quarta-feira, 23 de julho de 2025

Onde vive a Glória?


“Chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a Arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e seu marido”. I Sam 4;21

Eram dias de juízo contra a casa de Eli, o relapso sacerdote que deixara seus filhos profanarem às coisas santas.

Hofni e Finéias foram mortos na peleja contra os filisteus; o próprio Eli ao receber a notícia caiu da cadeira e morreu; a Arca, que fora indevidamente levada ao front de batalha, foi tomada pelos inimigos. Então, a mulher de Finéias, que estava nos dias de dar à luz, precipitou-se no parto; teve um filho varão e morreu; mas, na agonia da morte ainda disse as palavras acima.

Chamou o filho que nascera de “Icabode” que significa: “Foi-se a glória”, e explicou o motivo: Porque a Arca do Senhor foi tomada.

Confundir substância com figura é um mal que persegue à humanidade, refém dos olhos.

Por exemplo: Uma aliança no dedo simbolizando que alguém é casado, figura que esse fez um pacto de ser fiel a determinada pessoa. Porém, a fidelidade, deve assomar, somente quando as possibilidades, as tentações chamando à perfídia se apresentarem; então, se a mesma existir, será verificada. Logo, a aliança é um símbolo; a fidelidade, a substância.

Assim era a Arca da Aliança do Senhor. Uma figura visível da Excelsa Presença no lugar Santíssimo. Contudo, não era a presença, estritamente. Tanto que, permitiu que a Arca fosse tomada pelos inimigos; Deus não pode sê-lo. 

Se, depois os forçou a devolver, é outro aspecto; era tempo de juízo e toda desobediência seria punida; inclusive a profanação atinente ao transporte a locais indevidos, das coisas santas.

Essa é, certamente, a razão primeira pela qual O Eterno abomina à idolatria. As pessoas ficam presas a uma imagem feita pelas mãos humanas, e esquecem de Deus. “... os verdadeiros adoradores adorarão O Pai em espírito e verdade; porque o Pai procura tais que assim O adorem. Deus É Espírito; importa que os que O adoram adorem em espírito e verdade”. Jo 4;23 e 24

O que podemos ver, não demanda fé; “A fé é o firme fundamento das coisas que não se vê... sem fé é impossível agradar a Deus...” Heb 11;1 e 6

Quando alguém se prostra a uma imagem, mesmo que mencione Deus, eventualmente, seu gesto acaba louvando ao bibelô, não, ao Eterno: “Eu Sou O Senhor; este é O Meu Nome; a Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura”. Is 42;8

A fala da mulher que faleceu ao dar à luz reflete a compreensão vulgar de então, acerca de Deus. Estando perdendo a batalha julgaram que isso se devia a ausência do Eterno na Peleja; como Ele não fora, resolveram “levá-lo” levando a Arca. Assim, não se gloriavam em Deus, mantendo a reverência e adoração devidas a Ele; antes, descansavam num símbolo da Sua Presença; cada um, vivendo à sua maneiras.

Pela forma doentia que eles viam as coisas, transformaram um símbolo Santíssimo em mero ídolo. Por isso O Eterno permitiu que ela fosse levada pelos filisteus.

O Criador ensina qual deve ser a fonte de glória dos Seus filhos: “...Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me entender, Me conhecer, que Eu Sou O Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas Me agrado, diz O Senhor”. Jr 9;23 e 24

Paulo reverberou o dito de Jeremias; depois de asseverar que Deus busca às coisas frágeis e humildes, expôs a razão: “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele... Para que, como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor”. I Cor 1;28, 29 e 31

A idolatria é multifacetada; excede em muito ao culto das imagens. O fetichismo de muitos neopentecostais, rosas, sal, lâmpadas e demais quinquilharias “ungidas”, bem como, a avareza, dos que sonegam sua gratidão a Deus em nome da “Graça” são formas diversificadas de idolatria.

Assim como a “casa velha” de Eli foi ceifada naquele juízo, restando um recém-nascido, deve se dar conosco. A conversão chama à luz um novo homem.

