quarta-feira, 2 de junho de 2021

Na escola de Deus


“Tenho posto com ele a Aoliabe, o filho de Aisamaque, da tribo de Dã; Dei sabedoria ao coração de todos aqueles que são hábeis, para que façam tudo que te tenho ordenado.” Ex 31;6

O Senhor designando artífices para o Tabernáculo assegurando que lhes tinha dado habilidades necessárias para a edificação, bem como, dos móveis.

O Eterno não requer de ninguém, um feito para o qual não esteja capacitado.

Na parábola dos talentos ensinou a diferença dos dons, onde um recebera cinco, outro, apenas um. Não combinaria com a justiça, demandar que cantasse, ao que desconhece a arte do canto; que ensinasse, o inepto para o ensino; ou, que esculpisse artifícios esmerados, um que desconhecesse o ofício.

Como disse certo general em “O Pequeno Príncipe”, “Tenho direito de exigir obediência, porque minhas ordens são razoáveis”. As do Senhor, mais que razoáveis são sábias.

Antes de permitir que Davi “medisse forças” com Golias, exercitara-o contra forças maiores que as dele; um leão e um urso, como treino para que aprendesse a não depender estritamente do seu braço mas, do Senhor.

Quando pensou num que enfrentasse o “establishment” religioso denunciado sua hipocrisia, e fosse capaz até de apontar pecados do rei, O Eterno forjou nas cavernas a um antissocial, eremita e asceta, alimentado de gafanhotos e mel, João Batista. Não legaria tão rude missão a um Nicodemos, cujo medo de perder posição social o forçou a buscar por Jesus de noite.

Outrora, quando desejou julgar à casa de Acabe quebrou o protocolo; a sucessão no trono viria de um príncipe da casa real; todavia, mediante Eliseu, mandou um profeta ao front para ungir ao capitão Jeú.

Esse, pra guerra era tal, que bastava sua silhueta se mover ainda distante, fora da possibilidade da leitura fisionômica para que fosse identificado. “... o andar parece como o andar de Jeú, filho de Ninsi, porque anda furiosamente.” II Rs 9;20

O Senhor usou um poeta como Davi, no trono; um filósofo como Salomão; um estrategista como Uzias; mas, era a vez de um militar valente, Jeú.

Então, quando O Eterno nos ordena algo é porque de alguma forma nos treinou para aquilo, ou a tentativa de executarmos o que ainda não estamos aptos é treinamento para uma missão futura, onde o aprendizado será necessário. Obedecer sempre é o melhor caminho.

O Salvador dissera a Pedro que o faria pescador de almas; e quando veio aos apóstolos após Sua ressurreição encontrou ao bravo Simão buscando peixes outra vez; depois de uma noite de pesca fracassada, Jesus ordenou uma redada mais, em local específico, para o lado direito. Feito isso pegaram tantos peixes que tiveram dificuldades em tirar a rede.

O Senhor os aguardava na margem tendo pão e peixe preparados. Além da provisão material o ensino; o lado direito, da obediência, onde estarão as ovelhas em oposição aos bodes no esquerdo.

Então, tivemos a célebre passagem onde O Mestre perguntou três vezes se Pedro O amava, como num contraponto às vezes que O negara.

Como o apóstolo insistia em afirmar seu amor, O Senhor reiterava à ordem: “Apascenta minha ovelhas.” Demonstre teu amor pela obediência!

Por um lado temos atrevidos que se lançam a empresas para as quais não estão preparados; por outro, os que foram treinados, ensinados pelo Mestre, e se recusam a fazer o ordenado, preferindo gerir ainda suas vidas que deveriam ter submetido ao Senhor.

Tanto querer fazer o que não sabe, quanto, recusar a assumir o que deve, são derivados da vontade enferma.

No ministério do Espírito (Santo) no Novo testamento, já não se requer habilidades específicas, como dos artesãos do tabernáculo; antes, comunhão com O Espírito, para que Ele nos capacite, conforme lhe parecer bem.

Se escolhe as “coisas loucas, as que não são”, é porque não contam aptidões meramente humanas nos domínios do Espírito. Ouvidos atentos são as “aptidões” necessárias; “Os teus ouvidos ouvirão a Palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Tendemos a não querer o que O Senhor quer, e a querer o que Ele não quer. Por isso a necessidade de um ruptura com os meios mundanos, antes de alinharmos nossas vidas à do Eterno. “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Rom 12;2

Não mais pedras, esculturas, engastes... antes, a moldura em “pedras vivas”, mediante obediência à Palavra, para o templo de Deus. “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2;5
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