sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

A arrogância católica


“Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como a nós;” Atos 15:8

O concílio apostólico discutindo o fato novo, de então; os gentios também participarem da Salvação.

A ideia errônea de que eles seriam o “povo santo” para os quais a salvação seria dádiva exclusiva estava sendo desfeita pelo Espírito de Deus. “Em ti, (Abraão) serão benditas todas as famílias da terra.” Gn 12;3 “Não fez diferença alguma entre eles (gentios) e nós, (judeus) purificando os seus corações pela fé.” Atos 15:9

A ideia de que a salvação seja exclusividade de determinado grupo, padece na orfandade escriturística. A exclusividade é do Salvador; “... ninguém vem ao Pai, senão por Mim”, Jo 14;6 o método de aperfeiçoamento, sempre será A Palavra de Deus. “Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme Tua Palavra.” Sal 119:9

O mesmo Salvador, condicionou a libertação espiritual, à permanência nela; “... Se vós permanecerdes na Minha Palavra, verdadeiramente sereis Meus discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” Jo 8:31,32

Qualquer grupo que se pretenda, “agência exclusiva do Reino dos Céus”, é herege; é seita. Inclusive, a maior de todas que, jacta-se: “Fora de Igreja Católica, não há salvação”.

Invés de Cristo e Sua Palavra, como Ele ensina, a salvação migraria para uma instituição, malgrado, essa afronte inúmeras coisas reveladas por Deus?

Apesar de, todas as concessões que O Vaticano faz ao islamismo, com seus ensinos de matar todos os “infiéis”, ao comunismo, inclusive permitindo que o PCC fiscalize e aprove ou não, a escolha de bispos na China, agora, o “upgrade” do momento na arte de agradar o mundo ímpio: A autorização para se abençoar uniões homoafetivas. Ainda assim, a única coisa espiritualmente sadia na terra, seriam eles?

Um cisma ameaça-os, pois, a CNBB e o Vaticano, nas mãos de comunistas disfarçados de ministros do Evangelho, (a maioria nem se disfarça mais) destoa das bases; grande número de padres e alguns bispos até, se opõem a essas inovações, na direção oposta À Palavra.

Certo padre da Amazônia, após denunciar o “Colonialismo” dos que ensinaram a fé tradicional, imediatamente foi promovido a bispo auxiliar da Diocese. Andando no mesmo espírito ecumenista do Vaticano, as portas se abrem.

Todos os credos, mesmo a pajelança, são considerados manifestações espirituais válidas, nada mais é condenável, desde que todos se unam. Mas, se fora de referida Igreja não há salvação, invés de união, cada um a sua maneira, não teriam as pessoas que abandonarem suas crenças e abraçarem ao catolicismo?

Diziam; ninguém escapa estando fora; depois, todos estão certos, desde que se unam?? Que vergonha!! Que obscenidade moral e espiritual! que gente sem valor, pautada por interesses rasos, invés de servir a Deus!

Eles têm seus templos repletos de “santos” como chamam aqueles aos quais se atribuem dois ou mais milagres após a morte; os santos bíblicos são desafiados a sê-lo em vida; “Segui a paz com todos, e a santificação, sem qual, ninguém verá O Senhor.” Heb 12;14 O que a Bíblia conceitua como santidade, não é poder de fazer sinais espirituais, senão, o diabo seria santo.

A santidade prescrita é separação de tudo o que ofende a Deus; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Invés de se separarem para O Senhor, pretendem se unir para o poder político; seriam um canal de salvação; o único?

Deus sonda corações; Ele mesmo testifica dos que lhe pertencem. “... deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo...”

Sei que estou sendo mais incisivo que o normal, mas estou cansado dessa balela exclusivista, de gente que nem entre eles consegue se entender, dados os interesses espúrios que grassam em seu meio, e pretendem ser referencial para quem leva a sério O Deus Vivo e Sua Palavra. Não têm espelhos?