Esse deve viver para a glória de Deus; Paulo pormenoriza, como: “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”. Ef 4;22 a 24

terça-feira, 22 de julho de 2025

O "doentio Bolsonarismo"


Outro dia deparei com o seguinte comentário: “Sai da bolha! Existe vida fora da religião e do bolsonarismo”.

A um olhar superficial, três erros.

a) A “bolha”.

Esse é um termo que surgiu para identificar grupelhos que, por avessos à realidade, circunscrevem-se aos de iguais inclinações e preferências, como se isso, abarcasse ao todo.

O feminismo é uma bolha que representa parcela ínfima do público feminino; o separatismo onde alguns apregoam a separação dos estados do Sul, do resto do país, idem; os “artistas” da Ruanet, que vivem de Estado, não de arte; os movimentos LGBTs, que, a pretexto de defender direitos, a rigor querem se impor aos que pensam diferente exigindo privilégios, também configuram uma bolha; enfim, quem quer que seja enquadrado nesse conceito, fatalmente será membro de uma minoria.

Se os conservadores fossem minoria, não seria necessário o sistema canhoto fraudar uma eleição como fez; tampouco, destruir todas as lideranças de direita como tenta fazer. Assim, os próprios adversários testificam que, eles são avassaladora maioria; não podem ser vencidos em eleições honestas e transparentes.

É possível que o “comentarista” em análise seja um do “Gabinete do Amor” contratado às expensas do Erário para fazer barulho em prol do sistema; d’uma bolha de corruptos, pois.

b) A religião;

Embora os conservadores sejam, em grande parte religiosos, Bolsonaro não é o nosso Messias, como acusam alguns; nas questões espirituais carece de aprender conosco, como ele mesmo admite. Uns, dizem que trocamos Jesus por ele, como se fôssemos fanáticos, cegos e amorais, quais, aqueles que acamparam em Curitiba.

“Mito” não tem uma conotação megalômana, no estilo da mitologia grega, como se o achássemos um deus; é um apelido de infância dele, o “Parmito” que, acabou reduzido a duas sílabas; um apelido, assim como o molusco.

Quem, por razões de fé, tem como caros valores como Deus, família e liberdade, nada mais natural que se identifique com um político que defende isso.

Estranho soa os “cristãos” que se alinham a um sistema que apregoa o ensino do homossexualismo nos colégios para crianças, pretende legalizar o aborto, descriminalizar às drogas; solta bandidos e persegue justos, apenas por diferenças ideológicas; investiga adversários sem indícios e nega-se a investigar desvio de milhões... 

Quando a CNBB consegue ser comunista e “cristã” ao mesmo tempo, atinente a isso, não se ouve reparos que se deve separar religião e política. Que estão trocando Jesus por Karl Marx. Todo o zelo seletivo é apenas uma safadeza envernizada.

c) O bolsonarismo;

Não existe bolsonarismo, estritamente. O que existe é conservadorismo, patriotismo, cristianismo. Se, Bolsonaro for morto como desejam os da bolha vermelha, qualquer que se candidatar tendo ficha semelhante e os mesmos valores, receberá apoio da maioria. Não se trata de idolatria; apenas de gratidão a um homem que ousou arriscar a vida para arrostar um sistema corrupto e anticristão. Se fosse flagrado em roubo ou corrupção, mesmo com dor, o abandonaríamos, como referência política.

Ele, por suas escolhas e ações, logrou a proeza de que os conservadores cristãos e patriotas lhe sejam identificados, isso é um mérito, não uma culpa.

Desgraçadamente, os “incapazes capazes de tudo” como bem definiu Augusto Nunes, criaram um “Golpe” para silenciar os protestos legítimos contra o golpe que o cabeça de ovo deu nas urnas, fazendo “vencedor” ao que venceu apenas nos presídios.

O simples fato de uma faixa amplamente majoritária, como o conservadorismo, precisar de um “golpe” para que o poder não fique com os que representam a um quarto da população, já é um eloquente apontamento, de quem golpeou.

