quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Escudados no erro


“Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício...”

Paulo às portas do martírio despedindo-se de Timóteo.

Não fora ele que ensinara aos crentes a tomarem o “escudo da fé”? Onde estaria a fé dele nessa hora para se entregar fácil assim? Precisamos meditar.

As pessoas normalmente se “escudam” contra uma série de coisas, fruto do mais pernicioso dos males; ignorância espiritual.

Sim; A Palavra não diz que alguém morre por adulterar, mentir, roubar, etc. Muitos fazem isso; mas, ao se arrepender e mudar, são perdoados, salvos. Contudo, diz: “O Meu povo foi destruído por falta de conhecimento...” Os 4;6 

Esse lapso nas coisas vitais leva as pessoas a se esforçarem pelas irrelevantes; ou, viverem a vida ao acaso, sem cogitar que haverá um juízo.

Quantos se “protegem” contra maledicências, mau olhado, macumbas, azar e superstições várias, oriundas do imaginário popular, não de fontes espirituais confiáveis. Usam patuás, fetiches, mandingas, plantas, ritos, esconjuros...

Deparei com um “escudo” assim, quase agressivo no vidro traseiro de um carro; “A força da tua inveja faz a velocidade do meu sucesso”. Por isso que estás parado; pensei, como se devesse responder àquilo.

Desgraçadamente as pessoas se esforçam em pleitos, duvidosos, e são refratárias em causas vitais. Vi na vitrine duma loja três manequins de máscaras. Ou, os tais temem pegar o famigerado vírus, ou, a loja se engajou na necessidade das pessoas se protegerem.

Essas coisas dúbias, incertas, sem comprovação científica recebem adesão massiva e imediata do povo; mas, as que podem regenerar suas vidas encontram resistências. Superstição e ignorância outra vez.

Não significa que esses males todos não existam; há muitos mais, além dos mencionados; e ser cuidadoso na não propagação do vírus é boa escolha. A questão não é essa. Se eu sair às ruas preocupado com as maldades alheias, deixarei de tratar das únicas que posso, as minhas.

A calúnia diz mais sobre quem fala, que, sobre, de quem se fala; inveja, como um câncer, faz mal a quem a hospeda, não ao seu alvo. Alguém tem inveja de mim? Não posso fazer nada. Mas, se eu for tentado a invejar à sorte alheia posso me arrepender, mudar, quiçá orar pelo bem de quem, quase, ou por um momento, invejei.

Além da doença original a inveja traz uma extra, miopia; vê as conquistas alheias, não os custos. A esses jamais inveja, desconhece até.

Mesmo convertidos temos ainda natureza carnal, inclinada a toda sorte de pecados. Se, invés de cuidarmos disso, aplicando contra cada tentação o devido antídoto de Palavra de Deus, olharmos além, preocupados com a possível maldade alheia, estaremos deixando a luta verdadeira por um devaneio.

Praticaremos uma espécie de “Paint ball” espiritual, onde o melhor que conseguiremos será sujar os outros, invés de vencer um embate.

A fé é figurada como um escudo, arma de proteção, defesa, porque estaremos sim, sob ataque. Saber e viver o objetivo dela, conhecendo sua essência, nos possibilitará sermos vencedores contra os dardos malignos.

A maioria dos que afirmam tê-la, parecem ter fé na fé; como se ela bastasse, sendo um objetivo em si mesma; num rodopiar insano como um cachorro tentando morder o próprio rabo.

Desse modo, todo mundo tem sua fé, mesmo os ateus, que recusando crer em Deus acabam criando mirabolâncias inverossímeis e nelas creem patrocinados pela força do autoengano.

A fé sadia não “dá golpes no ar;” tem objetos específicos; “Crede em Deus, crede também em Mim”, ensinou Jesus.

