sábado, 9 de setembro de 2023

Os escolhidos


“Mas, como fomos aprovados de Deus para que o Evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar homens, mas Deus, que prova nossos corações.” I Tess 2;4

Embora, a pregação seja uma busca estritamente por homens, “Pregai o Evangelho a toda criatura”, as credenciais e o fim, não vertem de perspectivas humanas. “Fomos aprovados por Deus, para agradar a Deus.”

Interessante que, quando Paulo fora “escolhido” não fazia nada de recomendável; antes, perseguia à Igreja.

Ao comissionar, O Senhor, a Ananias para orar por ele, aquele temeu. “Senhor, de muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam Teu Nome. Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar Meu Nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel.” Atos 9;13 a 15

Mais tarde, escrevendo sobre seus compatriotas fez menção do “zelo sem entendimento”, provavelmente lembrando de sua fúria cega, perseguidora. “Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” Rom 10;2

Então, a sua privação de entendimento sobre Jesus, fez necessária uma “reciclagem das ideias” por certo tempo. Para isso se manteve distante dos que o lideravam no judaísmo. “Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias.” Gal 1;18

O resumo é que, por poder ver os corações, O Eterno escolhe coisas que os homens vetariam cabalmente. Esse veto seria pleno de “razão”. A escolha de Paulo irritara aos judaístas e assustara aos cristãos, como vimos nas objeções de Ananias.

Escrevendo aos Coríntios o apóstolo pontuou: “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar as que são.” I Cor 1;27 e 28

Noutra parte especulou os motivos; “... Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, por isso alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus Cristo mostrasse toda Sua longanimidade, para exemplo dos que haviam de crer Nele para vida eterna.” I Tim 1;15 e 16

Sendo a escolha, Divina, o objetivo, agradar a Deus, onde aparecerão, os que negociam porções “polêmicas” da Palavra a fim de fazer “boa figura” ante o mundo?

Deus pode forjar o improvável para o ministério; porém, o objetivo não sofre variáveis; os escolhidos devem pregar fielmente à Palavra, a despeito das comichões e preferências mundanas que invadem igrejas. “Mas tu, sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre teu ministério.” II Tim 4;5

Há mestres para todos os gostos. Os alternativos deixam patente, pela mensagem que pregam, que não foram comissionados por Deus; se o foram, abandonaram à santa convocação. Pedro trouxe dura sentença contra os tais; “Porque melhor lhes fora não conhecer o caminho da justiça, que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado; deste modo sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao próprio vômito, a porca lavada, ao espojadouro de lama.” II Ped 2;21 e 22

Não raro, vemos multidões de delinquentes espirituais gritando palavras de ordem em apoio a certos “perseguidos;” os que são aclamados por multidões deixam claro a fonte de seu “chamado”; “Do mundo são, por isso falam do mundo, e o mundo os ouve.” I Jo 4;5
Os que O Senhor escolhe, primeiro, devem ser zelosos pela verdade, não por aplausos; pois, “Não são do mundo, como Eu do mundo não sou.” Jo 17;16

Igreja não é lugar de entretenimento, tampouco, a genuína mensagem enseja aplausos de pecadores, antes, contrição, vergonha, arrependimento.

Paulo foi perseguido do início ao fim; e o fim foi abreviado pelos perseguidores; na iminência do martírio pode dizer: “Porque já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.” II Tim 4;6 e 7

O bom combate o fez lutar pela verdade até o fim; a entrega incondicional, capacitou-o a aceitar o que veio, sem duvidar da Bondade Divina.