Quando tinham maioria, na idade das trevas, enchiam as ruas de vermelho e desfilavam garbosos. Isso acabou faz tempo. Como “fazem o diabo para ganhar uma eleição” segundo Dilma; e “eleição não se ganha, se toma” segundo Barroso, continuam alugando prostitutas digitais, para fazer parecer nas redes sociais que representam alguma coisa. 

Representam o lixo moral, cívico, espiritual, psíquico e de todos os nichos que se possa produzir sujeira.

Não significa que todos os conservadores sejam cristãos; nem que, os que se dizem, levem a sério; tampouco, os que frequentam igrejas estejam livres, dos males inerentes à nossa natureza pecaminosa. Mas, implica que esses, na esfera política se alinham com coisas ligadas à liberdade; de crença, locomoção, escolha, expressão.

Alguns acusaram Bolsonaro pelos seus desencontros matrimoniais, como se, o estivéssemos escolhendo para pastor. Ele incomoda tanto, que, precisam sair da arena estritamente política e apelar para tudo, tentando desacreditá-lo. O outro pode levar amantes em viagens oficiais.

Enquanto a bolha assassina segue com a caneta, continuará seu DNA regressivo até “provar” que O Bolsonaro descende de Judas Iscariotes. Mas parece que a “pena”, está na iminência de pena de morte.

A ordem necessária


“... tenho chamado por nome a Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá; o enchi do Espírito de Deus, sabedoria, entendimento e ciência em todo o lavor... tenho posto com ele a Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã...” Ex 31;2, 3 e 6

Instruções a Moisés, acerca da edificação do tabernáculo. Deus escolheu e nomeou aos que capacitara com dons para forjar em ouro, prata e engastar pedras preciosas. Necessários para os utensílios que deveriam ser feitos, então.

Adiante, encontramos o contraponto do capeta. Excitou o povo com a ideia que estavam sem líder, porque Moisés tinha desaparecido, e de quebra, pediram um deus para cultuar; logo surgiu o famigerado bezerro de ouro. Uma escultura tosca feita às pressas.

Não há registro que o inimigo tenha pedido, tampouco, escolhido e capacitado artífices para a criação daquilo. Sequer apareceu o mentor da rebelião. Seu truque preferido é “provar” que nem existe. Semeia seu veneno nos corações descuidados, e faz parecer que seus intentos são legítimos clamores populares.

Como destruir é mais fácil que construir, qualquer coisa que se oponha à Divina Vontade lhe serve; seja bem ou mal executada. Para seus propósitos, todos os rebeldes estão capacitados. Pois, não há risco que quem se voluntaria para praticar o mal, o faça, mal feito.

Pela natureza desse predicado, quanto menos zelo, probidade, aptidão, maior a “eficácia”.

O Eterno É Santo. Criterioso e zeloso com Suas coisas; as quais, não podem ser feitas de qualquer maneira. Se há alguém, de quem se possa dizer com toda certeza, que preza pela qualidade mais que a quantidade, esse é O Senhor.

Jeremias profetizou sozinho, por mais de duas décadas, contra muitos profetas falsos; no desafio do Carmelo, apenas Elias estava a serviço do Eterno, contra 850 profetas de Baal e Aserá.

Os gregos também sabiam da superioridade de quem tem luz, aos milhares que vivem no escuro. No “Banquete” encontramos mais ou menos o seguinte: “O homem ajuizado teme mais ser julgado por meia dúzia de sábios, que por uma multidão de ignorantes”.

No Eclesiastes temos menção de um sábio desprezado, que num momento de crise livrou a uma cidade. “Encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria; ninguém se lembrava daquele pobre homem”. Ecl 9;15 A vera sabedoria não costuma ser ostensiva; é oportuna.

Falando a Ezequiel, sobre um juízo inevitável, O Senhor expôs a razão: Faltara um intercessor probo, que rogasse a Deus em favor do povo, para que a ruína fosse evitada. “Busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro, estivesse na brecha perante Mim por esta terra, para que Eu não a destruísse; porém a ninguém achei”. Ez 22;30

Portanto, os que se impressionam com movimento, mais do que, com santidade, com numerosos ajuntamentos, mais que com a verdade, estão dando mais peso às folhas do que, aos frutos.

