segunda-feira, 3 de outubro de 2022

As escolhas


“... escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e tua descendência. Deut 30;19

Escolha e consequência, inevitavelmente entrelaçadas; “escolhe a vida para que vivas...”

Essa amálgama é tal, que alguém chegou a inverter a ordem das coisas; “Primeiro você faz as escolhas; depois, elas fazem você.”

Não diria que concordo plenamente; mas, é inegável que nossas escolhas, se não nos moldam, ao menos desnudam; revelam quem somos. Quem escolhe para líder um ladrão, é estúpido ou canalha.

Qualquer pessoa com dois neurônios ainda ativos pode perceber que, nas eleições majoritárias de ontem, houve grotesca fraude; as filas amarelas produziram votos “vermelhos”. Na proporcional foi acachapante a vitória do Governo, com vasto número de deputados, senadores e governadores eleitos; o outro lado fez ninharia, se comparado. Parece que os votos eram refratários ao Bolsonaro apenas.

Não obstante a fraude, segue o fato que, municípios que me são caros, de origem, como Fontoura Xavier, ou moradia demorada, como Soledade, votaram na esquerda em maior quantidade que na direita.

Todos sabem as pautas da esquerda; aborto, censura, erotização precoce, homossexualismo, liberação das drogas, desarmamento dos cidadãos, doutrinação escolar; leniência com a bandidagem; desvio de recursos nacionais para ditaduras amigas... quem vota neles, admitindo ou não, acaba sendo cúmplice dessas coisas.

Então, preciso lidar com o fato que lá, há mais gente sem noção do que esclarecida; ou, o lapso é de caráter mesmo. Bolsonaro nunca perseguiu, obstruiu de trabalhar, nem mandou prender, censurar, ou desmonetizar ninguém; mas, segue sendo, à narrativa esquerdóide uma “ameaça à democracia.”

Lula financiador de ditaduras vermelhas com nosso dinheiro, defensor da censura, amigo de Ortega perseguidor de cristãos, é a salvação da mesma. Falta caráter ou falta cérebro; em geral, faltam ambos. Afinal, o esquerdismo foi “turbinado” pelo método Paulo Freire. Lá ensinam odiar aos ricos com pretexto de incluir os pobres; e redefinem vagabundos como oprimidos.

Há muitos cubanos e venezuelanos fugitivos, no Brasil; os que ouvi pediam encarecidamente que não caíssemos na insanidade de trazer o socialismo de volta; eles o sentiram na pele; sabem como é.

Mas, pela amostragem do primeiro turno, somadas as doenças vistas e a safadeza da “apuração transparente” do TSE, estamos na iminência de ser conduzidos por um ladrão multicondenado, cujos planos de governo acenam com desfazer a reforma trabalhista; controlar as redes sociais (censura); emporcalhar nossa cultura com aquela bosta sem sentido da linguagem neutra; recriar o imposto sindical obrigatório; partilhar a Amazônia com o mundo; abrir as porteiras ao MST para que volte a invadir propriedades alheias...

A minoria no Congresso eles facilmente superam com loteamento de cargos aos venais de sempre; se precisar reeditam o “Mensalão” para que, finalmente reine “harmonia entre os poderes.”

Pela primeira vez após os governos militares, tivemos um líder honesto, zeloso com a coisa pública. Invés de apoio e defesa, atravessou os quatro anos do seu mandato sob oposição de grande parte da mídia, do STF interferindo toda hora ao arrepio da Constituição, e do Congresso; que fazia cara de paisagem invés de aprovar os pleitos necessários ao bom andamento do país. Principalmente sob a batuta de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre; mas, os de agora, Pacheco e Lyra são do mesmo calibre.

Não faltará um mentecapto para dizer que minha fala é choro de perdedor. A coisa não está definida ainda; pode mudar. Independente disso, não perdi nada. Sigo sendo o homem que aprendi a ser, fiel aos meus valores e ciente do porquê das minhas razões. O País pode perder muito; e claro! quando o barco começar a fazer água me molharei junto. 

