segunda-feira, 22 de maio de 2023

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“... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens... ingratos...” II Tim 3;1 e 2

Ingratidão nos incomoda quando sofremos; nem sempre identificamos quando cometemos; “... sede agradecidos.” Col 3;15 Aconselhou Paulo.

O homem tem facilidade de manifestar sua “gratidão” às coisas criadas, como se elas fossem responsáveis pela própria existência; muitos agradecem ao sol, lua, chuva, animais, à “mãe natureza;” mas, quão difícil é exaltar O Criador, que fez todas as coisas. “Mudaram a verdade de Deus em mentira, honraram e serviram a criatura mais que O Criador, que É Bendito eternamente. Amém.” Rom 1;25

Desse mesmo viés, imagens de esculturas seguidas em procissões; obras humanas fazendo poses de deuses, furtando a honra Dele; “... nada sabem os que conduzem em procissão suas imagens de escultura, feitas de madeira; rogam a um deus que não pode salvar.” Is 45;20 “Eu sou o Senhor; este é Meu Nome; Minha Glória, pois, a outrem não darei, nem Meu louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Outro dia estava assistindo a um programa desses de sobrevivência, e um incidente me incomodou; dois deles estavam tentando fisgar uma enguia elétrica na Amazônia Peruana, mas, o caçador estava inseguro temendo o choque. Acossado pela necessidade, ousou e enfiou sua lança no bicho; tirou-o da água comemorando “selvagemente”.

Sua colega de aventura o censurou. Disse que ele deveria ter agradecido ao bicho por ter dado sua vida por eles, para salvá-los, invés de comemorar daquela forma. Um clima tenso se estabeleceu, e durou até que o “ogro” pediu perdão a ela, por não ter agradecido ao bicho, invés, de o ter matado, triunfalmente.

Ora pois, na chamada “cadeia alimentar”, nenhum ser “dá” sua vida para subsistência de outro; cada um busca o que é próprio de seu “cardápio”, na eterna alternância entre presa e predador. Acaso a serpente agradece ao lagarto, enquanto o devora? Ou esse, quando predador agradeceu aos insetos e cobras menores que caçou? Ah, mas o homem é racional! É.

Pois, a capacidade intelectual e espiritual que lhe deveria patrocinar o entendimento, de que as coisas não acontecem espontaneamente; que tamanha riqueza, diversidade e ordem das coisas criadas requer um Criador. “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, Quanto Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;20

Caso o “livro da natureza” seja insuficiente para o devido conhecimento de Deus, Ele ainda acresceu Sua Palavra, para que entendamos os pormenores necessários. Acerca dos alimentos diz: “... vos tenho dado toda erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. Todo o animal da terra, toda a ave dos céus, todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento...” Gn 1;29 e 30

Portanto, qualquer que seja nossa opção alimentar, carnívora, onívora ou vegana, somos devedores ao Criador, pela nossa dieta. Sempre que nos assentamos à mesa para comer, o que quer que haja sobre ela, requer nossa oração de agradecimento, se, a ingratidão e a cegueira ainda não nos possuem.

Entretanto, houve um “bicho” um Cordeiro Santo que deu Sua Vida por nós, Jesus Cristo. Nossa dívida era tal, que nenhum sangue humano poderia pagar, por estar impuro. Nossa redenção “... era impossível à lei, porque estava enferma pela carne...” Rom 8;3 “Porque nos convinha tal Sumo Sacerdote, Santo, Inocente, Imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime que os céus;” Heb 7;26

Nosso pecado foi o “predador” que requereu Sua Vida; mesmo sendo indignos dela, Ele nos deu. “Deus prova o Seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.” Rom 5;8

Quando uma multidão O buscou por interesses rasos, Ele apontou para “O Pão do Céu” e explicou adiante: “Porque a Minha carne verdadeiramente é comida, Meu Sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em Mim e Eu nele.” Jo 6;55 e 56

Não é canibalismo como supuseram os superficiais que se afastaram sem desejar explicações; os que permaneceram as tiveram: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos digo são espírito e vida.” Jo 6;63

Não a criaturas, mas a Ele somos gratos; “... oferecerei sacrifício com a voz do agradecimento. Jn 2;9 Não se trata mais de sangue, antes de renúncias necessários, no pleno uso da razão, para um viver digno Dele. “... apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é vosso culto racional.” Rom 12;1

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