Os que, em defesa do “sacerdócio universal” dos cristãos, fazem uma terra arrasada, como se todos estivessem no mesmo patamar, não precisando se submeter a ninguém, no ponto-de-vista funcional, precisam entender algo. Há uns que, O Eterno chama e capacita de modo preciso para funções especiais; isso não os faz melhores; apenas funcionam diferente, segundo o propósito do Criador.

Acaso não era só Moisés que estava diante do Senhor? Não escolheu Ele, alguns pelos nomes, para determinados ofícios? 

Os desigrejados aprenderam que não carecem de líderes; tampouco, congregar em templos. Pelas razões já vistas sobre os predicados necessários para fazer o mal, estão todos “vendendo saúde”.

O Senhor estabeleceu ministérios, de pastoreio, ensino; aos pastores diz: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto”. I Ped 5;2

Às ovelhas: “Obedecei aos vossos pastores, e sujeitai-vos a eles; porque velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta delas; para que o façam com alegria, não gemendo, porque isso não vos seria útil”. Heb 13;17

Se cada um fizer sua parte, a Obra de Deus ganhará em ordem, e harmonia.

Quando algo anda atabalhoadamente, sem nenhuma disciplina, ordem, reverência, se diz que está “do jeito que o Diabo gosta”.

Pois, quem pretende andar com O Senhor, aprenda que é do jeito Dele; Sua Palavra, o parâmetro, não a inclinação do reverendo “A”, a “descoberta” do apóstolo “B”.

Quem não deriva seu ensino da Palavra da vida, é porque não tem vida com Deus; por palatáveis e saborosos que soem seus ensinos. Antes da sabedoria, da eloquência, a obediência. “... O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade”. II Tim 2;19

segunda-feira, 21 de julho de 2025

A direção do Senhor


“... Onde queres que a preparemos?” Luc 22;9

O “quando” e “o quê” eram conhecidos dos discípulos acerca do que deveriam fazer. Ide. É um imperativo no presente, pra quem ouve. Fazer o quê? “Preparai a páscoa para que a comamos”. Restava ainda uma questão; “Onde queres que a preparemos”?

É bom o homem maduro ter iniciativa e fazer o que sabe que deve ser feito, sem maiores demandas; contudo, é presunção, temeridade, tomar para si decisões que não lhe cabem.

Aquilo que ainda não fizemos, sempre poderá ser feito; caso, alguém tenha esperado por indeciso, até dirimir uma dúvida. Entretanto, o que já foi feito, se o foi fora da direção do alto, por certo trará prejuízos; na maioria dos casos, terá que ser desfeito. Se, voltar atrás é uma qualidade dos humildes, muitas vezes, também é uma necessidade dos precipitados.

Invés dum endereço estrito, O Salvador deu-lhes um sinal para observarem. “... quando entrardes na cidade, encontrareis um homem, levando um cântaro de água; segui-o até à casa em que ele entrar. E direis ao pai de família da casa: O Mestre te diz: Onde está o aposento em que hei de comer a páscoa com os Meus discípulos?” vs 10 e 11

O Senhor indicou na casa de quem deveriam celebrar, o memorial da páscoa; deixou ao dono da casa, a disposição do aposento que achasse mais apropriado.

Podemos aprender, pelo menos quatro coisas nesse incidente: a) quando O Senhor nos envia a algum lugar, para falarmos em Seu Nome, nos dá as palavras necessárias, na ocasião oportuna; "e direis..."

b) num primeiro momento, O Senhor fala com quem está em posição de liderança, de comando, não com subalternos; “... ao pai de família da casa...” Não poucas divisões acontecem no meio cristão, mercê de “novas visões” que vêm de baixo para cima. Não do líder espiritual, mas de algum afoito desejando liderar; nem todas as divisões são assim; algumas procedem do Senhor; porém, numa situação normal, O Senhor dá Sua diretriz, ao “Anjo da Igreja” quando, é probo;

c) Ações que dependem da direção do Senhor devemos perguntar a Ele antes, invés de ousarmos por nossa conta. Não parece meio infantil? Essa é a ideia. “Em verdade vos digo que qualquer que não receber o Reino de Deus como menino, de maneira nenhuma entrará nele”. Mc 10;15 Muitas vezes o que nos soa elementar, não é bem assim. O Senhor vê coisas que não vemos; assim como ouve; até as que ainda não são.

d) em lugar de uma resposta direta, eventualmente, somos convidados a observar sinais; “... encontrareis um homem com um cântaro de água...” Alguém disse com propriedade sobre entender a Divina diretriz: “Na direção em que O Dedo de Deus aponta, Sua Mão abre a porta”.

