domingo, 15 de agosto de 2021

Os "Negacionistas"


“Agora, porém, completai também o já começado...” II Cor 8;11

Abstraiamos o contexto; sirva-nos de base para meditarmos sobre isso; o hábito de começar algo e o não terminar.

O Salvador ensinou-nos a calcularmos as possibilidades de vitória antes duma batalha; ou, mensurar devidamente os custos, antes de começar uma torre sob pena de, não a podendo acabar, servirmos de escárnio pelo passo maior que a perna.

Em se tratando do “edifício” da salvação, na Parábola do Semeador O Salvador advertiu do concurso das “aves dos céus” (demônios); os projetos fundados no calor emocional, imprudência; por fim, os “espinhos” das aflições que fazem o pretenso peregrino abandonar o caminho.

Jesus Cristo nunca iludiu a ninguém sobre o que esperar ao intentar segui-lo: “Entrai pela porta estreita ... no mundo tereis aflições ... sofrereis perseguições por causa do Meu Nome ... quem quiser salvar sua vida perdê-la-á ...” etc.

Jamais prometeu “avivamento” para os últimos dias, como apregoam alguns sonhadores; ensinou: “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” O amor Ágape só convive em ambientes de equidade; igualdade.

No entanto, a simples ideia de interdependência já soa como ameaça, atualmente. O mero aconselhar algo da parte do Senhor, ensinar tencionando a salvação é lido por muitos como intromissão.

Presto surgem peles de porcos-espinhos; “Só dê palpites em minha vida quando pagares minhas contas... se há algo que nunca pedi foi sua opinião...” alguns chegam ao extremo de forjar postagens dum com a Bíblia aberta perguntando onde estão escritas tais coisas que devem dar contas de seus atos a terceiros.

Bem, na tentação no deserto o Capeta usou à Bíblia para testar a Jesus. Essa pose “bereana” do onde está escrito poderia significar que, o que está escrito vale; contudo, não é assim.

A Palavra apesenta o conjunto dos salvos, como “O Corpo de Cristo”; cada um em particular como membro, de modo que a interação, mais que desejável é necessária. “O olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários; Para que não haja divisão no corpo, antes, tenham os membros igual cuidado uns dos outros.” I Cor 12;21, 22 e 25

Não é isto que temos visto atualmente. Um “cristianismo” avesso à correção, todos são arte-final; refratários ao ensino, donos da verdade; incapazes de suportar o talento alheio, narcisitas; avessos a abrir mão de um triz em proveito de terceiros, egoístas; pregoeiros das coisas celestes agarrados às da terra, materialistas ...

Contra as esperanças dos “avivacionistas” A Palavra mostra que outrora foi assim, apostasia; “Por isso o direito se tornou atrás, a justiça se pôs de longe; porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, a equidade não pode entrar.” Is 59;14

E adverte que seria assim novamente; “... nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites que de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando sua eficácia. 

Todos os que professam ser cristãos, bem ou mal começaram a edificar a aludida “torre.”

Entretanto, a maioria deles, sobre O Fundamento Precioso de Cristo, está usando material de construção ordinário; “Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo; se alguém, sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia declarará, pelo fogo será descoberta; o fogo provará a obra de cada um.” I Cor 3;11 a 13

O fogo da prova nunca esteve tão perto como agora. Frivolidades como métodos, ritos, usos e costumes, guarda de dias, dispensação disso, daquilo, deixarão de ter peso, e a renúncia do conforto e aceitação, para obtenção da vida vai ser muito estreita; talvez, jamais tenha sido igual.

Assanha-se no horizonte, já vige o ensaio global, do zelo com a “saúde”; obrigatoriedade de “se cuidar”, para cada um, como pretexto de Satã para marcar a todos.

Os “Maus cidadãos” que ficarem de fora, “negacionistas” serão perseguidos e mortos.

Somos, os salvos, “negacionistas” de larga data. Foi o primeiro passo nos requerido para ingressarmos no CAMINHO. “Negue a si mesmo.”

Então, todos os pretensos edificadores serão testados à morte, e só ali veremos, quais, começaram e terminaram à boa obra.

