sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Moleza de Cana

“... Que fostes ver no deserto? uma cana agitada pelo vento?” Mat 11;7

Figura usada pelo Senhor para tipificar pessoas que estão a todo o momento mudando de opinião. Canas agitadas pelo vento.

Será que a firmeza em si é uma qualidade? Oponentes do Senhor, malgrado, centenas de argumentos mostrando-os, hipócritas, desalinhados das Escrituras, não obstante isso, digo, seguiram firmes em suas convicções, tanto Fariseus, quanto, Saduceus.

Então, a firmeza é uma coisa boa tão somente quando, estamos firmados na verdade. “Uma coisa boa não é boa, fora do seu lugar.” (Spurgeon) Davi cantou: “Tirou-me dum lago horrível, dum charco de lodo, (pecado, mentiras) pôs os meus pés sobre uma rocha, (Verdade) firmou meus passos.” Sal 40;2

A resiliência no erro é um derivado do fanatismo; longe de ser virtude é apenas um traço indelével de coração endurecido. A força do conhecimento é maleável, flexível na etapa de aquisição; depois, passada à prática, consolida-se. “O homem sábio é forte; o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5 Como, “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” nosso “sábio” não carece ser um mestre, mas, um que discerne bem, a qual Mestre seguir.

Daí, a necessidade do ensino; Pois, é justo o conhecimento da verdade que nos aproxima da estatura desejada; “... o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo; até que todos nós cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus; homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” Ef 4;12 e 13

Será o crescimento espiritual que nos legará firmeza com propósito; afastando da sina de “cana agitada pelo vento.” “Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia agem fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo.” Vs 14 e 15

Paulo equacionou o amor à maturidade espiritual; tanto que, depois de alistar a inutilidade de todos os dons sem amor atribuiu tais lapsos, aos tempos de meninice espiritual; “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” I Cor 13;11

Contudo, o amor também é uma coisa boa que fica mal, fora do seu lugar. Onde a cadeira é do ódio o amor não deve assentar; “Tu amas a justiça e odeias a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais que aos teus companheiros.” Sal 45;7

Entre os muitos predicados desse nobre está dito que, “Não folga com a injustiça, antes, com a verdade.” I Cor 13;6 Entretanto, vivemos dias de aversão à Verdade, que, o simples mencionar porções dela é presto equacionado com “discurso do ódio”; embora, a Palavra ensine que, “Deus é Amor”.

Essa geração psicologicamente mimada, moralmente apodrecida perverte o sentido das palavras ao sabor das suas preferências. Assim, amor passa ser um sentimento amoral; amor ao errado deve fazer vistas grossas ao erro; advertir dos riscos do pecado soa intromissão.

É O Amor Divino que nos adverte dos riscos da perdição; uma vez que O Criador “deu corda” aos relógios e deixou andar; nos fez arbitrários, não pode mais interferir em nossas escolhas, apenas, advertir das consequências.

Primeiro convém pensarmos no logro das aparências; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas, o fim dele são caminhos da morte.” Prov 14;12

Cientes disso, optarmos pela direção de Um, que não é vitimado pelas vistas; “Confia no Senhor de todo o teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas.” Prov 3;5 e 6

Se, o que evita de sermos abalados por ventos de doutrinas é a edificação, essa não se dá alheia à nossa participação. Carecemos diligência para ouvir e praticar À Palavra, sob pena de nos tornarmos apenas meninos velhos como se deu com alguns; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das palavras de Deus...” Heb 5;11 e 12

Firmeza é algo bom; tratando-se dos caminhos do Senhor, indispensável. Mas, antes carecemos ser maleáveis, ensináveis, obedientes. Há muitos orgulhosos da própria ignorância, cegos, que se jactam: “sempre fui assim; não vou mudar”.

Ora, aos ventos do engano, também recuso mudar; mas, há certo “Vento” Bendito que nos muda de mortos para vivos; “O vento assopra onde quer; ouves a sua voz, mas, não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” Jo 3;8

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

O Bem da Crise

“... Simão, Simão; Satanás pediu para vos cirandar como trigo; Mas, Eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça; tu, quando te converteres confirma teus irmãos.” Luc 22;31 e 32

Que ofensa ao orgulho de Pedro! Estava há mais de três anos com O Mestre e não era convertido? Como assim, “quando te converteres?” “Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e morte.” v 33 O Senhor tocou inda mais fundo na ferida: “... Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces.” V 34

Como saber se, não estamos cometendo o mesmo erro de Pedro? Sermos chegados do Senhor, simpatizarmos com Ele, aprendermos Dele, andarmos, sem sermos convertidos?

