domingo, 16 de novembro de 2014

Heráclito, o devir e o PT



“O homem que volta ao mesmo rio, nem o rio é o mesmo, nem o homem é o mesmo.” ( Heráclito ) 

O eterno devir, a ininterrupta mudança  advogada pelo pensador antigo merece alguns reparos. Certo que o escopo dos filósofos pré-socráticos como ele, Demócrito, Anaximandro, Anaxágoras, Tales de Mileto, etc. era a compreensão da Natureza. 

Em Sócrates, o homem passou a ser o alvo; “Conhece a ti mesmo.” Com o advento de Cristo, Deus foi revelado; “Quem vê a mim vê o Pai.” Disse. 

Mas, voltando, a constante mudança no âmbito natural, aos meus olhos, está restrita a uma não mudança superior. Digo a uma mesmice fadada à reprodução mecânica, refém do determinismo biológico. A natureza não tem escolha, não pode mudar. As águas seguirão buscando os lugares mais baixos, animais e plantas reproduzindo-se mecanicamente sem nenhum sinal evolutivo, malgrado, o sonho dos evolucionistas. 

A natureza não é arbitrária, antes, está presa à necessidade; homens e anjos sim desfrutam da possibilidade. Se plantarmos uma semente de feijão, por exemplo, ela não poderá decidir converter-se em ervilha; necessariamente nascerá feijão. Contudo, se um ser arbitrário receber uma incumbência pode optar por obedecer, desobedecer, fazer de má vontade, buscar a excelência, procrastinar...  

Assim, refutando a Heráclito, o rio seria o mesmo; o homem teria possibilidade de ser diferente. 

Entretanto, essa dádiva maravilhosa da possibilidade nem sempre é usufruída com sabedoria. Quando não fazemos a escolha inferior, que nos faz diminuir, em atenção à má vontade, fazemos a mais confortável, indolor; compramos respostas prontas como quem compra tomates; nos acomodamos à mediocridade, ao lugar comum. 

A crítica, tão necessária, e às vezes mal entendida, some nessas horas. (Alguns equacionam-na à rejeição de algo, embora, signifique apenas, análise criteriosa, com conhecimento de causa )  Parece que criticar determinados postulados era hábito dos homens antigos. Salomão disse: O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém, vem o seu próximo e o examina.” Prov 18; 17  Não seria quem gritasse primeiro, ou, mais alto que venceria a peleja; antes, quem estivesse abonado pela razão. Bons tempos! 

Sobre disputas filosóficas, o mesmo Heráclito deixou uma pérola. Citarei de memória; talvez omita palavras, embora, preserve a ideia. “Numa disputa entre dois sistemas, um não tem direito de dizer: Seu ponto de vista é falso por que o meu é verdadeiro e se opõe a ele; pois, - disse – o outro poderia dizer exatamente o mesmo, arrastando a disputa à eternidade. O falso - concluiu – deve ser demonstrado em si mesmo, não no outro. 

Mas, essas pescarias em águas profundas eram feitas com outros anzóis. Somos uma geração que vê; tudo acaba em vídeo. Não raro, a cortina da visão embaça as janelas do pensamento reflexivo. 

E, corro o risco de ser lido por alguém que pensa; esse, diria que às vezes cito frases alheias, de modo que, estaria também caindo no lugar comum. Sim e não. Quando cito: “A mente não é um vaso para ser cheio, antes, um fogo a ser aceso.” (Plutarco) Tal frase não traz uma resposta pronta, antes uma regra, justo contra a acomodação, o “encher o vaso” com ideias alheias. 

Ou, “Pensar é o mais duro trabalho que há; essa é a razão, talvez, para que tão poucos se dediquem a isso.” ( Henry Ford) Uma vez mais, a frase pronta não traz nada pronto, exceto, a constatação que o ser humano em geral é um indigente mental. 

Essa indigência está vigorosa como nunca. O marketing a serviço de interesses mesquinhos desconstrói valores, bens, reputações; a própria história. A inadimplência intelectual grassa nessa geração. 