Uma geração inteira está ameaçada. Talvez, seja bem pior.

O modelo que o Lula admira é o da China; lá só há um partido e o povo “não precisa escolher” governantes; não pode. Depende do Estado para tudo; é monitorado por câmeras o tempo todo; quem não for “bonzinho” nem mesmo viajar lhe é permitido. Parece que assim é que muitos desejam ser quando crescerem.

Não me venha o Simplício com esse papo insosso de liberdade de escolha, coisa que até meu jegue sabe; não se trata disso; estou abordando razões, ou, a insanidade duma escolha.

Pela amostra das ruas era extraordinariamente superior o número de patriotas; mas, algo dessa relevância estava aos cuidados do advogado do PCC, o Xandão. Talvez para já irmos antecipando o “sabor” de sermos chefiados por bandidos.

Caso alguém pense que estou jogando a toalha, repense; sei que é impossível fazer moscas pensarem como abelhas; seguirão cheias de razão pousadas na bosta debochando do mel.

Nossa opção patriótica segue; “Brasil acima de tudo;” e tem “Algo” mais, que os fraudadores desconsideram para sua própria perda; “Deus acima de Todos”.

domingo, 2 de outubro de 2022

A pequena casa, maior


“A glória desta última casa será maior do que a da primeira...” Ag 2;9

A primeira fora o Templo de Salomão, majestosa obra, destruída pelos Caldeus, quando o povo fora levado cativo para Babilônia.

No, pós cativeiro, estavam reconstruindo timidamente, uma casa menor, de modo a frustrar os mais velhos que tiveram conhecimento da antiga; “Quem há entre vós que tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? Como a vedes agora? Não é esta como nada diante dos vossos olhos, comparada com aquela?” v 3

O Senhor os desafiou ao trabalho, garantindo que aquela casa, aparentemente inferior a precedente, seria mais gloriosa.

Como “diante da honra vai a humildade”, geralmente são às coisas menores que O Eterno reserva os maiores brilhos. O primogênito de Isaque era Esaú; o escolhido foi Jacó; de José foi Manassés; contudo o mais frutífero foi Efraim; Davi era o menor de oito irmãos; foi feito rei; Ana era estéril, humilhada por Penina, com seus muitos filhos; todavia foi a escolhida para gerar Samuel; esses e muitos outros exemplos similares evidenciam que, para Deus é a “ordem natural” fazer mais gloriosas as coisas menores, que as mais imponentes.

“Tu guardaste até agora o bom vinho”. Aos Olhos Divinos, o preterido que fica por último não é, necessariamente, o último. Poderá vir a ser o primeiro.

O Salvador que transformara água em vinho, Ensinou aos Seus discípulos a importância da humildade. O homem tem mania de grandeza; mesmo os que seguiam a Jesus tinham; “Suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior.” Luc 9;46

“A grandeza foge de quem a persegue; e persegue a quem foge dela.” Talmude

O Mestre corrigiu-os: “Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a Si, e disse-lhes: Qualquer que receber este menino em Meu Nome, recebe a Mim; e qualquer que receber a Mim, recebe O que Me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande.” V 47 e 48

Se, a condição indispensável à salvação é “negue a si mesmo”, o que se faz menor é o que consegue obedecer num grau mais profundo.

A presunção de algum mérito, sabedoria, valor, costuma inutilizar aos presunçosos para realizações espirituais; pois, qualquer feito Divino operado mediante eles seria furtada a glória para o homem.

Então, “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Através de Jeremias já advertira: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, o forte na sua força; nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em Me entender, Me conhecer, que Eu Sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas Me agrado, diz o Senhor.” Jr 9;23 e 24

Tendemos a valorar pessoas e coisas segundo posses, circunstâncias; Deus consegue ver mais fundo; “Não atentes para sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem; pois, o homem vê o que está diante dos olhos, porém O Senhor olha para o coração.” I Sam 16;7

Ante José, na prisão egípcia, o olhar humano nada mais via que um prisioneiro acusado de tentativa de estupro; aos Olhos Divinos figurava um inocente, fiel, prestes a se tornar governador.

