domingo, 1 de dezembro de 2019

Conflito de Amores


"... Também eu vos perguntarei uma coisa, e então vos direi com que autoridade faço estas coisas: O batismo de João era do céu ou dos homens? respondei-me." Mc 11;29 e 30
 
O Senhor fora questionado sobre a origem da Sua Autoridade. Antes de responder propôs a questão em realce; de onde era o batismo de João?

Se, ele fora delegado pelo Eterno a fazer o que fazia, então, óbvio, a autoridade que representava era O Próprio Deus.

Agora, se fizesse as coisas de moto próprio, daí tudo se resumiria em sua pessoa apenas. Todos tinham a João como profeta do Altíssimo; então, quando ele apresentou a Jesus como "O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo", em nome do Pai, o fez.

O outro joão escreveu depois que o Batista viera precisamente para apresentar a Luz ao mundo; "Houve um homem enviado por Deus, cujo nome era João. Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele. Não era ele a luz, mas para que testificasse dela." Jo 1;6 a 8

A questão da autoridade sempre foi um problema para o homem e algo de extrema importância para Deus; pois, foi justo ao desconsiderá-la em busca de um "Plano B" que o casal edênico pecou e deu início a todos os desdobramentos nefastos da queda.

O propósito original para nossa criação é de servos, ainda que, com uma intimidade mais estreita, como de filhos e Pai, no caso de nossa opção ser por Deus.

Nosso livre arbítrio resume-se a uma escolha dual, tipo eleição em segundo turno; tal escolha determinará a quem servimos, não será mero falar assim ou assado; mas, são nossas ações que testificam do Senhor que escolhemos; "Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?" Rom 6;16

Então, diferente do que alguns pensam, batizar-se não equivale a adesão religiosa, "passá pá crente" como dizem; antes, é um testemunho público de reconhecimento de duas coisas essenciais; nossos pecados, que demandam o auxílio do Redentor, e a Autoridade sobre nós desde então; batismo não é uma aquisição é uma entrega. "Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?" Rom 6;3

Se, no Macro foi João Batista que testificou do Senhor para quem lhe ouvia, cada um em particular, que se batiza em Cristo testifica também, uma vez que o confessa publicamente como Senhor; "Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, Eu o confessarei diante de Meu Pai, que está nos céus." Mat 10;32

Muitas vezes aquilo que nos é pacífico ao entendimento e consciência, nem sempre o é perante as conveções; noutras palavras: Percebemos as coisas como são, mas não temos ousadia de assumir publicamente essa percepção, pelo medo dos apreços horizontais dos que zombarão de nós; o clássico temer mais aos homens que a Deus.

Pois, no âmbito da atuação do Senhor havia coisas tão fantásticas que por si só externavam Sua Autoridade sobrenatural. "Pode um demônio abrir os olhos a um cego"? Perguntaram. Nesses casos a resitência não passa de hipocrisia; as palavras da boca atuam contra o saber apenas para abafar no grito, às da consciência.

O Prícipe Nicodemos foi um que viveu esse conflito; para ele o testemunho dos feitos de Cristo bastava como prova da Sua Autoridade; "Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que És Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes, se Deus não for com ele." Jo 3;2

Se, estava convencido da Autoridade Divina do Salvador, nem assim ousou escancarar isso; antes, foi buscá-lo de noite, escondido dos colegas do Sinédrio.

O Senhor É A Luz; os conflitos que enseja não são de sapiência; são de amores. Desafia-nos a mudar de afetos coisa dura para a natureza carnal; "A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más." Jo 3;19

Por isso, ensinou, sem o "Novo nascimento da Água e do Espírito" nada feito. Seguiremos amando às trevas e fugindo da Luz.

Em suma, não é identificar a origem da autoridade o nosso problema; identificamos e entendemos que O Senhor requer o direito Seu de dirigir nossas vidas, mas ainda gostamos mais da sugestão da oposição de nós mesmos decidir sobre bem e mal.