Todo “Material de construção” espúrio se queimará; “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam ...” Sal 127;1

sábado, 14 de agosto de 2021

A Coragem das Crianças


“A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.” Jo 3;19

Se as crianças temem ao escuro pela incerteza, (vá saber o que ele esconde) os adultos temem à luz, por saberem bem o que ela mostraria. Pelo medo da condenação “abrigam-se” à margem dessa.

Como se, cegos se fizessem traidores de si mesmos. “O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é Imagem de Deus.” II Cor 4;4

Eles entendam o que a Luz, uma vez abraçada revelaria; por bem saberem disso e das implicações, evitam-na; o que recusam a entender é que sua obstinada escolha pelas trevas, malgrado, o “conforto” eventual, ruma à eterna perdição. Agem como se, não estivessem fugindo de uma decisão difícil e vital; enganam-se como se estivessem apenas adiando para um momento mais oportuno. Com um mínimo de honestidade saberiam que tal momento, jamais chegará.

Por isso, a mensagem de salvação sempre se apresenta urgente; “... Hoje, se ouvirdes Sua Voz, (de Deus) Não endureçais vossos corações ...” Heb 3;15

Ao saberem que a luz mostra-os como são, por gostarem de ser daquele modo e temerem a mudança que a mesma propõe, preferem a fuga.

Por isso, o primeiro desafio da Luz, para quem a desejar receber é “negue a si mesmo.” Se, o “eu mesmo” está acostumado ao escuro e é chamado, doravante, ao convívio com a luz, para não fazer feio precisa ser mudado de maneira tal, que é como se deixasse de existir. “Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na Sua morte?” Rom 6;3

Para Deus, os ímpios não passam de mortos-vivos; eles podem ouvir, decidir, andar, e são, mediante A Palavra, desafiados a uma mudança radical; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Esse ouvir que regenera e traz vida equivale a obedecer. O Adão fugitivo sai detrás da moita e é reconduzido à Bendita comunhão; se abrem, assim, seus olhos, pois, “... aquele que não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus.” Jo 3;3

Se, o medo levou Adão a se esconder, a regeneração mediante Cristo refaz a confiança perdida; o que não podia nem se atreveria a se aproximar, temendo morrer, agora descobre que carece do Pai, para viver; “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no Seu Nome; Os quais não nasceram do sangue, da vontade da carne, nem do homem, mas de Deus.” Jo 1;12 e 13

O primeiro homem, ao se esconder após pecar, evidenciou que, pecado e Luz são coisas excludentes. Luz espiritual, claro! Há tantos desavergonhados fazendo atrocidades à luz do sol.

Nosso espírito regenerado não é um lugar de se ocultar nada; antes, de se revelar ante O Criador; “O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo interior até o mais íntimo do ventre.” Prov 20;27

Assim como, o painel de um veículo acende uma luz quando um componente qualquer deixa de funcionar, nossas consciências são o painel do Espírito Santo, onde nos adverte sempre que nos desviamos da Luz.

O andar na luz, tem reflexos horizontais e verticais segundo nos ensina João: “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo pecado.” I Jo 1;7

Notemos que a Luz nós é uma possibilidade; “... se andarmos ...” Nele É Parte do Seu Ser, Seu Habitat; “Na Luz Está.” Assim, resulta a conclusão que somos desafiados em Cristo, a andarmos em direção a Deus. Logo, tornar-se como crianças nos fará temer ao escuro, doravante, não à Luz, a qual passaremos a desejar.

Tendemos, como mostram as redes sociais, a exibir as maiores conquistas, os melhores eventos, os melhores ângulos para nossas fotos; os renascidos devem, em todas as noites tirar uma “selfie” com o Pai, onde, as imperfeições que necessariamente surgirão serão removidas pelo seu Photoshop, o perdão; desde que, tenham a honestidade necessária para expor perante Ele, e a integridade, para disso se arrependerem.

A mesma luz que expõe nossas falhas para devida correção, em tempo exporá também a arte-final quando essa for plasmada em nós; “Ele fará sobressair a tua justiça como a luz, o teu juízo como o meio-dia.” Sal 37;6

Como aparecerão na foto os que fizeram opção pelas trevas?

