Um espaço para exposição de ideias basicamente sobre a fé cristã, tendo os acontecimentos atuais como pano de fundo. A Bíblia, o padrão; interpretação honesta, o meio; pessoas, o fim.
domingo, 1 de março de 2020
O pecado em prosa e verso
“Certas coisas só são amargas se a gente as engole.” Millôr Fernandes
Ouvindo uma dessas músicas que ouço passivo, por iniciativa da vizinhança, há pouco, o refrão duma me chamou atenção; dizia: “Mas quem é que não tem uma outra, pra equilibrar a vidinha? Arroz com feijão enjoa, sempre é bom uma misturinha.”
Se, como poesia a construção até que é interessante, do ponto-de-vista moral, trata-se de uma canção de louvor ao adultério, à perfídia, à traição.
O pior é que, mesmo quem não é dado à prática adúltera canta junto essa bosta, como que, seduzido pela eufonia; age como se, a defender o que não defenderia estando no uso do devido senso crítico, mais cauteloso das implicações.
Lembrei-me do diálogo filosófico, “A República” de Platão, onde, Sócrates e seus discípulos “construíam” a cidade ideal, da qual baniriam músicas com ritmos malemolentes que, incentivassem à preguiça; e, com letras, como essa, cujo discurso “enobrecesse” ao vício, ou falsificasse à realidade atribuindo às coisas, ou aos deuses, características indevidas. Mesmo uma poesia de Homero, se não me engano, que atribuiria mentira aos deuses deveria ser banida, pois, “se são deuses não mentem; se mentem não podem ser deuses” afirmavam.
Muitos dizem que a vida imita à arte, quando, na verdade essa é um subproduto daquela. Normalmente vestimos com a gala da arte as práticas que adotamos, ou, aprovamos nos meandros da vida.
Denunciando a um estado de coisas assim, onde o pecado já não constrange mais, Isaías pronunciou um ai, da parte de Deus. “O aspecto do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados, como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque fazem mal a si mesmos.” Is 3;9
Segundo William Barclay, mestre em grego, “Aselgeia” é uma palavra grega que foi traduzida para o português como dissolução. Há um estado antes disso, quando uma pessoa, por refém de paixões malsãs, até pratica coisas réprobas, mas à medida do possível disfarça isso, esconde; envergonha-se. Aselgeia, segundo ele, era quando as pessoas faziam coisas de má fama publicamente; não se envergonhavam de não ter vergonha; fiz mesmo e daí? É o estado moral de quem canta o vício em prosa e verso.
Se, como vaticina A Palavra, “Tudo o que o homem semear, isso ceifará”, todo o mal praticado, no fundo, é um mal feito a si mesmo, como teceu em suas considerações o sábio Salomão. Dos ladrões e salteadores disse: “... estes armam ciladas contra seu próprio sangue; espreitam suas próprias vidas. São assim as veredas de todo aquele que usa de cobiça: ela põe a perder a alma dos que a possuem.” Prov 1;18 e 19
Então, nem todos têm “uma outra”; alguns, aliás, não têm nenhuma, nem por isso saem promíscuos por aí à torto e a direito, como se, praticar pecados de toda ordem lhes fosse um direito.
Vergonhosamente chegamos a uma época tão desprovida de bons valores, que, como dizia o humorista Batoré, “pensam que é bonito ser feio.” O “Galinha”, o “pegador” é admirado, invés de ser motivo de vergonha como seria numa sociedade espiritualmente sadia.
A promiscuidade é exibida com orgulho nas redes sociais; estar em muitas festas, uma em cada final de semana, diversificando muuuito o “cardápio” tem sido a prática airosa de tantos que vivem sua “aselgeia” século 21. Homens e mulheres, diga-se.
Não raro, esses mesmos que vivem sem raízes e sem valores, ao sabor dos ventos das paixões desregradas, postam em momentos mais sérios sobre o valor, o porto seguro da família, embora, vivam como se suas embarcações fossem derivar eternamente sem necessidade desses portos. Além de faltar vergonha, nesses casos falta coerência, bom senso, equilíbrio.