Jesus não é rejeitado por obscuro, confuso; antes É claro demais; assusta.

"A verdadeira tragédia não é as crianças temerem ao escuro; antes, é os adultos temerem à luz". Platão.

sábado, 30 de novembro de 2019

O medo da vida; das vidas



"... Tira da terra um tal homem, porque não convém que viva." Atos 22;22

Paulo mencionou detalhes da chamada do Senhor, o que incluía a rejeição do testemunho sobre Ele pelos Judeus, e o envio do apóstolo aos gentios. Então, disseram as palavras acima. "... não convém que viva".

Seu dicurso incomodava, como incomodara o de Estevão; para ambos, a mesma solução: Sentença de morte.

Infelizmente é muito comum as pessoas "resolverem problemas" matando outras; em determinado momento decidem que não convém que alguém viva mais; ao calor dessa visão acoroçoando à vontade, decidem cometer assassinatos. Mas, o que faz a vida de alguém inconveniente a nós? Ou, será que as pessoas existem para nos agradar?

Primeiro que, a vida de terceiro é já uma "empresa" em si; independe de mim e não deve ser-me, necessariamente, conveniente. Quem garante que não sou inconveniente a muitos, nem por isso lhes assiste o direito de "sanar" essa inconveniência matando-me.

Somos uma confraria de seres inperfeitos, anjos inconclusos, para o bem e até para o mal, conforme a escolha de cada um; "Quem é sujo suje ainda; quem é santo seja santificado ainda..."

Uma lógica que me parece cristalina elimina essa "solução", sem maiores argumentos; sendo alguém hipoteticamente perfeito, naturalmente tem em sua essência "matéria-prima" para lidar com alheias imperfeições; agora, sendo imperfeito como os demais, quem lhe dá o direito de cobrar a perfeição que não possui?

Há um mentor que cega e faz parecer que sua sede de sangue é de quem se faz hospedeiro do seu ódio e seus conselhos. "O ladrão (Satanás) veio roubar, matar e destruir..." Jo 10;10

Atrevo a pensar que os que assim agem não matam semelhantes porque esses são maus; (teriam que matar a todos) antes, o fazem na ilusão adquirida de se livrar de um mal, que, por maior que seja, ainda há de ser menor que o peso de sujar as mãos com sangue.

Degraçadamente lidamos "melhor" com os problemas, as falhas, no outro, que em nós; daí, quando uma incompatibilidade qualquer assoma, para muitos parece mais fácil matar ao outro que mortificar a si.

É salutar desconfiar de todo e qualquer discurso, ou ensino, que focalize os problemas sempre no outro, invés de dentro de nós mesmos. Quem jamais ouviu: "O inferno são os outros". Claro que o santo enfadado disso é um pedaço de paraíso!

A Boa Nova começa com uma má notícia: O mau que me faz dano sou eu; daí, "negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me." Pois, assim, autônomo e morto em delitos e pecados não convém que eu "viva".

A Palavra de Deus, "Manual do Construtor" nivela-nos por baixo; "Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um." Salm 14;3 Ou, "... Não há um justo sequer. Não há ninguém que entenda; Não há ninguém que busque a Deus." Rom 3;10 e 11

Muitos confundem ir às igrejas em demanda de interesses rasos, mesquinhos, com buscar a Deus. Pecam até quando cultuam ao fazer a coisa certa pelas erradas razões. No fundo o "culto" de muitos é como o de Balaão, um "despacho gospel," que se resume em oferecer préstimos religiosos em troca de bens terrenos; enquanto o ensinado pelo Mestre orbita outros valores; "Buscai primeiro o Reino de Deus e Sua Justiça..."

Se, pensarmos nas virtudes cristãos desejáveis, entre elas depararemos com prudência, paciência, perdão... coisas que "dependem" das alheias imperfeições. Sem esquecer que, O Eterno condiciona Sua Graça a uma apreço pela mesma, de nossa parte, que nos leva a sermos graciosos também; "Perdoa nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores..."