Sei que somos, os “protestantes”, acusados de basear tudo na Bíblia, alheios à tradição e ao “Magistério da Igreja”, como eles dizem. Essa acusação é verdadeira.

Porém, há em nosso meio muitos falsários, mercenários, ladrões. Não defendemos o protestantismo, como ambiente dedetizado, sem carunchos. Mas, há muitos que temem ao Senhor, e O servem com integridade entre as várias denominações.

O Eterno mesmo diz que não buscará em instituições, antes, em certo valor que lhe apraz: “Meus olhos buscarão os fiéis da terra, para que se assentem comigo; o que anda num caminho reto, esse Me servirá.” Sal 101:6

Noutra parte diz o que fazem os fiéis: “O que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:33 Como ouviremos, senão, através da Sua Palavra?

Os "influencers"


“Porquanto não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para fazer o mal.” Ec 8:11

Porque não são punidos de imediato, os réprobos diante de Deus, continuam agindo da mesma forma, confiados que estão certos. Fosse um governante humano que sentenciasse à morte, sua sentença seria encerrada com, “cumpra-se!” Deus é longânime.

Ele explica Seus motivos em ser “lento”. “... Vivo Eu, diz O Senhor Deus, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis...” Ez 33:11

Daniel, chamado a interpretar um sonho do rei babilônio Nabucodonosor, mesmo perturbado ante os riscos da missão, entregou fielmente, o que entendera pelo Espírito de Deus; severo juízo.

“Serás tirado dentre os homens, tua morada será com os animais do campo; te farão comer erva como os bois e serás molhado do orvalho do céu; passar-se-ão sete tempos por cima de ti; até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e dá a quem quer. Quanto ao que foi falado, que deixassem o tronco com as raízes da árvore, teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o céu reina. Portanto, ó rei, aceita meu conselho, põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniquidades, usando de misericórdia com os pobres, pois, talvez se prolongue tua tranquilidade.” Dn 4:25-27

A tranquilidade do rei se prolongou por um ano; tempo que teve para reconsiderar e se arrepender; mas, seguia do mesmo modo. Então, enquanto estava polindo seu orgulho com o verniz da exaltação, a sentença se cumpriu.

“Na mesma hora se cumpriu a palavra sobre Nabucodonosor; foi tirado dentre os homens e comia erva como os bois...” Dn 4:33

Desse incidente alguém criou um jogo de palavras: “Deus, tanto pode tirar dentre os pastos e colocar no trono, como fez com Davi, quanto, tirar do trono e mandar pastar, como fez com Nabucodonosor.”

Repercute o suicídio do “influencer” PC Siqueira. Confesso que não o conhecia. Não conheço, por não assistir a nenhum dito “influencer”. Mas, dada a tragédia, nuances de sua vida vieram à tona.

Era alguém que blasfemava de Deus, e Seus seguidores; ao mesmo tempo que tecia elogios à oposição. Teria se referido ao Altíssimo com palavras de baixo calão, cuja simples repetição seria impensável a um servo Dele.

Sua queda foi aos poucos; primeiro a riqueza foi dilapidada; depois seu nome esteve no submundo durante séria investigação da Polícia Federal; então a namorada o deixou; finamente a saúde também. Processo lento de esvaziamento do orgulho e revelação da insignificância do inimigo; porque Deus estava dando oportunidade para que ele se arrependesse.

Não importa o que alguém tenha feito, dito; “Deus É Grandioso em perdoar;” como ensinou Isaías. Por isso, antes da sentença tenta persuadir aos que se lhe opõem, porque os deseja salvar.

Como o “socorro” espiritual escolhido fora o inimigo, na hora de extrema crise, sugerir o suicídio, foi o que o canhoto conseguiu. Lamentável. Jesus ensina: “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenhais vida...” Jo 10;10

Quando, O Eterno ameaça, com Sua Tempestade destruidora, ainda assim, o faz em amor, desejando que as pessoas reconsiderem, como aconteceu em Nínive; O Senhor enviara uma sentença de destruição; ninivitas se arrependeram e mudaram; Ele não fez.