Conversão sempre é traumática, pois, demanda “morte” para herdar a vida. Essa morte consentida na verdade, mortificação, negação de si mesmo, cruz, requer uma entrega que, em tese fazemos; mas, muitas vezes em momentos de crise, como o de Pedro, descobrimos que era fugaz, superficial, sem substância.

Quando, enfim, desalojado da enganosa fortaleza da autoconfiança, digo, quando Pedro chorou no seu próprio velório, só então, Cristo nasceu nele. “Virando-se o Senhor, olhou para Pedro; ele lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. Saindo para fora chorou amargamente.” VS 61 e 62

Após a ressurreição O Senhor perguntou três vezes se Pedro O amava; numa espécie de contraponto às três vezes que O negara; “... Simão filho de Jonas; amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, Tu sabes tudo; Tu sabes que Te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta minhas ovelhas.” Jo 21;17

Ele que, na carnal confiança se dissera pronto a ir até à morte, agora foi desafiado a outro tipo de “morte”, sem valentia, presunção, mas, entrega, serviço. “Na verdade, na verdade te digo que, quando eras mais moço, cingias a ti mesmo, andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás tuas mãos, outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras. Disse isto, significando com que morte havia ele de glorificar a Deus...” Vs 18 e 19

A “morte” que glorifica a Deus, pois, não é nossa escolha natural; antes, a entrega após os desígnios do Senhor.

Então, as crises servem para evidenciar se, nossa conversão é “maciça”, ou, apenas um verniz; o serviço testifica para terceiros, sobre o que Cristo fez em nós.

Pois, se a fé vem pelo ouvir, e, ouvir à Palavra de Deus, a vera conversão é tão impactante que salta aos olhos dos nossos circunstantes; “Tirou-me (O Senhor) dum lago horrível, dum charco de lodo, pôs meus pés sobre uma rocha, firmou meus passos. Pôs um novo cântico na minha boca, um hino ao nosso Deus; muitos verão temerão e confiarão no Senhor.” Sal 40;2 e 3

Essa balela de, “Deus como você O Concebe”; ou, “sirvo a Deus do meu jeito” são folhas de parreira tentando ocultar a nudez da rebelião, ainda ativa. Talvez seja até melhor negarmos bisonhamente ao Senhor, como Pedro, se, isso abalar as bases da carnal confiança e nos levar a uma entrega irrestrita e veraz, que, seguirmos hipocritamente traindo a nós mesmos, jogando com a vida que, nem temos, abusando da longanimidade Divina.

Dave Hunt disse que a incredulidade tem muitas faces; a mais perniciosa é quando se mascara de piedade, pois, usa o ventriloquismo da religião oca para encenar trejeitos; dar voz a um morto.

Um sintoma necessário após o novo nascimento é desejo de “mamar” do Espírito; “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo;” I Ped 2;2 Quem se presume cristão e não tem prazer na Palavra de Deus, duvide; converta-se da sua “conversão”.

Vivemos a era dos “memes” e textos sucintos, mas, assim como não se cura câncer com Aspirina, também não se transmite verdades eternas em miniaturas. O convertido, se, a mensagem tem sabor espiritual ele vai até o fim.

A Palavra de Deus não é instrumento para deleite, antes, fonte de vida; “... Nem só de pão viverá o homem, mas, de toda Palavra que procede da Boca de Deus”. Luc 4;4

Saibamos; as crises não nos afastam de Deus; quando muito revelam o quão distantes estamos. Se, uma delas logra me abrir os olhos ao próprio engano, sem crise, digo, mesmo dolorosa, me fará mais bem do que mal.