O que esses inconsequentes chamam de “curtir à vida” a Bíblia adjetiva como servidão ao pecado, subproduto do medo da morte, pesos que já não incidem sobre os que foram libertos por Cristo; “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também Ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15
Esse medo é disfarçado de “curtição”, pois, no fundo sabem que nada de bom os espera no além; enquanto os salvos deveriam esperar pouco da vida aqui, se, de fato são herdeiros das riquezas eternas; “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;19
Em suma, praticar adultério não serve pra “equilibrar a vidinha”; uma vez que um morto não para em pé, tampouco precisa de equilíbrio para estar em seu jazigo moral.
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Só Pra Contrariar
“Quanto aos profetas, meu coração está quebrantado dentro de mim; todos meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado, como um homem vencido de vinho, por causa do Senhor e das Suas Santas Palavras.” Jr 2;39
Sempre que analisamos a atuação de um falso profeta o fazemos em face às consequências da mensagem sobre aqueles que lhes acreditam; nas expectativas falsas que ocasiona e no dano por iludir o povo.
Porém, além disso, seu “trabalho” também tem efeitos colaterais danosos sobre os que são verdadeiros; nada ameaça mais a um mentiroso que o concurso da verdade.
Elias teve que enfrentar a 850 profetas falsos; Micaías também arrostou inúmeros; foram os tais, que a todo o tempo se opunham a Jeremias que o lançaram num fosso, e um deles chegou a agredir ao profeta do Senhor.
“... sua carreira é má, sua força não é reta. Porque tanto o profeta, quanto o sacerdote, estão contaminados; até na minha casa achei sua maldade, diz o Senhor.” Vs 10 e 11
Há diferença entre pecar e profanar. Pecar é simplesmente errar o alvo, o propósito Divino para nós, o que todos, uns em maior, outros em menor grau cometemos; profanar é pecar nas coisas santas, nas consagradas ao Senhor. Um falso profeta como diz falar “em Nome do Senhor” sua falsidade o faz profano.
Enquanto um profeta veraz se ocupa em transmitir o que lhe foi dado pelo Senhor, independentemente das consequências, um falso se ocupa de tentar parecer verdadeiro, pois, seu alvo é ser aceito pelo povo, independentemente da reprovação Divina.
Só é digno de acato, pois, o que pode dizer como Paulo: “Porque eu recebi do Senhor o que vos anunciei...”
Como uma criança enferma que carecesse de uma injeção para restabelecer a saúde, se tivesse que escolher entre isso e comer chocolate prosseguindo doente, escolheria a segunda opção, assim o povo comum normalmente prefere o agradável ao saudável. Tende a ter em mais alta conta os falsos profetas que prometem facilidades festeiras, que os verazes, esses sisudos que visam restaurar a saúde espiritual dos que erraram o caminho.
Por isso, o ministério profético veraz, num caldeirão de falsidades como, onde costumam arder as paixões humanas é um sujeito que atua “só para contrariar”; avaliemos a chamada de Jeremias, prestando atenção à palavra “contra” por um momento; “Porque, eis que hoje te ponho por cidade forte, coluna de ferro, por muros de bronze, ‘contra’ toda a terra, ‘contra’ os reis de Judá, ‘contra’ seus príncipes, ‘contra’ seus sacerdotes, e ‘contra’ o povo da terra.” Cap 1;18
Normalmente as pessoas honestas costumam ser ingênuas, pois, atribuem a outrem que desconhecem os mesmos valores que esposam; assim, inicialmente não veem maldade nos outros; costumam esperar por honestidade, pelos mesmos valores que em si habitam.