Contudo, há ainda o outro lado da moeda; se, grosso modo, muitos ceifam vidas por "tratar" seus problemas no outro, invés de o fazerem em si, há os que veem a coisa tão em si, que tiram as próprias vidas, quando, da forma que se lhes apresentam não parecem desejáveis mais. Quem a vê em Cristo há de vê-la com outros olhos.

Se, a salvação nos livra do medo da morte, não no sentido de buscá-la, mas da confiança no que virá após, deve ser necessariamente d'outra fonte, o medo da vida que patrocina tais "soluções". Não estou entrando no mérito da salvação ou não dos suicidas; mas, nos motivos.

Toda ação é o desdobramento de um pensamento que dobrou à vontade e se fez um desejo; enquanto não formos purificados aí, na origem, nossas ações impuras continuarão.

A morte que purifica já ocorreu; "... o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo". Heb 9;14

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

O Acelerador de Partículas


"Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem." Sal 14;1

Como se poderia saber o quê alguém diz "no seu coração"? Seria necessária a inspeção de quem tivesse acesso ao âmago, ao centro da personalidade psíquica e espiritual, essa íntima fonte que chamamos coração.

A diatribe à negação da existência de Deus começa já com um predicado que requer Sua existência; pois, quem teria acesso aos recônditos dos corações? "Eu, o Senhor, esquadrinho o coração e provo os rins; isto para dar a cada um segundo seus caminhos e segundo o fruto das suas ações." Jr 17;10

Pois, "O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre." Prov 20;27

Notemos que a recompensa Divina atrela-se a caminhos, ações; são esses que trazem à luz os corações, que, Deus pode sondar.

Como efeito colateral de nossa incipiente pesquisa encontramos duas coisas já; Deus descarta como néscios, tolos os que duvidam; o homem tem em si um espírito, como ponto de contato com Deus, que É Espírito.

O Eterno não tem nenhuma crise de aceitação como nós; não sai por aí mendigando atenções, tipo: Por favor, creiam que Eu Existo, senão minha vida não fará sentido. Deixa o melhor vinho para o final, para que a fé seja Nele, não em estímulos exteriores.

Parte do princípio sólido que Sua Existência É auto-evidente, não gasta latim à toa; descarta como tolos os que negam o que salta aos olhos. Pois, "Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;" Rom 1;20

A negação dos néscios não é filosófica; tendo meditado muito chegaram à conclusão que a Existência Divina é inverossímil, impossível, por ferir à lógica em tais e quais pontos; antes, é uma negação prática de alguém indolente que agiu como se, tal busca sequer valesse à pena, dada essa "certeza" decidiu agir por conta como se Deus não existisse.

Não se trata de um sincero interessado na verdade que não coseguiu crer; antes, um estúpido que adotou automaticamente para si a sugestão de Satã para agir com autonomia, independência em relação ao Santo.

Contudo, alguns mais "esclarecidos" negam "positivamente" a Divina Existência; hipocritamente fingem não fazê-lo. Por exemplo, os "cientistas" do CERN aquele centro de pesquisas em um túnel de 28 kms na fronteira franco-suíça. Eles criaram uma engenhoca que chamam de acelerador de partículas, no uso da qual esperam encontrar à "partícula de Deus". O meio científico para a existência do Big Ban.

Essa teoria da mega-explosão é dos evolucionistas que negam a Existência do Criador. Então, quando aludem à partícula de Deus, na verdade buscam a demontração de um "método" que faria Deus desnecessário, uma vez que a "ciência" poderia explicar tudo.

Partícula é o diminutivo de parte; daí que, nossas coisas e opiniões são particulares, dado sermos meras partículas, num universo com mais de sete bihões de pessoas.