É importante termos apontamentos do Senhor antes; apenas uma porta aberta pode muito bem ser uma cilada. Certa vez alterquei com um irmão amado, que me disse: “Se a porta está aberta basta entrar; caso ela não for do Senhor, Ele a fechará”. Discordei dele, pois, a coisa não é tão simples.

Sendo O Senhor, O Deus Vivo, nos tendo dado vida em Cristo, o mínimo que se deve esperar desse relacionamento refeito é que haja comunicação entre as partes. Antes da conversão não podíamos agir assim, após ela, devemos; “a todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome” Jo 1;12

O que entendemos por “andar em Espírito”, senão, após a Divina direção, informada pelo Espírito Santo, ao nosso espírito? Depender disso, invés duma atitude infantil, no aspecto espiritual é um indício de maturidade. Paulo aconselha: “Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento”. I Cor 14;20

O Eterno anela nos guiar com Seu Conselho, não com chicotes e cabrestos, como se fôssemos cavalgaduras; Ele diz: “Instruir-te-ei, ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os Meus Olhos”. Sal 32;8 Com os Seus Olhos e pela Sua Palavra.

Esse é o Divino propósito acerca das nossas vidas; o verso seguinte adverte contra os que arrombam portas, ou, entram inadvertidamente nas que estão abertas, sem antes consultar ao Santo; “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não se lancem a ti”. Sal 32;9

Os que querem viver e falar segundo O Senhor, devem aprender Dele, como disse a Jeremias: “... Se tu voltares, então te trarei, estarás diante de mim; se apartares o precioso do vil, serás como a Minha Boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles”. Jr 15;19

domingo, 20 de julho de 2025

O esconderijo possível


“Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que Eu não veja? diz o Senhor. Porventura não encho Eu os céus e a terra? diz o Senhor”. Jr 23;24

Uma pergunta meramente retórica, que traz em si a resposta. Dada a Onipresença Divina, onde seria possível alguém se esconder?

Entretanto, aquilo que soa pacífico ao intelecto, não é, necessariamente, assim, diante da vontade. Nem sempre agimos consoante ao que sabemos.

Embora, na ginástica mental, facilmente podemos reverberar o dito de Pedro, que é mais importante ouvir a Deus que aos homens, nas ações, normalmente tememos mais ser vistos pelos homens que por Deus.

Uma das razões para essa temeridade, talvez, seja o abuso da longanimidade Divina. “Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal”. Ecl 8;11

Acontece que, numa relação interpessoal, caso pratiquemos ante alguém, uma obra má, certamente o “juízo” será imediato. Assim, desgraçadamente damos mais peso ao apreço de um pecador, que tememos ferir à Santidade do Altíssimo, cujo Nome Santo, invocamos.

A “retidão” aos olhos da torcida, quando alguém nos observa, não passa de um teatro de má qualidade. Os hipócritas são mestres nisso. A Obra de Cristo visa purificar nossas consciências, para que mesmo sós, no aspecto humano, tenhamos vívida a presença do Santo, e aprendamos Nele, amar a pureza no íntimo, mais que, a encenação em público.

Da superioridade de Cristo sobre os sacrifícios da Antiga Aliança está dito: “Se o sangue dos touros e bodes, a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito Eterno ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus, purificará vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus Vivo?” Heb 9;13 e 14

Purificados para servir; não, constrangidos a encenar. A fé verdadeira deixa pegadas, mais que faz eco. O que fazemos em seu exercício fala mais que o que dizemos.