Um exemplo bem didático se deu nas estrondosas manifestações de Junho, quando o País inteiro saiu às ruas expressar descontentamento, sem saber exatamente contra quê. Apresentaram reivindicações difusas, variadas como cardápio de Café Colonial, e como era de se esperar, deu em nada. Parece que as pessoas estão descontentes mas, não sabem exatamente o motivo. 

Ontem José Eduardo Cardozo, Ministro da Justiça deu entrevista criticando a “Operação Lava Jato” que expõe a roubalheira na Petrobrás. Ora, num país decente seria o contrário. Ele elogiaria a Polícia Federal, e exortaria que fossem ao fundo da questão. Mas, ele é só uma carta no castelo de poder dos vermelhos que começa a ruir. 

Somos uma nação dividida. O País que produz riquezas trabalha, em sua imensa maioria descontente, como mostraram as manifestações de ontem; os paupérrimos que dependem de assistencialismo, felizes com  corruptos no poder; pois, foram ensinados a pensar que as benesses recebidas derivam de um partido, não, de uma nação toda. 

Governo não gera riquezas; administra-as, muito mal, infelizmente. O rio do PT ainda é o mesmo; o homem, Brasil começa a mudar.

sábado, 15 de novembro de 2014

Posso confiar no homem?



“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!” Jr 17; 5 

Não poucas vezes deparo-me com esse texto mal interpretado.  A ideia é que devemos fazer uma terra arrasada dos caracteres humanos; nenhum presta; confiamos apenas em Deus. 

Se, como cidadãos da terra, denunciarmos má gestão de governantes, pleitearmos melhorias nesse campo, também a exortação é essa; que devemos confiar em Deus e deixar como está.

Seria essa a ideia do texto de Jeremias? Que fôssemos tão, “Cidadãos do céu” que deveríamos nos omitir, ante, desmandos e corrupções da Terra? Temo que não. O verso deixa ver que, o “maldito” em questão faz mais que confiar no homem. Coloca a “carne” num patamar Divino; “aparta seu coração do Senhor.” Se, o fiel é chamado, pio, o outro não passa de ímpio. 

Ímpios fazem mais que desobedecer, chegam a negar a existência, não apenas a autoridade de Deus. O salmista ensina:  “Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma; bendiz ao avarento, renuncia ao Senhor. Pela altivez do seu rosto o ímpio não busca a Deus; todas as suas cogitações são que não há Deus.” Sal 10; 3 e 4  

Se, o cristão exibir, como convém, os predicados alistados no salmo 15, tal, é confiável. Porta-se de modo que, “ainda que jure com dano seu, não muda;” eu confio nele, o quero como amigo. Conheço poucos assim, infelizmente, mas, esses poucos valem por muitos. 

Como seria miserável a vida  se cada um formasse sua “ordem unida” como exército de um homem só!  Nas congregações de salvos, a regra é o bom caráter. Certo que, não é um ambiente dedetizado; antes, falham os honestos, e dissimulam entre eles, muitos desonestos também. O que, em absoluto, nivela por baixo. 

Sou cidadão do céu; logo a “Constituição” de lá, a Bíblia, vale para mim. Contudo, sou também da Terra, pagador de impostos, portanto, mantenedor proporcional dos serviços públicos, dos quais, tenho total direito de exigir, se, não a excelência, um mínimo de competência, e  máximo de probidade. 

Quero essa ladroagem toda da Petrobrás e adjacências, devidamente esclarecida; os culpados, exemplarmente punidos. Exijo isso, sem “confiar no homem”, no sentido de colocá-lo em lugar de Deus; sem descrer de Deus a ponto de, achar que se não fizermos a devida justiça, Ele não Fará.