Quando Jeremias deparou com a apostasia, o desvio do Senhor, pensou ser um defeito da ralé apenas; “Eu, porém, disse: Deveras estes são pobres; são loucos, pois não sabem o caminho do Senhor, nem o juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus...” Cap 5;4 e 5
Essa gentalha à toa não sabe das coisas, mas os do Sinédrio, os grandes sabem; vou falar com eles, pensou; Todavia, “... estes juntamente quebraram o jugo e romperam as ataduras.” V 5
O Senhor lhe dissera que entre os que deveria contrariar estavam os “príncipes do povo”, foi ingenuidade esperar diferente.
A orquestra do mundo regida por Satanás, cunhou nos últimos anos novos “pecados graves”; “Fundamentalismo, radicalismo e discurso de ódio”; como se, ter raízes, fundamento, e combater os pecados que O Senhor detesta fosse muito grave. De certa forma, aliás, a mensagem verdadeira traz um “discurso de ódio” sim; vejamos: “Tu amas a justiça e odeias a impiedade...” Sal 45;7
Então, nessa reta final, além do paladar infantil duma geração sem gosto pela Palavra da Vida, os verdadeiros profetas terão que lidar com a oposição mortal do establishment ímpio; sofrer a amargura da rejeição; toda sorte de combates, pois, a iniquidade assumiu proporções tais, que Deus não é apenas rejeitado pelo mundo; antes, tem sido combatido, zombado, blasfemado em todo tempo.
Somos radicais, da “Raiz de Jessé”; Fundamentalistas; “Ninguém pode por outro fundamento além do que está posto, Jesus Cristo”; discursamos o amor Divino ao pecador, mas Seu ódio ao pecado.
Seremos tachados de inimigos da humanidade enquanto arriscaremos anunciar o Amor e a justiça do Salvador.
Ele prometeu nos abençoar por isso; “Bem-aventurados sois, quando vos injuriarem, perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por minha causa.” Mat 5;11
Será que somos contra tudo, ou o mundo que está contra Deus...?
sábado, 29 de fevereiro de 2020
Adversidade
“Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, fé; a outro, pelo mesmo Espírito, dons de curar; a outro, a operação de maravilhas; a outro, profecia; a outro, dom de discernir espíritos; a outro, variedade de línguas; a outro, interpretação das línguas. Mas, um só, o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer.” II Cor 12;8 a 11
Encontramos na igreja uma pluralidade singular; diversidade de dons, operações, mas unidade de Espírito.
Um truque do Capeta e sequazes é alterar o lugar das coisas mantendo o rótulo para fazer parecer que algo pervertido tem a aprovação Divina. Como dizia Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar.”
Tanto é boa a diversidade de dons distribuídos pelo Espírito Santo, quanto, diversidade de pessoas criadas, cada uma com suas peculiaridades e traços.
Daí, o perverso mor pega isso que é bom, em seu contexto, para fazer parecer bom também, em lugares que não lhe cabe, como a diversidade moral, onde cada um age como quer e Deus tem que aceitar por ser amor; ou, diversidade religiosa; cada um pode crer no que quiser, à sua maneira; sua boa intenção deve ser validada pelo mesmo motivo. Não é assim!
Como vimos acima, eram diversos os dons, mas ímpar a Fonte, a origem; O Espírito Santo. Sendo Ele o Inspirador das Escrituras Sagradas e, essas trazendo a singularidade da Salvação em Cristo, (Ninguém vem ao Pai senão por mim, Jo 14;6 em nenhum outro há salvação... Atos 4;12 etc.) e a necessidade de separação dos salvos, (ver II Cor 6;14 a 18) como todos os credos ou comportamentos seriam aceitáveis perante ao Santo???
Nesses tempos difíceis onde as pessoas gastam mais tempo cuidando dos cabelos ou das unhas que das almas, leem apenas “memes” e textos breves, geralmente com promessas de grandezas incondicionais distribuídas a torto e a direito, como redarguirão aos errados de espírito se, não têm a menor noção do é certo à Luz da Palavra, pois recusam-se a buscar luz?