No entanto, muitos morrem de sede ao lado da Fonte, reféns de uma geração de pregadores patifes, mercenários que pervertem à sadia fé bíblica e desviam seu fim. Pedro ensina: “Alcançando o fim da vossa fé; a salvação da alma.” I Ped 1;9

O Salvador prometeu o mesmo com outras palavras; “Descanso para vossas almas”; a vida física engloba o corpo, nem sempre a salvação dessa está no pacote.

Então a fé sadia não me permite presumir que Deus fará o que eu quero só porque eu creio; isso seria presunção descabida de poder manipular ao Todo Poderoso.

A fé veraz, pela sua natureza transcendente, não se agarra com tudo, ao lado de cá como um alpinista sob risco de despencar no abismo.

Sob a hipótese de morrer, fala como Jó: “Ainda que me mate, nele (em Deus) esperarei.” Ou na certeza de morrer, como Paulo, vê atingido o seu objetivo. “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício; o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O Invejoso mor pode nos “proibir” de viver, aqui; contudo, suas mãos sujas não têm acesso à vida eterna preparada pelo “Autor e Consumador da fé”.

Desculpem o Incômodo


“Havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da Palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. Clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó Verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas nosso sangue, dos que habitam sobre a Terra?” Apoc 6;9 e 10

Dois equívocos teológicos são expostos nesses versos; um Adventista, outro, Católico. Os primeiros ensinam o “sono da alma” após a morte; os segundos a “canonização” dos mártires transformando-os em intercessores.

A história do rico e Lázaro que mostra almas conscientes após a morte os Adventistas descartam como sendo parábola; lição de moral extraída duma hipótese.

Contudo, me atrevo a discordar. O Eclesiastes, embora tenha valor sapiencial, não é fonte de doutrinas, uma vez que ele mesmo não atribui sua origem a Deus.

Não está prefaciado, como os profetas, de “Assim diz O Senhor!”, “Veio a mim A Palavra do Senhor”, etc. Antes, o próprio Salomão diz: “Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém. Apliquei meu coração a esquadrinhar, a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu...” Cap 1;12 e 13

No fim ele, pessimista, achou tudo “vaidade e correr atrás do vento”, e aconselhou: “Teme ao Senhor e guarda Seus mandamentos”.

Então, quando diz que os mortos não sabem coisa nenhuma, ou não têm parte alguma, refere-se às coisas “debaixo do sol”; ou seja, da humana perspectiva. Isso refutaria também ao espiritismo com seus ensinos de mortos que “voltam aconselhar vivos”; mas, essa doutrina é vetada por Deus desde a Torah, sem necessidade das reflexões de Salomão.

Uma doutrina bíblica nunca se firma sobre um verso apenas. Se ela realmente é verdadeira terá outros textos de apoio. Quando fala de “sono da morte” ou “dormir no Senhor” isso é uma forma poética de evitar o termo morte; soa mais ameno. Antes se dizia, “deficiente”; hoje: “Portador de necessidades especiais”, pelo mesmo motivo.

Dormir é também uma figura usada para gente acordada, mas desatenta aos perigos; “Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá.” Ef 5;14

Textos como: “Deus não é Deus de mortos, mas de vivos!” ou, “Hoje estarás comigo no Paraíso!” “É melhor partir e estar com O Senhor”, além do citado do rico e Lázaro e o que encabeça esse escrito combinam com a existência consciente após a morte, não o oposto.

O fato de que os ressuscitados, como Lázaro e a filha de Jairo não relataram fatos do além não prova nada. Quem garante que a alma ao voltar ao corpo não “apaga” lembranças como quem sonha algo e acordando, esquece?

Na passagem do rico e Lázaro o rico atormentado queria voltar e avisar aos seus; a resposta do Senhor foi: “Têm Moisés e os profetas...” Ou seja as informações que terão serão do seu mundo, não do mundo dos mortos. Creiam.

