vemos, não há neutralidade; não amar nem se comprometer com a verdade, necessariamente nos lança nos domínios da mentira; para tais, qual juízo mais adequado, que viver sob o império da mentira?

Esse “Reino Global” sobre o engano será para “os que perecem;” diverso do de Deus, que ensina crer na Verdade para viver. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que Deu O Seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.” Jo 3;16

A imitação jamais será o mesmo que imita. O Reino de Deus traz unidade; a uniformização doutrinária, malgrado, diferenças culturais, rituais, denominacionais, de personalidades; “... Pai santo, guarda em Teu Nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós.” Jo 17;11

Noutra parte pormenoriza; “Há um só corpo, um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus; Pai de todos, o qual é sobre todos, por todos e em todos vós.” Ef 4;4 a 6

O reino da hipocrisia, por sua vez, no prisma religioso propõe união dos diferentes, considerando válidos todos os caminhos, a despeito do Rei dos Reis ter dito: “Eu Sou O Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai senão, por mim.” Jo 14;6

Na Unidade em Cristo, a pessoa “perde-se” para ser uma com o Espírito de Deus, e irmãos. Na união dos diferentes, cada paixão humana afirma-se, sob o bordão do ecumenismo; hipocrisia comum onde todos concordam em não discordar.

No aspecto sócio econômico, criam problemas globais para vender “soluções” globais; pandemia, “mudanças climáticas”. 

Os peões do rei gritam em uníssono suas palavras de ordem; “New world Order” (nova ordem mundial); Built back better (fazer de novo, melhor); e finalmente, “Great Reset;” ou grande reinício.

A ditadura do pensamento único permitido, o nefasto “politicamente correto” marginaliza quem ousa fazer fogo com a própria lenha; digo, pensar por si mesmo.

Quando o bastão for passado finalmente ao rei da mentira não haverá espaço para discordância; “Estes têm um mesmo pensamento; entregarão seu poder e autoridade à besta.” Apoc 17;13

Cristo chama-nos à renúncia das vontades pecaminosas, não da inteligência; “negue a si mesmo”.

O Anticristo mediante seus serviçais requer a negação da faculdade de pensar. Máscara não protege nada, mas é obrigatória, devo usar quieto; vacina não imuniza; mesmo com duas doses estão morrendo; mas todos devem se vacinar; senão, presto colam a pecha de “negacionistas.”

Não obstantes, muitos “apreços” à liberdade de expressão, devemos agir e nos expressar apenas “segundo a ciência”; uma “liberdade” cheia de expressões proibidas caçadas por algoritmos; uma “ciência” válida para as coisas que o rei manda; se disser que cientifica e biologicamente nascem apenas dois sexos, aí a ciência se torna preconceito.

Coerente com o império da hipocrisia. Esse terá permissão de existir só um pouco; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos...” Sal 125;3

O Grande Reinício virá; A Palavra chama de “Novo Céu, Nova Terra; Milênio.” Antes, teremos o Grande Juízo. Não abdique seu direito de pensar sobre isso.

sábado, 9 de outubro de 2021

Desigrejados ou desobedientes?


“Agora, pois, meu filho, O Senhor seja contigo; prospera, e edifica a casa do Senhor teu Deus, como Ele disse de ti.” I Cron 22;11

Davi “passando a bola” para seu filho Salomão. Quisera ele mesmo edificar, mas O Senhor vetara. Fora homem de guerra, derramara muito sangue; O Eterno determinara que seu filho, que viera em dias de paz, com um nome alusivo a isso, (Salomão significa, pacífico) fosse o escolhido para aquela empresa.

Seria lugar alusivo à comunhão e adoração, mesmo carecendo sangue sacrificial de animais, para cobrir os pecados, O Altíssimo não desejou uma casa associada a derramamento de sangue humano. Preferiu, antes, uma ligada à paz.

Guerras nunca foram parte do Divino plano. Mas, uma triste necessidade, por causa das inclinações humanas. “De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?” Tg 4;1

Quando ordenou que se banisse os cananeus da Terra, advertiu que eles praticavam incesto, adultério, homossexualismo, idolatria, zoofilia, etc.

