sábado, 12 de dezembro de 2020

Leis fora da Lei


“Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.” Mat 1;19

José estava casado com Maria no sentido que hoje chamaríamos noivos; havia um compromisso matrimonial pactuado, sem terem os nubentes coabitado ainda. Entretanto, Maria apareceu grávida. Isso seria passível de pena de morte por apedrejamento, caso o marido fizesse o que só ele poderia; acusação de adultério.

Contudo, José não desejava essa punição, tampouco, difamar sua “ex noiva”, caso a abandonasse como tencionava.

Em nenhum momento, eles cogitaram solucionar o “problema” com um assassinato estilo “Meu corpo minhas regras”; não havia essas discussões “científicas” sobre quando a vida começa, ou, à partir de que prazo de gestação deixa de “ser lícito” matar. Bons tempos aqueles onde o óbvio era óbvio, não, discutível.

Deus interveio oportunamente, instando o noivo a receber sua prometida, garantindo que nenhuma traição houvera. Bastou uma orientação em sonho, ele obediente que era acatou. Quem tem ouvidos para Deus pode ser conduzido por um fio de cabelo.

Pois, ontem a mídia noticiou sobre comemorações de feministas argentinas porque a Câmara dos deputados de lá aprovou o aborto. Falta corroboração do Senado, mas um grande passo foi dado nesse rumo.

Ter o aval do Estado para praticar um crime hediondo desses não significa nada. Acaso terá, quem isso fizer, o silêncio da consciência? Aí Quem legisla é Deus, não o homem.

No nosso âmbito podemos tornar lícito o que quisermos; licitando atrevidamente o que O Todo Poderoso declarou ilícito, a ruptura com Ele deixa de ser meramente pessoal para ser coletiva, apenas isso. Tá na lei dos homens; e daí? “Porventura o trono de iniquidade te acompanha, o qual forja o mal por uma lei?” Sal 94;20

Se, uma ruptura particular traz juízo a esse que rompeu apenas, quando a mesma for coletiva, também o juízo se torna coletivo. Mudanças desse calibre que se opõem à Lei de Deus são punidas com maldição. “Na verdade a terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto têm transgredido as leis, mudado estatutos, e quebrado a Aliança Eterna. Por isso a maldição consome a terra...” Is 24;5 e 6

Não bastasse o incauto eleitor argentino ter buscado de volta o comunismo, agora quer uma maldição extra.

Notemos que as leis que patrocinam o mal vêm de certo lugar; “o trono de iniquidade”. A atuação pujante desse trono nos últimos dias, - advertiu O Salvador – traria como “efeito colateral” o esfriamento do amor. “Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.” Mat 24;12

Assim, necessária a conclusão que o que mantém o amor “quente” é a equidade; o que seria “amar ao próximo como a si mesmo”, senão, desejar para ele os mesmos diretos que para si. A mesma sede de vida que quero saciar em mim, que eventual feto tenha direito de saciar também; qualquer variável fora disso é iníqua.

No linguajar gaúcho adjetiva-se como orelhano, o gado sem marca, sem um dono definido que vagueia entre os corredores. Alguns poetas nativos ao pavonear-se sobre suas liberdades adotam para si essa figura.

Pois, a deseducação pujante, nos planejamentos imbecilizantes, meticulosamente implantados por governos derivados do ”Trono de iniquidade” gerou uma leva incontável de “orelhanos”; gente sem limites morais, valores básicos para a convivência social; onde os cérebros hibernam sob a crosta da doutrinação ideológica, e as coisas se resolvem no grito, como se fez outro dia no triste incidente ocorrido no Carrefour.

Sabe gritar? Vem pra cá! “vi-das ne-gras im-por-tam”!! Outrora havia um grupo musical chamado “A cor do som”; parece que se descobriu, finalmente, a cor da vida.

Será que as “vidas negras” em rota de colisão com o aborto importam também? Para essa gentalha, não.

Os “Orelhanos” são sem cercas, sem marcas, sem donos, apenas em se tratando dos limites de Deus. Pois, presto acodem a fazer o trabalho sujo do trono da iniquidade, ao menor estímulo. A esse dono servem.

Logo ele vai deixar isso visível marcando seu gado todo para excluir do sistema aos que, não lhe obedecem. “Faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal...” Apoc 13;16 e 17

Acontece que, os que são de Cristo já são mais que marcados; selados com O Espírito Santo; como não se pode pertencer a dois Senhores, passamos; já somos partículas da Igreja, O Corpo de Cristo; e Esse sim, com dignidade de Criador pode dizer: Meu Corpo, Minhas Regras.