Às vezes nosso coração não é falso; é duplo. Quer Deus e o mundo. Urge uma escolha cabal; “Chegai-vos a Deus, Ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; vós de duplo ânimo, purificai os corações” Tg 4;8

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Os suicidas e o "pastor alemão"

“Dentre vossos filhos suscitei profetas; dentre vossos jovens nazireus. Não é assim, filhos de Israel? diz o Senhor. Mas, aos nazireus destes vinho a beber; aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizareis.” Am 2;11 e 12

Dois tipos de mensageiros rejeitados pelo povo; nazireus e profetas. Aos primeiros, maculavam a consagração; aos segundos, tolhiam que falassem. Rejeitá-los, como disse O Eterno a Samuel, não era rejeitar ao homem, estritamente; antes, a Deus. “Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo; pois, não te têm rejeitado, antes a mim têm rejeitado, para Eu não reinar sobre eles.” I Sam 8;7

Todos os homens são falhos, mesmo, os de Deus, dada a enfermidade do pecado após a queda; mas, quando falam retamente se fazem instrumentos Dele para professar Sua Vontade. Buscar lapsos humanos para rejeitar à Palavra de Deus não é um exercício de coerência, de lógica; antes, de cinismo, covardia, rebelião, hipocrisia.

Claro que, ao ministro convém, sobretudo, um testemunho de vida coerente com a mensagem; entretanto, mesmo que aquele fique aquém dessa, a Palavra de Deus segue sendo o que É; desprezá-la não equivale em hipótese alguma a livrar-se de um mal, antes, faz de tal insensato, mais refém do mal, ainda. “O justo viverá da fé... a fé vem pelo ouvir, ouvir A Palavra de Deus.” Não se trata de gosto, mas, de vida.

Imaginemos como ilustração um suicida na fachada de um alto prédio tencionando se jogar. Bombeiros serão chamados, pessoas gritarão para que não faça isso, serão empreendidos todos os meios logísticos e persuasivos para que uma vida não se perca.

Nenhuma pessoa sã psicologicamente achará uma intromissão na liberdade alheia essa tentativa coletiva de óbice, ou, dissuasão.
O Valor da vida foi reconhecido até por Satanás; “Então Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.” Jó 2;4

Sabedor disso, seu truque é trazer a escolha vital para o âmbito das coisas supérfluas, como se, fosse mera opção esportiva; por qual time torcer, ou, quiçá, uma escolha social de consequências breves. Tenho minha religião, tens a tua...

Ao rei Belsazar, Deus pareceu mais um; como se, fosse equivalente aos bibelôs que se cultuava em Babilônia com pompa de deuses.

No seu juízo terreno, mediante Seu servo Daniel O Eterno lhe fez saber a diferença; “Te levantaste contra o Senhor do céu, pois, foram trazidos à tua presença vasos da casa Dele; tu, teus senhores, tuas mulheres e concubinas, bebestes vinho neles; além disso, destes louvores aos deuses de prata, ouro, bronze, ferro, madeira e de pedra; que não veem, não ouvem, nem sabem; mas, a Deus, em cuja mão está tua vida, e de quem são todos os teus caminhos, a Ele não glorificaste.” Dn 5;23

Que desalentador saber que era uma questão de vida ou morte, só na hora da morte! Na verdade ele sabia dos feitos de Deus mediante seus servos já, mas, preferiu ignorar. Eis a maravilha de sermos arbitrários! Não apenas temos direito de escolha, como ceifaremos abundantemente do fruto das mesmas. Qual era a escolha dos coevos de Amós? Que homens que representavam a Deus, nazireus e profetas silenciassem. Em suma: Que Deus lhes não falasse.

Mediante o mesmo profeta essa “colheita” foi vaticinada. “Eis que vêm dias, diz o Senhor, que enviarei fome sobre a terra; não fome de pão, nem sede de água, mas, de ouvir as Palavras do Senhor. Irão errantes de um mar até outro mar, do norte até ao oriente; correrão por toda a parte, buscando a Palavra do Senhor, mas, não acharão.” Am 8;11 e 12 Houve um silêncio profético de 400 anos; de Malaquias a João Batista; a colheita deles.

Então, até certo ponto, a Graça Maravilhosa do Pai porfiará ainda com os suicidas para que não “pulem do prédio”. Mas, chegada a hora do juízo, nem será necessário fazê-lo; Ele derrubará os prédios. Pois será “Dia de trombeta e de alarido contra as cidades fortificadas, contra as torres altas.” Sof 1;16

Esses, pois, que postam seus gracejos colocando pastores abaixo do “pastor alemão” não o fazem por zelo de Deus, por querer a verdade; (muitos ditos pastores erram feio mesmo) antes, acham que, eivados de erros teológicos e práticos, se lavarão com lama caso emporcalhem outros.