No entanto, como fomos criados à Imagem e Semelhança do Criador, e Ele soprou em nós Seu Espírito, cada um de nós é uma partícula de Deus, não num sentido panteísta, (Deus está fora da Criação) mas, no de testemunho da Sua Obra.

A morte espiritual, consequência do pecado aliena essa partícula, (espírito) da Sua Fonte; por isso O Eterno enviou Seu Filho remir-nos da prisão desse feitor, para que a vida fosse regenerada.

Enquanto a "ciência" trabalha com um acelerador de partículas, Deus desafia às partículas que lhe dão ouvidos a um freio na ensandecida corrida da auntonomia; para que, a comunhão possa ser refeita; "Negue a si mesmo, tome sua cruz e siga-me".

Depois da descoberta do DNA impossível a defesa da evolução nos moldes Dawinianos; escavar ossos não "prova" mais nada; a moda agora é a negação da pureza e singularidades Divinas; o neo-panteísmo.

Todas as religiões são boas, todos os caminhos levam a Deus; tudo é Deus, inclusive Terra e Natureza. O Ecumenismo buscado pelo Papa Francisco. Não podendo mais negar a existência, o Capeta e os seus pervertem a essência; uma forma oblíqua de negação.

A aceleração das "partículas" interessa ao mentor da rebelião; se pararem para ouvir, meditar poderão reencontrar o caminho de casa. A tecnologia labora velozmente no afã de gerar mais velocidade.

A árvore da Ciência cintila mais que uma de Natal para manter os néscios de costas para a Árvore da Vida. Contudo, "Voltei-me, vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha..." Ecl 9;11

domingo, 24 de novembro de 2019

O Triturador Vermelho


Uma frase me fez pensar: "Não se preocupe em deixar um mundo melhor para seus filhos; antes, em deixar filhos melhores para o mundo."

Dois vícios humanos nas entrelinhas. A quimera de tentarmos ingerir no que nos escapa, sendo omissos no que nos pertence fazer; e a cosmovisão utilitarista como se, invés de partículas de um todo, a ele devedoras fôssemos credores, aos quais a vida deve. Nâo o que convém fazer para contribuir com um mundo melhor, mas o que quero usufruir.

Esse é um mal crônico dos esquerdistas que, por avessos ao trabalho, à meritocracia, afirmam que, quem prospera na vida nunca o faz por esforços, empreendedorismo, organização, empenho; sempre trata-se de um "explorador" do trabalho alheio, por isso, seus bens nem são legitimamente seus; devem ser "socializados".

Essa "releitura" própria de vagabundos que recusam a "botar o peito n'água" além de "justificar" ao roubo, o espólio dos alheios bens, traz como efeito colateral o desestímulo aos novos empreendimentos; pois, se tanto faz quem produz ou não, a todos cabem direitos iguais, qual o sentido de trabalhar?

Isso explica a derrocada econômica de todo o leste europeu comunista, parte da Ásia e mais recentemente, Cuba, Venezuela e Bolívia; a "iguladade" pela qual pelejam é de frutos, não de oportunidades; assim, o diligente e o ocioso se tornam "iguais" no maravilhoso paraíso comunista. 

Para Aristóteles, "A maior desigualdade que há é considerar iguais aos que são diferentes". Ele está certo.

Então, o comunista convencido pela própria hipocrisia que rebatiza sua preguiça de justiça social anseia que o mundo mude ao seu favor, invés dele mudar seus conceitos e ajudar a construir um mundo melhor, para si primeiramente, depois as consequências diluem-se no todo.

Desgraçadamente o gado vermelho segue após berrantes tocados por gente rica, tiranos milionários, mas que dizem que as parcas pastagens deles é por culpa das "elites injustas" e do "capitalismo selvagem"; algum deles já dividiu os bens? Já socializou um por cento do que possui? Não. Mas, o gado foi treinado para usar cascos e chifres após o pano vermelho, como nas touradas de Madrid, não os cérebros. Olééé!!