Mais que uma guerra, era juízo Divino contra esses atos, que, O Santo abomina.

“Não chegarás à mulher durante a separação da sua imundícia, para descobrir sua nudez, não te deitarás com a mulher de teu próximo para cópula, para te contaminares com ela. Da tua descendência não darás nenhum para fazer passar pelo fogo perante Moloque; não profanarás o Nome de teu Deus. Eu Sou o Senhor. Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; abominação é; não te deitarás com animal para te contaminares com ele; nem a mulher se porá perante um animal, para ajuntar-se com ele; confusão é. Com nenhuma destas coisas vos contamineis; ‘porque com todas estas coisas se contaminaram as nações que Eu expulso de diante de vós’. Por isso a terra está contaminada; Eu visito sua iniquidade e a terra vomita seus moradores.” Lev 18;19 a 25

Vimos, pois, que não se tratava de guerra, ainda que, envolvesse a necessidade dela.
Pois, Deus, malgrado, seja “Varão de Guerra”, deseja, acima de tudo a paz.

A mensagem cantada pelos anjos quando do nascimento do Mediador: “Glória a Deus nas alturas, paz na terra; boa vontade para com os homens” Luc 2;14

Um que daria Glórias a Deus, obedecendo-O às últimas consequências; como efeito colateral do Seu Destemido Ato, a possibilidade de paz com os homens; “Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou Consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação; isto é, Deus estava em Cristo reconciliando Consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;18 e 19

Todavia, antes de firmarmos ímpias tendas na presunção que nos guarda um Deus de Paz, convém lembrarmos que Ele também é de justiça.

Tendo banido uma população extremamente ímpia, para dar a Terra Prometida aos eleitos, como agiria Ele, quando os escolhidos decidiram pela impiedade também? Paulo pontua a Isonomia Divina: “Tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?” Rom 2;3

Ele usava as Escrituras para advertir os “eleitos” em Cristo, Isaías reportou a ruptura do Deus de Paz, com os rebeldes; “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63;10

Na Nova Aliança “templos” são as pessoas; contudo, muitos levam ao extremo essa realidade, com “interpretações” convenientes, que “legitima” a “revolução silenciosa dos desigrejados”.

Há muitos erros, patifarias, escândalos nas igrejas, por isso, eles não se misturam.

De fato, acontecem muitas coisas vexatórias no que se denomina igreja; mas, sair desses ambientes seria a solução de Deus?

Dois grupos religiosos se destacavam nos dias de Cristo; Fariseus, ou, “Separados” e Saduceus, ou, “Justos”.

Eram tão “Justos e separados” que sequer se misturavam com aqueles que Cristo buscou e disse que entrariam nos Céus adiante deles.

Rebeldia em trajes de gala é como defunto; banhado, barbeado, elegantemente vestido e morto.

A Palavra não oferece uma ilhota sequer, aos que nadam nesse mar; lhes deixa flutuando em suas doentias presunções: “Não deixando nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; tanto mais, quanto, vedes que se vai aproximando aquele dia.” Heb 10;25

O templo deveria ser feito como e por quem, O Senhor escolhera, “edifica como Ele disse de ti.”

Quem autorizou que os novos “templos” sejam erigidos de verve autônoma, não segundo o dito de Deus?

“Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria. O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada seu coração.” Prov 17;1 e 2

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

O mérito e a graça


“Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei; não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará sua destruição; a ruína de ambos, quem a sabe?” Prov 24;21 e 22

Agitações sociais e mudanças políticas na base do berro, atos tão comuns atualmente, foram desaconselhadas pelo sábio.

A atração dessas coisas sobre incautos é a segurança de serem eles, as vítimas. O mundo carece cambiar; a sociedade precisa mudar, eles não!

A diferença do Evangelho e o comunismo é que a mensagem de Cristo desafia cada um a uma mudança profunda em si mesmo. Para Deus não são os outros os errados; ou, se são, não é minha incumbência mudá-los; sou mordomo da minha alma apenas. O convite do Salvador é que eu renuncie isso, doravante, deixando com Ele. “Negue a si mesmo... siga-me.”