O Privilégio da Cruz


“Para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus.” Ef 3;10

Irônico que “o Mistério de Deus”, Sua Sabedoria não tenha sido devidamente entendida nos Céus; e agora, possa ser posta em relevo à partir de um sítio tão impuro como a Terra.

A mesma doença que nos vitimou fez estragos por lá; de nós outros se diz: “Visto como na sabedoria de Deus o mundo não O conheceu pela Sua Sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação.” I Cor 1;21 A excelência em si não foi vista por nossa miopia, O Eterno colocou-a ao lado da “loucura” para ser exposta mediante contraste.

Poderíamos dizer sobre aqueles: Visto que, na plenitude das bênçãos, principados e potestades não conheceram à Sabedoria do Altíssimo, aprouve a Ele demonstrar-lhes isso, num ambiente adverso, onde concorrem as maldições.

Paulo advoga que julgaremos aos anjos (caídos); de certa forma já o fazemos; quando, em meio às fraquezas de nosso pó, dizemos não! a uma tentação que assedia, “condenamos” àqueles que disseram sim, ao comércio do iníquo, vivendo na perfeição. Presumíveis argumentos de suas defesas são desfeitos, por seres frágeis, que abraçam à Justiça de Cristo.

Do prisma didático (não justificando-os) certas “grandezas” atrapalham mais que ajudam; a mensagem de salvação mediante arrependimento, primeiro por João, depois pelo Salvador encontrou resistência precisamente entre os “grandes.” “Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não crestes; mas, publicanos e meretrizes creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para crer.” Mat 21;32

Foi a grandeza do “Querubim Cobridor” que o cegou para a origem da mesma; então, alimentou a insana presunção de “Subir ao mais alto, e ser semelhante ao Altíssimo.”

Na Terra, todos, grandes e pequenos estão no mesmo barco; caíram e carecem salvação.

Jeremias pensou, em certo lapso de ingenuidade que a rejeição fosse coisa da ralé, que os “grandes” não a padeciam, ledo engano; “Eu disse: Deveras estes são pobres; são loucos, não sabem o caminho do Senhor, nem o Juízo do seu Deus. Irei aos grandes, falarei com eles; porque eles sabem o caminho do Senhor, o juízo do seu Deus; mas estes juntamente quebraram o jugo, romperam as ataduras.” Jr 5;4 e 5

Qualquer posto que venhamos a exercer por aqui, qualquer dom que tenhamos, sempre será um dom; logo, não se originou em nós; antes, foi dado para ser expresso mediante nós: “O que tendes que não o tenhais recebido?” É por perder a noção sobre isso, que muitos erram o passo ignorando o fim pelo qual tais dons foram legados. “A manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” I Cor 12;7

Quem recebeu dons na área da sabedoria deve usá-los para realçar à Sabedoria do Eterno, não para garimpar ouro de tolo na insana presunção de que o curso se tornaria uma fonte.

Se, a “estatura” de alguns faz sombra e lhes embaça as vistas, a mesma Sabedoria que deseja ser conhecida busca ambientes sem esse obstáculo para suas vitrines. “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são; para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” I Cor 1;27 a 29

Portanto, todas essas mensagens antropocêntricas (centradas no homem) que desfilam obscenas, fantasiadas de “profecias” derivam da falta de noção duma geração adoecida; que, por incapaz de entender, também se faz inepta para obedecer à Divina Vontade, a qual, abraçada os faria profetas verdadeiros, consortes da Sabedoria do Alto.

Astúcia, esperteza, velhacaria, até conhecimento, estão aí, disponíveis a todos. Sabedoria de Origem Divina não costuma fazer pouso em ramos sujos; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade, para que guardem as veredas do juízo. Ele preservará o caminho dos Seus santos.” Prov 2;7 e 8

O vero saber não é ostensivo; não desfila como um fim; antes, patrocina nosso agir, pelo fomento do qual ele veio; “Falamos Sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória; a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.” I Cor 2;7 e 8

Vendo a Terra crucificar à Sabedoria Encarnada para afirmar paixões doentias, os filhos dos Céus, de certa forma se veem no espelho, pelo menos os que caíram.

Contemplando a mudança dos que se arrependem, desejariam nossa sorte, se possível, para evitar à eterna perdição.