Pregou um alvo para além dessa vida, e defendeu-o até o fim, quando a vida lhe seria tirada. “Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, Justo Juiz, me dará naquele dia; não somente a mim, mas a todos que amarem Sua vinda.” II Tim 4;8

Os que se derretem por aplausos não suportariam vaias; muito menos, morrer por Cristo. Deus não escolhe covardes.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Os eunucos


“A mente não é um vaso para ser cheio; antes, é um fogo a ser aceso.” Plutarco

Nada contra as frases feitas, tanto que, lanço mão de uma, como ponto de partida nessa reflexão. O que o dito de Plutarco tem de belo, aliás, é que ele aponta pra necessidade de cada um fazer fogo com sua lenha, invés de, apenas aquecer-se no fogo estranho.

Eventualmente, o talento alheio cai como um “nicho” sob medida ao nosso “santo”; nesse caso, por que cavar outro? Todavia, a preguiça mental manda seus pacientes às prateleiras do decoreba, quando a demanda da alma seria uma aventura por entre as brumas da reflexão.

Uma vez, um sujeito me lançou em rosto o poema, “O Analfabeto Político” de Bertoldt Brecht, por eu discordar de sua visão esquerdista de mundo. Para ele, ou, o sujeito era de esquerda, ou era analfa; devo tê-lo mandado pastar, não lembro os termos da discussão.

O lugar comum não tem nada de especial, estritamente por isso: É comum. Você pode mais; você é indivíduo, é ímpar. O que lança mão só de pensares alheios, como quem escolhe pratos acondicionados em pilhas, abdica do potencial da própria mente. Esses eunucos intelectuais, podem servir no palácio do comodismo, atrofiando e esterilizando seus neurônios; no fim, esses, ocuparão espaço em vão em seus crânios baldios.

Às vezes a incongruência ante os desabituados a pensar, ganha vitrines tais, que Sophia muda-se para a favela. Há alguns anos, em Porto Alegre, deparei com um outdoor que versava o seguinte: “Chester, a mais nova tradição do Natal”. Tradição nova?? Meus dois neurônios deram um nó. As palavras desfilavam com anemia de significado; ninguém parecia se importar com a doença. O importante era a figura peituda e apetitosa, do novo velho, que o anúncio ostentava.

Nas redes sociais às vezes deparo com uma “diatribe” às críticas que dá o que pensar: “Ninguém atira pedras em árvores sem frutos.” Defendem-se os criticados. Mas, criticar não é analisar com critério, com conhecimento de causa? A palavra não vem do grego “Krinei”, separar, julgar, discernir? Não dizemos, quando determinado espetáculo recebeu aprovação dos que entendem do assunto, que ele foi um “sucesso de crítica?” Sendo a crítica uma análise com conhecimento de causa, seria uma “pedrada?”

Para a atual geração mimimi, qualquer reparo, por mínimo que seja, soa a um estranho no ninho; só sabem das coisas os que mandam coraçõezinhos. Claro que tem ataques gratuitos em muitas coisas; mas, esses derivam de despeito, inveja e não devem ser aquilatados como críticas.

Outro dia postei um comentário contrariando, via argumentos, à teoria da evolução. Um sujeito que não gostou do que escrevi, copiou de meu perfil: “Profissão, Mestre-de-Obras" e colocou abaixo de meu comentário, sem nenhuma coisa que rebatesse meu dito. Na falta de material para isso, me atacou, como se, minha profissão fosse um desabono e me desautorizasse a pensar sobre coisas tão “altas”. Deus É Um Mestre-de-Obras, qual o problema? E se eu varresse ruas? Não poderia pensar por mim mesmo?

Quando alguém desce a esse nível, despreza o “quê” e parte para cima do “quem”, já deixa exposta sua obscenidade intelectual, a incapacidade de incursionar nas veredas do saber. Cada vez que fala, suja às límpidas vitrines que o silêncio lhe tinha proposto. Sua paixão ignorante é um fogo que produz calor privado de luz. Como diria o vulgo: “Perdeu uma chance de ficar calado.”