O catolicismo esposa uma ideia espúria do que seja um santo. Para eles seria alguém que viveu vida exemplar, quiçá outro que foi martirizado por causa nobre; precisam como “testemunho” a comprovação de dois milagres, em vida, ou após a morte.

Ora, todos os salvos são santos; isto é; separados do mundo e dedicados a Deus. “Segui a paz com todos e a santificação sem a qual ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14 “Sede santos porque Eu Sou Santo.” I Ped 1;16 etc.

Não depende de homens; santos oram por nós quando ainda vivos. Pedir a eles depois de mortos é incorrer num erro grave. “Porventura não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-ão aos mortos? À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles...” Is 8;19 e 20

A Palavra de Deus não reflexões humanas veta também o espiritismo com suas supostas práticas mediúnicas.

Mas, voltando às almas “debaixo do altar” (sob a cruz, ‘altar’ do sacrifício eterno) essa rogavam por vingança, justiça contra quem os matara, invés de interceder por nós.

Portanto, a transformação dos mártires em mediadores é falsa; “Há um só Deus; um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.” I Tim 2;5

Isso exclui Maria como medianeira. Eventualmente deparo com vídeos de padres dizendo que os “protestantes falam mal de Maria”; Nunca ouvi nenhum fazendo isso. Ela deve ser respeitada, honrada pelo que é. Mas, é Maria, Serva do Senhor, não Nossa Senhora.

Se, para estabelecer uma doutrina veraz, ou combater uma falsa é necessário amplo apoio bíblico, como firmar doutrinas, ensinos baseados em tradições humanas e dogmas?

Isso incomoda adventistas, espíritas e católicos? Aproveitem para pensar. Breve “todas as religiões estarão certas”; será proibido “incomodar”.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O Inimigo Íntimo


“... Não nos retiraremos a nenhuma cidade estranha, que não seja dos filhos de Israel; mas iremos até Gibeá.” Jz 19;12

Um levita, sua concubina e um servo peregrinando; chegada à noite, carecendo lugar para pousar; o servo sugerira que buscassem pernoite entre os Jebuseus; mas, ele não se sentia seguro entre estrangeiros; daí, segundo as palavras acima, disse que preferia pernoitar entre os filhos de Israel.

Apertaram o passo até Gibeá, da tribo de Benjamim, onde um camponês lhes abrigou.

Entretanto, em determinada hora da noite apareceu uma gangue de “Antifas”, tomaram sua concubina à força e violaram até à morte.

Esse incidente deu azo a uma guerra civil, com milhares de mortes; Pois, o “STF” da época decidiu proteger aos bandidos invés de punir exemplarmente; isso não foi aceito pelos homens de bem. Esse aspecto, porém, não é meu foco.

Antes, o fato do perigo morar onde nem desconfiamos; o levita temia pernoitar entre estranhos e foi entre os seus irmãos que a coisa terrível aconteceu.

Voltaire disse: “Deus me livre dos meus amigos! Dos inimigos eu me cuido.”

Ou, como ensinou O Salvador, “Os inimigos do homem são os da sua própria casa.”

Tendemos a agir como cães; esses festejam felizes, abanam as caudas ante os que conhecem, e latem desconfiados perante estranhos. Muitos, mesmo se dizendo tributários da Luz espiritual ensinada por Cristo, optam pela aceitação rasa dos seus dogmas denominacionais, e certa aversão ao que é diferente. Se, cães podem ser figurados como exemplos de fidelidade, a coisa não vai além; não são exemplos de sabedoria.

Quando trato da necessidade de uma mente laborar pelo sentido das coisas, sempre me ocorre George Bernard Shaw: “Quando penso nas coisas como elas são, pergunto: Por quê? Mas se as considero como não são, questiono: Por quê, não?”

A rejeição “à priori” de algo só porque é diferente do que estamos acostumados não é prudência; é medo infantil de ter que mudar; apego excessivo às nossas visões, mesmo que possa haver nelas nuances questionáveis, fanatismo cego.