Já pensou no privilégio da cruz?
Gosto
Comentar
Partilhar

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Embaraçosa milícia


“Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra.” II Tim 2;4

Os salvos do Senhor militam, porque foram alistados para uma guerra.

Devem evitar os embaraços com negócios desta vida; o objetivo é agradar Àquele que os alistou, O Senhor.

Não significa que não possamos ter negócios aqui; num grau maior ou menor, todos temos. A questão é saber levá-los de modo que não se nos tornem embaraços, ao alvo principal de nosso combate; agradar a Deus.

Não é exclusividade de obreiros; todos, cada um segundo seus dons, são escolhidos para dar frutos, viver com perspectiva tal, que suas aspirações não se restrinjam ao tempo terreno apenas.

Muitos embaraços atrasam vidas e tolhem ministérios, por viverem alguns, uma “fé” tão raquítica, que mesmo anunciando coisas dos Céus, ou dizendo nelas crer, seus alvos são rasteiros, terrenos.

Paulo adverte: “Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.” I Cor 15;29

Se, minha fé professa não é capaz de moldar meu ser, nem balizar o alvo a atingir, minha missão de agradar ao Eterno fracassará; “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele Existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6 Notemos que, mesmo Deus sendo galardoador, não devemos buscar galardões, mas a Ele.

Todavia, em se tratando de ministros da Palavra, há alguns “negócios desta vida” que podem embaraçá-los em pleno exercício.

Duas tentações são as mais visíveis, ouvindo o que se prega por aí, de modo geral. Anunciar “vitória” para agradar, segundo conceitos naturais, e esforçar-se em busca de performance, mais que, de salvação e edificação em obediência.

Cheias estão as redes sociais de “profecias” que entregam chaves, restituem perdas, abrem cadeados, exaltam aos desonrados... mas, interpretações de porções bíblicas com integridade, contexto, verdade são mais notáveis pela ausência que pela incidência.

Se nosso alvo é agradar a Deus, de que servem essas superficialidades carnais que, nenhum benefício trazem, exceto, “curtidas” de drogados emocionais viciados nessas porcarias?

“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deis ouvidos às palavras dos profetas, que entre vós profetizam; fazem-vos desvanecer; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; a qualquer que anda segundo a dureza do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós... Não mandei esses profetas, contudo, foram correndo; não lhes Falei, mas, profetizaram. Se estivessem no Meu Conselho, então teriam feito Meu povo ouvir Minhas Palavras; o teriam feito voltar do seu mau caminho, da maldade das suas ações.” Jr 23;16, 17, 21 e 22

Depois da destruição de Jerusalém, Jeremias em suas lamentações lembrou dos causadores daquilo; “Teus profetas viram para ti, vaidade e loucura, não manifestaram tua maldade, para impedirem teu cativeiro; mas viram para ti cargas vãs e motivos de expulsão.” Lam 2;14

A performance oca traz à baila uma série de vícios, tipo; senta, levanta, diga isso, aquilo, glorifica, repita comigo, etc. Ora, se tem mensagem entregue; se não, nem suba ao púlpito; se subir, faça com temor, esmero e honestidade, para agradar a Deus; a reação dos que ouvem é problema deles.

Ministros da Palavra devem ser portadores da mensagem que liberta, não animadores de auditório cheios de manias que tentam maquiar a ausência de preparo para o que se propõem, com truques para diluir a atenção.

Vaidade, presunção, dissimulação, engano, são “negócios desta vida”; os que tomaram posse da vida eterna devem passar por um renovo muito abrangente; “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo.” II Cor 5;17

Esses enganadores travestidos criaram uma geração viciada em drogas emocionais de modo tal, que a pura e libertadora Palavra já não é bem recebida em muitas partes, por falta de paladar para ela; “O mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Do ministério dos profetas se espera que analisemos às profecias; as que não se alinham à Bíblia, ou não se cumprem não vieram do Senhor.

Das vidas em geral que invocam ao Santo Nome de Jesus, se demanda que vivam de modo coerente; “O fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são Seus; qualquer que profere o Nome de Cristo aparte-se da iniquidade.” II Tim 2;19

Nada vale uma língua desembaraçada com um agir na contramão. “Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras ...“ Tt 1;16

terça-feira, 10 de agosto de 2021

O lado fraco da força


“... sua força não é reta.” Jr 23;10

Normalmente pensamos em força como algo auto suficiente; que não careceria de acessórios. Entretanto, a força daqueles profetas foi depreciada por não ser reta. Então, a força em si mesma não é forte o bastante.