Quais economias mais agonizam na América Latina? As supra citadas Cuba, Bolívia e Venezuela. Qual a mais próspera? O Chile com o maior crescimento e renda per cápita.

O que incomoda aos vermelhinhos? O Chile. Lá açodam seus rebanhos de idiotas úteis; pois, se seus manuais socialistas sempre advogaram que a economia liberal e o capitalismo são maus, como essas coisas se atrevem a dar certo no Chile? É preciso queimar tudo urgentemente. Assim, não são vândalos, desordeiros, marginais; antes, "revolucionários" numa meritória luta política contra a "injustiça social".

Aqui, investimentos estruturais de minimização das consequências do estio, como a dessalinização da água do mar e a perfuração de poços artesianos começa a dar alento ao sofrido povo do nordeste; o que fazem esses bravos "defensores dos pobres"? Alugam um criminoso derramamento de óleo no litoral por lá; se não fosse o alcance das redes sociais eles dariam um jeito de por a coisa na conta do Bolsonaro.

Duas coisas são tão óbvias nesses pleitos que podem ser lidas em Braille! Uma: Nunca os fatos corroboraram a doutrina comunista! Sempre forjam o paraíso nos livros; miséria e opressão totalitária na prática; Outra: Essa gente nunca esteve nem aí para pobres, oprimidos, minorias, justiça e o escambau; Como a Dilma mesmo confessou, "Fazem o Diabo pelo Poder". E o Diabo segundo Jesus veio roubar, matar e destruir.

Se, são mesmo democratas como dizem, o que têm contra a saudável alternância de poder? Mais; se, o Bolsonaro é tão ruim como afirmam, por que não deixem que afunde ainda mais nos três anos que lhe restam de mandato, depois lhe dão uma "lavada" nas urnas?

Eles não estão apavorados porque o Governo do Jair é ruim para a nação; urge que sabotem, pois, os resultados positivos saltam aos olhos; deixam cada vez mais evidente os treze anos perdidos sob o corrupto manto vermelho. O "radicalismo" proposto pelo rei dos ladrões e a "imitação do exemplo do Chile" ainda fará correr sangue inocente por aqui.

Não me iludo muito com a cura da esquerdopatia; uma doença quase sem cura que inoculada no sangue nem o antibiótico dos fatos e a sutura da realidade podem tranformar feridas em cicatrizes.

Se, é uma preocupação saudável deixar filhos melhores para o mundo, invés da difusão do conhecimento intentaram a ideologia de gênero, perversão dos infantes.

Essa gente é criminosa, amoral, imoral, perversa. O Comunismo não passa de uma máquina de moer carne para produzir os embutidos que saciam a fome de poder. E há tanta carne pedindo para ser moída...

sábado, 23 de novembro de 2019

Gugu Liberato; a morte fora da casinha

A morte está mais viva do que nunca. E, a cada dia morre em série, se esforçando em demanda pela nossa atenção, mas seguimos alheios, nos fazendo de mortos.

Aí ela amplifica seu grito e ceifa gente famosa como Paul Walker, Tony Palmer, Walmor Chagas, Robin Willians, Ricardo Boechat, e agora seu grito mais recente, Gugu Liberato.

Nos movemos por um pouco em nossos assentos, não o bastante para desgrudar as bundas, ou despertar os cérebros; e via de regra, cada um tem uma "receita" nas prateleiras da preguiça mental, à qual recorre para abafar tais gritos.

O fatalista conclui: "Chegou a hora"! O "lógico" reclama: "Tanta gente ruim e morrem os bons!" O filósofo de botecos "filosofa": "Pra morrer basta estar vivo". O espírita: "Cumpriu seus karmas"; Uns têm as frases feitas para as perdas menores; "Vão-se os anéis ficam os dedos"; daí quando vão-se os dedos quedam incrédulos.