Como nos dias pretéritos, querem silenciar Deus para não ser corrigidos; ignoram que a correção só é necessária aos filhos. Os demais, a Palavra conceitua de modo diverso; “Se, estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, não, filhos.” Heb 12;8

Aos falsos pastores Deus julgará, mas, “Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação...?” Heb 2;3

domingo, 7 de outubro de 2018

Deus remove e confirma

“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para fazê-lo ir a juízo diante Dele. Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir; põe outros em seu lugar.” Jó 34;23 e 24

Aludindo ao juízo baseado na justiça, Eliú mencionou a deposição dos fortes em favor de outrem escolhido por Deus. A ideia corrente, então, era que os governantes deveriam ser homens justos. “Porventura o que odiasse o direito se firmaria?...” v 17 “Para que o homem hipócrita nunca mais reine e não haja laços no povo.” V 30 Um governante hipócrita, invés de um referencial, um arrimo, não passava de armadilha; laços.

Embora não fosse regra geral, sempre houve regentes ímpios, porém, a ideia era que, governantes aprovados por Deus deveriam ser pessoas íntegras, se, quisessem ter firmes seus reinos.

Nos salmos também encontramos a conclusão que, a pessoa justa governada por ímpios por muito tempo poderia desanimar da virtude e se tornar ímpia também; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Vemos que o “laço” de um mau gestor era de atrair com sua “luz” até o que fora justo, aos domínios da injustiça. Assim, um governante além de bem gerir deve iluminar pelo exemplo.

Quando Daniel foi chamado a revelar o sonho de Nabucodonosor e sua interpretação, viu a síntese da saga humana numa sequência de impérios mundiais. Agradecido ao Santo que o atendera louvou-o nesses termos: “Ele muda os tempos e estações; Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas; com Ele mora a luz.” Dn 2;21 e 22

Quando as escolhas mais abjetas acontecem e Deus deixa, não significa que Ele aprova, ou, esteja escolhendo diretamente. Porém, permite como meio de nos ensinar a sermos consequentes, responsáveis. Pois, a devida contrapartida das escolhas é necessária se, queremos ainda continuar arbitrários.

Ele, Pai Amoroso ensina onde cada caminho leva, contudo, a ninguém força por essa, ou, aquela vereda. “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu, e tua descendência.” Deut 30;19

Há uns que Deus escolhe para ser sábios; desses demanda caráter, retidão; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

E, quando quer realçar Seu Poder e vacinar contra o orgulho recicla os piores e os coloca como Seus representantes; “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

O que poucos logram discernir é, quando Deus permite nossas desastradas escolhas, e, quando, usando os meios que lhe apraz, faz as Suas.

Assim, quando O Eterno quer, não existe força do poder econômico, fraudes, mídia, famosos a favor deste ou, daquele. Todas essas “forças” são mero restolho ante Aquele que, “Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir; põe outros em seu lugar.”

Cheio está o Velho Testamento de narrativas de apostasias pontuais de Israel, e, consequente opressão dos adversários como juízo punitivo por parte de Deus. Aí, oprimidos clamavam e O Santo levantava um libertador, como, Sansão, Gideão, Jefté etc. Liberto, o povo era chamado ao arrependimento, mudança de rumos; senão, nova servidão se avizinhava.

Pois, nossa servidão no Brasil é culpa nossa, dos cristãos com a perversa inversão de valores, que grassa, onde, os bens materiais suplantam às coisas espirituais, morais. Aí Deus permite que ladrões, bolsa isso, aquilo, nos mandem e roubem a torto e a direito para, pelo caminho da dor, enfim, revermos nossa escala de valores.

Além do roubo, da corrupção, a indecência, a perversão moral desceu a níveis tais, que, falta em nosso vernáculo adjetivos à “altura”. Invés de argumentar discordando as pessoas defecam, urinam despem-se em público, em tácita confissão de ignorância, indecência.

Nós podemos mais que isso. Os cristãos, digo, devem aprender urgente que, as coisas são apenas meios; e, nosso fim, alvo, deve ser O Reino de Deus e Sua Justiça.

De nada valerá mudar o Governo, para, alguém íntegro, se, seguirmos em nossa cegueira cambiando nossa primogenitura por pratos de lentilhas. “Escutarei o que Deus, o Senhor, falar; porque falará de paz ao seu povo, aos santos, para que não voltem à loucura.” Salm 85;8

sábado, 6 de outubro de 2018

Reengenharia Divina

“Porque, eis que eu crio Novos Céus e Nova Terra; não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas, vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu Crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria, para o seu povo, gozo.” Is 65;17 e 18

A criação de Novos Céus e Nova Terra não deve ser entendida literalmente; digo, não, como se, O Criador implodisse aos existentes e, do nada criasse outros. Ainda que possa, não fará assim.