Uma vez mais, “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4;6
Sempre ocorre Belsazar o rei da “Cultura Inútil” que sabia da existência e cultuava uma série de deuses alternativos e ignorava ao Ser e ao propósito do Deus Vivo. Ver Daniel 5;23
Transparece o agir do Canhoto; primeiro relativiza tudo; valida todos os comportamentos, ou, credos; depois aglomera tudo sob uma religião global; feito isso, sua máscara cordata e gregária não será mais necessária, então perseguirá à morte os que recusarem-se a dançar conforme sua música.
Invés da unidade com dons diversos como faz O Espírito Santo, a união dos diferentes espíritos; invés da pureza e santificação, o droga psíquica da religião. Invés da Inerrante e Sábia Palavra de Deus, A Rocha Eterna, as frágeis areias movediças das humanas comichões; uma versão remasterizada do descaminho do Éden: “Vós mesmos sabereis o bem e o mal.”
Ora, “Deus não é Deus de mortos”; tampouco deve ser buscado entre mortos; quem não nasceu de novo em Cristo está morto espiritualmente. A vida espiritual não deriva de acordos políticos, uniões religiosas ou inutilidades afins; antes, de se ouvir a Voz do Salvador; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão. Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo;” Jo 5;25 e 26
Desde sempre escuto sobre o tal “Deus como você concebe”, pouco importa o nome que lhe dás. Alah, Buda, Krishna, Jeová, Jesus, providência, etc.
Ora, se sem Cristo estou morto, desde quando um morto pode conceber de modo a gerar um deus?? Ainda que eu pudesse, seria meu filho, não meu Deus.
O determinismo biológico do Gênesis fada cada ser à reproduzir “conforme sua espécie”; assim, os credos concebidos pelos mortos não passam de mortos também.
Portanto, urge cada um ser de novo concebido pelo Deus Vivo, senão perecerá. “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14
Se, diversidade é possível em certos aspectos, no que tange à salvação a coisa é precisa, ímpar; “Ele (Cristo) é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” Atos 4;11 e 12
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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Pancada no Coração
Anteontem sofri um pequeno acidente de trabalho; uma madeira com peso considerável caiu-me no crânio gerando um sangramento expressivo até; os colegas sugeriram que eu fosse até ao posto de saúde e fizesse uma pequena sutura, ao que resisti; pois, sou meio refratário a isso e preferi limpar o sangue que corria até que estancasse; não demorou muito e ficou só a dor da pancada.
Ontem, meu irmão e minha cunhada encorajando-me a tomar uma decisão sobre um tema em apreço eu os respondi com bom humor. Vamos ver; vamos esperar o efeito da pancada na cabeça para saber se me curou da loucura ou, acentuou-a.
Agora pensando sério sobre o assunto lembrei que eram as novelas que usavam e abusavam de traumas assim onde personagens perdiam a memória, apagavam histórias e, como diz numa canção sertaneja que pegou carona, geravam errantes que “assinavam com X”.
A cabeça é extremamente sensível, dado o HD que armazena. Todo o nosso funcionamento, coordenação motora, pensamentos, decisões, vontades derivam dela; atuam ao seu comando.
Talvez, por isso O Criador tenha estruturado o corpo colocando os ossos por dentro, enquanto na cabeça, a caixa craniana fica por fora, apenas com um tênue invólucro, o couro cabeludo.
Por causa da função vital imprescindível que exerce, tendemos a fazer nossa “sala de comando”, a sede do nosso íntimo, o coração.
