sexta-feira, 12 de maio de 2023

Maravilhosa graça


“... Deus exige de ti menos que merece tua iniquidade.” Jó 11;6

Antes que alguém se presuma o merecedor das Divinas Graças, o mais honesto dos cidadãos, última donzela do lupanar, precisamos ver as coisas com olhos espirituais, tendo como veraz e inquestionável a forma como Deus, “O Pai dos espíritos” vê.

As coisas na perspectiva Divina são diferentes, como ensinou Paulo: “As quais também falamos, não com palavras que a sabedoria humana ensina, mas com as que o Espírito Santo ensina, comparando as coisas espirituais com as espirituais.” I Cor 2;13

O veredito sobre a condição humana foi severo, mas justo: “... Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;1 a 3

Embora possamos e devamos praticar boas obras em nossos relacionamentos, dada nossa índole egoísta, normalmente estragamos eventuais coisas boas feitas, quando, pretendemos que elas tenham um mérito que lhes escapa; nos justificar perante Deus, por exemplo.

Nesse caso, as obras humanas, acrescentam ao nosso vasto currículo de pecados, a doentia pretensão de justiça própria, coisa que Isaías denunciou: “Mas todos nós somos como o imundo, nossas justiças como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, as nossas iniquidades como um vento nos arrebatam.” Is 64;6

Tampouco abastança de bens materiais poderia resgatar a uma alma: “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir ao seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele, pois, a redenção da sua alma é caríssima...” Sal 49;6 a 8

Nem mesmo sacrifícios de animais; serviam como indício de arrependimento, conservavam vivos os ofertantes, deixando em suspensa sua dívida, até ao tempo do aperfeiçoamento do sacerdócio, em Jesus Cristo. “Este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo. Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, feito mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez, oferecendo-se.” Heb 7;24 a 27

Deus requer de nós, menos do que merece nossa iniquidade porque Cristo pagou por nós, o preço dos nossos pecados. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus, a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor.” Rom 6;23

Embora sejamos chamados a tomar nossas cruzes, isso é figura para a renúncia dos modos pecaminosos de viver, aos quais estávamos acostumados.

“Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências.” Gál 5;24 Uma metáfora significando que, os tais, abandonaram ao curso natural de suas vidas se rendendo a Cristo.

Quando chamou todos a Si, O Salvador explicou que deveriam imitar Sua Obediência ao Pai; “Tomai sobre vós o Meu jugo, aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; encontrareis descanso para vossas almas. Porque Meu jugo é suave e Meu fardo, leve.” Mat 11;29 e 30

O fato de O Senhor demandar de nós menos do que merece nossa iniquidade não significa que poderemos bancar os desentendidos, quando denunciados e exortados a buscarmos arrependimento. “O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.” Prov 28;13

Pois, “O homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29;1

A primeira coisa para lidarmos honestamente com nossos pecados é fazê-lo pela Palavra de Deus; conhecendo e obedecendo-a; os míopes olhos humanos devaneiam com pureza, onde O Santo vê o imundo. “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

O Eterno cancela a morte que merecíamos, se tão somente recebermos em nosso favor a morte de Cristo, e permanecermos na obediência a Ele. “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Uma vez que, a justiça à qual somos chamados se estabelece pela fé, quando creio sou justificado; herdo a Justiça de Cristo, que por amor, herdou minha morte.
Maravilhosa é a graça! Necessária a perseverança; “O justo viverá da fé; se ele recuar, Minha alma não tem prazer nele.” Heb 10;38

Nenhum comentário:

Postar um comentário