No futebol, quando uma equipe não consegue o resultado que precisa nos 90 minutos regulamentares, mas, o árbitro dá generoso acréscimo, sete minutos; esse é o tempo que pode servir para alcançar o objetivo. A longanimidade Divina é o acréscimo que O Santo dá; pois, os apelos do Seu Amor, restringem por um pouco, as demandas da justiça.

Pedro mencionou os que zombam da volta de Cristo, pois ela não acontece “nunca”; “... Onde está a promessa da Sua vinda? porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação.” II Ped 3:4 Depois, interpretou: “O Senhor não retarda Sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas, é longânime para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham arrepender-se.” V 9

Enfim, há apenas dois “Influencers”; o resto são desdobramentos de um e outro. O Bendito Espírito Santo, tenta persuadir ao arrependimento e conversão, aos que influencia; o canhoto, arrastar pra morte, àqueles que lhe ouvem.

A demora Divina em punir aos errados de espírito não é fraqueza, é amor; porém, “O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.” Prov 29:1

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

A escolha de mestres


“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4:3 e 4

O que faria insuportável a sã doutrina? A natureza humana tende à lei do menor esforço. Por que eu pagaria um preço sisudo em renúncias, separação, consagração, se poderia obter os mesmos resultados vivendo à minha maneira? Seria meio masoquista eu pretender fazer “mais que o necessário”.

“... tendo comichão nos ouvidos...” Além das causas mais comuns, alergias, urticária, problemas de fígado, e rins, segundo especialistas, comichões também podem ter causas mentais, como ansiedade, perturbação excessiva...

Na “comichão nos ouvidos”, por ensinos “convenientes”, parece natural que as causas sejam mentais. Basta alguém soprar tenuemente, que, em determinada denominação se pode “servir a Deus” sem tanto rigor, exigências como na “Sã Doutrina”, e pronto; lá vai mais um incauto a buscar “alívio” para suas recém sentidas comichões.

Paulo ensinou que o antídoto seria a edificação; devemos ser, “... à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em redor, por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4:13,14

“... amontoarão para si doutores...”
duas coisas que não acontecem com servos idôneos; ninguém os tem “para si”; consagram-se a Deus, não aos anseios de gente que quer usar o Nome Santo, sem a cruz; e não são encontráveis aos montes, infelizmente.

Nos dias de Elias, ele pelejou só, contra 450; dentro de pequena “margem de erro” a coisa se mantém, infelizmente. Leprosos com poses e pretensões de ministros existe aos montes; “profetas” que difundem o que Deus “lhes mostrou”, sem estudarem o que Ele revelou, também; agora, gente séria afeita à probidade e fidelidade, é coisa rara.

Alguém se coça por mensageiros de facilidades, que centralizem a Obra de Deus no homem, como se esse fosse algo muito importante? Temos uma pletora de “Coachs” a embalar os berços da impiedade, para que os ímpios durmam sonhando que pertencem ao Santo, sem santificarem-se; que podem ser salvos sem cruz; nos dias de Paulo foi assim. “Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse, e repito, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo, cujo fim é a perdição; cujo Deus é o ventre, e cuja glória é para confusão deles; só pensam nas coisas terrenas.” Fp 3:18,19

Se os pruridos são pela promoção do materialismo, outro tanto de mercenários dará um passo a frente, fazendo parecer que O Altíssimo é mercador de bênçãos; que deixou na Sua Palavra, “macetes” para que amontoássemos metais; não é o ensino; “Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.” I Tim 6:7,8

Alguém deseja celebrar “gospelmente” o Natal pagão, com Noel, comes e bebes, presentes, sem Cristo? Logo surgirá uma “constelação” de mestres descolados, que depois de um contorcionismo de trinta minutos, ressalvando o espírito, o sentido, a intenção, isso ou aquilo, dirão que é válido, que tudo bem. Aquilo que precisa muitos artifícios para burlar as defesas para ser feito, por homens prudentes não deve ser.