O hipócrita pode ser feito no teatro; o santo, demanda um processo de purificação, no íntimo.

Também somos uma “segunda casa”; o homem natural com toda sua pompa pretenciosa era defunto adiado, um morto-vivo que precisava ser renunciado pelo renascimento em Cristo; a regeneração espiritual, nos fez templos para Divina Habitação. “No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito.” Ef 2;22

Essa edificação não comporta nenhuma “matéria-prima” espúria; devemos ser “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, onde Jesus Cristo É a principal Pedra da esquina;” Ef 2;20

Os que, tendo começado bem seus “templos”, por comodismos oportunos, aversão às renúncias, afã por aplausos, descambaram para o “liberalismo teológico”, alinhando-se ao perverso “politicamente correto”; ou, se perderam no desvio do amor ao dinheiro, invés de uma segunda casa melhor que a primeira, terminarão sob zombarias de uma empresa falida. “Este homem começou edificar e não pôde acabar.” Luc 14;30

É suicídio depender do homem, nas coisas que dependemos de Deus; “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam...” Sal 127;1

sábado, 1 de outubro de 2022

Dados à luz


“Não há trevas nem sombra de morte, onde se escondam os que praticam a iniquidade.” Jó 34;22

Considerando a Onisciência Divina, Davi disse o seguinte: “Nem ainda as trevas me encobrem de Ti; mas a noite resplandece como o dia; trevas e luz são para Ti a mesma coisa;” Sal 139;12

É infrutífero alguém tentar se esconder de Deus; por que tantos embarcam rumo a essa missão impossível? Os viçosos ramos da Árvore da Ciência, onde maduram os frutos da tecnologia, já têm dado azo a muitos constrangimentos nas coisas “ocultas”; mesmo no reino dos homens, esconderijos começam a escassear. Telhados de vidro, além de frágeis são diáfanos.

Tudo o que falamos ou fazemos, em dado momento acaba sendo gravado; eventualmente, um feito “vaza”; rasga-se a cortina da conveniente escuridade, e príncipes ou princesas viram sapos. “Porquanto tudo que em trevas dissestes, à luz será ouvido; o que falastes ao ouvido no gabinete, sobre os telhados será apregoado.” Luc 12;3

Como não é onisciente, o deus desse século usa os meios científicos, para forjar sua ubiquidade possível. Com essas armas controlará o mundo, por breve período. A imagem da besta vai falar.

Muitos confundem Longanimidade Divina, com anuência, aprovação; Ele Confronta nossa propensão ao descaminho, ao pecado, com o bendito antídoto da Sua Palavra; nossa preguiça no ouvir, de modo a se deixar transformar, nos endurece, com danosos efeitos colaterais; “... vos fizestes negligentes para ouvir. Porque, devendo já ser mestres pelo tempo, ainda necessitais de que se vos torne a ensinar os primeiros rudimentos das Palavras de Deus; vos haveis feito tais que necessitais de leite, não de sólido mantimento.” Heb 5;11 e 12

Isso no aprendizado. Na devida santificação, os danos também são graves nas almas que, malgrado cercadas pelos Ensinos Santos seguem seu modo ímpio vida, apenas, citando porções convenientes, eventualmente; O Senhor os denuncia: “... Que fazes tu em recitar Meus Estatutos, e tomar Minha Aliança na tua boca? Visto que odeias a correção e lanças Minhas Palavras para detrás de ti. Quando vês o ladrão, consentes com ele; tens a tua parte com adúlteros. Soltas tua boca para o mal, e tua língua compõe o engano. Assentas-te a falar contra teu irmão; falas mal contra o filho de tua mãe. Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas Eu te Arguirei, as Porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;16 a 21