Para José bastou um sonho profético; nós temos toda A Palavra. “Quem tem ouvidos ouça”!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

Filosofias de Botecos



Tão frágeis, algumas, mercantis as decisões “filosóficas” que desfilam à minha janela...

“Não vou pagar mal com mal; entreguei pra Deus; não se vingue, a vida dá voltas e quem não presta cai sozinho; seja humilde, hoje você está por cima, amanhã pode estar embaixo; que Deus te dê em dobro tudo o que me desejares;” etc.

Embora isso pareça patentear certo desapego pelo mal, nas entrelinhas fica o desejo que ele aconteça sem minha participação direta; “A vida é justa, Meu Deus vai te pegá”!

Não pagar mal com mal é bíblico; só que, vai além desse zero a zero. Manda fazer melhor. “... se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal; vence o mal com o bem.” Rom 12;20 e 21

Essa “vingança” que amontoa brasas sobre as cabeças dos desafetos é, tendo motivos para os desprezar, invés disso manifestar amor, por amor Daquele que, tendo motivos maiores em relação a nós, igualmente não viu nossos “méritos”; nos deu muito mais que merecíamos. Afinal, tomar Seu Jugo não significa apenas a renúncia de prazeres; mas, a ousadia de sofrer fome e sede de justiça.

Embora a intenção de quem “entrega a Deus” determinada situação seja uma figura para patentear que orou a respeito e vai descansar, venha o que vier, do ponto-de-vista objetivo não podemos, nem precisamos, entregar nada a Ele; pois, tudo já está em Suas Mãos, inclusas, nossas vidas.

Assim, não me vingar de quem me fez mal, mas “entregar a Deus” desejando que Ele puna, pode não ser uma boa, uma vez que, O Mestre ensinou-nos a orar assim: “Perdoa nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores.” Se não perdoarmos estaremos orando para que O Eterna faça o mesmo conosco.

“Quem não presta cai sozinho?” Pode ser. Mas, o ensino manda, como o bom samaritano, levantar e socorrer a quem caiu, invés de entregar alguém à sorte torcendo que o mesmo caia. Ademais, quem disse que “cair”, eventualmente, seja uma coisa cabal, definitiva? “Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas, os ímpios tropeçarão no mal.” Prov 24;16

O que a Palavra chama de “Justo” não é um que “presta”; mas, o que, sabendo que suas justiças nada valem entrega-se a Cristo para herdar a Justiça Dele. 

Quantas vezes as pessoas julgam que não prestamos apenas porque, não andamos nos mesmos caminhos ou, não gostamos das mesmas coisas que elas?

O fato de Deus escolher aos ruins acaba confundindo aos “bons” até; “Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes; escolheu as coisas vis deste mundo, as desprezíveis, as que não são, para aniquilar às que são;” I Cor 1;27 e 28

“Seja humilde; hoje você está por cima; amanhã poderás estar por baixo.” Isso não é humildade, é esperteza comercial. Devemos ser humildes porque isso agrada a Deus; porque os dons ou bens que temos recebemos do Senhor; isso nos faz abençoados, não melhores que os outros. Além disso a humildade é medicinal, à medida que se faz profilaxia contra o veneno do orgulho.

Mais; a veraz humildade nada tem a ver com estar por cima ou por baixo. 

Já vi gente achar que escrever ou falar errado seja sinônimo de humildade; não é. É ser inculto. Outros pensarem que se vestir desleixadamente seja essa qualidade; não! é ser relapso, ter mau gosto. 

Por outro lado, o esmero ao escrever, falar, vestir-se, pelos mesmos motivos, do avesso, são equacionados com arrogância, querer ser mais que os outros.

Pode-se ser orgulhoso não tendo onde cair morto; bem como, ser esclarecido sobre muitas coisas e de algumas posses mantendo-se humilde. 

Humildade é patrimônio interior, não uma casca, nem arcabouço circunstancial.

Por fim, não quero que Deus dê em dobro às pessoas do que elas me desejarem; em momentos infelizes, já desejei coisas más a terceiros. Não quero porção dobrada disso; apenas, perdão.

A vida moderna é veloz; liquidifica tudo; as pessoas pegam gotas e mandam em frente, sem conhecer um mínimo necessário de solidez que só meditação e mudança de mente poderiam ensejar.

Os livros sapienciais trazem um justo, Davi, cogitando ter pecados além dos que conhecia; “Quem pode entender os seus erros? Expurga-me Tu dos que me são ocultos.” Sal 19;12

E uma geração inteira imunda, sem noção, incapaz de olhar no espelho; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas, nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Que Deus nos dê em dobro da prudência que havia em Davi.