Agora Platão pede espaço; “Natural as crianças terem medo do escuro; a tragédia é os adultos com medo da Luz.”

Qual a postura Bíblica, ante coisas desconhecidas? “Examinai tudo. Retende o bem” I Tess 5;21

Mas, não há risco dessa “Liberdade de expressão” excessiva nos induzir ao erro? Ora, a verdade deixaria de ser o que é se capitulasse ante algo; “Porque nada podemos contra a verdade...” II Cor 13;8 Salomão dissera mais: “Não há sabedoria, inteligência, nem conselho contra o Senhor.” Prov 21;30

Eu li o Alcorão, Livro de Mórmon, Livro dos Espíritos e daí? Nada disso abalou minha fé, apenas facultou que entendesse melhor no quê, eles acreditam.

Então, censura desesperada de todo e qualquer pensamento conservador, nos Estados Unidos e aqui, é uma autocrítica dos comunistas; sabem que creem, apregoam e vivem uma mentira; que, ruiria se fosse permitido o devido cotejo com a verdade.

A ameaça para suas vidas não vem dos estranhos que somos nós, como pensam; mas, dos próprios instintos malignos e visões distorcidas que os habitam.

Nunca vemos algum deles propondo construir algo para o bem comum; querem destruir o direito à vida mediante aborto; destruir famílias pelas perversões; destruir liberdades individuais fomentando o totalitarismo opressor; destruir a lucidez liberando drogas; até o belo hino Rio-grandense que estava quieto no seu canto se tornou alvo de ataques. Como essa gente luta contra o “mal”!

Esse erro de ver o mal no outro e ignorar em si, Cristo vetou aos Seus. Primeiro devemos tirar as traves de nossos olhos antes de ajudar melhorar as vistas de outrem.

Mas, como disse alguém, “Reconhecemos um louco sempre que vemos; nunca, quando somos”. Parece que somos sempre do bem; o mal habita nos outros.

Não raro cometemos o mesmo erro do levita aquele, que desconfiou de quem, talvez nem precisasse, e descansou seguro onde morava o perigo.

Então, o “primeiro ataque” de quem deseja pelejar com Cristo se dirige ao “inimigo” mais perigoso; “Negue a si mesmo”. 

Se, familiares se fazem opositores de quem se converte, não tendo eles crido também, a própria natureza carnal de cada um faz mais de perto; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

“O melhores homens que conheci estavam insatisfeitos consigo mesmos; empreendiam todos os esforços no sentido de melhorarem.”
Disse Spurgeon.

Gente que desconfiava de si mesma; O Ego é um “conhecido” que nos habita com instintos assassinos; acertamos ao desconfiar dos elogios desse fariseu; único lugar para “pernoitar” seguro é em Cristo.

Portanto, “... despojai-vos do velho homem que se corrompe...” Ef 4;22

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

O Selo de Deus


“O caminho do justo é todo plano; tu retamente pesas o andar do justo.” Is 26;7

Figura horizontal, caminho plano; e direcional, caminho reto.

Salomão meditara sob as humanas peripécias e dissera, desafiando quem quisesse topar o desafio, a alterar as leis da natureza dadas pelo Criador; “Atenta para a obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que Ele fez torto?” Ecl 7;13, de nós, disse: “Eis o que achei: Deus fez o homem reto, porém eles buscaram muitas astúcias.” Ecl 7;29

Andar segundo Deus requer retidão; a pretensa autonomia humana, necessariamente entorta; então, “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos...” Prov 3;5 a 7

Mais; “Os teus olhos olhem... direto diante de ti. Pondera a vereda de teus pés; todos teus caminhos sejam bem ordenados! Não declines para direita nem para esquerda; retira teu pé do mal.” Prov 4;25 a 27

Antes dissera: “No caminho da sabedoria te ensinei, por veredas de retidão te fiz andar.” V 11

Temos uma perspectiva rasa de justiça; achamos que “sendo do bem” segundo conceitos vulgares, pagando nossas contas, respeitando espaços alheios, sendo educados e civilidades afins, seremos justos. Confundimos reputação com essência.