Vejamos o que diz A Palavra: “O que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Disse mais: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.” Apoc 21;5

Há uma diferença grande entre “faço novas” e, faço de novo; O primeiro caso significa renovar; o segundo, recriar.
Em que base se dará tal renovo? O juízo e a purificação das coisas erradas; após, total esquecimento delas. “... não haverá mais lembrança das coisas passadas...”

Ora, esse é o mesmo método pelo qual O Senhor nos faz novas criaturas, embora, de certa forma, sejamos as mesmas; Faz-nos renascer em Cristo, Seu juízo e misericórdia, depois, inocula em nosso espírito Sua Lei; “... Porei minhas leis no seu entendimento, em seu coração as escreverei; Eu lhes serei por Deus e eles me serão por povo.” Heb 8;10

Quanto às máculas da nossa vida pretérita diz: “Sujeitará nossas iniquidades; tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar.” Miq 7;19 Ou seja: No tocante aos salvos também não há mais lembrança das coisas passadas. Não no sentido estrito de esquecimento, mas, de perdão, de não mais incidirem sobre nós as consequências dos erros.

A base para a gestação da nova criatura é estar em Cristo; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Do mesmo modo, os Novos Céus e a Nova Terra terão que estar absolutamente sob Seu Governo, para serem, enfim, renovados aos Divinos Padrões. Nós os convertidos podemos nos evadir ao juízo graças aos Méritos do Salvador atribuídos aos que se arrependem e se lhe submetem. Os demais serão julgados. Todas as coisas feitas sobre a Terra derivadas da maldição, digo, das escolhas avessas ao Santo serão desfeitas no juízo. A Nova Terra não herdará nenhum fruto da iniquidade.

“A voz do qual moveu então, (nos dias de Moisés) a Terra, agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a Terra, senão, também o Céu. Esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam. Por isso, tendo recebido um Reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;” Heb 12;26 a 28

Notemos que A Palavra apresenta Céus e Terra como coisas móveis; O Reino como algo que “Não pode ser abalado.” Isso se alinha com o dito do Salvador; “O Céu e a Terra passarão, mas, minhas palavras não hão de passar.” Mat 24;35

Então, quando Pedro apresenta uma nuance do Juízo, o “fogo” deve ser entendido como a Ira do Senhor contra a iniquidade; “Mas, os céus e a terra que agora existem pela mesma Palavra se reservam como tesouro; se guardam para o fogo, até o dia do juízo e da perdição dos homens ímpios.” II Ped 3;7

Não significa que o elemento fogo não faça parte do juízo; mas, esse “fogo” pode incluir terremotos, tsunamis, e outras formas cataclísmicas impensadas; tudo terá como motor a Ira Divina contra a rebelião pecaminosa; “Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;20

Pois, além de redimir às criaturas que se perderam, também planeja O Altíssimo a redenção da Sua Obra; “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. Não só ela, mas, nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo.” Rom 8;22 e 23

O diferencial do Novo Céu e da Nova Terra não atina aos astros, clima, acidentes geográficos, mas, à certa “habitante” que O Eterno Ama; “Mas nós, segundo Sua promessa, aguardamos Novos Céus e Nova Terra, em que habita a justiça.” II Ped 3;13

Desse modo, quem quer se candidatar ao Reino credencie-se a tempo, em Cristo e Seus valores; “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Brasil; a última chance

“Orou Jonas ao Senhor, seu Deus, das entranhas do peixe. Disse: Na minha angústia clamei ao Senhor, Ele me respondeu; do ventre do inferno gritei e ouviste minha voz.” Jon 2;1 e 2

Clamor por uma segunda de alguém que, de certa forma estava morto. Jonas, o profeta fujão no ventre do peixe. Na verdade, o fato dele ter sido mantido vivo nas entranhas do bicho por três dias era uma segunda chance já; a misericórdia Divina instando com ele para que se arrependesse.
Isso lembra um texto de Isaías: “Por isso, o Senhor esperará, para ter misericórdia de vós; se levantará, para se compadecer de vós, porque o Senhor é um Deus de equidade; bem-aventurados todos os que nele esperam.” Is 30;18