Assim, muitos “vazamentos” escandalosos já são Juízos contra aqueles/as que, exortados inúmeras vezes se recusaram a deixar o pecado e fizeram pior; seguiram imiscuídos entre as coisas santas, praticando profanação. “O homem que, muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

Sempre que A Luz nos é acesa concorre um desafio de andarmos nela; instala-se no íntimo humano uma luta entre obedecer à vontade rebelde e andar à sua maneira, ou obedecer a Deus, conforme Sua Palavra. Essa é categórica: “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Aos atenienses que buscavam o sentido da vida mediante filosofia, ramo da ciência, sutilmente Paulo os chamou de ignorantes, enquanto acendia a Luz. “Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo o lugar, que se arrependam;” Atos 17;30

Ignorância não é pecado, mas erros cometidos nesse estado são chamados ao arrependimento, uma vez vistos à luz. Podemos errar no escuro; porém, “não há criatura alguma encoberta diante Dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos Daquele com Quem temos de tratar.” Heb 4;13

Há uma escuridão que é consequência da rejeição deliberada à luz, que só a faz crescer, como rabo de cavalo, para baixo; a incredulidade de quando se poderia ter crido, “progride” para um estado de cegueira, que fecha até portas, antes, abertas. “Nos quais o deus deste século cegou entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Antes de alguém concluir que esses são meras vítimas, cabe considerar que os tais foram incrédulos; tiveram ocasião de crer e recusaram. Agora nem isso podem.

“Conheço muitos que não puderam quando queriam, porque não quiseram, quando podiam.” Rabelais

Fomos dados à luz; escolhendo o pecado como modo de vida, nos demos às trevas; os que ouvem Cristo nascem de novo; são capacitados a seguir na luz.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Inimigos da luz


“Eles estão entre os que se opõem à luz...” Jó 24;13

Nos opomos ao que parece mau; um conceito, doutrina, filosofia, governo, iniciativa... enfim, a algo do qual discordamos.

O que leva alguém a discordar da luz? O sonho de muitos filósofos. Sua busca era o ser, a verdade.

Aos sofistas bastaria prevalecer num debate; saíam airosos, por terem deixado eventuais adversários sem respostas. Pouco importava que seus argumentos fossem arranjos forçados, palavras caçadas aqui ou acolá; premissas verazes arranjadas ardilosamente para conduzirem a conclusões falsas... lhes bastava “vencer”.

Faziam parecer que entendiam tudo; usavam da arte retórica para pintar esse parecer ao olhar vulgo; não obstante, o desprezo dos filósofos. Eles produziam crença sem ciência; algo inaceitável a um amante do saber.

Invés de dono da verdade, Platão dizia que o filósofo era um meio termo entre o ignorante e o sábio. O ignorante não filosofa porque não sabe; o sábio, porque não precisa. O filósofo era meio ignorante, sabia que precisava mais luz e laborava.

“É normal as crianças terem medo do escuro; mas é trágico os adultos com medo da luz”. Disse.

Em Jó encontramos mais detalhes desses fotofóbicos: “De madrugada se levanta o homicida, mata o pobre e necessitado; de noite é como ladrão. Assim como o olho do adúltero aguarda o crepúsculo, dizendo: Não me verá olho nenhum; oculta o rosto, nas trevas minam as casas, que de dia se marcaram; não conhecem a luz. Porque a manhã para todos eles, é como sombra de morte; pois, sendo conhecidos, sentem pavores da sombra da morte.” Jó 24;14 a 17 Alguns adjetivos acima identificam-nos: Homicida, ladrão, adúltero...