Não que essas coisas não sejam necessárias ou boas, só que a retidão espiritual é peixe de águas mais profundas.

Se, na perfeição original o primeiro casal estava nu e não se envergonhava, ouso dizer que nosso justo em preço também anda nu e não se envergonha. Como assim? Isso é obsceno! Eu sei.

Todavia, não do modo que estou tratando. Quando realça a Onisciência Divina a Palavra ensina: “Não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com quem temos de tratar.” Heb 4;13

Todos nós estamos nus diante Dele. Estar cientes disso, sem motivo para se envergonhar, eis a retidão, santificação em Cristo, só possível assistida pelo Espírito Santo, que devemos buscar.

Sempre hospedamos lutas interiores; os convertidos. Um aspecto natural inclinando-se ao vício, outro, sobrenatural apontando para a virtude; “Teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Sempre que damos ouvidos, necessariamente “crucificamos” a uma má índole concorrente; pormenores do andar em espírito, cujas consequências são nos livrar da condenação; “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.” Rom 8;1

Enquanto o “espanador” da consciência tiver o mínimo de poeira para tirar a desejada retidão estará inconclusa; Não se entenda com isso que sem essa estatura não se pode ser salvo.

justificação é imediata à conversão; santificação é um processo posterior, desejável para nosso bem, e Glória do Nosso Santo Justificador.

Nenhum de nós irar “chegar lá” estritamente; talvez por isso nos tenha sido dado um parâmetro inatingível plenamente, para não cedermos à acomodação. Devemos crescer em conhecimento, santificação, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da Estatura Completa de Cristo.” Ef 4;13

Me entristeço quando deparo com disputas carnais; o ex isso que virou aquilo, a cicrano que humilhou beltrano...

Deprimentes quadros de gente que não cresceu; habita nichos rasos distantes da “Estatura de Cristo”.

Os cristão hebreus levaram um puxão de orelhas por um lapso assim; “Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais, que necessitais de leite, não de sólido mantimento.” Heb 5;12

Invés de honrarmos a quem teme a Deus, como diz no Salmo 15, só nos identificamos com quem vê a jornada pelos nossos olhos, ou seja, nos identificamos conosco mesmo.

No início de igreja a oposição possível era entre judeus e gentios; um concílio apostólico tratou disso; entre outras coisas se disse: “Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós...” Atos 15;8 notemos que, o testemunho é de Deus mediante o Espírito Santo, pois, “...Deus não faz acepção de pessoas; Lhe é agradável aquele que, em qualquer nação O teme, e faz o que é justo.” Atos 10;34 e 35

Selo de Deus nos salvos, não são dons, como pensam alguns pentecostais, nem o Sábado como pregam Adventistas; é o caráter transformado, retidão. “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Agências de Sofismas


“Destruindo os conselhos, e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus...” II Cor 10;5

Paulo descrevera a armadura espiritual tomando como figura um soldado equipado; se, antes dissera que a luta não era contra carne e sangue, mas, seres espirituais malignos, agora interpreta para quê, tais armas servem; entre outras coisas, destruir ensinos orgulhosos dos que se levantam contra o conhecimento de Deus. Com esse fim tais espíritos atuam.

Não, diretamente; usam imprensa, celebridades, cinema, músicas para ridicularizar à fé; O célebre ateu, Stephen Howkins disse que “A fé é um brinquedo de crianças com medo do escuro”; um pregador replicou: “O ateísmo é um brinquedo de adultos com medo da luz”.

Sempre houve disputa entre filósofos e sofistas; uns pela verdade, outros pela verossimilhança.

O verdadeiro não carece explicações; verossímil é aquilo que apenas assume aparência de veraz, sem o ser, necessariamente. É apenas plausível.