Voltando aos evolucionistas, além de explicar onde e quando se deu o “salto” do instintivo ao racional, deveriam entender e explicar também, por que, depois que “evoluímos” ao âmbito do apreço filosófico e estético, dos altos juristas, políticos, descemos ao culto da feiura e da ignorância outra vez. Teria a evolução parado, e precisaria de um “tranco” para pegar de novo?

Afinal, depois de grandes músicos em todos os gêneros, e pensadores, atualmente se cultiva Anitta, Pablo Vittar, Ludmilla, Manoel Gomes, vulgo Caneta Azul; Felipe Neto, Márcia Tiburi, Marilena Chauí, são os “pensadores” atuais; Vitória Souza, a pregadora, Lula o Tribuno (depois da Mulher Sapiens) e Alexandre de Morais, o Jurista... a evolução cresce como rabo de cavalo? Sei lá; não passo de um construtor.

Enfim, a decadência chegou a masmorras tais, que as piadas se não tiverem um componente sexual, dificilmente serão entendidas; e um texto, uma postagem qualquer, usando a ironia como método precisa de um “desenho”: “Atenção, contém ironia!”

Pois, somos uma geração apressada, avessa a processos que extrapolem aos cinco minutos; quem mal consegue engolir as bagas da uva sem mastigar direito, acaba tolhendo a si mesmo, da possibilidade de fruir o bom vinho.

Felizes os que, como Jacó, conseguem ir “no passo do gado!”

Mercadores


“Porquanto andam enganando Meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; quando um edifica uma parede, outros a cobrem com argamassa não temperada;” Ez 13;10

Notemos que os erros dos falsos profetas são sempre “a favor” das pessoas. Fazem as coisas parecerem melhores que são. Prometem paz, não havendo paz. Não exageram na advertência, mas na brandura, no suposto favor Divino para quem não obedece a Deus.

Podemos identificá-los, mesmo sem dom de discernimento espiritual: Sua mensagem é gostosa, agradável? É falso. Quem traz deleite à carne ímpia, é ímpio também. “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Quando um profeta fala pelo Espírito, traz contrição, vergonha pelos erros denunciados, tristeza para arrependimento, desafio à mudança. De alguns, O Eterno falou: “Não mandei esses profetas, e eles foram correndo; não lhes falei, contudo, profetizaram. Mas, se estivessem no Meu conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;21 e 22 A profecia verdadeira corrige a maldade, não encoraja aos maus.

Aceitação é ampla, massiva? É falso. Olhe nas redes sociais dos tais; se suas mensagens forem ricas em compartilhamentos comentários, “curtidas”, são do mundo e para ele, laboram; “... Deus conhece vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” Luc 16;15 Conheço alguns que, pipocam repercussão; são diuturnamente partilhados por gente de vida torta que, sequer vai a um culto; mas, descansa feliz nas promessas dadas, do que “Deus vai fazer por elas”, ou, contra os inimigos delas.

Por fim, a regra áurea; qualquer mensagem, seja profética, mediúnica, credos alternativos, sonhos, etc. Se contradiz À Palavra, acrescenta ou diminui ao que está escrito, devidamente interpretado, também é falsa.

Além de veracidade aos tais falta também originalidade; normalmente, pegam carona na falsidade alheia, reiterando aos erros dos outros; “uns edificam com argamassa não temperada, outros, rebocam”.

Outro traço bastante comum é a preocupação com o status, o “eu” antes da Vontade Divina; “Eu como profeta do senhor...” “eu vejo...” os verdadeiros podem falar assim; é mais usual, os falsos. Não é a reputação, mas a integridade que conta perante O Eterno. 

Balaão era falso e falou coisas verdadeiras; Jonas era autêntico e profetizou algo que, O Senhor não cumpriu contra Nínive, dado o arrependimento dela. Mais que a profecia, o motivo, o espírito que o anima, define o cacife do profeta.