Um amante do dinheiro quer “provar” que o dízimo foi abolido e não está valendo mais? Outra classe inteira de “mestres” assomará, usando os mesmos métodos dos “Natalinos” distorcendo cá, omitindo acolá, usando acusações verazes de gente que malversa coisas santas, como se isso fosse argumento do assunto em questão, e logo “provarão” que se pode ser “igreja” sem congregar; fruir bênçãos sem reconhecer o abençoador.

Outrem tem um parente gay e precisa “cristianizá-lo”? Emergirão do subsolo hermenêutico, muitos “teólogos liberais” e presto substituirão o preto no branco da Santa Mensagem, pelas alegres cores do Arco Íris.

Invés de ser uma mensagem para confronto e mudança de vida, arrependimento e santificação, para sermos salvos e viver de modo agradável a Deus, O Evangelho acaba castrado, para agradar ímpios paladares.

o setor de produção de conteúdo do Inferno não desliga suas máquinas; em tempo integral polui o mundo, sobretudo, nos lugares onde a sujeira deveria ser combatida. Onde se menciona a Palavra de Deus.

Não obstantes os avisos contra as sutilezas e ardis do inimigo, que, se transfigura em anjo de luz, e seus ministros em ministros de justiça, muitos sonolentos preferem a amplidão enganosa das doutrinas sob encomenda, a pagarem o preço em renúncia e submissão, entrando pela “porta estreita”, rumo à Pérola de Grande Valor.

“Não alcançamos a liberdade buscando a liberdade, mas sim a verdade. A liberdade não é um fim, mas uma consequência.” Leon Tolstoi

Os dízimos


Sob a imagem de um homem pensativo a seguinte legenda: “A pensar por que Deus, Criador de milhares de galáxias, precisa de dez por cento do seu salário.”

Parece extremamente eloquente, uma terra arrasada contra a instituição do dízimo. Os amantes do dinheiro e alienados da Palavra de Deus saem rindo satisfeitos após lerem uma “pérola” assim. No entanto, “O que começa um pleito, a princípio parece justo, porém vem seu próximo e o examina.” Prov 18:17

Pois, examinemos a frase. Que O Criador é imensamente rico, de nada tem falta, Ele mesmo afirma; “... Meu é todo animal da selva, e o gado sobre milhares de montanhas. Conheço todas as aves dos montes; Minhas são todas as feras do campo. Se tivesse fome, não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude.” Sal 50:10 a 12

Quem disse que as coisas que Deus nos ordena, o faz porque necessita? Embora O Eterno se importe com nossas escolhas, porque nos ama e não quer que, nos percamos; nossas opções, sejas justas ou ímpias, não o atingem diretamente.

“Atenta para os céus, e vê; contempla as mais altas nuvens, que são mais altas do que tu. Se pecares, que efetuarás contra Ele? Se tuas transgressões se multiplicarem, que lhe farás? Se fores justo, que lhe darás, ou que receberá Ele da tua mão? Tua impiedade faria mal a outro como tu; e tua justiça aproveitaria ao filho do homem.” Jó 35:5 a 8

Suas Leis visam implementar justiça e verdade nas relações interpessoais; Ele não precisa que sejamos justos, santos, mas deseja; do povo da Antiga Aliança, queixou-se: “... esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; esperou justiça, eis aqui clamor.” Is 5:7

A finalidade primeira do dízimo é a provisão dos meios para que Sua Obra prossiga: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na Minha casa...” 3:10 Não poderia O Senhor que é riquíssimo prover, sem a “nossa” grana. Tudo que há na terra é dele; se quis assim, com a nossa participação, deve ter Seus motivos.