A busca pelo saber era anseio dos filósofos; daí, de Phileo (amigo, amante) e Sophia (sabedoria) dessa junção temos “Philosophia” significando amor ao saber. (o grego não tem letra correspondente ao f, daí o dígrafo ph) Produzir o verosímil era especialidade dos sofistas.

Como o dicionário define um sofisma?

“Argumento ou raciocínio concebido com o objetivo de produzir a ilusão da verdade, que, embora simule um acordo com as regras da lógica, apresenta, na realidade, uma estrutura interna inconsistente, incorreta e deliberadamente enganosa - qualquer argumentação capciosa, concebida com a intenção de induzir em erro, o que supõe má-fé por parte daquele que a apresenta; cavilação - mentira ou ato praticado de má-fé para enganar (outrem); enganação, logro, embuste” etc.

Por exemplo: “O cão tem quatro pernas; o cão anda. A cadeira também tem quatro pernas, logo, a cadeira anda”.

Assim agem; pegam argumentos verdadeiros, fingem não entender que a semelhança de “pernas”, no exemplo, é apenas de nome, não de função e vendem seu peixe. Partem de premissas verdadeiras para a terra das conclusões falsas.

Muitos pregadores “Evangélicos” fazem isso; “Deus É Amor – dizem -. Então Ele não quer que você sofra, revolte-se, e blá, blá, blá...“

Deus não quer é que a gente se perca. Ensina nos apegarmos à salvação com tudo, “No mundo tereis aflições... quando passardes pela água, pelo fogo, estarei convosco.” 

Não evitar que a gente sofra; deseja tanto nossa salvação ao ponto de sofrer conosco em nossos dias maus.

Os adversários de Jesus usaram sofismas; quando perguntaram se deviam pagar impostos ou não aos romanos. Se dissesse que não, entregariam-no aos romanos; se dissesse que sim, acusariam de trair aos judeus; invés de uma dúvida honesta como fizeram parecer, era uma armadilha. O Senhor a desfez, não sem antes lhes chamar de hipócritas, falsos; o codinome dos sofistas.

Nunca os sofismas campearam tanto como atualmente. Algumas pessoas se borram de medo da verdade, e censuram quem a diz, a pretexto de “protegê-la”.

Criaram até obscuras “agências de checagem de fatos” que estranhamente não veem mentiras grotescas vermelhas, e tentam silenciar a todo custo os conservadores, sob a pecha de “fake News”.

A maior restrição que se pode dar a um mentiroso é deixá-lo falar. Dar corda para que se enforque, como se diz. Nocivos, esses que se cagam de medo da verdade, travestidos de protetores.

Por acaso alguma pessoa decente ainda tem interesse em ouvir os discursos do Lula e assemelhados? A mim basta ver sua cara para passar pelo vídeo, ou texto sem nenhum interesse. "O que és grita tão alto, que não consigo ouvir o que dizes.” 

O rei dos mentirosos desgastou-se tanto com isso que mesmo se falar a verdade não interessa mais.

Entretanto, quando esteve contido num mini-hotel de luxo que chamaram, prisão, gozava de acesso irrestrito à internet; tuitava impropérios a torto e a direito, dava entrevistas a “jornalistas” escolhidos, recebia visitas sem limites. 

Nenhuma agência apareceu para checar seus ditos, tampouco os zelosos twitter e face, bloquearam-no, como fazem atualmente com Donald J. Trump e seguidores.

Aqui, Jornalistas e youtubers, de pensamento conservador, como Sara Winter, Allan dos Santos, Oswaldo Eustáquio, etc. são perseguidos, alguns presos sem processo legal, nem prova alguma; as agências “defensoras da verdade” com o rabinho entre as pernas em silêncio ensurdecedor. Cambada de salafrários!!