Relativas Mentes


“Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;7

Isso é a antítese do que dissera Satanás; “vós mesmos sabereis o bem e o mal”. Ou, sereis sábios aos vossos próprios olhos. Acontece que o homem pela sua natureza não é fonte; é um canal. Foi criado à Imagem e Semelhança de Deus, para que, como um espelho, fosse um reflexo Dele.

Ao deixar de refletir Deus, como faria, mantidas a obediência e a comunhão, e a andar segundo o conselho do inimigo, deixou de ser Imagem Daquele e passou a ser um reflexo desse; acaso um espelho reflete a si mesmo?
Por isso a advertência contra o relativismo, que a Bíblia chama de “sábio aos próprios olhos”.

Notemos que a receita para fugir é abraçar ao Absoluto; “Teme ao Senhor e aparta-te do mal”.

Desse modo, não nos resta decidir se determinada postura é mal ou não; Se, O Eterno já definiu assim, não nos cabe redefinir, como se essa ousadia mudasse a ser daquilo que redefinimos.

A coisa má segue sendo o que é; apenas, em nossa obtusa escolha pelo mais cômodo, ou aceitável socialmente, a desaprendemos e passamos a chama-la pelo que não é; “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; que fazem das trevas luz, da luz trevas; fazem do amargo doce e do doce amargo! Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos, prudentes diante de si mesmos!” Is 5;20 e 21

Os ecos da voz de Satã estão por aí a todo vapor; “Cada um tem a sua verdade – dizem - todas as religiões são boas; cada um segue o que preferir, no fim todos serão salvos, cada um segue ao que acredita...”

Muitos defensores disso ilustram com figuras a “verdade” de cada um; às vezes uma junção de linhas paralelas que, vistas de um lado parecem quatro figuras, do outro, três; outras, um número onde um vê um seis, outrem, do lado oposto, um nove, para mostrar que ambos “estão certos.” Uma ova! Ambos estão num beco sem saída e precisam ser tirados daí por quem sabe.

Nossa “sabedoria” é tão frágil que ninharias como essas já nos podem levar a disputas; isso mostra o limite de nossa capacidade intelectual e dependência da Sabedoria Superior, Deus, para dizer como as coisas são, a despeito das aparências. Pois se cada um “tem sua verdade” a Verdade deixa de existir, cedendo seu nobre assento à doentia e pueril opinião.

Quando convém às humanas predileções se diz que as aparências enganam; donde parece lógico concluir que não devemos confiar nelas; contudo, se, o fito do traidor mor é nos conservar no erro, aí usa-se e abusa-se de aparências ardilosamente criadas, para validar a ignorância como se fosse conhecimento.

Nós, os que seguimos olhando para Aquele que É, a despeito das opiniões e predileções de terceiros, não raro somos acusados de radicais, fundamentalistas, fanáticos, primitivos até.

Se O Eterno tivesse “dado corda” ao relógio da humanidade e deixado o mesmo funcionar por sua conta, vá bene! Cada um se virasse como pudesse.

No entanto, Ele sempre esteve presente, interessado, amoroso; “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho.” Heb 1;1

Isso é honroso, extraordinário, inaudito; mas, também responsabilizador; “Se Eu não viesse, nem lhes houvesse falado, não teriam pecado; mas agora não têm desculpa do seu pecado.” Jo 15;22

Aliás, palavras como pecado, arrependimento, são mais notórias pela ausência que pela menção, nesses ensinadores relativistas. Não há um Alvo Absoluto; cada um anda à sua maneira e está “tudo bem;” só que não.

Num breve arranjo como esse, várias porções da Palavra de Deus são necessárias, derivando ele de submissão ao Senhor. Sua Palavra é o “Tribunal de Apelação” dos nossos argumentos, que no fundo, são Dele.

Contudo circulam por aí ensinos com dados de uma precisão que assusta; “são 35 milhões de espíritos aperfeiçoados na quinta dimensão”; no fim de um tratado com afirmações como essa, o sujeito diz: “Eu sou fulano de tal, namastê!” Pronto. Quem duvidaria dele?

Aí, nem se trata de relativismo, ser sábio aos próprios olhos; mas, de rejeitar à Palavra de Deus; pôr, em Seu lugar, escritos espúrios de nebulosos “mestres espirituais”;

Deus já os previu e adjetivou: “Os sábios são envergonhados, espantados e presos; rejeitaram A Palavra do Senhor; que sabedoria, pois, têm eles?” Jr 8;9

Enfim, pretender chegar ao Reino Eterno alheio aos termos do Rei, baseado em si mesmo, é como pensar que consegue elevar os pês do solo puxando os próprios cabelos. Se acreditas mesmo nisso, eia, força!!