Não é uma carga vã; pois, em contrapartida O Senhor se responsabiliza em abençoar os fiéis; “... fazei prova de Mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se Eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para recolherdes.” Ml 3;10

Não é um meio de salvação, mas, a oportunidade de mostrarmos nosso amor pela Obra do Senhor. Quem não quiser, nas igrejas sérias, não é obrigado. Porém a colheita de cada um será, necessariamente, conforme a semeadura.

Secundariamente, o dízimo obra a profilaxia contra o amor ao dinheiro. “... os que querem ser ricos caem em tentação, em laço, e muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e traspassaram a si mesmos com muitas dores. Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas...” I Tim 6:9 a 11

Se o dinheiro for apenas algo paralelo, cuja administração não interfere no bom relacionamento com o Criador, sem problemas. Quando de torna um rival, precisamos fazer uma escolha; “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.” Mat 6:24

Os que esculacham dos que dão dez por cento de seus ganhos na Obra de Deus, jamais levantam a voz contra os desperdícios de bebedeiras, drogas e prostituições, que vislumbram ao redor. Não se trata de zelo econômico, pois; antes, de tentar justificar a incredulidade; envernizar como probas, às escolhas mesquinhas.

É certo que há muitos “marajás da fé”, mercenários mercadores de bênçãos, coisas abomináveis ante O Eterno, que deitam e rolam usando O Nome do Senhor. Ele os julgará. Muitos, ainda nessa vida. Todavia, o homem honesto não usa o fato de O Presidente ser um ladrão, para sonegar impostos. Quem toma como parâmetros comportamentais, aos maus, justifica-os.

Esse lavar-se com lama, não apenas não limpa, como ainda tolhe a autoridade moral, para denunciar aos que agem assim.

Os que servem ao Senhor com integridade, estão “armados até os dentes”, para devido enfrentamento aos jaguares do inimigo, que rosnam na arena dos argumentos falaciosos.

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus para destruição das fortalezas; destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo;” II Cor 10:4,5

A Casa de Deus


“... Este povo diz: Não veio ainda o tempo, em que a casa do Senhor deve ser edificada.” Ageu 1:2

Para a casa de cada um deles era tempo, como o mesmo profeta denunciou: “Porventura é para vós tempo de habitardes nas vossas casas forradas, enquanto esta casa fica deserta?” v 4

O desleixo, o deixar para lá as coisas espirituais estava tendo consequências; “Esperastes muito, mas veio a ser pouco; esse pouco, quando o trouxestes para casa, eu dissipei com um sopro. Por que causa? disse o Senhor dos Exércitos. Por causa da Minha casa, que está deserta, enquanto cada um de vós corre à sua própria casa.” V 9

Voltaram de um cativeiro de 70 anos, sob os Babilônios, depois, os persas; vieram com intento de edificarem o Templo do Senhor, como um sinal de reconciliação com Ele; após terem posto as fundações, dadas algumas adversidades, abandonaram a obra, e cada um se ocupou das próprias coisas deixando pra lá, as do Senhor.

O Eterno exortou a terminarem o que haviam começado, para ser abençoados. “Subi ao monte, trazei madeira, edificai a casa; dela me agradarei, serei glorificado, diz O Senhor.” V 8 “O Senhor suscitou o espírito de Zorobabel, filho de Sealtiel, governador de Judá, o espírito de Josué, filho de Jozadaque, sumo sacerdote, e o espírito de todo o restante do povo; eles vieram e fizeram a obra na casa do Senhor dos Exércitos, seu Deus;” v 14

Após o Advento do Salvador, os “templos” são outros, uma vez que, a adoração requerida não se vincula a um ponto geográfico, antes, a um modo, uma essência; “Deus é Espírito, importa que os que O adoram, adorem em espírito e em verdade.” Jo 4:24

O preenchimento desses dois requisitos, espírito e verdade, é a forma esperada pelo Santo, como correspondência ao Seu Amor; “... Se alguém Me ama, guardará Minha Palavra, e meu Pai o amará; viremos para ele e faremos nele morada.” Jo 14:23

A edificação dos novos templos, pois, invés de colocar estrategicamente, pedra sobre pedra, observando esquadro, prumo e nível, é um aprendizado prático da Santa Palavra que nos edifica.