Ontem vi uma montagem dessas que fazem eclodir os “orgasmos intelectuais” dos mentecaptos; a coisa me fez pensar; era a linha de partida duma corrida; de um lado um carrão levava um “competidor”, presumivelmente, rico, bem vestido; do outro, um miserável puxava outro com uma carroça; a legenda era: “Meritocracia”.

Não precisa ser sábio pensador para ver a denúncia das “desigualdades sociais”, as benesses da “classe opressora” em detrimento dos “oprimidos”. A eterna balela comunista, com suas “máquina de churros” a rechear idiotas úteis com presunção adocicada.

Algumas reflexões brotaram. Primeiro: Quem disse que devo competir com o semelhante, invés de coexistir? A riqueza gera desigualdade, ou, em mãos empreendedoras gera empregos, melhora as vidas?

Segunda: Quem garante que o de posses sempre foi assim, e não as conquistou com seu trabalho, investimento? Ou, que o miserável não recusou muitas portas de trabalho preferindo a preguiça indigente? Nesse caso a diferença é muito justa, uma vez que cada um ceifa segundo seu plantio. Meritocracia sim.

É roubo, injustiça, a cigarra desejar os suprimentos do formigueiro, se, apenas cantou indolente quando as formigas trabalhavam.

Ainda, se os sistemas socialistas são mais igualitários e desejáveis, pela pretensa “justiça social”, por quê, onde foram implantados, sempre culminaram em miséria coletiva, e riqueza de meias dúzia de ditadores?

Ao dar sorte comum entre diligente e vagabundo, não melhorou a esse e estragou àquele, castrando sua chama que mantinha vivo o anseio de progredir. Vetada essa possibilidade esvaiu-se o sentido do labor. Até uma anta perceberia, menos, os “oprimidos” em sua conveniente estupidez.

A Palavra de Deus não encoraja excessivo apego às posses; “Acautelai-vos da avareza, pois a vida de cada um não consiste na abundância do que possui.” Ensina.

Todavia, chuta com os dois pés o traseiro do preguiçoso; “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso; olha para seus caminhos, e sê sábio. Pois ela, não tendo chefe, guarda, nem dominador, prepara no verão o seu pão; na sega ajunta seu mantimento. Ó preguiçoso, até quando ficarás deitado? Quando te levantarás do teu sono? Um pouco a dormir, um pouco a tosquenejar; um pouco a repousar de braços cruzados; assim sobrevirá tua pobreza como o meliante, e tua necessidade como um homem armado.” Prov 6;6 a 11

Deus não alimenta ilusões quanto aos sistemas humanos, nem pretende mudá-los. Trabalha para persuadir indivíduos, para que cada um abrace à Vontade Dele.

Esse negócio de luta de classes, oprimidos e opressores, vem de Marx e derivados, não da Bíblia. Portanto, seja o Papa, bispo, padre, pastor, missionário, ou o escambau, se tentar fundir o Evangelho com a doutrina comunista, não importam os rótulos palatáveis que cole nisso, é fraude. 

Não existe uma “Teologia do Oprimido” que opere o “milagre” de converter culpados em vítimas. “Todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus;” Rm 3;23 com, ou sem grana.

Para efeito de salvação não há meritocracia nenhuma; não merecemos e ponto final. Mas, pelo Amor do Eterno Ele enviou Cristo; e pelo que Ele Fez em nosso lugar, a todos os que se lhe submetem, a redenção é dada de graça. “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Quando A Palavra ensina que Deus Amou o mundo; refere-se à Universalidade do Seu Amor; não ao mundo estritamente. Não busca salvar ao mundo, antes indivíduos; “... todo aquele que Nele Crê...” Jo 3;16

Não trabalha com “massas;” “... cada um dará conta de si mesmo a Deus.” Rom 14;12

Inúteis as badernas “sociais” que ousam contra leis estabelecidas; elas redundarão em perdição.