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Mestres do Engano


“Atenta para a obra de Deus; porque quem poderá endireitar o que Ele fez torto?” Ecl 7;13

Não que O Criador tenha feito alguma coisa torta, no sentido de imperfeita; a ideia é desafiar alguém a mudar as leis da natureza; tipo, a órbita dos planetas de repente deixar de ser elíptica, para se tornar triangular, pentagonal... plantas e animais se furtarem ao determinismo biológico de reproduzir conforme suas espécies, e uma porca dar cria de elefantes, do ovo do lagarto eclodirem serpentes, ou o trigo decidir nascer milho. Quem poderia obrar coisas dessa estirpe?

“Eu sei que tudo que Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante Dele.” Ecl 3;14 “Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam Nele. Nada acrescentes às Suas Palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.” Prov 30;5 e 6

O mundo jaz no maligno, sob a batuta dum feitor assassino disseminando toda sorte de oposições a Deus e Sua Palavra; quase sempre com porções açucaradas, tolerantes, inclusivas, compreensivas... sem confronto aberto.

Chamar os dóceis ao erro de “evoluídos” seres da “quinta dimensão” que seria um lugar de perfeição espiritual, cai bem.

Ora, dimensão, como o nome sugere trata-se de um aferidor de medida. Uma fotografia tem duas dimensões; tanto por tanto; outrora era comum o corte três por quatro.

Algo que além das dimensões lateral e vertical logra o sentido de profundidade de uma imagem se diz que é tridimensional. Possui três medidas. O que escapa a isso por ser da esfera espiritual, se diz que pertence à quarta dimensão; nada tem a ver com valor dos seres inseridos nela, sejam anjos, sejam demônios.

Igualmente na terra, seres ímpios ao cubo, ou tementes a Deus, estão na mesma dimensão; pois, essa não mensura caracteres, mas amplitude física apenas. Assim, essa história de quinta dimensão para “evoluídos” é só uma falácia para gerar adesão sem compreensão, como no fanatismo.

O “mestre” do qual divirjo disse que a rigor, sequer existe mentira; apenas “verdade invertida”; (desculpem deu vontade de rir) todos têm cada qual, sua verdade.

Usou como exemplo três pessoas observando uma casa. Um viu-a como tendo quatro janelas; outro notou que ela tinha telhado de zinco; o terceiro que era azul; assim, cada um viu a coisa da sua perspectiva; todos estavam certos, e discutindo por meras opiniões de visões particulares.

Como disse Spurgeon, “Uma coisa boa não é boa fora do seu lugar”; isso, como demonstração didática do relativismo das opiniões humanas é bom; agora, tirar desse escopo válido e colocar no lugar de Deus que revelou como as coisas são no prisma espiritual, seria adotar como seu, o conselho do diabo que disse que rompendo a relação com O Criador, os humanos seriam deuses também, aptos a decidirem o ser das coisas por si mesmos.

No prisma religioso, o exemplo não serve. Todos olham um templo; alguns veem um Templo; outros, um animal, outros ainda, uma genitália masculina; outros mais, um astro celeste... Sim para uma minoria, infelizmente, Jesus Cristo É Deus; para alguns credos elefantes são deuses, árvores, vacas, são sagradas, e alguns, os Falicistas cultuam ao órgão sexual masculino como um deus.

Segundo o brilhante pensador, todos estão certos. Ao menos, em parte.

Paulo pensava diferente; “Porquanto, tendo conhecido Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes em seus discursos se desvaneceram, seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. Mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, de aves, quadrúpedes e répteis.” Rom 1;21

Disse maquiavelicamente que as críticas, como a minha, mostram mais sobre nossas personalidades, que sobre o teor do que estamos criticando. Bueno, não estou fazendo selfies, caras e bocas para sair bem na foto. Se eu parecer alguém que teme a Deus, e leva a sério Sua Palavra, tá de bom tamanho.

Acontece que, os ensinos do dito cujo, embora nada combatendo frontal e diretamente, são uma negação cabal da Palavra de Deus. Ele não critica-a; nega-a. Assim, pelo seu próprio ensino, sua objeção à Palavra de Deus mostra quem ele é, não o que A Palavra é.