“O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.” Prov 24;5
Se a força carece ser consolidada com o acessório do conhecimento, desprovida desse pode se revelar inútil.

Assim como sabedoria deve ser vista por dois escopos; a verdadeira, pura, sem parcialidades, hipocrisia, do Alto; ou, terrena, animal e diabólica; também a força carece de um consórcio com a retidão; pois, se for privada desta, servirá apenas para fins deletérios. “... um só pecador destrói muitos bens.” Ecl 9;18

A bem da verdade, entre os salvos, sabedoria e força são como irmãs gêmeas. Quando as vidas de Daniel, seus três amigos e todos os “sábios” de Babilônia foram livradas por uma Revelação Divina, ele agradeceu assim: “Ó Deus de meus pais, eu Te dou graças e Te louvo, porque me deste sabedoria e força ...” Dn 2;23

Tanto é assim, que os que perecem, eventualmente, não se perdem por falta de força, mas de luz, ou conhecimento. “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento ...” Os 4;6

Salomão ao aquilatar o valor dessas “gêmeas” colocou “Sophia” primeiro; “Melhor é a sabedoria que a força ...” Ecl 9;16

Assim, o inimigo peleja para enfraquecer aos que puder, tirando-lhes a luz; “Mas, se ainda nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a Luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;3 e 4

A força que conta, deveras, a que procede do Pai, Ele só investe onde já há a devida base para seu assento; “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos. Escudo é para os que caminham na sinceridade.” Prov 2;7

Não que haja retos sem o socorro Dele; mas, concomitante ao ouvir e obedecer daqueles que Ele justifica, forja lastros de retidão sobre os quais Sua Força pode caminhar; “A vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.” Prov 4;18

Invés do balaio de gatos “inclusivo” da moda, o ecumenismo, onde todos devem concordar em não discordar, os que fruem a luz do Alto, não se associam a nada que não seja reto. “Pelos Teus Mandamentos alcancei entendimento; por isso odeio todo falso caminho.” Sal 119;104

A Luz atuando como fortaleza para evitar o assédio dos caminhos da falsidade. Afinal, está expresso pelo Salvador: “... ninguém vem ao Pai, senão, por Mim.” Jo 14;6

Quando Ele, voluntariamente esvaziado dos Seus Poderes para nos salvar, se deixou crucificar entre dois ladrões, um desafiou-O a mostrar força; “desce da cruz, salva a ti e a nós;” o outro rogou por misericórdia; “Lembra-te de mim quando estiveres no Teu Reino.” Esse foi ouvido, não aquele.

Naquele momento atuava a força do amor; O Único que poderia, lutava contra o pecado, não contra as dores. Sua Força triunfava pela justiça e retidão.

Muitos pregadores da atualidade, pelo teor do que ensinam assemelham-se ao ladrão primeiro; seus clamores visam uma demonstração de força, que eles chamam de “bênção”, onde o Senhor deseja manifestar Sua misericórdia para salvação. A força de tais obreiros, como aqueles dos dias antigos também não é reta.

Como mariposas circundam as velas a certa distância para se não lhes chamuscarem as asas, assim esses ao redor da Palavra; sempre perto, pelo apelo que sua Luz tem; mas, mantendo “distância segura” da reta interpretação, que lhes queimaria seus objetivos rasteiros.

Desde sempre foi assim, infelizmente; “Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção ...” II Ped 2;18 e 19

Notemos seu campo de atuação; “... aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro ...” usam forças naturais para persuadir. Duplamente malditos; escolhem a maldição e a ela atraem incautos. “... Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!” Jr 17;5

Paulo afirmou: “Quando estou fraco, então sou forte.” 