A sintonia fina com a consciência, é mais importante que o aplauso de quem nos cerca, eventualmente. Paulo aconselhou: “Conservando a fé, e a boa consciência, a qual alguns, rejeitando, naufragaram na fé”. I Tim 1;19

“Quer saber se os conselhos da noite são bons? Pratique-os durante o dia”. Z. Rossa. Isto é: quer saber se as coisas que intentas fazer quando estás só, são probas? Faça-as diante de todos. Se a ideia desejada soar desprezível, temerária, indevida, então não façamos. (óbvio que isso exclui nuances da intimidade lícita de um casal, por exemplo)

No livro dos salmos encontramos o autor estupefato ante a Onipresença Divina; “Para onde me irei do Teu Espírito, ou para onde fugirei da Tua Face? Se subir ao céu, lá Tu estás; se fizer no inferno minha cama, eis que Tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a Tua mão me guiará e Tua destra me susterá. Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz ao redor de mim”. Sal 139;7 a 11

Como ele sabia que Deus está nesses lugares todos, se não foi até lá? Davi tinha experiência com O Espírito de Deus em si; esse, onde quer que ele fosse ia junto. Dessa experiência derivou uma conclusão óbvia; onde eu for, Deus irá. Não há para onde fugir.

Voltaire escreveu: “Duas coisas me espantam; o céu estrelado sobre mim, e a lei moral dentro de mim”. Natural entender que essa lei que acende uma luz no painel da consciência sempre que a transgredimos, é do Espírito Santo em nós.

Nos que têm vida espiritual pelo “novo nascimento” e o hábito de ouvir ao intentar agir, a consciência no espírito falará antes, para que a má ação não seja praticada. Quem a ouvir andará em espírito. Quem não, depois sofrerá o peso, como disse Samuel Bolton, pregador puritano: “Se a consciência não for um freio, ela será um chicote”.

Se é certo que O Salvador nos tira de um charco de lodo, apagando pelo perdão nossos erros pretéritos, também é que nos chama a andar em novidade de vida doravante; pois, nos capacita para isso; “A todos quantos O receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome”; Jo 1;12

Então, se não é possível nos escondermos de Deus, num aspecto geográfico, ainda é possível, em Cristo, nos escondermos do juízo, abrigados sob Suas Asas, como diz certa estrofe dum hino cristão: “Mas um dia senti meus pecados e vi, sobre mim a espada da Lei; apressado fugi, em Jesus me escondi e abrigo seguro, Nele achei”.

sábado, 19 de julho de 2025

Os gafanhotos "patriotas"


"O patriotismo é o último refúgio dos canalhas." Samuel Johnson

Isso, aos neurônios comuns nos idiotas úteis, pode parecer que, ser patriota é uma coisa estúpida, imoral; defeito de canalhas. Entretanto, não é essa a ideia.

A sentença não mira ao patriotismo; antes, o uso indevido dessa bandeira, por quem, depois de se ver indefeso noutras áreas, incapaz de se ocultar entre a choldra dos seus comuns, finalmente se lembra desse abrigo; como se, a nobreza da casamata bastasse para enobrecer quem se colocasse sob ela. Se alguém cagar numa galeria de arte, a bosta seguirá sendo bosta; não virará escultura.

Vivemos um retrato fiel dessa sanha. De repente, os cantores da “Internacional Socialista”, membros duma quadrilha multinacional para fins espúrios, chamada Foro de São Paulo, que protegem uma ladra peruana mandando buscar em avião oficial, defendem outra, da Argentina, num passe de mágica, como que, atingidos por algum tipo de radiação com potencial para fazer perder o rumo, começam a esposar um patriotismo que jamais conheceram; pelo qual nunca lutaram; contra o qual, adjetivaram praticantes de Nazistas, Fascistas.

Pretendem os amputados de vergonha e cérebro, unir ao país em defesa da “soberania”, contra os “ataques” dos USA. Um vero patriota entre esses, é “indecente” como alguém vestido, num campo de nudismo.