Em Filipos, Paulo e Silas depararam com uma jovem que “acertava” tudo; “... a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.” Atos 16;16 Paulo discerniu o espírito que a animava e expulsou ao tal; eles acabaram presos por isso. Oportunamente, Deus os livrou. Não apenas a carne pode brincar de profetinha; também o canhoto. Então, mais que o acerto do “chute” é preciso identificação com O Senhor.

Ademais, há mais de trinta mil versos na Palavra de Deus para ensinar; a maioria das pessoas os desconhecem. Quanto trabalho diante dos mestres, pois! O simples interpretar o curso da vida à luz do que está escrito é já profecia, e de fina qualidade.

Todavia, “virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” II Tim 4;3 e 4

Tende o homem a temer o que desconhece, a acatar naturalmente o que lhe é ordinário. Por absoluta ignorância acerca de Deus, a maioria tem ojeriza à Sua Palavra como ela é. Assusta quem não tem comunhão com O Santo; esses, como Adão, vão à moita.

Por isso a absoluta necessidade do conhecimento de Deus; “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento...” Os 4;6 Urge quebrar pela autoridade da Palavra e do Espírito Santo, esse círculo vicioso que preserva na morte; a falta de conhecimento gera medo; e o medo afasta de onde se poderia receber o necessário.

Por isso, um profeta idôneo, mais do que prazer, deve gerar tristeza quando fala; “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende...” II Cor 7;10

Os “profetas” que, invés de olhar para A Palavra de Deus como fonte, e para dentro de si, buscando entender o mover do Espírito quando falam, olham mais para as telas onde passam corações, partilhas, curtidas, deveriam olhar no espelho; quiçá, assustados com os patifes que veriam, mudassem em direção à verdade.

Mercadores duplamente falidos; não têm as próprias almas, porque mortas, e comerciam com as alheias. “Por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas...” II Ped 2;3

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

O "Cristo Protetor" falhou?


“Senhor, Tua Mão está exaltada; nem por isso a veem...” Is 26;11

Outrora, quando a “ciência” não conhecia “El ninho, La Ninha, pressão atmosférica, efeito estufa, aquecimento global”, as variações climáticas, pestes, eram atribuídas a outras causas.

Deus reivindicava ser O Autor dos eventos; “Se Eu fechar os céus e não houver chuva; ordenar aos gafanhotos que consumam a terra; ou enviar peste entre Meu povo; se o Meu povo, que se chama pelo Meu Nome, se humilhar, orar, buscar Minha face e se converter dos seus maus caminhos, então ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados, e sararei sua terra.” II Cron 7;13 e 14

Outra vez: “... mandei vir a seca sobre a terra, sobre os montes, o trigo, o mosto, o azeite e o que a terra produz; como também sobre os homens, o gado e todo o trabalho das mãos.” Ag 1;11 “Feri-vos com queimadura, com ferrugem, saraiva, em toda obra das vossas mãos, e não houve entre vós quem voltasse para Mim, diz O Senhor.” Ag 2;17

Estio, peste, saraiva... objetivo: Chamado ao arrependimento.

Será que agora, que a ciência sabe as causas devemos ainda acreditar naquelas “percepções mitológicas”.

Acontece que, a ciência não sabe de nada, quanto às causas. Conhecer o processo mediante o qual, determinado fenômeno é trazido, é apenas isso; conhecimento do processo. As causas não estão ao alcance da ciência; a revelação é que as traz: “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as Leis, mudado os Estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Mas, nosso Estado “honrou” a Jesus com uma imagem gigantesca em Encantado, O “Cristo Protetor;” Não seria irônico que, justo aquela região foi a mais atingida?

Uma das coisas que a “Aliança Eterna” veta é a confecção de imagens de qualquer tipo. “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás a elas nem as servirás...” Ex 20;4 e 5 Não venham alguns padrecos sofistas com o “argumento” que Deus andou fazer dois querubins, uma serpente, e blá, blá, blá. Quando Deus manda, qualquer coisa podemos; por nossa conta, não!