Parece que a esses animais noturnos, luz soava como grande ameaça; a ponto de ensejar pavores.
Após pecar, Adão que vivera em comunhão, mudou; à aproximação do Senhor, tomou providências “cabíveis”, co’a nova situação; “... Ouvi Tua Voz soar no jardim e temi, porque estava nu; escondi-me.” Gn 3;10

Nos dias do Salvador, Adão continuava na moita, sentindo o peso da condenação; “E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas, quem pratica a verdade vem pra luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

A obediência ao Senhor é definida como andar na luz; parece que isso requer um modo de agir que não tenhamos nada a esconder; melhor: Que O Caráter de Cristo assome no nosso agir; “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que Está nos Céus.” Mat 5;16

O pecado nos é mostrado antes que o cometamos; Tiago ensina: “cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; o pecado, sendo consumado, gera morte.” Tg 1;14 e 15

Notemos que, antes de o consumarmos, o pecado sai à luz; nossa consciência adverte de que o ato é mau. Como disse Samuel Bolton, “se a consciência não for um freio, ela será um chicote.”

Na verdade, a sedução do traíra ao primeiro casal, de que desobedecendo eles seriam “conhecedores do bem e do mal” ficou faltando algumas “letras miúdas”.

O pecador tem seu prazer nas coisas más; porém, aquilata ao prazer como uma coisa boa; assim, mais que uma propriedade intelectual, conhecer, a alma pecaminosa perverte. Chama ao bem de mal e vice-versa. Logo quando uma assim se opõe à luz, faz a “coisa certa” desde seu ponto de miopia.

A perversão não tem um porto onde ancorar sua chegada, no fim da existência; “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz, e da luz, trevas; fazem do amargo doce, e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

A “excelência” de um pecador nesse mundo dual seria seguir pecando no escuro e fingindo-se amante da luz. Religiosos que escolhem porções “válidas” da Palavra de Deus e desprezam as difíceis; superficiais que se justificam invés de se humilharem ante O Senhor que perdoa ao arrependido; dessa matéria-prima são os hipócritas.

Quem aprendeu obedecer ao Senhor conhece a Luz, pois, “O Mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos.” salm 19;8 Invés de se opor, busca mais; “A vereda dos justos é como a luz da aurora; vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Pr 4;18

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Volta por baixo


“Tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão e aqui pereço de fome!” Luc 15;17

O Filho pródigo de ressaca, após a esbórnia dos prazeres fugazes, “ouvindo” argumentos de ordem diversa dos que estivera a ouvir. Na “monotonia” do cumprimento do dever, embora, no usufruto de uma vida abastada, surgiram os devaneios pela busca de prazeres e lhe deram impulso, para desejar a posse precipitada de sua herança.

“A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.” Pov 20;21

Tendemos a fantasiar grandezas pintando anseios a despeito dos fatos; e menosprezar bens reais, que, estão disponíveis; quando nossos pés pensam ser os de Hermes, o mensageiro dos deuses, providos de asas.

Geralmente nessas obscuras cavernas costuma se esconder o réptil do, “eu era feliz e não sabia.” Por avaliarmos mal, tanto a realidade, quanto a possibilidade de sucesso na excursão rumo ao desejo de aventuras, deixamos o estável pelo duvidoso; o sólido pelo gasoso.

Nosso jovem em apreço deixara a casa paterna, lugar de estabilidade e conforto, embora com trabalho, responsabilidade, em busca do prazer sem custo; boa vida sem “efeitos colaterais.”
Passados alguns meses o encontramos de novo, privado dos bens, herdados na marra, sem alegrias, prazeres, tampouco, amigos; pior: Sentindo fome.

Iniciara sua diáspora no colorido barco a vela dos anseios mirabolantes; voltava agora, “encorajado” pelos sisudos conselhos da fome.
Salomão filosofou a respeito: “A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.” Prov 27;7

O mesmo pensador aconselhou a prudência de se fazer a coisa certa ainda em tenra idade; pois, na velhice seria mais difícil; “Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento;” Ecl 12;1 Pois, mesmo ainda moço, o desventurado pródigo já conhecia alguns dias maus.