Um dos mais obscenos foi o General Hamilton Mourão, nosso chinês enrustido. Numa fala destrambelhada, onde precisou lembrar que era oponente do petista, Humberto Costa, senão o fizesse ninguém perceberia, colocou as lacrações de Greta Thunberg, Leonardo di Cáprio, em pé de igualdade com um grave incidente internacional, como as sanções aplicadas por Donald Trump, como se, as coisas tivessem alguma equivalência. “Não aceito que ele venha meter o bedelho aqui”. Bravateou.

O refúgio dos canalhas da vez está efervescente de verde e amarelo. Ai de quem mostrar a camisa vermelha que usa por baixo! Corre risco de uma martelada, ou, uma foiçada, conforme seu arsenal dileto.

O Brasil é signatário de pactos internacionais entre países democratas, que se comprometem mutuamente com a defesa de valores como, liberdade, defesa dos direitos humanos e liberdade de expressão. Todas essas coisas vêm sendo aviltadas há muito; desde que o sistema corrupto buscou na cadeia, ao condenado, anulando sua condenação sem nenhum motivo plausível; fraudaram a eleição em seu favor. Furtado o poder, têm feito o que melhor sabem, roubar, criar impostos para tapar os furos, mentir; levaram nosso país ao estado lamentável em que está.

Tendo perdido apoio dos poucos, percentualmente, que votaram neles, e vendo que Bolsonaro segue imbatível nas intenções de votos, criaram um “crime” para ele; contra todo os ritos, com omissões de provas e todo tipo de atropelo jurídico o querem condenar; temem muito que volte ao poder, fechando assim, as lautas comportas da corrupção que correm caudalosas qual o rio Amazonas.

Qualquer conservador com potencial de incomodar, como Gustavo Gayer, Nicolas Ferreira, Carla Zambelli, Eduardo Bolsonaro, além de Bolsonaro pai, se fizeram alvos da “justiça” dos que, tendo olhos de águias contra os conservadores, são toupeiras quanto aos atos corruptos do sistema, que rouba aposentados, até.

Eduardo teve que fugir, pois, sabia que sua prisão era questão de dias, sem ter nenhum crime. Nos States denunciou o que ocorre aqui; nada que já não tenha sido feito por jornalistas como Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos, também refugiados, da sede de sangue dos “patriotas”, pois, ousaram discordar deles em seus trabalhos.

Então, Trump decidiu pelas sanções que a imprensa prostituta chama de “tarifaço”. Não se trata de tarifas, mas de restauração dos direitos e das liberdades democráticas segundo o pacto, do qual, ambos os países são signatários. Qualquer outro país pactuante, poderia fazer o mesmo, se, tivesse força de persuasão, como o Tio Sam.

Não é o país que está sendo atacado, como dizem; antes, o sistema corrupto. Atinge a todos infelizmente; mas, quem bem essa ralé fez ao país nesse mandato? Seu “plano de governo” é destruir Bolsonaro.

A “coragem” que enfrenta a tudo no reino das bravatas, parece desespero de quem não tem alternativa. Restabelecida a democracia e as liberdades, o que fizeram virá à tona; o “sigilo de cem anos” será rompido, grande parte da matilha acabará atrás das grades. Enfim, restou o “patriotismo”, e a bravata.

Muita gente inocente padecerá; mas, e os tantos presos do 8 de janeiro, há mais de dois anos sem julgamento, nada?

Os que postam seus sarcasmos comemorativos bem merecem o que está por vir; porém, no fim das contas caberá aos veros patriotas reerguer o que sobrar desse finado país. 

Quando a higiene for restabelecida, que sejam banidos para sempre, alijados da vida pública, toda essa nuvem de gafanhotos destruidores.

Em defesa da soberania


“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel, dos seus sacerdotes e levitas, que quiser ir contigo a Jerusalém, vá”. Ed 7;13

Ordem de Artaxerxes entregue a Esdras, sacerdote do Senhor. Sendo ele rei, poderia escolher a quem desejasse e ordenar que fosse juntamente com Esdras; todavia, como os hebreus eram cativos lá, a simples permissão de emigrarem era já um grande alento. Uma alforria inesperada.