Tendemos em nossa lógica inconsequente e desavisada a "arquivar" vidas como se fosse um fichário; ordenadas pela data e índice alfabético, à luz do qual a dama de preto deveria ceifar primeiro às fichas mais antigas. Vá saber se a morte conhece lógica, bebe, consome drogas, ou afins, mas tem feito um monte de trapalhadas cronológicas, de modo que me atrevo a dizer que ela está fora da casinha.

Levou à Amy Winehouse antes do Mick Jaegger; Paul Walker antes do Stallone; Artur antes do Lula; agora, Gugu antes do Silvio Santos. Lógica não é com ela, pois.

Admiro gente que consegue tratar de algo tão sério de modo doce, como os poetas, por exemplo; "Eu estava dormindo e me acordaram, e me encontrei assim, num mundo estranho e louco... e quando comecei a compreendê-lo um pouco, já eram horas de dormir de novo"

Porque o tempo é uma invenção da morte,
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia,
para nos dar a eternidade inteira"
Mário Quintana

"Fiz um acordo de coexistência pacífica com a morte; eu prometo não temê-la, nem ela me assustar; um dia a gente se encontra". Mário Lago

Por minha parte com recursos pífios comparado aos grandes Mários, escrevi um poema esposando a ideia que a morte mais assusta a quem pensa ter mais vida;

"Ao jovem a morte parece um precipício; o desperdício de tudo o que pensa ter para viver; ao adulto parece um monte; horizonte extático onde mais dia, menos dia fará a subida; o velho andeja com ela pela campina; traquina criança festejando a absolvição de sua sentença de vida."

A Bíblia valora como mais proveitosos os ambientes fúnebres que os festivos, dado esperar que tais nos ensinem algo; "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens; os vivos o aplicam ao seu coração." Ecl 7;2

Tiago apresentou a "robustez" das nossas vidas como uma coisa tênue, pífia; "Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece." Tg 4;14

Por isso, longe de ser uma opção a se fazer nos dias da velhice, a salvação sempre nos é apresentada como uma decisão que requer urgência; "... Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação..." II Cor 6;2 "Enquanto se diz: Hoje, se ouvirdes sua voz, (de Deus) não endureçais vossos corações, como na provocação." Heb 3;15

Dado que a conversão que nos livra do medo da morte demanda mortificação dos desejos naturais em prol da realização da Vontade Divina, bem observou Watchmann Nee: "Muitos gastam tempo ensinando aos cristãos a viver melhor, quando, deveriam ensinar a morrer melhor."

Nossa abstração se verifica à medida que, só mortes mui próximas nos movem, ou de famosos, como alguém observou: "Uma morte é uma tragédia; milhares de mortes, apenas um número, uma estatística."

Então, apesar de certa leveza no texto, tanto quanto possível, não entendam que trato a coisa de modo pueril, superficial. Meus respeitos e solidariedade à família enlutada, anexo o desejo que o Espírito Santo conforte e console aos corações feridos.

Quanto à nós outros que contemplamos de longe, sempre acontece uma partida de gente bem próxima; a menos que tenhamos um "plano B" para salvação sem Cristo, deveríamos usar nosso tempo para reconciliação com Deus, para que a sombra da morte não assuste mais.

O Eterno desconhece alternativas e propõe em nosso nome a questão: "Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando sendo anunciada pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram?" Heb 2;3

A Voz do Pastor

"Quando tira para fora suas ovelhas, vai adiante delas; as ovelhas o seguem, porque conhecem sua voz. Mas, de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos." Jo 10;4 e 5

Como as ovelhas identificam o pastor pela voz, à qual estão familiarizadas, Jesus ensinou que os Seus O identificariam e seguiriam. Mais; disse que fugiriam de estranhos.

Notemos que a "isca" atrativa às ovelhas não era a qualidade dos pastos, nem da água; mas, a simples voz do Pastor. Quem pertence ao Senhor serve-O, não aos próprios interesses; é Sua Voz que determina o caminho, não as predileções da ovelha.