As coisas da administração terrena são diversas das espirituais, mas, relacionam-se. Muitos “evangélicos” publicam vídeos na Internet dizendo que Aécio seria maçom, portanto, deveríamos evitar votar nele. Ora, maçom, hindu, budista, ateu, cristão... o que está em jogo é a atuação de modo probo segundo as leis da Terra; questões espirituais são de outra alçada. 

Ademais, se o prisma fosse esse, o que dizer de Lula e Dilma no campo espiritual? Seriam exemplos de cristãos os que disseram que “fariam o diabo” pra ganhar as eleições. Na verdade ensinaram maldade ao Capiroto; deve estar depressivo sentindo-se superado após a última campanha.   

Acho extremamente nocivo o reducionismo do ser humano a um rótulo qualquer. De que valor, deixo ao juízo alheio; mas, há em mim um pensador, um poeta, um homem, um cristão e um cidadão razoavelmente esclarecido. 

Não me importo de ser contrariado, posso ser amigo de quem pensa diverso. O que incomoda é a vigarice intelectual; ou, o uso da vigarice alheia, mentira tantas vezes repetidas que se acostumou como verdade. Quem quiser discordar que o faça baseado em argumentos; assim, quem sabe, de posse de postulados verazes, plausíveis, até me ilumine, ajude a pensar melhor. Agora a repetição robótica da mentira não melhora em nada minha luz; ainda desperta  minha má vontade. 

Sei que ter posições firmes e claras nos torna pessoas que os outros amam ou odeiam, não há neutralidade. São dessa veia os que Deus escolhe. Como filtros a separar o  café e a borra; ou,  o precioso do vil, como disse o Eterno ao mesmo Jeremias: “Portanto assim diz o Senhor: Se tu voltares, então te trarei, e estarás diante de mim; e se apartares o precioso do vil, serás como a minha boca; tornem-se eles para ti, mas não voltes tu para eles.” Jr 15; 19 

Deus ama a justiça. Ela se dá bem tanto no Reino dos céus, como nas coisas da Terra. Aliás, é precisamente pelo “divórcio” dessas Leis das do Reino que não só o homem, em particular, mas, todo o planeta geme sob maldição. “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado os estatutos, e quebrado a aliança eterna. Por isso a maldição tem consumido a terra;...” Is 24; 5 e 6

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A casa em ordem



“Naqueles dias Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio a ele o profeta Isaías, filho de Amós e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, não viverás. Então virou Ezequias o seu rosto para a parede e orou ao Senhor. E disse: Ah, Senhor!  Peço, lembra-te agora, de que andei diante de ti em verdade,  com coração perfeito; fiz o que era reto aos teus olhos. E chorou Ezequias muitíssimo.” Is 38; 1 a 3 

Temos uma aparente discrepância entre o dito de Isaías e a oração de rei moribundo. O profeta exortara a por em ordem sua casa; ele disse que andara diante de Deus em verdade e com coração perfeito, em sua oração. 

Como O Eterno atendeu à sua humilde súplica, acrescentando-lhe mais quinze anos de vida é de se supor que foi verdadeiro o que disse do próprio caráter. Entretanto, sua casa estava em desordem? É. Foi o que denunciou o enviado de Senhor. 

Posso ser reto em minhas decisões pessoais,  meu caráter e, apesar disso, ainda estar em falta.  Integridade pessoal não equivale, necessariamente, à competência, tato, prudência administrativa. No caso dele, que era rei, certamente a “sombra” de sua casa abrigava muitas pessoas. 

Quando o Eterno o exortou a bem ordenar sua casa, requeria ações administrativas, como rei, marido, pai, talvez; tudo o que estava aos cuidados dele. 

Um pai omisso permite que seus filhos se percam; acaba perdendo até ofício para o qual foi comissionado, como foi no caso de Eli. Um marido fraco delega implicitamente o comando à esposa; herda como seus, erros eventuais, cometidos por ela; como fez Acabe, quando se fez mero fantoche da esposa ímpia, Jezabel. Um rei descuidado, negligente, torna-se culpado de muitas mortes;  dana, quando não, perde o próprio trono, como o insubmisso Saul. 