Como O Eterno costuma falar-nos numa linguagem que entendemos, aludindo à conversão que tencionava gerar no porvir prometeu dar um novo coração; “Então aspergirei água pura sobre vós e ficareis purificados de todas vossas imundícias e de todos vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo; porei dentro de vós um espírito novo; tirarei da vossa carne o coração de pedra, vos darei um coração de carne. Porei dentro de vós Meu Espírito; farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.” Ez 36;25 a 27
Embora, na figura usada pelo profeta pareça que O Senhor tencionava um transplante de órgãos, mediante Isaías deixou claro que a mudança buscada era no modo de agir e no de pensar. “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus Pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8
Quando, a rejeição ao Salvador envolveu sentimento; “amaram mais...” esse foi um subproduto da mente. Pensaram e entenderam que, servir Ao Senhor trazia no pacote o abandono de pecados dos quais gostavam; optaram pelo autonomia egoísta e suicida. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21
Várias vezes O Salvador disse: “Por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?” Ora, se subiam, o “coração” em apreço deve ser no alto, onde os pensamentos costumam habitar.
Então, quando tencionamos falar de amor, por exemplo, usamos o coração como “argumento”; muito embora, seja nossa mente que tece palavras, compõe poesias até, quem possui o dom. Soaria estranho aos nossos ouvidos invés de um “te amo do fundo do coração, um “te quero do mais recôndito dos meus pensamentos”. (a esta altura meu irmão e cunhada devem estar preocupados com o efeito da pancada)
Salomão o mais sábio dos homens colocou-o com a fonte de onde saem todas as decisões; portanto, o que deve ser guardado com mais zelo; “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23
Assim, um coração convertido invés da autonomia egoísta tão adequada ao ímpio paladar, terá suas fontes em Deus; “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7
Por isso a relevância intransferível de conhecermos à Palavra de Deus, a “Mente de Cristo”; pois, sem conhecermos aos Pensamentos do Santo, acabaremos endeusando aos nossos.
Decisão autônoma, independente, como vimos no Gênesis foi sugestão do Traíra; assim, por dramático que pareça é a mais cristalina verdade que, ou agimos segundo Deus, ou, a ação será, necessariamente, segundo o inimigo; que, não labora por mudar sentimentos, antes, cegar entendimentos; ele sabe onde batem nossos corações. “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Augusto Heleno e o Palavrão
“Para mim, boca suja é boca de quem faz fofoca, calúnia. Quem fala palavrão tem é alma limpa!” Thatu Nunes
O palavrão traz esse sufixo aumentativo não com sentido de grandeza, como se fosse algo enorme; mas, por essas nuances mágicas da língua portuguesa, o sentido é pejorativo; torna o mesmo uma coisa feia, independentemente (eis um “palavrão”) do tamanho dele.
Normalmente nasce quando uma carga emocional pesada enseja ira tal, que nos sobrepuja aos escrúpulos éticos. Talvez, quem age de modo indigno a ponto de fazer brotar nossa indignação mediante um palavrão seja mais culpado do que nós, que o falamos.
Pareceu muito chique na música “Cálice” do Chico Buarque ele rimar com “labuta” “filho da outra”; mas, agora que o conheço melhor e o vi atuando em defesa do rei dos ladrões e da quadrilha toda, perdi o respeito de vez; pois, aos meus olhos falar delicado, macio e agir feio, sem valor, indigno é uma atitude muito filha da puta!
E, uma coisa que me deixa nos cascos e arranca palavrões, necessariamente é a desonestidade intelectual. Quando alguém esclarecido se faz de bobo, desentendido para proteger conveniências espúrias, ou, maquiar o que deve ser exposto. Aquilo que O Salvador chamou de “Luz que são trevas”; usar o entendimento a serviço do mal.
Vimos grande desonestidade intelectual e moral, por exemplo, quando, o então juiz, Sérgio Moro levantou o sigilo sobre as investigações de Lula, e “vazou” aquela série de impropérios e armações contra tudo e contra todos; os defensores do larápio ignoraram o conteúdo das falas vergonhosas e vociferaram contra o “vazamento” como se grave fosse a forma, não o conteúdo do que nos foi dado conhecer.