Foi o desejo por novas experiências, mesmo habitando O Paraíso, em plena comunhão com O Criador, que estimulou o primeiro casal a colocar à prova a Divina Palavra; deixando a vida plena, por mera existência, fadada à morte.

É menos ruim quando descaminhos, nos levando, ainda permitem um retorno ao lugar de onde nem deveríamos ter saído; no entanto, quantos se fazem reféns de vícios, num grau de escravidão tal, que sequer desejam voltar; apenas saciar os maus hábitos que os devoram.

Esses caminhos sem volta também são desaconselhados; “Há um caminho que ao homem parece direito, mas no fim, são caminhos da morte.” Prov 14;12

O coração natural, sede de toda sorte de enganos, sempre se coloca como piloto, quando deveria ser mero passageiro; daí o conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago; medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Alguém cunhou a frase que, “quem não vier (a Cristo) pelo amor, acabará vindo pela dor.” Me permito discordar por duas razões simples: a) Todos que vão A Ele o fazem por necessidade, não por amor; depois, conhecendo-O Melhor, alguns poucos aprendem amar.
 
b) muitos possuem uma índole tão endurecida, que nem mesmo eventual dor, os demove de suas incredulidades.

Podendo nós, reparar o telhado enquanto o sol brilha, seria estúpido deixar para tapar goteiras durante a chuva.

Não precisamos cair na escravidão dos vícios, nem no insano caminho da promiscuidade, ou, corrupção dos valores, para entendermos que somos maus, privados da Glória de Deus, e que carecemos Dele com urgência. Podemos cuidar de nossas “despensas” antes que a fome nos venha acusar de relapsos.

O pródigo se sentira infeliz na nobre posição de ser um dos três chefes da fazenda; então, após o desperdício forjado pelos enganos, se sentiria aliviado na condição de simples empregado.

O cinema imaginou diversas vezes a “máquina do tempo.” Essa permitiria visitar passado e futuro, conforme o desejo do “viajante”. A Palavra de Deus, por ser Eterna, é alheia à ação de Chronos; e adverte aonde, cada caminho leva.

Cheia está A Palavra de Deus, bem como a vida que nos cerca, com exemplos de gente assim; que, deixam lugares altos, como Adão e Eva, e, convidados a um upgrade, acreditando, acabam em desgraça.

Em nossos dias fartos “Sophia” costuma falar às paredes; quando as privações pedem a palavra, geralmente já não há paredes em nosso redor.

“Quem guardar o mandamento não experimentará nenhum mal; e o coração do sábio discernirá o tempo e o juízo.” Ecl 8;5

domingo, 25 de setembro de 2022

Nunca vos conheci


“Eu Sou O Bom Pastor, conheço Minhas ovelhas, e delas Sou Conhecido.” Jo 10;14

Nem sempre avaliamos corretamente o que significa, conhecer. Por exemplo: Estivemos em determinada cidade, ou país, e quando ouvimos referência aos tais lugares dizemos: Eu conheço. Quando, mais correto seria dizer: Estive lá. Conhecer demandaria dominar minúcias que nos escapam.

Com pessoas ocorre o mesmo. Há um provérbio que diz: “Para conhecermos satisfatoriamente alguém, precisamos comer um quilo de sal juntos.” Figura de linguagem significando que, carecemos demorado convívio; passar por boas e más situações juntos, antes de afirmar que o/a conhecemos.

Relacionamento interpessoal é via de mão dupla; ambas as pessoas carecem interagir. Não basta uma parte cansar a paciência da outra, fazendo forçado uso do seu nome. Se não houver devido intercâmbio, comunhão de valores, afinidade de sentimentos forjando a interação, não haverá conhecimento.