Paulo alistou os dons na área do ensino, e o objetivo pelo qual eles foram dados; “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, evangelistas, pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação...” Ef 4:11,12

Quando, deixamos as coisas de nossos interesses pessoais tomarem a dianteira, relegamos ao descaso as espirituais; o lazer ou a aquisição de bens sobrepuja a nossa vida com Deus; ou, no afã pelas nossas coisas, as desconsideramos até, incorremos no mesmo erro dos coevos de Ageu. Cada um se apressava à sua casa, ao seu conforto, deixando deserta, abandonada, a Casa do Senhor.

Pedro, que o catolicismo convenientemente confunde com a Pedra Angular da Igreja, ele mesmo disse que é Cristo; (Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta por cabeça de esquina. Atos 4:11) coloca cada um de nós como uma partícula que deve ser edificada para fazer boa figura no todo; “Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual, sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.” I Ped 2:5

Quando deixamos as coisas de Deus em segundo plano, para fazermos se nos “sobrar tempo”, descumprimos o primeiro e mais importante dos mandamentos; “Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma e de todo teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento.” Mat 22:37,38

Se, meu coração, alma e pensamento estão no Senhor, como eu poderia deixar as coisas Dele em segundo plano?

Nos dias de Ageu, a contrariedade do Eterno se manifestava na diminuição das posses, da colheita e dos animais, visto o egoísmo de então.

Agora, no ministério do espírito, as coisas são diferentes. A pessoa até pode ser “próspera” materialmente, e ser uma indigente espiritual, morta até; “... Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer um não consiste na abundância do que possui.” Luc 12:15

Quando O Salvador prometeu “vida com abundância” aos Seus, pois, falou da fartura de vida; eterna. Não, de vida com facilidades, antes, advertiu: “No mundo tereis aflições...”

No prisma das posses Paulo ensinou: “... estou instruído, tanto, ter fartura, quanto, ter fome; tanto, ter abundância, quanto, padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” Fp 4:12,13

O risco de não edificarmos à “Casa de Deus” enquanto podemos, é que passe a vez; só percebamos quando for tarde demais; “Passou a sega, findou o verão e nós não estamos salvos.” Jr 8:20

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Divina aversão

 

"Mas vossas iniquidades fazem separação entre vós e vosso Deus; vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós, para que não vos ouça.” Is 59:2

Depois de afirmar que a Mão do Senhor não está encolhida, nem o Ouvido Divino está doente, o profeta expôs o motivo pelo qual O Eterno não os ouvia.

“... vossos pecados encobrem Seu Rosto de vós...” Isso remete-nos a Habacuque: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal...” Hc 1:13

Sendo necessário expor o motivo pelo qual O Senhor não os ouvia, inevitável a conclusão que eles oravam.

Não que um pecador não possa orar a Ele; se assim fosse, ninguém poderia. Porém, quem pretende ter intimidade com O Senhor vivendo de qualquer maneira, acrescenta aos seus muitos pecados, a profanação do Nome Santo. Nos dias de Malaquias, levavam animais defeituosos para o sacrifício.

Se, O Eterno validasse abençoando, aos de comportamento maus, que mensagem anexaria à Sua bênção? Os que ofereciam um culto preguiçoso, trazendo animais imperfeitos, foram assim denunciados: “Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, seu produto, isto é, sua comida é desprezível.” Ml 1:12 Certas coisas, não é necessário dizer; nossas atitudes mostram.