Enquanto nosso abatimento muitas vezes deriva de não sabermos esperar, (por eu estás abatida ó minha alma? Espera... Sal 43) A longanimidade Divina tolera graves afrontas esperando, que, os errados de espírito reconsiderem, se arrependam; pois, matá-los não dá nenhum prazer a Deus. “... Vivo eu, diz o Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas, em que o ímpio se converta do seu caminho e viva...” Ex 33;11

A Igreja cristã da nossa extraviada nação está mais ou menos como Jonas; tem uma urgente mensagem profética para a condenada “Nínive”, mas, falseou, omitiu; está quase morta, refém da desobediência.

Como àquele, Deus nos está dando um tempo ainda; a despeito de algum mérito, pois, a dita igreja está plena de desvios espirituais; como cidadãos, nossas avessas escolhas dizem que o país não merece consideração pela forma que se tem portado perante Deus e o mundo, salvas algumas exceções.

Majoritariamente o povo sustentou governantes, que, em suas diretrizes gerais querem Deus banido de nossa Terra; a perversão sexual foi colocada como grade curricular básica; os perversos já formados fazem passeatas em louvor a Satã; alguns blasfemam do Santo publicamente.

Mas, chega uma hora em que, até a paciência do Altíssimo esgota; “Por muito tempo me calei; estive em silêncio, me contive; mas, agora darei gritos como a que está de parto; a todos os assolarei e juntamente devorarei.” Is 42;14

Desgraçadamente os cristãos em sua maioria não sabem equacionar a dupla cidadania como convém; ou, querem um purismo espiritual dos governos como se, o Reino de Deus fosse daqui; estilo Cabo Daciolo, ou, alienados negociam valores espirituais excelsos, como a vida, votando em quem perverte a inocência das crianças, promove o lixo moral entre adultos, defende o aborto, descriminação das drogas, etc.

Os “puristas” não votam em Bolsonaro, por exemplo, pois, divorciou-se, e, seu vice, Mourão é Maçom. Os alienados separam tanto as coisas de César das de Deus, que, traem aos valores eternos por migalhas. A vida pessoal de Bolsonaro tem percalços, não é um modelo bíblico; a maçonaria com seus rituais ocultos, tampouco, coaduna-se com as coisas de Deus.

Entretanto, Deus usa governantes ímpios até, quando convém, como fez com Faraó, Nabucodonosor, Ciro, etc. Não é a vida pessoal do governante que está em apreço, antes, os valores que ele defende e pretende implantar que o qualificam, ou não. Os de Jair estão resumidos num slogan: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos.”

Que importa isso? Se, estivesse em prática nos últimos anos, os bilhões do BNDS que foram enviados para ditaduras estrangeiras tivessem sido aplicados no Brasil, nossa qualidade de vida seria muito superior e o desemprego, mínimo.

Se, Deus não tivesse sido expulso da formação moral e educacional, não teríamos o desrespeito profano e blasfemo que temos visto alhures. Frases tipo: “Solte seu demônios, sem demônios ninguém vive”, ou, “Jesus é travesti”, etc. Blasfêmias compradas com dinheiro público.

Então, O Eterno não vai permitir aqui a asfixia da liberdade; “igualdade” na miséria como em países comunistas houve e há; porém, cumpre ao Jonas renascido adequar, finalmente, sua vida e mensagem ao Divino querer.

É muito fácil a Igreja, instituição, se posicionar ao lado de determinado candidato; mas, ela deve muito mais. Pare de ser materialista, profana, herege; atue podendo dizer como Paulo: “Eu recebi do Senhor o que vos ensinei...”

Não pensem os mercenários que, num toque de mágica seu lixo se tornará “do bem” por uma escolha política pontual. Nossa cidadania abarca o aspecto familiar, social e espiritual; Se, em algum deles sonegarmos as diretrizes Divinas seremos meras fraudes, não, cristãos; “Porque qualquer que guardar toda a lei, se, tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos.” Tg 2;10

Mencionar O Santo sem tomar a armadura da justiça implica em condenação; então, tomemos para nós a ordem de Josué: “Passai, rodeai a cidade; quem estiver armado, passe adiante da arca do Senhor.” Js 6;7

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O que a fé pode?