Claro que "voz" aqui trata-se de uma metáfora; nenhum de nós, dos tempos atuais ouviu estritamente, a voz de Cristo. "Voz" nesse contexto deve ser equacionada à Palavra, Caráter, Ensino, Doutrina.

Paulo tivera o privilégio de conhecer pessoalmente ao Senhor; mas, disse que o conhecimento espiritual era mais importante;" Assim que daqui por diante a ninguém conhecemos segundo a carne; ainda que também tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, contudo, agora já não o conhecemos deste modo." II Cor 5;16

Como a voz do pastor é inconfundível às ovelhas, também o são os ensinos de Cristo para todos os diligentes no aprendizado, que Dele aprenderam. Nele não há ambiguidades, parcialidades, meias verdades; vícios tão comuns na voz dos homens e do inimigo.

Quando vulgarmente se diz que a voz do povo é a Voz de Deus, se pretende apenas que, se o povo decidiu está decidido. (se bem que no Brasil atual, nem isso; o povo pede o impeachment de Gilmar Mendes, o O Congresso o condecora) "Deus" ignora à voz do povo.

Cristo nunca condicionou que alguém se dissesse ovelha Sua, para conhecer a verdade; antes, que permanecesse na prática da Palavra, que demanda obediência ao já sabido, e no discipulado, que requer a busca do ainda desconhecido; "... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." Jo 8;31 e 32

Desse modo, quando Paulo nos adverte que Satanás transfigura-se em anjo de luz, e seus ministros em ministros de justiça, também usa certa linguagem especial.

Transfigura significa literalmente, muda a figura em outra; todavia, anjo é a versão grega para o hebraico "Malach" que significa mensageiro. Então, um anjo não é necessariamente para ser visto, mas ouvido; uma vez que porta uma mensagem. Qualquer pregador, "lato sensu" é um anjo, inda que não seja visto assim.

Quando ouvimos um "ministro de justiça" cuja voz destoa dos claros Ensinos do Pastor, teremos ai apenas um Satanás tranfigurado, uma voz ambígua com "justiça" nos lábios e perversão no coração.

Acaso nos estão "podendo" os da "Teologia da LIbertação" que a pretexto de "Justiça social" esposam usurpação dos bens alheios, do fruto do labor de uns para defrute e prêmio do ócio de outros? A "Voz do Pastor" não condiciona a justiça a posses; "Acautelai-vos da avareza, pois, a vida não consiste na abundância do que se possui."

Conhecer à Voz do Pastor é acima de tudo, amar à Verdade; quem não for perseverante nisso seguirá a estranhos; de repente se verá na corrente das "prósperas" águas da mentira arrastando-o à perdição.

O "estranho pastor" virá "Com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. Por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos que não creram na verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." II Tess 2;10 a 12

Quem ama à verdade não é um conciliador, como esse mundo de aparências e enganos tanto aprecia; antes, um guerreiro espiritual em constante embate contra os conselhos da mentira que visam minar os fundamentos da fé e obediência; "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus; levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;" II Cor 10;4 e 5

Quando Davi cantou que O Divino Pastor conduziria a verdes pastos e águas tranquilas, não esqueceu de mencionar o outro lado da moeda; as agruras da caminhada que incluíam a possibilidade de passar pelo vale da sombra da morte, antes de ter uma mesa farta com "plateia" de inimigos.

Quem não gostaria de uma mesa com a Santa Presença do Senhor? Está disponível; condicionada a duas cositas apenas: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir Minha Voz e abrir a porta, entrarei em sua casa; com ele cearei e ele comigo." Apoc 3;20

domingo, 17 de novembro de 2019

Relacionamento rompido


"... nos concedeu; grande bondade para com a casa de Israel, e usou com eles segundo suas misericórdias... Porque dizia: Certamente eles são meu povo, filhos que não mentirão; assim Ele se fez seu Salvador." Is 63;7 e 8

Um atropomorfismo (Falar de Deus como se Ele tivesse forma ou limitações humanas) que Isaías usa aqui enquanto "discute a relação" (quebrada) do Senhor com Israel. Esperando que fossem fiéis, povo que não mentiria, Ele se fez seu Salvador.