O comunismo vende como direito seu, um fruto do outro; o cristianismo ensina como dever seu, fazer ao outro o que deseja para si; isonomia e extorsão não são sinônimos.

sábado, 2 de outubro de 2021

Medo de romper


“Todos choravam e pranteavam; Ele disse: Não choreis; a menina não está morta, mas dorme. Riam-se dele, sabendo que estava morta.” Luc 8;52 e 53

O motivo pelo qual zombaram de Jesus foi que Ele “pensava” que a menina dormia; mas, eles “sabiam” que ela estava morta.

Entendemos que, a fé é “o firme fundamento das coisas que não se veem...” Heb 11;1 porque não se limita às coisas palpáveis apenas, restringindo seu “saber” ao tangível. Seus alicerces se firmam no Saber e Poder, Divinos.

Se, Aquele que É A Vida, afirmou que a menina não estava morta, não o fez porque desconhecesse seu estado; antes, porque estava antecipando o que faria; ou, como isso que chamamos morte, é vista aos Olhos dos Céus; um sono reversível, até.

Nossos eventuais deboches ante, a “ignorância” ou, “impossibilidade” Divinas, não revelam essas coisas; só desnudam os efeitos colaterais da Árvore da Ciência” em nossas almas desorientadas. A falta de vínculo com A Vida, dando peso cabal à morte.

Necessário recorrer a Pascal mais uma vez: “Um pouco de ciência afasta o homem de Deus; um muito, aproxima.”

Decidirmos nós mesmos acerca do bem e do mal, coloca sobre nossos crânios doentios um teto mui raso. Nosso senso de lógica, plausibilidade e verossimilhança estreita-nos de tal modo, que asfixia às possibilidades da fé.

Contra essa “ciência” Paulo advertiu: “Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo horror aos clamores vãos e profanos e oposições da falsamente chamada ciência, a qual, professando alguns, se desviaram da fé.” I Tim 6;20 e 21 Notemos que o saber presunçoso, não apenas limita à fé; antes, se opõe.

O conhecimento humano é nada, na arena da fé. Aliás, o texto que mais irritava a Niezstche, cheio de diatribes em seu livro, “O Anticristo” era, justo um, onde Paulo alistava que Deus “não entendia” de lógica; esse: “Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, muitos poderosos, nem muitos nobres que são chamados. Mas, Deus Escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1;26 e 27

Os “sábios” riem da Palavra de Deus, como os daqueles dias na casa de Jairo.

A Palavra sempre frisa que o motivo da rejeição a Deus é volitivo, não intelectual. Noutras palavras: Não é que o homem não possa entender Sua existência e a justiça das Suas demandas; apenas, que bem as entendendo, o homem não as quer. Prefere a autonomia suicida.

O Salvador figurou que A Luz Veio, mas os homens amaram mais às trevas; e Paulo ousou além; disse que até mesmo a criação testifica de modo eloquente, do Criador; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem Lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;20 e 21

Uma vez mais, a nefasta migração; “Tendo conhecido Deus”, a Luz, “seu coração insensato se obscureceu”, a escolha pelas trevas.

O problema da Luz é que ela não me mostra as coisas; mostra-me perante Deus. Até gostamos de luz; “pero no mucho”; bastam os holofotes.

As redes sociais com suas frases de aluguel, fotos cheias de caras e bocas, belos panos-de fundo, etc. mostram como as pessoas gostam de ser vistas; a Luz espiritual revela o “pacote” todo; sobretudo, as coisas que o homem tenta ocultar. Por isso, incomoda.

Então o Capeta e sequazes parecem tão diversitários, inclusivos, tolerantes. “Resolvem” os problemas humanos apagando a luz, para que eles não sejam vistos. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Mais fácil rir da Palavra, fazer violenta oposição até, que incursionar nela, para conhecer a intimidade com Deus, e as reentrâncias obscuras da própria maldade.

Isso demanda uma ruptura social que a maioria não ousa; “... não anda segundo o conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medita dia e noite.” Salm 1;1 e 2

Naquele evento, da ressurreição da filha de Jairo, O Salvador também “rompeu” com escarnecedores; levou apenas os pais e três discípulos.

A fé em intimidade com Ele faculta ver grandes coisas; aos demais resta o escárnio. Limitam Deus às suas impossibilidades; seguem mortos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

"Gabinete do Ódio"


"Não odeio eu, ó Senhor, aqueles que Te odeiam, não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos.” Sal 139;21 e 22

Velho Testamento, onde as lutas ainda se davam estritamente entre homens. Odiar aos inimigos era, então, a coisa certa.

