domingo, 7 de outubro de 2018

Deus remove e confirma

“Porque Deus não sobrecarrega o homem mais do que é justo, para fazê-lo ir a juízo diante Dele. Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir; põe outros em seu lugar.” Jó 34;23 e 24

Aludindo ao juízo baseado na justiça, Eliú mencionou a deposição dos fortes em favor de outrem escolhido por Deus. A ideia corrente, então, era que os governantes deveriam ser homens justos. “Porventura o que odiasse o direito se firmaria?...” v 17 “Para que o homem hipócrita nunca mais reine e não haja laços no povo.” V 30 Um governante hipócrita, invés de um referencial, um arrimo, não passava de armadilha; laços.

Embora não fosse regra geral, sempre houve regentes ímpios, porém, a ideia era que, governantes aprovados por Deus deveriam ser pessoas íntegras, se, quisessem ter firmes seus reinos.

Nos salmos também encontramos a conclusão que, a pessoa justa governada por ímpios por muito tempo poderia desanimar da virtude e se tornar ímpia também; “Porque o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Vemos que o “laço” de um mau gestor era de atrair com sua “luz” até o que fora justo, aos domínios da injustiça. Assim, um governante além de bem gerir deve iluminar pelo exemplo.

Quando Daniel foi chamado a revelar o sonho de Nabucodonosor e sua interpretação, viu a síntese da saga humana numa sequência de impérios mundiais. Agradecido ao Santo que o atendera louvou-o nesses termos: “Ele muda os tempos e estações; Ele remove reis e estabelece reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas; com Ele mora a luz.” Dn 2;21 e 22

Quando as escolhas mais abjetas acontecem e Deus deixa, não significa que Ele aprova, ou, esteja escolhendo diretamente. Porém, permite como meio de nos ensinar a sermos consequentes, responsáveis. Pois, a devida contrapartida das escolhas é necessária se, queremos ainda continuar arbitrários.

Ele, Pai Amoroso ensina onde cada caminho leva, contudo, a ninguém força por essa, ou, aquela vereda. “Os Céus e a Terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto vida e morte, bênção e maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu, e tua descendência.” Deut 30;19

Há uns que Deus escolhe para ser sábios; desses demanda caráter, retidão; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

E, quando quer realçar Seu Poder e vacinar contra o orgulho recicla os piores e os coloca como Seus representantes; “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

O que poucos logram discernir é, quando Deus permite nossas desastradas escolhas, e, quando, usando os meios que lhe apraz, faz as Suas.

Assim, quando O Eterno quer, não existe força do poder econômico, fraudes, mídia, famosos a favor deste ou, daquele. Todas essas “forças” são mero restolho ante Aquele que, “Quebranta aos fortes, sem que se possa inquirir; põe outros em seu lugar.”

Cheio está o Velho Testamento de narrativas de apostasias pontuais de Israel, e, consequente opressão dos adversários como juízo punitivo por parte de Deus. Aí, oprimidos clamavam e O Santo levantava um libertador, como, Sansão, Gideão, Jefté etc. Liberto, o povo era chamado ao arrependimento, mudança de rumos; senão, nova servidão se avizinhava.

Pois, nossa servidão no Brasil é culpa nossa, dos cristãos com a perversa inversão de valores, que grassa, onde, os bens materiais suplantam às coisas espirituais, morais. Aí Deus permite que ladrões, bolsa isso, aquilo, nos mandem e roubem a torto e a direito para, pelo caminho da dor, enfim, revermos nossa escala de valores.

Além do roubo, da corrupção, a indecência, a perversão moral desceu a níveis tais, que, falta em nosso vernáculo adjetivos à “altura”. Invés de argumentar discordando as pessoas defecam, urinam despem-se em público, em tácita confissão de ignorância, indecência.

Nós podemos mais que isso. Os cristãos, digo, devem aprender urgente que, as coisas são apenas meios; e, nosso fim, alvo, deve ser O Reino de Deus e Sua Justiça.

De nada valerá mudar o Governo, para, alguém íntegro, se, seguirmos em nossa cegueira cambiando nossa primogenitura por pratos de lentilhas. “Escutarei o que Deus, o Senhor, falar; porque falará de paz ao seu povo, aos santos, para que não voltem à loucura.” Salm 85;8

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