Como era um cativeiro de longa duração, setenta anos, concorria o risco de alguns terem se adaptado ao modo de vida, ter adquirido bens; quem sabe, desejassem permanecer na Pérsia. Assim, embora um decreto real geralmente traga o que deve ser feito, aquele trazia o que poderia ser feito, respeitando a liberdade de escolha. “... aquele que quiser ir contigo a Jerusalém, vá”.

Só almas livres prezam o excelso valor da liberdade. Os megalômanos, maníacos com suas pretensões Divinas, melindram-se profundamente, porque todo mundo não deseja o mesmo que eles, nem gosta das mesmas coisas; tampouco, os amam como eles se amam diante dos espelhos.

A rigor, comparar tais, a pretensões Divinas é injusto. Pois, Deus, malgrado, seja O Todo Poderoso, permite ampla liberdade. Embora ensine que as consequências das escolhas serão inevitáveis, no tempo da colheita, não tolhe que ninguém faça livremente, a que quiser. Cheia está a terra de ímpios, ateus, blasfemos...

Quando da apresentação de Jesus no templo, Simeão profetizou para Maria, que Deus permitiria às inclinações humanas que se expressassem às últimas consequências; antevendo que O Salvador seria morto, por isso. “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações”. Luc 2;35

Então, a pretensão de ser dono da verdade, só permitir às pessoas se expressarem segundo as particulares inclinações dos ditadores é diabólica, não, Divina.

Em nosso país, a legião que usurpou o poder consegue a proeza de se autodenominar, “defensores da democracia”; precisamente, quando afrontam a vontade da maioria. Se, “demo” invés de significar, povo, segundo a etimologia, significasse o demo mesmo, o possuidor dos ímpios povos, numa gíria que se incorporou ao nosso idioma, então isso seria de fato, “Demo Kratos”. O diabo no poder.

Pois, grassam severas acusações contra inocentes; estrondoso silêncio contra roubo de bilhões. Conservadores são ameaçados de prisão por respirar; traficantes são colocados em liberdade sem maiores pleitos. Que espécie de povo desejaria isso?

Todas as instituições foram instrumentalizadas de forma a não ter força para reagir; quando um poder externo, como Trump, se levanta, presto os “isentos” como General Mourão, Caio Fábio até, logo vociferam contra a intromissão megalomaníaca.

Quanto aos desmandos e atropelos internos, apenas uma ou outra fala inócua, como parte da camuflagem. Situações como esta servem, entre outras coisas, para que falsos saiam do armário.

Os que riem e postam jocosidades comemorativas sobre as injustiças feitas a Jair Bolsonaro, logo estarão debaixo das camas ou, n’algum bueiro, quando as consequências chegarem. Algumas já chegaram.

O fato de estar Israel, o povo eleito, em cativeiro, é um testemunho que O Eterno, quando desejou, usou outros povos, nações belicosas como instrumentos de juízo quando seu povo persistia na apostasia.

Parece muito corajoso, como tem feito o império das narrativas no reino das bravatas, ameaçar retalhar com reciprocidade aos Estados Unidos. Agora pretendem cortar vistos de autoridades americanas que jamais vieram ao Brasil e sequer têm necessidade de fazê-lo; que medo! Ante a ameaça de tolher o espaço aéreo americano e suspender o GPS, o quê, o senhor das jabuticabas pretende fazer para revidar?

Reitero o que já escrevi noutras páginas; não estou vibrando com a intervenção americana; mas, dado que, nenhuma força interna parece poder conter nossa “Madurização”, com as dores inevitáveis, talvez ainda seja mal menor, que pertencermos a uma quadrilha para sempre, com direito a dizer apenas, sim senhor!

Pois, se o que se deve defender, segundo a quadrilha de “Bravatópolis” é a soberania, em última análise, quem a possui é O Senhor. “Ele muda os tempos e as estações; Ele remove reis e estabelece os reis; Ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas; com Ele mora a luz”. Dn 2;21 e 22

Sabe que no império das patifarias são os patifes que se sentem valorizados; “Os ímpios andam por toda parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados”. Sal 12;8

Oportunamente intervém, usando os meios que quiser, para que as boas índoles não sejam desencorajadas vendo o crime compensar. “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda suas mãos para a iniquidade”. Sal 125;3