“Jesus lhes dizia: Não há profeta sem honra senão na sua pátria, entre seus parentes, na sua casa. E não podia fazer ali obras maravilhosas; somente curou alguns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos. Estava admirado da incredulidade deles...” Mc 6;4-6

Não poucas vezes deparei com análises imprecisas sobre a fé; alguns atribuem-na a condição de um poder; e, interpretando superficialmente textos como esse, onde Jesus “não pode” operar maravilhas por causa da incredulidade circunstante, “confirmam” suas teses.

Em momento algum O Senhor sentiu-se enfraquecido; apenas, desonrado. “Não há profeta sem honra senão, na sua pátria.” Disse.

O problema colateral à incredulidade é a blasfêmia; ao duvidar Daquele que É A Verdade, implicitamente o chama de mentiroso. “Se recebemos o testemunho dos homens, o testemunho de Deus é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de seu Filho testificou. Quem crê no Filho de Deus, em si mesmo tem o testemunho; quem não crê mentiroso o fez, porquanto não creu no testemunho que Deus de seu Filho deu.” I Jo 5;9 e 10

Então, quando O Santo “não pode” operar em ambientes de incredulidade, a restrição deriva de Sua ojeriza à desonra, não, de eventual barreira ao Seu Poder. Isso Ele ensina desde tempos idos; “... porque aos que me honram honrarei, porém, os que me desprezam serão desprezados.” I Sam 2;30; “Os meus olhos estarão sobre os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse me servirá.” Sal 101;6 etc.

Mediante Isaías mostrou expressamente o que “enfraquece” Seu Braço; “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem, agravado seu ouvido, para não poder ouvir. Mas, vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59;1 e 2

Então, quando Tiago diz que a “oração de um justo pode muito nos seus efeitos”, não alude ao poder estrito da oração, antes, ao caráter do suplicante, que, torna sua petição aceitável diante Daquele que tem todo poder. Não existem “orações poderosas” como circula por aí; antes, as que Deus aceita, e as que não.

Os amigos de Jó tinham muita língua, poucos frutos; O Senhor recusou ouvi-los; porém, o leproso e infeliz patriarca era aceito, graças à sua integridade. “... oferecei holocaustos por vós; meu servo Jó orará por vós; porque deveras a ele aceitarei, para que não vos trate conforme vossa loucura...” Jó 42;8

Infelizmente, homens justos, dos quais, Deus aceita a intercessão estão em falta; são mui raros, digo. O clamor de um assim pode valer a uma cidade, uma nação. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; porém, não achei. Por isso eu derramei sobre eles minha indignação; com o fogo do meu furor os consumi; fiz que o seu caminho recaísse sobre sua cabeça, diz o Senhor Deus.” Ez 22;30 e 31

Estar na brecha equivale e zelar pela verdade e justiça onde essas são vilipendiadas; mas, isso nos faz “radicais, chatos, enxeridos” etc. A onda é ser politicamente correto, legal, para ganhar “likes”.

As profundezas de Deus só são acessíveis aos que mergulham pela fé em Sua Palavra e, submissos pautam seu viver segundo ela. As demais “orações poderosas” crenças alternativas, não passam de brechas, de lapsos, justo, onde pretendem ser fortes.

Então, quando Paulo diz que, “a fraqueza de Deus é mais forte que os homens.” I Cor 1;25 Entre outras coisas ensina que, o “não poder” certas coisas é porque Pode muito mais. Pode saber nossos passos pretéritos, bem como, sondar os motivos dos nossos corações.

Ora a incredulidade está na base de todas as dores, violência, mortes, enfermidades que campeiam pela Terra desde a queda; pois, foi ela, o combustível do degredo, a razão da alienação do Eterno e servidão ao inimigo.

Reverter isso é papel da fé; volver ao ponto de partida; homem, Deus e Sua Palavra. E, ciente que foi mal, não mais duvidarmos Dele, antes, nos arrependermos pelos tempos de cegueira, ou, dúvida. Não sem motivo, pois, o canto dos anjos ao nascimento do Salvador começou com, “Glória a Deus nas alturas...” Luc 2;14

Uma reparação necessária da espécie que blasfemou no coração aceitando que O Altíssimo seria injusto, mentiroso.

Assim, a fé não tem em si mesma, poder nenhum. Mas, é o ingresso precioso aos Domínios Daquele que é O Todo Poderoso. “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, que é galardoador dos que o buscam.” Heb 11;6