Outro dia em certa CPI que investigava possíveis “disparos em massa” pró Bolsonaro na campanha via Watts App quando o depoente, Hans River, disse que fez mesmo a coisa, mas pró Haddad e que certa jornalista da Folha teria oferecido até sexo com ele em troca de denúncias contra Bolsonaro, deixaram de investigar o tema central da comissão e passaram a acusar o depoente de machismo, de ferir à Liberdade de Imprensa, etc.
Agora, “vazou” uma declaração do General Augusto Heleno, Ministro da Segurança Institucional, sobre as vergonhosas chantagens do Congresso contra O Executivo, junto a um sonoro “Foda-se!”
Rodrigo Maia o acusou de falar como adolescente e ameaçar à democracia! Nesses casos costumo usar um palavrão de fábrica própria: É muita filhadaputice!
Até meu cavalo sabe que aquela coisa chamada Congresso é o maior ninho de corrupção do planeta; só vota as coisas necessárias se, as verbas que pleiteia para fins duvidosos for aprovada antes. Tipo o obsceno “Fundão Eleitoral”, por exemplo e as infindáveis “emendas” que pretendem dar ao Legislativo prerrogativas que são do Executivo. Isso é chantagem sim.
A Bíblia traz alguns exemplares de palavrões; do Senhor e Salvador não. Não foi além de “filhos do Diabo, hipócritas, ladrões”.
Porém, Saul acusando Jônatas, seu filho, de preferir Davi a ele, o chamou de filho da puta. O tradutor suavizou um pouco. Ver I Sam 20;30
Mediante Jeremias O Senhor comparando Israel a uma mulher a chamou de prostituta; “... tu tens a fronte de uma prostituta, e não queres ter vergonha.” Cap 3;3
Em Ezequiel a coisa piora ainda mais: “Todavia ela multiplicou as suas prostituições, lembrando-se dos dias da sua mocidade, em que se prostituíra na terra do Egito. E enamorou-se dos seus amantes, cuja carne é como a de jumentos, e cujo fluxo é como o de cavalos.” Ez 23;19 e 20
Então, reitero, não há nada de errado com os palavrões no devido contexto; antes, com quem age de tal modo, que só os mais pesados palavrões conseguem nominar devidamente à ação.
Só os mais canalhas fingem se escandalizar com algo banal que todos fazem “diuturna e noturnamente” como diria a Dilma, para fruir algum proveito, ou causar danos em adversários.
Eu os falo quando cabe, e uso palavrões até em poesias. Mário Quintana dizia que era a forma mais genuína de poesia o palavrão no calor do momento.
Óbvio que um homem civilizado há de discernir ambientes e momentos, onde, nem mesmo sob indignação a coisa cabe.
Contudo, um homem meio tosco, mas autêntico como nosso presidente, por exemplo, incomoda o império da hipocrisia social que finge se escandalizar com falas, quando fazia vistas grossas ao outro, que discursava bêbado e mijado “representando” nosso país. Ou à ex “presidenta” que falava um idioma próprio por desconhecer o português.
Portanto, caro Rodrigo Maia, paladino “Defensor da democracia”, vulgo Botafogo na planilha de propinas da Odebrecht, estou com o General Heleno e não abro; vocês são um bando de chantagistas sim! Foda-se!!
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A Misericórdia do Senhor
“Pois assim como o Céu está elevado acima da Terra, assim é grande Sua misericórdia para com os que O temem.” Sal 103;11
A maioria da vezes em que enfatizamos a Grandeza Divina, o fazemos no tocante ao Poder. Não sei se é um subproduto de nossa fraqueza, nos impressionarmos mais com força, (ainda que seja impressionante) do que, com outro aspecto do Criador.
No verso do salmista vemos em realce a admiração pela grandeza da misericórdia.