Ser fortalecido em Deus, mais que fazer grandes coisas, é frutificar; e para isso, nem o frescor físico é necessário.
“Os que estão plantados na casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos ...” Sal 92;13 e 14

domingo, 8 de agosto de 2021

Vontade e Permissão


“Poder havia em minha mão para vos fazer mal, mas o Deus de vosso pai me falou ontem à noite, dizendo: Guarda-te, que não fales com Jacó nem bem nem mal.” Gn 31;29

Labão argumentando com seu genro “fugitivo” Jacó. Eu tinha poder para vos fazer mal, mas Deus vetou. Então, tinha também vontade; senão, nem seria necessário o não, do Senhor Onisciente.

Os ímpios; quando nos podem manipular em seu proveito nos tratam com “paz”; mas, vendo que nos escapamos das suas garras, presto partem para o plano B: Violência. Às vezes O Senhor permite, outras, não.

Normalmente O Eterno leva a “Liberdade de expressão” às últimas consequências; como fez com os religiosos dos dias de Cristo. “Uma espada traspassará também a tua própria alma; para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Luc 2;35

Porém, no caso de Labão e Jacó, colocou limites e guardou seu escolhido.

Muitos equacionam permissão Divina com Sua Vontade; não é assim. Aos que agem impiamente contando com o silêncio do Eterno, no devido tempo terão que ouvir Sua Voz: “Estas coisas tens feito, e Me calei; pensavas que era tal como tu, mas, te Arguirei, as porei por ordem diante dos teus olhos.” Sal 50;21 Mais que falar, O eterno expõe aos ímpios.

A Vontade de Deus tem de bem marcante é que ela está em oposição à “normalidade” do mundo. Demanda renúncia, sacrifício; desafia a um caminho estreito e avesso ao “normal” para que a conheçamos. “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis a boa, agradável, e perfeita Vontade de Deus.” Rom 12;1 e 2

Se, colocamos nossas inclinações rasas em pé de igualdade com o querer do Alto, gostando ou não, estaremos nos endeusando; agindo no princípio satânico; foi o inimigo que disse que o homem poderia “ser como Deus”; decidir por si mesmo, acerca do bem e do mal.

Nosso identificação com o Alto mediante A Palavra deve ser tal, que Paulo ousou dizer que os salvos têm a “Mente de Cristo.” I Cor 2;16

Então, como vimos, além de não andar conforme o mundo, os filhos de Deus devem se oferecer em sacrifício vivo; crucificarem suas predileções, se necessário, para que possam, finalmente, entender as intenções dos Céus.

Abstraídas as encenações artificiosas dos que tentam preencher a lacuna de substância com teatralidades frívolas, podemos dizer que a Vontade de Deus é relativamente simples. Andar em espírito e verdade.

Paulo também advogou como necessária essa simplicidade; “Mas temo que, como a serpente enganou Eva com sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo.” II Cor 11;3

Logo, a queda nos artifícios de Satã deriva da corrupção dos sentidos. O bom ouvinte, (praticante) da Palavra é tido por homem espiritual perfeito, “vacinado” contra isso; “o mantimento sólido é para os perfeitos, os quais, em razão do costume, têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem quanto o mal.” Heb 5;14

Noutra parte, o aperfeiçoamento dos santos também é um fator de livramento contra embustes malignos; devemos crescer, “Até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.” Ef 4;13 e 14

O Senhor teve que falar a Labão em sonhos, advertindo-o para que não agisse temerariamente, conosco fala mediante Sua Palavra, na qual devemos nos espelhar e pautar nosso agir.

Por isso tem por bem-aventurado todo aquele que, além de evitar conselhos ímpios, ambientes impuros, más companhias, ainda “Tem seu prazer na Lei do Senhor; na Sua Lei medita de dia e de noite.” Sal 1.

Ao jovem Timóteo que desde menino conhecia às Sagradas Letras foi dito: “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da Verdade.” II Tim 2;15 Ou seja: Estude mais. O quê se diria a nós, que, desde a infância fruímos ímpios modos alheios a Deus?

Aquela cena no cinema, do Titanic afundando e a orquestra tocando, no contexto, foi um gesto nobre; mas, ver o mundo afundando, às portas do juízo e correr por coisas vãs, invés de subir urgente no “bote salva-vidas” é estúpido.