Válido como argumento para evidenciar a infidelidade, embora, a Onisciência Divina jamais seja surpreendida pelos fatos; Seu Amor É, apesar do que somos. "Deus prova Seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores." Rom 5;8 Não nos ama porque valha à pena; antes, pelo que Ele É. Então, embora amando, O Eterno estava afastado para deixar patente Sua Frustração, Seu descontentamento.

Disse mais o profeta: "Em toda a angústia deles Ele (Deus) foi angustiado; o anjo da Sua Presença os salvou; pelo Seu amor e Sua compaixão Ele os remiu; os tomou e conduziu todos os dias da antiguidade." v 9

No entanto, a humana contrapartida não se deu como o desejado. "Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo; Ele mesmo pelejou contra eles." v 10

Uma relação inicialmente de amor que, em função da rebeldia culminou em inimizade; Isaías mencionou que Deus recordara das promessas pretéritas feitas a Moisés, contudo, o caso era de ruptura do relacionamento, o que se entende adiante; "... Volta, por amor dos teus servos, às tribos da tua herança... Somos feitos como aqueles sobre quem Tu nunca dominaste; como os que nunca se chamaram pelo Teu Nome." vs 17 e 19

É da natureza do amor desejar a devida correspondência, independente do que se saiba; o Amor Divino não se prende À Sua Ciência, mas aos que ama; frustra-se pela infidelidade, mesmo sabendo d'antemão que seria assim.

Quando a Palavra diz que Cristo "foi morto antes da fundação do mundo", usa uma forma poética aludindo à Presciência Daquele que, "chama às coisas que não são, como se já fossem." Quando aceitou a missão que Sua Ciência sabia que ao seu tempo seria necessária, Ele "foi morto".

Erram o alvo aqueles que correm pra lá e pra cá em busca de "revelações" estando omissos em praticar ao que já lhes foi revelado ser O Divino Propósito; como se, saber importasse mais do que amar. Ímpias excitações onde a obediência traria descanso, paz; "Os ímpios são como o mar bravo, porque não se pode aquietar; suas águas lançam de si lama e lodo. Não há paz para os ímpios, diz o meu Deus." Is 57;20 e 21

O que precisamos saber é que nossas vontades naturais, bem como as do mundo todo se opõem à Divina; para acessar Essa, precisamos "crucificar" àquelas; "... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." Rom 12;1 e 2

Lembro de uma jovem que após eu ter pregado em São José dos Campos SP veio a mim e perguntou: "O que é mais importante? Oração ou jejum?" Fiquei surpreso e respondi o que me ocorreu na hora; jejum sem obediência não passa de dieta; oração em impiedade é só mais um pecado. 'A oração do ímpio é abominável'. O mais importante é a obediência. Agora, passado muito tempo, pensando melhor, acho que ainda repetiria a resposta.

Não há oração que resolva se, não for de arrependimento, confissão e abandono do pecado; sem isso a barreira divisória permanece; "Eis que a Mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado Seu Ouvido, para não poder ouvir. Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça." Is 59;1 e 2

O resumo da ópera é que a vida de pecados nos faz inimigos de Deus; e o Evangelho é um convite ao arrependimento para reconciliação, antes de tudo. Mesmo a culpa pelo rompimento sendo nossa, foi Ele, Deus que deu o primeiro passo enviando O Mediador.

Os termos foram cantados por anjos no nascimento Dele; "Glória a Deus nas alturas!" (obediência) As consequências também; "Paz na Terra"; de resto, o "mérito" a causa, não está em nós; "Boa vontade para com os homens." (Graça) Luc 2;14

Mensageiros são meros servidores do Mediador; "... Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus." II Cor 5;20