Entretanto, após a Vitória de Cristo, o “campo de batalha” mudou; a luta se deve travar com outras armas, dados os novos inimigos. “Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, contra principados e potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.” Ef 6;12

O fato de adjetivarmos a cruz como vitória, já denota que a coisa extrapola à abrangência da carne; pois, se fosse nessa arena estrita, a morte do Senhor seria estrondosa derrota. Contudo, foi um Triunfo Eterno.

Invés de derramar sangue alheio, pois, do cristão se espera que derrame o próprio, se necessário, na resistência ao mais letal dos inimigos; o pecado. Aos hebreus desanimados por frustrações menores, esse alto padrão foi posto: “Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.” Hb 12;4

Embora, principados e potestades sejam nossos adversários, eles usam pessoas de carne e sangue, para disseminar conselhos avessos ao conhecimento e obediência. Devemos, os despenseiros da Obra de Deus, estar preparados para tais embates. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10;4 e 5

Se é certo que devemos pagar ao mal com o bem, isso equivale a sermos lenientes com os maus, à medida que eles são vítimas do engano de tais potestades. Daí, o preceito: “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21

Todavia, se nesse contexto, vencer o mal com o bem significa socorrer ao desafeto, nem sempre as coisas são assim.

Às vezes, muitas vezes, o mal a ser derrotado é a mentira; o bem, necessário, a verdade.

Não devemos odiar pessoas, como no Antigo Pacto, mas, aborrecer valores avessos, coisas que ante O Santo são iníquas. Pois, o ódio tem seu mérito sim, no devido lugar. “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso Deus, o Teu Deus, Te ungiu com óleo de alegria mais que a teus companheiros.” Sal 45;7

Ontem, no depoimento do empresário Otávio Fakhoury na “CPI” ele foi acusado de pertencer ao tal “Gabinete do ódio”. O Presidente Aziz, se disse cristão amoroso, que jamais usou uma forma agressiva contra alguém; questionou o cristianismo do depoente, pois, haveria “muito ódio” nas postagens dele. Deveria ler o Evangelho, foi a sugestão.

Conclusão implícita é que, O Evangelho é o “puro amor”, sem nenhuma diatribe sequer; será?

Que Deus É Amor, nenhuma dúvida. Contudo, o amor “Não se porta com indecência, não busca seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;” I Cor 13;5 e 6

Aquela fábrica de mentiras e narrativas fraudulentas que chamam CPI, poderia se escudar no que lhe aprouvesse, menos, no Evangelho de Jesus Cristo. Pois, malgrado sua mensagem de amor e perdão, traz duras reprimendas contra hipócritas, mentirosos, ladrões, e presunçosos do calibre desses; deveriam transbordar amor, dada sua contumaz aversão ao “Ódio”.

Eça de Queiroz cunhou: “Políticos, como fraldas, devem ser trocados de tempo em tempo; pela mesma razão.” Bons tempos aqueles em que eles apenas cagavam. Hoje vendem a alma ao diabo, caluniam, atacam, mentem solenemente, em defesa de interesses rasos, apelidados de justiça.

Eles manifestam seu “amor” blindando corruptos que meteram a mão no erário durante a pandemia, e atacando de todas as formas as reputações de cidadãos honestos, como Luciano Hang, acusado, pasmem! de usar vestes verde-amarelas. Imaginem o dano disso!

Um deles ousou dizer, “Eu sou um senador!” Como se isso o colocasse anos-luz acima dos demais. 

Sua besta! Isso significa que vossa displicência é funcionário público, um servidor pago por nós e nos deve satisfação; não, nós pagadores de impostos devemos nos ajoelhar diante dele. Gente sem noção; vergonha. Como não odiar posturas cretinas assim?

O Senhor que É amor, enfrentou à morte, o “Gabinete do ódio" de então; no clímax da dor orou: “Pai Perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem.”

Pois, os da “CPI” sabem muito bem, portanto peço: Pai julga-os, porque eles sabem o que fazem.