Isaías viu esses dias: “... o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; O Senhor viu, e pareceu mal aos Seus Olhos que não houvesse justiça.” Is 59;14 e 15

Breve O Eterno Fará justiça; quem se abriga sob a que Cristo já fez, não teme o juízo.
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Que tipo de louco sou?


“Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem seu próprio espírito e nada viram!” Ez 13;3

Normalmente dizemos que louco é alguém fora de si; tal, estaria privado das plenas faculdades mentais, controle emocional, volitivo até.

Entretanto, esse apreço vale para o homem natural. No prisma espiritual, dos que nasceram de novo, o louco é o que está em si, como os profetas denunciados por Ezequiel; “seguem seu próprio espírito e nada viram.”

Se, um profeta idôneo é alguém que fala da parte de Deus, o que fala de si mesmo e atribui a Deus, comete a loucura suicida de auto endeusamento.

Os profetas eram também chamados videntes; pois, não raro O Senhor lhes mostrava coisas do mundo espiritual, para que eles reportassem segundo seu estilo de contar.

Os loucos, não tendo visto nada, sequer ouvido, criavam mirabolâncias de moto próprio e atribuíam sua origem ao Senhor. Eis a loucura deles!

Ora, se a premissa-base da conversão a Cristo é o “negue a si mesmo” como posso ministrar profeticamente estando em mim, não Nele? Estar Nele não é receber algum “insight” pontual, um lampejo para dizer por aí que viu uma nuance, espiritual.

É um compromisso submisso e moral, “full time” que faz de nosso novo modo de ser, uma “profecia” um testemunho visível do que Cristo opera. Seu preceito: “Resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mat 5;16

As consequências de o cumprir; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo. Tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo...” II Cor ;17 e 18 Provém de Deus, não de si mesmo.

Logo, temos dois tipos de loucos; uns perante o mundo, outros, diante de Deus. Aquele que coloca sua presunção, pretenso saber ou poder, como patrocinadores de autonomia moral, espiritual, seguem o conselho de Satã: “Sereis como Deus; vós mesmos sabereis o bem e o mal.”

Loucos por, ao escolherem um “Senhor” alternativo, acabarem traindo a si mesmos; “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Essa loucura, tanto pela origem, quanto pelo fim ao qual conduz é amaldiçoada. “Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor! Porque será como a tamargueira no deserto, não verá quando vem o bem...” Jr 17;5 e 6

A incapacidade de discernir quando vem o bem, a mensagem salvadora do Amor de Deus, por exemplo, que os leva a reputarem loucos àqueles que, vendo-a, recebem-na e se deixam transformar segundo a “Mente de Cristo.”
“Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” I Cor 1;18

A sabedoria do mundo é loucura por buscar conveniências imediatas mais cômodas, e desprezar consequências eternas letais. Tipo aqueles denunciados pelo Senhor que amaram mais às trevas que à luz, porque suas obras eram más.

Irem a Cristo demandava se expor à Luz; para ficar em si mesmos, em suas pecaminosas predileções precisavam do “escurinho do cinema”. Escolheram esse. Ímpios gostam de trevas? Seu deus as produz. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho...” II Cor 4;4

A sapiência ou insanidade de uma escolha se vê em seu fim, não no momento que é feita. “Há caminhos que ao homem parecem direitos; mas, no fim, são caminhos da morte” Prov 14;12

Assim, velhacarias e astúcias pontuais podem posar de sabedoria no prisma humano; mas, a Sabedoria com S maiúsculo é de outra esfera; “Falamos sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; e nenhum dos príncipes deste mundo a conheceu; porque, senão, nunca crucificariam ao Senhor da Glória.” I Cor 2;7 e 8

Notemos que a sabedoria verdadeira é demonstrada por feitos, não por discursos.

Entretanto, a “Loucura de Deus” precisa ser ensinada pelos que Ele capacitou para isso; “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação... Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I cor 1;21 e 25

Enfim, é vero o dito que “Tá todo mundo louco!” Uns vivos por isso, outros, mortos. “Escolhe, pois, a vida!”

domingo, 10 de janeiro de 2021

Com que roupa irei?