Cristo É Uma Pessoa ausente, no prisma físico. Todavia, Presente em Espírito e na Palavra. A Verdade. Condicionou nosso conhecimento Dele, e consequente fruir Sua Libertação, a isso: “Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8;31 e 32

Denunciou uns que fariam barulho, em torno do Seu Nome, sem devido compromisso; advertiu que não conheceria aos tais; “Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai, que Está nos Céus. Muitos Me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu Nome? em Teu Nome não expulsamos demônios? e não fizemos muitas maravilhas? Então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.” Mat 7;21 a 23

Comunhão e obediência são mais importantes que operação de sinais; pois, existem “sinais e prodígios da mentira”. Nos dois fundamentos, uma casa na rocha, outra, na areia, a diferença entre ambos era que, um cumpria o que ouvia, o outro, não.

“Conheço Minhas ovelhas e delas Sou Conhecido...” A via de mão dupla necessária ao conhecimento.

O Senhor não é uma enciclopédia; deseja uma relação que vá além do conhecimento. Nos Ama; e é próprio do amor ansiar pela devida correspondência. Conhecimento deve progredir para admiração, respeito; finalmente, amor.
Esse é um estágio bem mais sublime que mero exibicionismo religioso. Quem ama Jesus, não deseja meramente fazer coisas em Nome do Amado; antes, agir de modo que Seu Nome seja honrado. Afinal, “O amor... não se porta com indecência, não busca seus interesses...” I Cor 13;4 e 5 “Se Me amais, guardai Meus Mandamentos.” Jo 14;15

O Amor de Cristo nos eleva bem acima do egoísmo que reinava antes do “negue a si mesmo.” Invés de realizações ou frustrações pessoais, como acontecia, no prisma natural do velho homem, morto em delitos e pecados, agora nosso escopo abarca coisas que “não nos dizem respeito”. “De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; se um é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;26 “Quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu me não abrase?” II Cor 11;29

Nosso amor por Cristo nos faz participantes de Suas bênçãos e Suas Promessas; mas também, de suas dores; “Porque, como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também é abundante a nossa consolação por meio de Cristo.” II Cor 1;5 “Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua Glória vos regozijeis e alegreis.” I Ped 4;13

Quando homens de renome do meio cristão agem de modo a causar escândalo, quem ama Cristo sofre com essas coisas. A honra de sofrer com Ele só pertence aos que são Dele; “Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, como também padecer por Ele;” Fp 1;29

“É coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo o bem, sois afligidos e sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais Suas pisadas.” I Ped 2;19 a 21

Infelizmente, o sentimento tem sido acarinhado mais que o entendimento; muitos cultos “avivados” ardem em meio a um “fogo” que produz calor sem luz; emoções que não movem a pedra pesada do pecado que sepulta o morto; movimento sem vida, flores de plástico.

O Senhor não salva os inteligentes; antes os obedientes, que O buscam conhecer; e conhecendo obedecem. Os demais, malgrado o rótulo, falta essência. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6

sábado, 24 de setembro de 2022

Igreja Sem Partido (?)


“Por mim se decreta que no meu reino todo aquele do povo de Israel... que quiser ir contigo a Jerusalém, vá.” Ed 7;13

Decreto de Artaxerxes, rei persa, enviado ao sacerdote Esdras. Atualmente temos “democratas” simpatizantes de ditadores, admiradores dos que tolhem à liberdade religiosa, como o Ortega na Nicarágua; tais, ameaçam fazer o mesmo por aqui.

No tempo do absolutismo real, tivemos um rei decretando liberdade de escolha, a um povo sabidamente religioso. “Quem quiser ir contigo vá...”

Forçoso concluir que, nem sempre o poder absoluto era tão absolutista assim; tampouco, os “democratas” são fiadores dos direitos e vontades populares como afirmam.

Via de regra, o ser humano usa máscaras conforme suas conveniências.

Tenho deparado com um “purismo” religioso que me tem feito pensar. Chama-se “Movimento Igreja sem partido”; deles a seguinte frase: “Usar O Nome de Deus para pedir votos é heresia.”