Muitos exemplos mais são encontráveis em quê, a má administração de uma “casa” fez com que ela ruísse. Os exemplos alistados trazem anexos à má condução, lapsos de caráter; o que, não era o caso de Ezequias. 

No exemplo de Jezabel, se, o fato de ser mais ativa, líder que seu marido pôs tudo a perder, não se deu por ser ela mulher; antes, por ser ímpia, idólatra, assassina. 

Das mulheres íntegras, a Palavra versa de modo encorajador, leiamos: “Toda mulher sábia edifica a sua casa; mas a tola a derruba com as próprias mãos.” Prov 14; 1 

O Capítulo final de Provérbios alista uma série de feitos dessa sábia, enquanto, seu marido, ao que tudo indica era um juiz na cidade. “Examina uma propriedade e adquire-a; planta uma vinha com o fruto de suas mãos.” Prov 31; 16.  Administra mesmo as finanças da casa, enquanto seu cônjuge ocupa-se da justiça. “Seu marido é conhecido nas portas, assenta-se entre os anciãos da terra.” V 23 .

Se, por um lado, “Cada um dará contas de si mesmo a Deus.” Rom 14; 12 Por outro, quem administra vidas, instituições, dará conta disso tudo; como o mordomo infiel que foi chamado a prestar contas em determinada ocasião. 

Certa vez, Pedro chegou a cogitar que certas exortações eram apenas para a plebe; os discípulos estariam num patamar superior; O Senhor tratou de desfazer o engano; E disse-lhe Pedro: Senhor, dizes essa parábola a nós, ou, também a todos? E disse o Senhor: Qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Bem aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando vier, achar fazendo assim.” Luc 12; 41 a 43 

O assunto imediatamente anterior era vigilância. Então, devem os mordomos espirituais estar atentos; manter do mesmo modo toda a casa; ou seja: Sua área de influência. 

Na verdade, a exortação de Isaías aplica-se a cada um de nós.  “Põe em ordem a tua casa porque morrerás!”  Se, a ameaça de morte não é tão imediata como foi naquele caso, a Bíblia nos ensina a viver “Cada dia seu mal”;  não presumir do dia de amanhã como uma posse. “...não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, depois se desvanece... devíeis dizer: Se o Senhor quiser, se vivermos, faremos isto ou aquilo.” Tg 4; 14 e 15  

Assim, se as individualidades,  o arbítrio devem ser respeitados, eventual má gestão do que nos cabe incidirá sobre nós. 

O mundo chama altos cargos administrativos de poder; Deus comissiona aos que escolhe, para o dever; Qualquer que seja o tamanho de nossa “casa”; nossas qualidades ou defeitos refletir-se-ão nela.  “A casa dos ímpios se desfará, mas a tenda dos retos florescerá.” Prov 14; 11

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As pirâmides e o Photoshop



Não podiam resistir à sabedoria, ao Espírito com que falava. Então subornaram uns homens, para que dissessem: Ouvimos-lhe proferir palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. E excitaram o povo, os anciãos, os escribas;  investindo contra ele, o arrebataram e levaram ao conselho. E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;” Atos 6; 10 a 13 

Lucas relata o gládio entre Estevão e os libertinos pondo em relevo faceta humana que convém estudar. 

Diz que os oponentes não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito de Estevão; então, buscaram reforços. Suborno, mentira, excitação, violência, falso testemunho; foram convocados para reforçar o exército. 

Embora se diga: “Se não podemos resistir um mal, devemos nos unir a ele”; eles, não podendo resistir ao “mal” das palavras que ouviam, arranjaram um jeito de enfrentar por meios torpes. 