Quer dizer que essas catástrofes podem ser manifestações da Ira Divina, chamando-nos ao arrependimento? Mas, tendo morrido dezenas de pessoas, crianças até, não teria sido um juízo injusto?

Há diferença entre um juízo genérico, contra um povo, uma nação, e o juízo estrito de cada um. Daniel e seus amigos, por exemplo, estavam cativos em Babilônia, partícipes do juízo geral contra Israel; porém, suas atitudes, e as de Deus para com eles mostraram comunhão, afinidade.

Quando um julgamento assim acontece, podem morrer inocentes, ou, culpados ficarem ilesos; “... há justos a quem sucede segundo as obras dos ímpios, e ímpios a quem sucede segundo as obras dos justos...” Ecl 8;14

Todavia, no aspecto do juízo final, essas discrepâncias não terão lugar; “O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto quanto outro, são abomináveis ao Senhor.” Prov 17;15

Sabemos que imagens como aquela de Encantado não trazem honra nenhuma, tampouco, prazer ao Senhor; apenas, a alguns homens. “... estes escolhem seus próprios caminhos; sua alma se deleita nas suas abominações. Também Eu escolherei suas calamidades, farei vir sobre eles seus temores; porquanto clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas fizeram o que era mau aos Meus olhos; escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer.” Is 66;3 e 4

Ora, Deus quer ser conhecido pela Sua Palavra e Suas obras, não pelas nossas; “Porque Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto Seu Eterno Poder, quanto, Sua Divindade, se entende, e claramente se vê pelas coisas que estão criadas...” Rom 1;20

Fomentar ao turismo e à ganância econômica, camuflando isso com vestes religiosas, é um pecado que acrescenta a si, a profanação do Nome Santo.

Não se conclua com isso que aquilo é a causa única; na verdade, a “cereja na torta” de um sistema que produz homens tortos, em série, pela impiedade reinante.

Mesmo ante tamanhas tragédias como essa, a maioria olha para políticos, defesa civil... poucos têm coragem de olhar para si mesmos, à luz da Palavra de Deus.

O Cristo Protetor É Vivo e Fiel; está ao alcance dos que tomam suas cruzes e obedecem à Sua Palavra. Aos demais, que preferem a sombra da mentira à luz da verdade, sentencia: “... regrarei o juízo pela linha, a justiça pelo prumo; a saraiva varrerá o refúgio da mentira, e as águas cobrirão o esconderijo.” Is 28;17

Fontes corruptas


“Temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” II Ped 1;19

A luz do dia, como tipo do discernimento espiritual, da maturidade, é recorrente; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18 O processo de santificação.

“Convém que Eu faça as obras Daquele que Me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” Jo 9;4 Aqui, tipificando o tempo oportuno.

“Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” Ef 5;18 “A noite é passada, o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas, e vistamo-nos das armas da luz.” Rom 13;12 etc.

A exortação a um testemunho de vida, como dissera O Senhor: “Assim resplandeça vossa luz diante dos homens, para que vejam vossas boas obras e glorifiquem ao vosso Pai, que está nos Céus.” Mar 5;16

O fato dessa luz ser interior, “... até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações.” sofre o concurso da vontade enferma, que, nem sempre se deixa moldar pelo que “vê”; “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19 Estabeleceram uma prioridade; “amaram mais às trevas”. Quem não prioriza ao Senhor e Sua Luz, não é digno Dele.

Paulo chamou de “olhos do entendimento;” “Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento...” Ef 1;18

Por isso, o primeiro “inimigo” a ser derrotado está dentro de cada um que ouve a boa nova; o ego. “Negue a si mesmo, tome sua cruz...” Pois esse, sendo refém da carne tenderá sempre à rebelião, invés da submissão; “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem pode ser.” Rom 8;7

Como se inclina contra a Lei da vida, precisa morrer; “tome sua cruz...” “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?” Rom 6;3; figura para a mortificação, a castração dos desejos insanos, que sempre lutarão contra a submissão ao espírito, nas vidas dos que se convertem, nascem de novo.

“Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, pra viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou por mim.” Gál 2;19 e 20

Embora muitos “profetas” falem ainda em “avivamento” nesses últimos dias, honestamente, isso não combina com a luz que irradia da Palavra. “... Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” Luc 18;8 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos... Tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia.” II Tim 3;1, 2 e 5

Se, terão uma aparência piedosa, certamente estarão nos ambientes religiosos; mas, ajuntamento, barulho sem compromisso com a eficácia da fé transformadora, é apenas movimento espetaculoso de coisas mortas; não, avivamento.

O ecumenismo trabalha para fazer a maior “Igreja” de todos os tempos. Se, mero volume for considerado. Todavia, a Igreja de Cristo é rebanho; de ovelhas. Não uma nova Arca de Noé, com exemplares de todas as espécies.

Se há falsos, infiltrados, e há muitos, infelizmente, segue sendo uma infiltração do mal; não, a essência da igreja, que é segundo A Palavra da Vida, a despeito dos acordos políticos desse mundo que jaz no Maligno.

Os incautos que devaneiam com um fulgor de santidade, e salvação, na reta final, devem considerar, (voltando à figura inicial) que a chegada do Noivo foi anunciada à meia noite. “À meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.” Mat 25;6 Não soa estranho um casamento a essa hora? No prisma natural, sim. Porém, em tratando da igreja com O Senhor, sendo a noite, um tipo da apostasia que grassa, a figura encaixa sem problemas.

Quem considera as enxurradas de água suja, ativismos desatentos tipo as “Marchas pra Jesus” um sinal de pujança espiritual, ainda não conhece à Água da Vida.

Os gregos chamavam às multidões de “bestas acéfalas”; monstros sem cabeças. Estavam certos. Se, nossa luz é nosso entendimento das coisas, como poderíamos ser assim obtusos? Que adianta dizermos: “Lâmpada pera meus pés é Tua Palavra.” se nossas decisões derivam do “politicamente correto” mundano, não, dela? “... todas as minhas fontes estão em ti.” Sal 87;7

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

O bicho-homem


“Falou O Senhor ao peixe, e este vomitou a Jonas na terra seca.” Jn 2;10

O cinema criou o dr. Dolittle que falava com os animais. Uma fantasia estrelada por Eddie Murphy; distante da realidade. Todavia, O Senhor dos Exércitos, deu ordens a exércitos de gafanhotos, rãs, piolhos, codornizes... A Bíblia relata eventos assim, onde a Vontade Dele, manobrou coletivamente Suas criaturas.

Então, “falar” Ele, com o peixe que engolira a Jonas, não tem nada de extraordinário; Seu normal É Ser Deus, O Criador.

Fez mais que mandar regurgitar ao infeliz profeta; ordenou que o peixe fizesse isso, em terra seca. Ironicamente, os bichos se avantajam a nós na obediência, nem que para essa, no caso, fosse necessário sentir-se um peixe fora d’água. “O boi conhece seu possuidor; o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, meu povo não entende.” Is 1;3

Os céticos que zombam da literalidade dos textos históricos da Bíblia, colocam narrativas assim, bem como, os seis dias da criação, como coisas mal-entendidas; mitos que não devem ser levados ao pé da letra.

Precisariam ler a mitologia grega, por exemplo, para ver a multiplicidade de deuses, cheios de vícios, disputas, bem ao estilo das paixões humanas, para perceber a diferença entre lorotas de humana feitura, e a Divina Revelação. Se a narrativa Bíblica tem coisas que saem “fora da curva” no sentido “lógico”, não traz nada que avilte ao Eterno, nos quesitos, caráter, integridade, santidade.

