quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

As provas


“Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como animais.” Ecl 3;18

Que os cristãos são submetidos a provas é pacífico; mesmo os que não ousam uma entrega cabal de suas vidas a Jesus, eventualmente, apontam para certas dificuldades e dizem: “essa é minha cruz”; aludindo à figura que representa as renúncias necessárias, aos que pretendem pertencer ao Senhor. A cruz cristã vai mui além de sofrer consequências de más escolhas, como muitas vezes se verifica na “cruz” dos alienados.

Invés de os livrar das provações, O Senhor promete aos Seus, assisti-los nelas; “Quando passares pelas águas Estarei contigo; quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Is 43;2 Isso aos escolhidos do antigo pacto; aos do novo, “... eis que Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos...” Mat 28;20

As provas não são para que Deus veja de que barro somos feitos; Ele Sabe. A didática das provações fala aos alunos, não ao Professor. “... para que assim pudessem ver que são, em si mesmos, como animais.”

Quando O Salvador começa pelo “Negue a si mesmo”, pretende “aprisionar os bichos”, e gerar um novo homem.

Embora cada cristão tenha sua saga particular, em âmbito geral, grassa o apodrecimento moral, inversão de valores. O efeito colateral da imbecilização coletiva promove o triunfo das nulidades; a corrupção sistêmica e institucional faz “agigantarem-se os poderes não maus dos maus,” somos tentados até, à “vergonha de ser honestos”, como já observara em seus dias, Ruy Barbosa.

A Bíblia antecipou: “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela.” II Tim 3;1 a 5

“sem amor para com os bons...”
A mentira sempre foi uma “fuga” para os que, a verdade constrangeria, responsabilizaria. Agora, até seu nome foi atenuado; narrativa; fake news. Essa fujona de outrora agora ataca à virtude como se essa fosse um vício. Indo além de não ter amor para com os bons, os “guerreiros da patranha” não têm respeito.

Emporcalharam o sentido das palavras, esculhambaram nosso idioma natal, em nome da “inclusão” de algo que sempre foi tido como uma paixão infame, um erro moral, o homossexualismo. Não pelejam pelo direito de serem assim; isso é pacífico; entre quatro paredes cada um faz o que quiser.

Sua gritaria visa a imposição das doenças psíquicas, o veto à crítica, em nome das quais pretendem que enviesemos nosso patrimônio cultural, para “provar” que não somos o que somos; gente de valores cristãos, conservadores, e afeitos à língua nacional. De minha parte, danem-se “todes”! Ah, meu corretor de textos segue “homofóbico”, pois, recusou-se a “incluir” essa porcaria.

Nos festejos ímpios do Carnaval, temos visto também reiterados ataques à fé cristã, em mais uma nuance que ao vício não basta o amplo espaço para ser vicioso; precisa atacar quem discorda dele. Houve um tempo em que os maus apenas fugiam da luz; “Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20

Agora, partiram para a inversão total, e o enfrentamento; um “ai” os espera: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem, mal; que fazem das trevas luz e da luz, trevas; e fazem do amargo doce e do doce, amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

A provação dos justos é passar por tudo isso sem arrefecer; sem abdicar do amor pela justiça e verdade. É muito fácil gritar o que todos gritam e aplaudir o que todos aplaudem. Flutuar a favor da corrente até bosta flutua; agora, nadar ao contrário, rio acima, como fazem os peixes na piracema é ousadia para poucos.

Mas, esses poucos, embora pareçam entregues à própria sorte, contam com a assistência e o zelo dos Céus; “Eles serão Meus, Diz O Senhor dos Exércitos; naquele dia serão para Mim joias; poupá-los-ei, como um homem poupa seu filho, que o serve. Então voltareis e vereis a diferença entre justo e ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não serve.” Mal 3;17 e 18

A coragem de separar-se hoje, só é possível quando o homem foi regenerado. Onde não, os bichos seguem soltos.

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