domingo, 28 de maio de 2023

Quanto tempo temos?


“Meus tempos estão nas Tuas mãos; livra-me das mãos dos meus inimigos, dos que me perseguem.” Sal 31;15

Embora seguro de que, seus tempos estavam nas Divinas mãos, o salmista sabia que havia interesses tentando abreviá-los.

Nosso tempo é instável, indigno de confiança; temerário é planejarmos ações futuras contando com ele.

Ainda que seja saudável termos sonhos, ambições, o homem prudente submeterá essas coisas à aprovação Divina, invés de ousar intempestivamente; “... vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, lá passaremos um ano, contrataremos e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Que é a vossa vida? Um vapor que aparece por um pouco, depois desvanece. Devíeis dizer: Se O Senhor quiser, se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas, agora vos gloriais em vossas presunções; toda glória como esta é maligna.” Tg 4;13 a 16

Dar um passo maior que a perna, ou contar com o ovo inda não posto é uma inclinação espúria.

Entretanto, o livramento Divino não é unilateral; O Eterno decide livrar e assim o faz, a despeito da postura humana. Geralmente é fruto de um consórcio, efeito colateral do nosso cumprimento à Sua Palavra. Não nos livra contra nossa vontade; sobretudo, os que conhecem à Vontade Dele.

Assim como no trânsito, o respeito aos sinais livra aos que bem se conduzem, nas coisas espirituais, os Divinos ensinos também. “Meditarei nos Teus preceitos, terei respeito aos Teus caminhos.” Sal 119;15 “Eu sei, ó Senhor, que não é do homem seu caminho; nem do homem que caminha, dirigir seus passos.” Jr 10;23

Salomão aconselhou: “Confia no Senhor de todo teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

O primeiro preceito a observarmos, para que nosso tempo se prolongue é honrarmos devidamente, àqueles que nos trouxeram a esse tempo; nossos pais. “Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que O Senhor teu Deus te dá.” Ex 20;12

Se, não honrarmos nossos pais naturais, tão próximos, como honraríamos ao Pai dos Espíritos, Deus? Nossos pais naturais são irmãos espirituais; “... Pois quem não ama ao seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?” I Jo 4;20

O segundo passo é não termos a vida natural como prioritária; devemos negar as inclinações pecaminosas da carne de modo tal, que O Salvador figurou essa renúncia como “perder a vida”; “Porque aquele que quiser salvar sua vida, perdê-la-á; quem perder sua vida por amor de Mim, achá-la-á. Pois, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder sua alma...” Mat 16;25 e 26

O livramento de Deus é prioritariamente atinente à vida espiritual, não aos humanos desejos desorientados. Às vezes, a morte física resulta necessária, para preservação da vida eterna. “... Não temais os que matam o corpo, depois, não têm mais o que fazer. Mas, Eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a Esse temei.” Luc 12;4 e 5 “... Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.” Apoc 2;10

Estranho vida e morte tão vizinhas assim, de parede e meia; como se, o advento de uma fosse hall de acesso à outra. Não basta morrer fisicamente para ser salvo, como devaneiam os incautos. Um sujeito vive à sua ímpia maneira, de costas para Deus; de repente morre, e presto dizem: “Foi pro andar de cima”. Não! Nesse caso desceu à masmorra.

A ponte que conduz da morte espiritual para a regeneração é ouvirmos à Palavra do Senhor. “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve Minha Palavra, e crê Naquele que Me enviou, tem a vida eterna; não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida.” Jo 5;24

O Eterno É Senhor do tempo; Pai da Eternidade. A nós, faculta andarmos nele, malgrado, nosso corpo. Ao passado podemos ir mediante experiências, saudade, arrependimento. Ao futuro galgamos na nave da esperança, da fé. Todavia, o tempo que nos é dado administrar é o presente. Por isso, “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, não endureçais vossos corações.” Heb 4;7

Antes de nos livrar de eventuais inimigos externos que nos possam perseguir, o mais nocivo habita em nós, o ego. Se esse for vencido, os demais nada poderão fazer. “Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim...” Gál 2;20

É necessário estar morto, “crucificado” para estar vivo; em Cristo. Então teremos todo tempo do mundo.

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