Embora O Senhor ouça e socorra pecadores arrependidos, aos rebeldes rechaça, como bem sabia o cego de nascença que Jesus curou. “Ora, nós sabemos que Deus não ouve a pecadores; mas, se alguém é temente a Deus, e faz Sua vontade, a esse ouve.” Jo 9:31

O mesmo Isaías denunciara a oposição do Senhor aos rebeldes. “Mas eles foram rebeldes, contristaram Seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, Ele mesmo pelejou contra eles.” Is 63:10

“Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que Me der ouvidos habitará em segurança, estará livre do temor do mal.” Prov 1:32,33

Antes do nosso culto, o Senhor olha para nosso viver, em todos os lugares que andamos. No caso daqueles, dos dias de Malaquias, as pessoas, causavam aversão ao Santo, além dos sacrifícios defeituosos que ofereciam. “Quem há também entre vós que feche as portas por nada, não acenda debalde o fogo do Meu altar? Não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão.” Ml 1:10

É uma temeridade insana oramos ao Senhor para que Ele resolva nossos problemas, sem termos noção que nosso relacionamento com Ele carece de um concerto, antes. Deus sonda os corações e conhece nossas intenções; mesmo estando certas as palavras de nossos rogos, nos desprezará, se o espírito, as intenções estiverem erradas. 

Antes de mudar as circunstâncias do homem pecador, O Eterno quer, lhe mudar o caráter; regenerar. “Todavia o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere O Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2:19

Invés da urgente e necessária reconciliação mediante Cristo, os que sonegam a mensagem do Evangelho genuíno, colocam no lugar um “utilitarismo religioso”, onde a impiedade que aliena ao homem do Santo não é tratada; a temeridade que leva o pecador a presumir que O Eterno o servirá, apenas porque ele deseja muito e se dispõe a pagar por isso, é acoroçoada.

“Se Eu tivesse fome, não te diria, pois Meu é o mundo e sua plenitude. Comerei Eu carne de touros? ou beberei sangue de bodes? Oferece a Deus sacrifício de louvor, paga ao Altíssimo os teus votos.” Sal 50:12-14

Como ofereceria sacrifícios de louvores, quem ainda não provou a bendita libertação em Cristo, pela qual, todos os louvores são devidos ao Eterno? Quem ainda não usufrui a salvação, como poderia ser grato por ela?

Se ainda são as “coisas velhas”, os bens terrenos que movem aos tais religiosos, são apenas isso, religiosos; não estão em Cristo. “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5:17

O Senhor não envelheceu, tampouco, deixou de ser Santo; essa balela modernista de que os tempos são outros, apenas são vernizes suicidas disfarçando que os homens são outros, bem piores, embora, O Altíssimo seja O Mesmo. No Salvador também não há mudança, nem sombra de variação. “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente".

Se, os religiosos ímpios dos dias de Isaías, foram rejeitados pelo Senhor, não será diferente com os de hoje, mais culpados que aqueles, por terem muito mais vasto conhecimento do Criador.

Embora se coloque muita ênfase na fé, como se, ela bastasse; a fé que não crer nas prescrições e advertência para um viver agradável ao Santo, também não perca tempo reivindicando promessas.

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Fogo roubado


“Quem come do fruto do conhecimento, sempre é expulso de algum paraíso.” Melanie Klein

Não há dúvida que, quem deixa os círculos da mediocridade buscando o conhecimento acaba sendo excluído quase que, automaticamente, de ambientes rasos; porque esses, são refratários a quaisquer feixes, de luz. Dizem que nos tornamos metidos, presunçosos, arrogantes. Não; apenas inadequados ao antigo meio.

Porque há “paraísos” onde a ignorância é a maior ventura. Onde se sabe pouco e ainda têm raiva de quem sabe, como dizem. A “moral” de que, o que os olhos não veem, o coração não sente; ou, o outro lado da moeda no dito de Salomão: “Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.” Ecl 1:18 essas visões acusam os “males” do conhecimento. 