Quando, mediante Isaías somos desafiados a cambiar nossos pensares pelos Divinos que são mais altos, (Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem os vossos caminhos os Meus, diz o Senhor. Porque, como os Céus são mais altos que a Terra, assim são Meus caminhos mais altos do que os vossos, e Meus pensamentos mais altos do que os vossos.” Is 55;8 e 9)
Essa mudança é requerida para que, a grandeza da misericórdia atue a nosso favor; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno os seus pensamentos e se converta ao Senhor que se compadecerá dele; torne para nosso Deus, porque ‘grandioso é em perdoar’.” V 7
Essa grandeza não deve ser entendida como licença para pecar; antes, como estímulo a, tendo pecado, voltar-se arrependido para Aquele que perdoa. Como disse João: “Filhinhos, não pequeis...” o ideal; “... mas, se pecarmos temos um advogado...” o possível.
O Salvador chegou ao “absurdo” de rogar perdão aos que O crucificavam; não por que no fundo esses fossem bons; tampouco, porque a maldade humana não importasse para Deus; mas, porque a mesma era praticada sob patrocínio da ignorância. “Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem.”
Então, se a Justiça Divina faz necessária a manifestação da Ira, O Amor do Santo traz a Misericórdia sempre disposta a germinar, onde encontra a terra fértil do arrependimento. Por isso a oração do profeta Habacuque: “Ouvi, Senhor, Tua Palavra, e temi; aviva, ó Senhor, Tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na Tua ira lembra-te da misericórdia.” Hab 3;2
Aliás, foi num cenário de terra arrasada pelo Juízo Divino contra Jerusalém e adjacências que Jeremias, o Profeta das lagrimas, compondo suas Lamentações exaltou ainda a misericórdia de Deus; “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque Suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã; grande é a Tua fidelidade.” Lam 3;22 e 23 Fora consumida a cidade, debelado o poder, o governo entregue aos caldeus; mas, a maioria das vidas ainda fora poupada; o profeta via nisso a Santa Misericórdia.
Então, são falsos os argumentos dos que, amando às trevas mais que a Luz “justificam-se” dizendo agir assim por não ter escolha. “Para mim não tem mais jeito, já fiz maldade demais; Deus não me perdoaria”. Paulo argumenta; “Esta é uma palavra fiel, digna de toda a aceitação; Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para a vida eterna.” I Tim 1;15 e 16
Paulo fora cúmplice da morte de Estevão, perseguira à igreja embrionária; tais atos, vistos depois com melhores olhos o faziam sentir-se o príncipe dos pecadores; mesmo assim, foi perdoado e feito ministro da Palavra. “Dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério; a mim, que dantes fui blasfemo, perseguidor, injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.” I Tim 1;12 e 13
Outra vez, a ignorância como atenuante; não sem precedentes, pois, o apóstolo discursando aos atenienses disse que “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”.
Entretanto, invés de erros derivados dessa, ultimamente temos visto agressões ao Santo, por meio de gente esclarecida, que decidiu abraçar à oposição.
Nesses tristes casos, onde, a humana obstinação faz inútil a Divina Misericórdia, só resta o juízo que é retardado, contudo, pela Longanimidade do Eterno cujo prazer maior é salvar. “... Vivo Eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; por que razão morrereis...” Ez 33;11
Não será O Senhor que matará a alguém em juízo; serão as escolhas suicidas que frutificarão, contra a vontade do Santo que envia o convite do amor e é rejeitado.
“Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33
domingo, 23 de fevereiro de 2020
A União faz o quê?
“Porque verdadeiramente contra Teu santo Filho Jesus, que Tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel.” Atos 4;27
“Os reis da terra se levantam, os governos consultam juntamente contra o Senhor...” Salm 22
“São espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis da terra e de todo o mundo, para os congregar para a batalha...” Apoc 16;14
Uma palavrinha quase sagrada é união. Parece tratar-se de uma coisa boa, necessariamente; tanto que, se cunhou até um provérbio dizendo que ela faz a força.
Nos textos acima vemos exemplos de união, todos ajuntamentos humanos de inspiração maligna para lutar contra Deus.