Sempre entendi heresia como um desvio da fé ortodoxa; acréscimos ou supressões à Doutrina. O “Dai a César que é de César, e a Deus o que é de Deus”, normalmente é interpretado como separação entre Estado e Igreja. De acordo; o Estado é laico. Mas, somos cidadãos dos Céus e da Terra; as coisas de “César” nos dizem respeito. Nada valerá votarmos com ímpios, depois orarmos como cristãos.

É próprio da democracia que todos os seguimentos se façam representar, se assim o desejarem. Os da liberação das drogas têm seus candidatos; as abortistas, idem; o Agro, defensores da ecologia; cada viés tem postulantes a defendê-lo sem problema nenhum.

Mas, os defensores da família, da moral, dos bons costumes, da heteronormatividade, etc. Esses não podem ter quem defenda suas pautas, dizer o que pensam, nem mencionar O Nome do Santo???

“Não tomar O Santo Nome em vão” tem sido usado pelos “puristas” citados. Definir nossos destinos pelos próximos quatro anos é algo vão? Desculpem aí, mas é demais para meus neurônios. Temos mais de duzentos milhões de motivos para desejar a Ajuda Divina.

Claro que púlpitos devem existir para pregação da Palavra de Deus, não para comícios, em defesa desse ou daquele candidato. Todavia, eventualmente, um líder orientar seus ouvintes acerca de valores que estão em jogo anexos a cada escolha não vejo mal nenhum. É bom senso.

Perseguição religiosa campeia onde a esquerda domina; Chile, Bolívia e Nicarágua oferecem elementos para pensarmos. Será que, mesmo vendo essas coisas seremos tão estúpidos de modo a trabalharmos contra nossa causa? Liberdade de crença e culto?

Bastaria orar que Deus faria as coisas acontecerem a despeito de nós? Não! Deus nos Fez arbitrários, portanto, consequentes; “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso ceifará.” Gál 6;7

Quem semear alienação colherá um rebanho de alienados; quem plantar votos inconsequentes colherá um governante “conforme a espécie” do voto “plantado.”

Em momento nenhum vejo cristãos empunhando a bandeira de um partido; exceto, os “cristãos” de esquerda; sempre esposam valores como liberdade, Deus, Pátria e família. Que mal há nessas coisas? Ah, mas todos sabem que isso significa fazer campanha para O Bolsonaro.

Qual problema se apenas ele tem coragem de defender as coisas com as quais nos identificamos? Quem não gostar é só votar no outro que cultua Zé Pilintra, fala em censura, restrição de liberdades; é amigo do Ortega, da Nicarágua.

Ele disse que nem precisa de Padres ou Pastores, que vai a "Deus" diretamente.

Vergonhosamente deparei com um vídeo do pastor Yago Martins, que eu admirava, repetindo as falácias sobre “votar em genocida”; tal “influência” não diminuiu um milímetro do que o Bolsonaro significa; apenas ele, Yago, desceu do meu patamar de admiração para a masmorra da irrelevância.

Cresci ouvindo uma baboseira, tida como axioma: “Religião, futebol e política não se discutem.” Ora, Cristo passou três anos e meio debatendo contra religiosos hipócritas.

Quem disse que os governos da Terra são autônomos, podem fazer o que quiserem a despeito de Deus? “Ele Muda os tempos e as estações; Ele Remove reis e Estabelece reis...” Dn 2;21

Diz mais: Que Ele restringe o domínio dos iníquos, por causa do peso de sua má influência sobre os que não são maus; “O cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos, para que o justo não estenda as suas mãos para a iniquidade.” Sal 125;3

Com devido respeito, caros do “Igreja Sem Partido”, vosso zelo parece inoportuno e privado de entendimento. Foi pela preservação da liberdade de escolha que certa árvore vetada estava no Jardim; toda a desgraça que campeia pelo mundo é derivada do “voto” errado.

Ele não foi dado pelo Senhor, mas pelo homem. Advertir do significado das escolhas é iluminar. Heresia seria negar que as mesmas trarão consequências.