Assim, o fruto do conhecimento digerido, expulsaria seus comensais do “Éden” indolor da ignorância, rumo à dolorosa sina de ver melhor.

No entanto, nas entrelinhas da ideia inicial, está o mito de “Prometeu”, de uma criação paralela, vestindo à queda humana com roupas bonitas, onde foi dado ao inimigo, que seduziu o primeiro casal rumo à desobediência, aquele nome mitológico.

“O fogo que Prometeu roubou aos deuses e pelo qual foi condenado, representa o conhecimento humano. Mas também, e talvez mais importante, a liberdade. Até aí os homens faziam tudo sem razão, porque os deuses, ao contrário do que tinham feito com os restantes animais, nada lhes deram.” O enredo genérico do mito.

Algumas coisas padecem falta de sentido nessa ideia. Primeiro, que sejam deuses, e não O Deus Vivo, O Criador, o Único. Essa história de Olimpo, deuses e Titãs, carece verossimilhança. 

Segundo; se, os humanos fossem criados inferiores aos animais, sem a ajuda de Prometeu, jamais poderiam ser postos como gestores da criação, como foram os do primeiro casal. Natural que os mitos e a Bíblia desafinem.

Terceiro, se os humanos tivessem sido criados privados de liberdade, não teriam condições de pecar. A única forma de obediência, requer que a mesma seja livre; existindo possibilidade de desobediência. Para o homem ter condições de optar, era preciso que houvesse opções. Isso explica a existência da árvore proibida, como signo da liberdade de escolha facultada; não, como um veto ao conhecimento, como as análises mais grosseiras fazem parecer.

Certo que a serpente afirmou que, desobedecendo, os humanos seriam “como Deus, conhecendo o bem e o mal.” Os “intérpretes” mais bisonhos vêm nisso o “conhecimento” como fato novo.

Adão conhecia a Deus e com Ele falava; dera nome a todas as criaturas que há; recebera o governo, o domínio sobre toda a criação, com uma exceção apenas, para lembrar que era um domínio delegado, não, absoluto. Logo, possuía excelso conhecimento.

A proposta do inimigo trazia a independência, autonomia em relação ao Criador; de lambuja, o conhecimento do mal; o bem já era conhecido. Os “acréscimos” após o pecado, além da morte espiritual e mais tarde, física, foi a presença do medo, e sentimento de culpa na consciência, que levou Adão a se esconder. O mal começou a ser conhecido, então.

Portanto, essa ideia que o homem foi criado quase autômato, acéfalo, e deve a “Prometeu” o “favor” de ter tido acesso ao conhecimento é grotesca falácia, de gente que não aprendeu, mas se apressou a ensinar.

Outra besteira difundida pelo catolicismo é que o “pecado original” seria o sexo. No casamento é abençoado. O pecado original foi desobediência; um de cada vez; primeiro Eva; num segundo momento, Adão. Se fosse o sexo, teriam pecado ambos, de uma vez.

Se, Deus vetasse o conhecimento, como uma coisa má, e sua aquisição indevida, como colocaria sentenças assim: “O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também te rejeitarei...” Os 4:6 Ou, “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.” Ml 2:7 ainda; “A vida eterna é esta: que conheçam a Ti só, por Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” Jo 17:3 “Porque Eu quero a misericórdia, não sacrifício; e conhecimento de Deus, mais que holocaustos.” Os 6;6 (?) etc.

Há um “paraíso” onde, bruxuleiam emanações de fogos fátuos, dos cadáveres do siso, da lógica e entendimento; sofismas, falso saber, desfilam airosos, defendendo a insipiência engajada como sendo luz; como se bastasse ter algo a dizer, não importando o quê, para que o falaz posasse de conhecedor.

Tanta gente por aí, estragando o silêncio com mau uso das cordas vocais... Oportuno lembrar certo provérbio hindu: “Quando falares - diz - cuida para que tuas palavras sejam melhores que teu silêncio.”