Assim, é coerente, lendo Sua Revelação, que acusemos ao Senhor, de Ser mesmo, O Deus Vivo, O Único, O Santo.

Um deus de fabricação terrena não mandaria um servo seu pregar aos inimigos, para que esses não fossem destruídos, como foi a missão dada a Jonas. Precisaria um amor, que, o casuísmo egoísta dos homens desconhece. Então, não apenas o evento do “Vômito profético” deve soar “impossível.” Aquele que é inefável em Poder, também É, em amor.

Shakespeare “lavou as mãos” sobre a possibilidade de se conhecer tudo o que há, mediante as pobres reflexões humanas. “Há muito mais entre o céu e a terra, do que pode supor nossa vã filosofia.” disse.

Kant também viu coisas assustadoras; “O céu estrelado sobre mim, e a lei moral dentro de mim.” versou. Dos céus A Palavra ensina: “Os céus declaram a Glória de Deus, o firmamento anuncia a obra das Suas Mãos. Um dia faz declaração a outro, e uma noite mostra sabedoria a outra. Não há linguagem nem fala; mas, onde não se ouve sua voz?” Sal 19;1 a 3 Da lei moral interna, também fala: “Os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para direita nem para esquerda.” Is 30;21

Qual filosofia poderia explicar o sentimento inato de aprovação ou reprovação das coisas, no prisma moral, sem um espírito “teleguiado” que bebesse de uma fonte semelhante? Se, tudo evoluiu casual e fortuitamente, e apenas os mais fortes sobrevivem, a única “lei” deveria ser a força, e o único alvo, a subsistência. “Quem pode mais, chora menos”, como vulgarmente se dizia. A ideia de civilização perderia o sentido e a barbárie seria necessária.

Porém, onde, o vigor esforçado das braçadas filosóficas não alcança, a revelação nada de costas. Quem leu “O Anticristo” de Nietzsche percebeu que, o verso bíblico que mais o incomodava, era aquele que tolhe o orgulho empinado dos “sábios” naturais. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes;” I Cor 1;27 Citou isso com fúria, revolta contra essa “incoerência” Divina.

O Senhor foi além em Seu desafio aos “pensadores”; “Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura não tornou Deus, louca, a sabedoria deste mundo?” I Cor 1;19 e 20 

Por acaso, um sistema que coloca aos mais baixos nos lugares mais altos, cobre de ouro e honras, às nulidades do circo, e vilipendia às profissões nobres, é sábio?

Para contraponto a essa “sabedoria”, O Eterno jogou com Sua “loucura” de se esvaziar por amor e se colocar ao alcance de assassinos; entretanto, “a loucura de Deus é mais sábia que os homens; a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens.” v 25

A conversão não é um desafio ao intelecto, antes, à vontade. Por estar essa, enferma, o que aquele pode ver, finge que não vê, na arte suicida de trair a si mesmo. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas...” Jo 3;19

domingo, 3 de setembro de 2023

Os bons são maioria?


Um antigo comercial da Coca-Cola defendia: “Os bons, são maioria.” A peça elencava algumas “razões” para se crer nisso. Uma delas, óbvio, era que milhares de pessoas, estariam no momento da veiculação, “compartilhando uma Coca”; outra, que nas buscas no Google, a palavra “amor” apresentava mais resultados do que, “medo”.

Havia outras supostas razões, mas, para efeito da análise, essas bastam. Chamar “bons”, aos que consomem seus produtos, qualquer mercador o há de fazer; afinal esses dão lucros às empresas; isso, para eles, sem dúvida é muito bom. Levá-los a crer que sua fidelidade servil é uma qualidade moral, com certeza, é uma pérola na arte da manipulação.

Os comunistas, como seus produtos são a inoculação da mentira em fomento do fanatismo, em sua propaganda, diriam: “Os politizados são maioria;” mas, internamente, no âmbito dos manipuladores ririam dando nomes aos bois: “Os idiotas úteis são maioria.”

