sábado, 6 de maio de 2023

A integridade da Palavra


“Saiu com indignação a tempestade do Senhor; uma tempestade penosa cairá cruelmente sobre a cabeça dos ímpios. Não se desviará a ira do Senhor, até que execute e cumpra os desígnios do Seu coração; nos últimos dias entendereis isso claramente.” Jr 23;19 e 20

Os que evitam assuntos melindrosos, como pecado, arrependimento, inferno, ira... pregadores de facilidades, teólogos liberais, adeptos da hiper graça, centradas no Amor apenas, sem desafiar à santificação e mudança de vida, deveriam refletir um pouco diante desse texto.

Três coisas nele: O quê? A tempestade do Senhor, juízo; contra quem? Sobre a cabeça dos ímpios; quando? Nos últimos dias.

Esses costumam fracionar A Palavra de Deus em duas metades, Antiga e Nova Aliança; depois, partes menores, as palavras de Moisés, as de Cristo, e as de Paulo...

Mesmo essas divisões, inda comportariam outras menores; por exemplo: Paulo falando sobre o amor foi insuperável; mas, exagerou na severidade ao dizer que determinados tipos estariam de fora; “Não erreis: nem devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados, maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.” I Cor 6;10

Quem escolhe em quais porções acreditar, e se dá ao direito de rejeitar a outras porque discorda, não está crendo em Deus; antes, tentando moldar ao Eterno, à sua própria imagem. Já traz sua visão doentia de mundo, e tenta “encaixar” O Eterno nela.

A mudança principal, do Antigo Testamento para o Novo, tem a ver com o sacerdócio, antes imperfeito; agora, em Cristo, perfeito e eterno. “Porque, mudando-se o sacerdócio, necessariamente se faz também mudança da lei.” Heb 7;12

A pena de morte para determinados pecados, adultério, feitiçaria, blasfêmia... foi adiada, aumentado o tempo para que o errado busque arrependimento; mas, o que era vetado então, permanece sendo um erro.

A Lei de Cristo é mais severa nas exigências que a dada a Moisés: “... foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo;” Mat 5;21 e 22 “Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Vs 27 e 28

Também a pena pela transgressão é maior; “Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, tiver por profano o Sangue da Aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da Graça?” Heb 10;28 e 29

Não há predileções humanas nas Escrituras; “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.” II Ped 1;21

Tampouco, divisões como se uma parte fosse válida, outra não. O Antigo Testamento é o Divino cuidado, fazendo o que podia ser entendido num mundo rudimentar; mas, cumprido o tempo, Ele Fez as mudanças necessárias; “Quando éramos meninos, estávamos reduzidos à servidão debaixo dos primeiros rudimentos do mundo. Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, para remir os que estavam debaixo da Lei, a fim de recebermos adoção de filhos.” Gál 4;3 a 5

A pena de morte que devíamos foi paga por Cristo. Nossa obediência a Ele deve ser uma renúncia tal, aos vícios antigos, que é como se morrêssemos também; “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

A Palavra traz as coisas que estão superadas, e as mudanças oportunas; não carece Deus, uma “Comissão de (ímpios) Notáveis” para “corrigir, reescrever” Sua Palavra, como pretendem o Príncipe desse mundo e seus títeres.

A Epístola aos Hebreus traz em minúcias as alterações entre um e outro Testamentos; começa expondo a diversidade de meios, e a unidade da Palavra: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” Heb 1;1

Se é vero que O Filho falou sobre amor e perdão, também falou de modo severo quanto aos reclames da justiça; “Portanto, se teu olho direito te escandalizar, arranca-o e atira-o para longe de ti; pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o teu corpo lançado no inferno.” Mat 5;29

Enfim, a Palavra Eterna não precisa ser modernizada; antes, as vidas modernas, defensoras da pós-verdade, dos valores invertidos precisam retornar à Fonte: “... perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas...” Jr 6;16

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