sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Os memoriais


“Tomando o pão, havendo dado graças, partiu-o e deu-lhes, dizendo: Isto é Meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de Mim.” Luc 22;19

A última páscoa aconteceu com O Cordeiro de Deus presente; embora seus componentes básicos estivessem todos, não foram mencionados; antes, o pão e o vinho, elementos relativos ao novo mandado, a Santa Ceia.

Era o cumprimento do primeiro memorial, à libertação do jugo de Faraó, a Páscoa, que, fora dado como um tipo profético da libertação do jugo do pecado, pelo Sangue de Cristo, na iminência de acontecer.

A Páscoa, respeitara ao povo hebreu apenas, que fora cativo no Egito; não é assunto de gentios. A Ceia, atinge todos os povos, como prometido a Abraão; “Abençoarei os que te abençoarem, e Amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3

Em Cristo, independe a origem; recebendo ao Salvador e Nele crendo, qualquer um “nasce de novo” e recebe adoção na “descendência de Abraão”, como ensinou Paulo: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: Às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: À tua descendência, que é Cristo.” Gál 3;16
Nele todos são chamados à cidadania celeste; “A todos quantos O receberam, Deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; os quais não nasceram do sangue, da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

A história de que, os elementos se transubstanciam, como ensina o catolicismo é balela. Apenas um dogma clerical, órfão de filiação bíblica.

Se, o Pão torna-se o Corpo, e o vinho o Sangue, na celebração, e, na primeira O Senhor estava presente, presidindo-a, onde estavam Seu Corpo e Sangue, quando Ele distribuía os elementos?

Ele mesmo ensinou que aquilo seria um memorial de Seu Feito, a ser preservado até Sua Vinda. “Tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é Meu Corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de Mim. Semelhantemente também, depois de cear, Tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no Meu Sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de Mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que Venha.” I Cor 11;24 a 26

Quando celebramos conforme ordenado, anunciamos a Morte do Senhor, até Seu retorno. Anunciar é reavivar a memória, no tocante ao que aconteceu, não, renovar o sacrifício, como pretendem os errados de espírito.

Pois, renovar a Morte de Cristo uma vez só, depois de ter sido abençoado pelos Méritos Redentores Dela, desprezando-a, basta para alguém se indispor contra O Espírito Santo, O Agente da Salvação, que Persuade os corações a se renderem ao Salvador.

“Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, provaram o dom celestial, se tornaram participantes do Espírito Santo, provaram a boa Palavra de Deus, as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois, quanto a eles, de novo crucificam O Filho de Deus, e O expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a bênção de Deus; mas, a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, perto está da maldição; seu fim é ser queimada.” Heb 6;4 a 8

A dificuldade de muitos no que tange à perseverança é o desejo de serem especiais, de terem uma “visão superior”, ostentarem saber algo diferente, quando, a receita é ficar no que foi aprendido. Desde dias antigos o conselho era à manutenção, não às inovações; “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede; perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.” Jr 6;16

Essa doença já verificada nos atenienses dos dias de Paulo, “Pois todos os atenienses e estrangeiros residentes de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão, de dizer e ouvir alguma novidade.” Atos 17;21 Ainda campeia em nosso tempo, de modo que, em nome do “novo” atrai muitos à velharia verificada desde o Éden, a mentira. “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3

A Salvação não desfila em busca de sedentos por novidades; antes, se apresenta solícita aos portadores de bons ouvidos. “O que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1;33

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