Ora, a mentira, o subornos o falso testemunho, podem me enganar quando estão do outro lado; digo, quando atuam contra mim. Mas, se lanço mão dos seus serviços, estou plenamente ciente de minhas falhas; decidido a resistir em minha posição. Desse modo deixo claro que não dou a mínima para a verdade, tampouco, para razões do argumento oposto. Todo aquele que faz uso da mentira quando  convém, não tem o menor direito de se irritar, ou, mesmo reclamar se, vitimado por ela. Antes, deveria elogiar e respeitar quem o engana; por ser, tal, muito competente nos “valores” que o enganado advoga. 

Mas, nesse campo, o dos valores, parece que a sociedade presente forma uma pirâmide inversa. Quanto mais esclarecido, quanto maior posto ocupar, menos decência exibirá, mais fará uso da mentira, calúnia e assemelhados, salvas, raríssimas exceções.

Ontem a Fundação Getúlio Vargas publicou um estudo, onde, os de maior índice de escolaridade, mais facilmente acreditam que deve burlar as leis; o vergonhoso “jeitinho brasileiro”. 

A turma que nos governa, dado que nem todos têm lá um primor de instrução, mas, ocupam altos cargos, todo dia se encarrega de patentear sua falta de caráter seu apego sórdido à mentira. 

Outro dia, me opondo aos pleitos de um amigo virtual que defende a tudo o que se fez na última campanha eleitoral como sendo “do jogo”, disse-lhe: Quem dividiu o país em dois foi o PT; quem não venha agora com essa balela de “diálogo”, e “desmontar o palanque”; antes, se faça a melhor e mais incisiva oposição que eles já tiveram; que se fiscalize tudo,  em atenção aos muitos que votaram na oposição, e em repúdio aos meios torpes usados na campanha. 

Disse mais: Corto meu pinto se a Dilma cumprir seu arroubo: “Tolerância zero à corrupção”;  sabes, disse, que não serei mutilado. Ontem a “máquina” que está nas mãos do PT, obstruiu uma vez mais a CPI que investigaria aos roubos na Petrobrás. Como podemos ver, ficarei intacto. 

As palavras de campanha atribuíam a Aécio o aumento da taxa de juros, das tarifas,  combustíveis, dado que, ele seria o candidato da “zelite”. Duas semanas após a eleição, o Governo fez isso tudo, mas, segue sendo dos pobres, “popular”; francamente!

Aécio acenou com a necessidade de medidas amargas. Falou a verdade. O povo escolheu à mentira. Estevão falou tão somente a verdade, morreu apedrejado. Aécio não foi um santo, um apóstolo, mas, foi decente, ético no pleito e foi preterido. 

Chegaram a chamar um homem que tem 30 anos de vida pública de “playboy”; como se fosse mero filhinho de papai metido querendo brincar com o que não conhece.  

Assim, se no prisma dos valores a sociedade é uma pirâmide inversa, via marketing, mentira, conseguem “vira-la” como no Photoshop. A sobreposição do ser e do parecer faria uma espécie de “Estrela de Davi; duas pirâmides opostas entrecruzando-se. 

Na verdade, Estevão traz em si, no nome, digo, uma profecia: Significa: “Coroado”, que tem uma coroa. Os que falam; vivem a verdade, certamente terão um dia suas coroas.

Essa geração, em sentido amplo, cauterizou a consciência, desconhece valores, defende interesses. Às vezes pessoas decentes vociferam enfurecidas ante coisas imorais, e seu alvos os acusam de ódio; pois, sendo seres amorais, falta-lhes a noção do ridículo, motriz do brio que alimenta a indignação alheia. 

Quem consegue alocar um pelotão bastardo para aumentar seu poderio em detrimento da verdade desconhece outro bem que não seja, manutenção do poder a todo custo. 

Mas, os algozes caíram no esquecimento; Paulo que os liderava caiu do cavalo para arrependimento; Estevão morreu mas, antes, viu o Rei dos Reis em pé, assistindo sua vitória. 

Não fosse Aquele Juiz e Seu Tribunal,  a justiça seria uma palavra sem sentido. Mas, Ele, a Seu tempo, colocará as pirâmides no devido lugar.