Então, antes de pensarmos nessa facção da força é preciso ponderar o sentido dela; força para quê?
Se, para uma luta inglória, sabido de antemão que será perdida essa “força” não será forte o bastante; na verdade é fraca, pois, “Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30 Ou, “... Quem poria sarças e espinheiros diante de mim na guerra? Eu iria contra eles e juntamente os queimaria.” Is 27;4
Líderes mundiais têm cunhado algumas expressões, “Nova Ordem Mundial, Aldeia Global, Globalismo, ou Globalização”, contra as quais, lutar nos coloca como personas non gratas, inimigos da paz mundial sonhada.
A coisa é tão óbvia que se não fosse o analfabetismo bíblico que grassa nem careceria maiores explicações; mas, como disse Olavo de Carvalho, no Brasil é preciso desenhar a explicação e explicar o desenho, dada a ignorância reinante.
Qual país tem interesse num governo global? Nenhum. Cada um costuma cuidar dos próprios interesses, mesmo quando sua atuação se dá além fronteiras; são demandas nacionais as propulsoras das iniciativas, sejam comerciais, ou bélicas até.
A ideia de formatar o globo sob um governo, lutando contra o Único e Legítimo Governante, Deus, é do arqui-inimigo, Satanás. Os que se engajam por meios econômicos, como George Soros e assemelhados, os de viés político como os Clinton, Obama, Macron, e o líder religioso que propõe uma religião ecumênica, o Francisco não passam de fantoches do Capeta; os três espíritos aqueles que saem pela Terra alistando incautos para uma guerra perdida antes de iniciar.
Nesse viés de “sabedoria terrena, animal e diabólica”, as novas palavras “Santas” são: “União, inclusão, diversidade, bem comum, tolerância...” quem insiste em afirmar a Verdade da Palavra do Senhor torna-se “radical, fundamentalista, intolerante, promotor do discurso do ódio...” Fácil de saber onde isso acabará; Os ímpios se unirão contra Deus endeusando ao capeta; quem seguir fiel ao Santo será perseguido à morte.
O Evangelho nunca tencionou ser uma mensagem de união; antes, de confronto, ruptura; primeiro, com os próprios maus hábitos; “negue a si mesmo”;
depois, até com familiares que se opuserem; “Quem ama aos seus mais que a Mim não é digno de Mim”;
finalmente, com nichos sociais cujo modo de vida afronta ao Eterno. “Não vos prendais a um jugo desigual com infiéis; que sociedade tem a justiça com a injustiça? Que comunhão tem a luz com trevas? Que concórdia há entre Cristo e Belial? Que parte tem o fiel com o infiel? Que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, entre eles andarei; Serei Seu Deus e eles serão meu povo. Por isso saí do meio deles, apartai-vos, diz o Senhor; não toqueis nada imundo e vos receberei;” II Cor 6;14 a 17
Desse modo, se você vê com bons olhos a isso, você não vê ô Simplício; você já foi cegado pela espírito do mundo. “... o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo...” II Cor 4;4
As más escolhas não são derivadas de cegueira intelectual, antes, moral; são inconsequentes, mas cientes; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19
Como no Éden; Deus dissera: “Não comas da Árvore, é morte certa”; a serpente reinterpretou: “Certamente não morrereis”; entre Verdade e mentira, essa foi escolhida. Se, “Deus não toma em conta os tempos da ignorância”, aos que escolhem deliberadamente o pecado O Eterno encoraja a que se aprofundem nas escolhas, que amadureçam para o juízo; “Quem é injusto, faça injustiça ainda; quem está sujo, suje-se ainda...”
Quem ousar ser fiel, recrudesça na ousadia também; “...quem é justo, faça justiça ainda; quem é santo, seja santificado ainda.” Apoc 22;11
Santificação demanda separação, não união com pecado; tal união faz a força do Diabo que será varrida pelo Sopro do Todo Poderoso. Façamos nossa escolha!
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