Não significa que eu esteja qualificando como idiotas aos que gostam da aludida bebida; refiro-me aos que aceitam bovinamente a toda sorte de manipulação sem questionar.

Amor aparecer mais do que medo, nas buscas na “nuvem”, significaria também a supremacia da “bondade” humana, sobre a maldade? Como, a virtude não reside nas palavras, mas nas ações, e o lapso do que se sabe que deveria fazer e não se faz, coage aos hipócritas a falarem disso, tentando preencher a falta de substância com discursos ocos, as coisas mais notáveis pelas falas, também o são pela ausência.

Acaso não são os corruptos, que odeiam à justiça e probidade, defensores do aborto por ódio à vida, do livre curso das drogas por aversão à sanidade, opositores da liberdade de expressão, por ojeriza à verdade, etc. Que tomam para si o slogan: “O amor venceu o ódio”, ao verem consagrada sua vergonhosa fraude?

Os que se colocam na outra face da moeda, defendendo o oposto deles, não são, porventura, pechados como difusores de discursos de ódio? Assim, onde mais “aparece”, é que o amor não está. Quando se clamou a alguns “amorosos” desses em demanda por transparência, o que se obteve? “Perdeu mané! Não enche o saco!”

O Saara moral da atualidade seria obsceno, se, a imensa maioria não estivesse comprometida com a fraudulência do sistema. Num campo de nudismo, quem pretender andar vestido estará violando as regras. Os que não rezam pelo sistema globalista, comunista, são “radicais, fundamentalistas, retrógrados...”

Vimos outro dia, o apresentador Faustão “na fila do SUS” a espera de um coração para transplante. “Surpreendentemente” ele que deveria ver umas centenas de enfileirados precedendo-o no atendimento, teve seu “milagre” quase instantâneo. “Porra meu! Como a fila andou!” Nada contra ele; a maioria dos que o criticam, em seu lugar, com a necessidade e os meios, faria a mesma coisa. Minha aversão é à venalidade humana, à hipocrisia que tenta pintar corujas de papagaios.

“Más lejos”, por ocasião da conquista da Copa do Mundo de Futebol feminino, pela seleção espanhola, quando da comemoração, certo dirigente por nome Luís Rubiales, extrapolou a ética e beijou na boca à jogadora Jenni Hermoso; a coisa ganhou proporções estratosféricas. Não se entenda que estou de acordo com as taras descontroladas do careca Rubiales. Mas, para se fazer manifestações em cada jogo, faixas de apoio, como se ela ou algum familiar padecesse uma doença terminal, aí é demais.

Que a federação competente discipline ao passadinho e a vida siga. Me pergunto, na febre lacrosférica atual, se, invés dele, fosse uma mulher que fizesse a mesma coisa; qual seria a reação? Possivelmente, elogiosa, pela ousadia de demonstrar publicamente seu afeto, e em caso de conclusão de tendência LGBT, pela “coragem” de ser quem era. Quem ousasse criticar tamanha “irreverência” seria, presto, lançado na fornalha ardente da homofobia, aquecida sete vezes mais. “O Diabo pode citar Às Escrituras, quando isso lhe convém.” Shakespeare

Se, os bons são mesmo maioria, a falsidade e a hipocrisia devem ser coisas boas que ainda não aprendi a apreciar corretamente.

Infelizmente, a verdade nua e crua nem lida com percentuais, por absoluta desnecessidade. Todos somos maus, segundo A Palavra de Deus; por isso, talvez ela seja tão odiada pelos adeptos do “amor”; ela não massageia egos; antes, desnuda almas. “O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;2 e 3

Deus não devaneia com supostos bons; antes, desafia os maus ao arrependimento. Como Ele preza qualidade, mais que quantidade, não liga para efervescentes “maiorias” sem teor, tipo os arranjos amorais do ecumenismo; “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos.” Mat 22;14