segunda-feira, 8 de maio de 2023

Obra de arte

 
“Agora, Senhor, despedes em paz teu servo, segundo Tua Palavra; pois, meus olhos já viram Tua salvação” Luc 2;29 e 30


Antes da possibilidade visível, palpável, Simeão tivera uma revelação. “ ... que... ele não morreria antes de ter visto o Cristo do Senhor.” v 26


Assim é a fé. Fala aos ouvidos esperando abrigo no coração; sendo ali recebida, em tempo oportuno, testifica aos olhos também.


O que é dito deriva do que foi decidido no coração. “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.” Prov 4;23 O convertido deverá dizer como o salmista: “... todas minhas fontes estão em Ti.” Sal 87;7


O homem não tem problema em acreditar no que o deixe bem, confortável. Dada nossa situação espiritual, impossível a revelação da verdade nos deixar satisfeitos. Sempre nos colocará em maus lençóis.


Uma decisão será tomada em nosso íntimo; virá em consórcio com a honestidade que assume as próprias misérias, ou, com a loucura que, por preferir o mal, dado o prazer que enseja, à ventura de ser regenerado, mesmo ao custo de renúncias. “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;19 e 20


Uma “fé” superficial acredita apenas no que Deus Pode Fazer em seu favor, mas recusa acreditar no que precisa, para ser restaurada à comunhão com Ele; uma forma de enganar a si mesmo, usando um verniz de religiosidade para dar novo brilho à estátua desbotada do próprio ego.


O Salvador foi categórico: “negue a si mesmo!” A salvação não é pelas obras, mas pela fé; porém, quem crê e não age conforme, perde-se maquiando um cadáver. “... a fé sem obras é morta.” Tg 2;20


Para chegarmos ao estágio em que as vistas colherão frutos da fé, esse primeiro passo é indispensável. “Porque vistes, Tomé, crestes; bem-aventurados os que não viram e creram” disse O Senhor ressurreto, ao tímido apóstolo.


A Abraão, “o pai da fé” foi dito: “Sai da tua terra e da tua parentela para uma terra que te mostrarei.” Era preciso obediência À Palavra de Deus, antes de ver a terra.


Esse aspecto demandado pela fé, andar conforme se crê, é que “dificulta” a adesão da maioria. As digitais do Criador estão explícitas, mas, eles preferem produzir credos alternativos; “Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes, em seus discursos se desvaneceram; seu coração insensato se obscureceu.” Rom 1;19 a 21


O texto não diz que eles não puderam “conhecer” a Deus; antes, recusaram a glorificar e lhe dar graças, depois de O terem conhecido. Esse preço, a rendição das almas em submissão, o homem natural se recusa a pagar; aí cerca-se de subterfúgios vários, sob a casamata da desonestidade intelectual, para fazer parecer que sua impiedade tem razões sólidas. Trai a si mesmo.


O que é o ecumenismo em gestação, senão, a validação de todas as fugas, formação de quadrilha global, para, em nome de suposta união, castrar aos poucos que ainda levam a sério A Palavra de Deus?


Não se trata do veto a um credo sabidamente errôneo, doentio; antes de rejeitar ao Senhorio de Cristo, junto com Seus ensinos; “Os reis da terra se levantam, governos consultam juntamente contra O Senhor e contra Seu Ungido, dizendo: Rompamos Suas ataduras, e sacudamos de nós Suas cordas.” Sal 2;2 e 3


Enfim, a fé real será separada das imitações na reta final da humanidade. Antes de sermos “despedidos em paz” como pediu Simeão, teremos que suportar ainda, a guerra dos inimigos da luz.


O mundo da pós verdade, vive de narrativas; danem-se os fatos! Quem tem o poder diz o que é e o que não é, por bisonho e obtuso que pareça.


Uma geração acéfala como a atual, que considera uma banana colada com uma fita, uma “obra-de-arte" relevante, bem poderá considerar o canhoto, um deus.


Mesmo que sejamos perseguidos, violados em nossos direitos, qualquer que seja a forma de nossa morte, se permanecermos fiéis, seremos despedidos em paz, com Deus.


O que Cristo Fez por nós é a mais bela das obras, por pintar com Seu Sangue, o quadro da redenção eterna
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