“Tornaste meu pranto em folguedo; desataste meu pano de saco; me cingiste de alegria.” Sal 30;11

Vestes como figuras de estados emocionais; dias de humilhação, “panos de saco”; de exaltação, roupas coloridas; “cingistes de alegria”.

Isaías usa figuras semelhantes apontando O Messias; Ele viria, entre outras coisas, para “ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado.” Is 61;3

As “vestes de louvor” estão em oposição ao “espírito angustiado”, os “panos de saco”.

Entretanto, não são apenas estados emocionais que a figura pode expressar; também ilustra coisas atinentes ao juízo.

Tratando-se de obras humanas para justificação, parece que não nos vestem adequadamente; “Todos nós somos como o imundo; todas nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como folha, nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Dada a insuficiência dessa “roupa” ganhamos as vestes que convinha; “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” Ef 2;8 e 9

Paulo figura a transformação necessária nas vidas dos que se convertem, como uma espécie de mudar roupas; ainda que, as coisas sejam mais profundas que aparências; diz: “quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24

Notemos que, antes de preceituar o revestimento, exorta à “renovação do espírito da vossa mente”, a mudança dos humanos pensares pelos Divinos, de Isaías 55.

A veste é espiritual, interna, embora produza reflexos exteriores. “Vós sois... a luz do mundo...” O bom andar de quem se converte serve de “pregação” para quem vê; embora a fé derive do ouvir, alguém, antes em vestes rotas, agora adornado em gala, apela às vistas também; “... muitos verão, temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;3

A ideia de se despir das antigas vestes rotas e se vestir de novas, é ampliada, ainda; “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo.” Gál 3;27 ou, “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo; não tenhais cuidado da carne em suas concupiscências.” Rom 13;14

Se, a conversão evoca um despir-se do velho homem com seus feitos, recebendo pela fé a cobertura da graça para salvação, a santificação, processo subsequente equivale a “revestir-se de Cristo”; agora fazendo as obras Dele, como consequência de ter sido salvos, não como causadoras da salvação; “Porque somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Há alguns eventos que demandam o traje à rigor; Pois, as “vestes nupciais” onde a “Noiva”, Igreja, será recebida pelo Esposo, Jesus, é um assim; dado que as vestes são espirituais, não têm a ver apenas com formalidades, mas com credenciais de ingresso; “O Rei, entrando para ver os convidados, viu ali um homem que não estava trajado com veste de núpcias. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? Ele emudeceu. Disse, então, o Rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores...” Mat 22;11 a 13

A purificação do sacerdócio, pós cativeiro foi figurada com o sumo sacerdote mudando vestes sujas por limpas; “Josué, vestido de vestes sujas, estava diante do anjo. Então respondeu, aos que estavam diante dele, dizendo: Tirai-lhe estas vestes sujas. A Josué disse: Eis que tenho feito com que passe de ti tua iniquidade; te vestirei de vestes finas.” Zac 3;3 e 4 Notemos que a sujeira era iniquidade.

Os filhos de Levi, o sacerdócio antigo eram um tipo profético do Novo Testamento; O “Anjo do Concerto” faria então, a purificação figurada em Josué; “... Ele será como o fogo do ourives, como o sabão dos lavandeiros. Assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi; os refinará como ouro e como prata; então ao Senhor trarão oferta em justiça.” Mal 3;2 e 3

Não se trata de rivalizar Igreja com Israel; cada uma tem seu papel; ademais, a Igreja começou com judeus e há milhares nela. Deus não rejeitou a Israel. Oportunamente o resgatará.

Todos que Lhe derem ouvidos, Judeus e gentios serão trajados de Gala, para a vitória final do Eterno. “Regozijemo-nos, alegremo-nos, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro; já Sua esposa se aprontou. Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos.” Apoc 19;7 e 8