“A estupidez coloca-se na primeira fila para ser vista; a inteligência coloca-se na retaguarda para ver.” Bertrand Russel

sábado, 7 de agosto de 2021

Problemas de Imagem


“Façamos o homem à Nossa Imagem, conforme Nossa semelhança ...” Gn 1;26

Se, “Deus É Espírito”, Sua Imagem, na qual o homem foi criado e que deveria refletir é também espiritual. Pelo projeto original, todo homem deve trazer em si “traços” do Criador.

A morte que seria consequência imediata da desobediência, também foi, inicialmente, espiritual. O primeiro casal, enquanto revestidos de Deus estavam nus e não se envergonhavam. Separados (mortos) viram à própria nudez de modo tal, que sentiram medo.

Eis o feito do pecado! De uma relação prazerosa e comum, sua nefasta presença enseja a separação, inimizade e consequentemente, medo.

Diferente da abordagem dos mercenários, a Boa Nova de Cristo é mensagem de reconciliação, não uma porta para se entrar de qualquer maneira em busca de melhorias materiais. “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando seus pecados; pôs em nós a palavra da reconciliação.” II Cor 5;19

Não imputando não significa que nossos pecados deixem de ser o que são; antes, que Ele perdoa aos que se arrependem e justifica.

Se, ocorrer a pergunta de como seria um homem à Imagem Divina, em plena comunhão com Ele vivendo num templo de barro, que se olhe para Cristo; pois, Ele é “... o Resplendor da Sua Glória, a Expressa Imagem da Sua Pessoa ...” Heb 1;3

A pergunta feita a Adão, “onde estás?” ecoou sem resposta por uns quatro milênios. Não era um lapso cognitivo Daquele que É Onisciente; Ele não perguntou como se não soubesse, mas, como um cônjuge traído ao flagrar a traição diz: “O que você está fazendo?”. Ele está vendo. Age emocionalmente como quem tenta entender os motivos ou, oferece espaço para que a outra parte explique-se.

Quando Cristo, sem pecados, batizou-se identificando-se com a humanidade, e tomando sobre si o pecado de Adão, só então, O Criador reviu Sua Imagem e Semelhança na forma humana; “Este é O Meu Filho Amado! Nele está todo o Meu Prazer.”

Portanto, é Nele, só Nele que podemos fazer o caminho inverso, saindo da situação de inimizade, medo, vergonha, para outra de revestimento espiritual, comunhão, malgrado, nossos muitos pecados.

Ele lega gratuitamente o novo nascimento e desafia aos que o quiserem, a deixarem as velharias pecaminosas para trás; “Quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.” Ef 4;22 a 24

Ele propõe para os pecadores uma mudança de mentalidade; “Deixe o ímpio o seu caminho, o homem maligno seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar. Porque Meus pensamentos não são os vossos, nem, vossos caminhos os Meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

O Eterno figura a mudança que Opera nos que O recebem como se fosse um transplante de órgãos; Sua Palavra lava a quem a ouve e Seu Espírito opera a transformação; “Então Aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas vossas imundícias e dos vossos ídolos vos Purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, Porei dentro de vós um espírito novo; Tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos Darei um coração de carne.” Ez 36;25 e 26

O Senhor não entra no mérito dos ídolos, se eles trazem um verniz “cristão” ou, se colocam como deuses alternativos. Todos têm o mesmo peso; pecado.

O homem foi criado para refletir à Imagem Divina. A oposição sugeriu independência, autonomia. “Vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Então, o “Novo Sábio” passou a criar imagens várias, para que essas fossem reflexo da sua imaginação adoecida.

Quando O Todo Poderoso vê uma dessas qualquer, não a vê segundo suas formas, mas, como subproduto do conselho do inimigo que recebe, vergonhosamente, mais crédito do que O Seu.

Agora está na moda a “diversidade” até de credos. Esse barulho todo não passa de desdobramentos múltiplos da impiedade. “O filho honra o pai, o servo o seu senhor; se Eu Sou Pai, onde está Minha honra? Se Eu sou senhor, onde está o meu temor?” Mal 1;6
“Eu sou o Senhor; este é Meu nome; Minha glória, pois, a outrem não darei, nem Meu Louvor às imagens de escultura.” Is 42;8

Não importa quão “inclusiva” a fé ecumênica se apresente; A Estrada para a vida eterna segue Ímpar e Exclusiva: “... ninguém vem ao Pai, senão por mim.” Jo 14;6 Sério assim!