Os que Deus escolhe, capacita a ver as janelas da casa, telhado, cor, e o espírito do arquiteto com um só olhar, o discernimento espiritual;

“O que é espiritual discerne bem tudo, e de ninguém é discernido. Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a Mente de Cristo.” I Cor 2;15 e 16

Ataques à Verdade vão se intensificar. Aqueles que a amam farão sua defesa.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O Jugo Desigual


“Não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita à casa do Senhor teu Deus... ambos são igualmente abominação...” Deut 23;18

Dinheiro oriundo se prostituição, fosse de héteros, ou homossexuais, era rejeitado na Casa de Deus; sendo a origem derivada de práticas abomináveis, também o dinheiro era réprobo, inaceitável.

O Eterno preza a integridade; essa, como a palavra sugere refere-se à inteireza moral. Como se dizia no Império Romano sobre a imperatriz: “A mulher de César, não basta ser honesta; precisa também, parecer honesta.”

Paulo chamou de “fugir da aparência do mal”. Assim, embora o ser, valha mais que o parecer, certas coisas a própria aparência já desqualifica.

Não se entenda com isso, uma demanda por perfeição; pois, pecadores que somos, não a atingimos. Contudo, um modo de vida aceitável ante O Senhor é o mínimo que se espera daqueles que lhe pertencem.

Vulgarmente se chama, “lavar dinheiro”, criar mediante artifícios, um lastro verossímil e lícito para “justificar” as posses de origem ilegal, suja.

Perante Deus, a única lavagem aceitável limpa os caracteres, as almas, purificando-as mediante perdão, e santificando-as paulatinamente pelo ensino da Justiça Divina. “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo Sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” Tt 3;5

Infelizmente, muitos contentam-se com uma reputação construída com dinheiro sujo para fazer coisas “limpas”, invés de, uma mudança veraz, que demandaria o câmbio do modo de vida; o Jugo de Cristo pra ser aceito diante de Deus, não no teatro das falcatruas parecer “bom” perante os homens.

Quem jamais soube de traficantes, gente com mãos sujas de sangue, tanto dos policiais que assassinam, quanto, dos viciados que seu “trabalho” mata também, que fazem obras de caridade ajudando pobres das favelas?

Ou, a prostituta que deixa esposo e filhos e vai ao “batente” vender-se; depois reúne todas as crianças pobres da rua e faz pomposas festas com brinquedos de aluguel, para posar de dama do bem;

ainda, os marajás da exploração de mão-de-obra, que, em épocas de fim de ano, como agora, entram nos bairros pobres com suas caminhonetes imponentes cheias de pacotes para doar aos pobres...

Esses tentam aquietar consciências com subornos, como se uma coisa limpa pudesse justificar uma dezena de sujeiras ou mais.

Verdade acusa a origem suja de suas posses; invés de uma mudança aí, tentam se lavar com lama; onde são desafiados à justiça tentam compensar com hipocrisia.

Nosso desafio é sermos sal e luz, coisas que não se dividem em fases como a lua; acaso o sal salga, eventualmente, mas em outras ocasiões adoça? Ou a luz, esclarece ambientes, mas de vez em quando os escurece?

Dos Seus Deus demanda integridade, mesmo com eventuais prejuízos materiais; do “cidadão dos Céus" diz que é um que, “... jura com dano seu, contudo, não muda.” Sal 15;4

Fantasiar-se de fantoche alvirrubro e sair distribuindo migalhas é muito mais fácil que tomar a cruz das renúncias e pautar o viver segundo a “Boa perfeita e agradável Vontade de Deus.”

Quando Deus enviou juízo contra Israel, decorrente de uma grave transgressão de Davi, movido por Sua Misericórdia O Eterno se dispôs a retirar o julgamento mediante arrependimento e certo sacrifício; Araúna o dono do lugar onde se deveria erigir o altar deu tudo ao rei, terreno, bois, tralhas; e ele recusou com estas palavras: “... Não; por preço justo te comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada...” II Sam 24;24

Desse mesmo calibre são as “boas obras” dos que vivem de maneira injusta, imoral, mas eventualmente decidem usar sua camuflagem de “gente do bem”.

Os servos de Deus são desafiados à justiça sempre; “Em todo tempo sejam alvas tuas roupas, (justas tuas obras) nunca falte o óleo (direção do Espírito Santo) sobre tua cabeça.” Ecl 9;8

Há um texto no Evangelho onde O Salvador parece conceder que se faça o bem com dinheiro sujo; vejamos: “... Granjeai amigos com riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.”

Basta ver o contexto para notar que o único bem em realce é a prudência; no caso, do ímpio mordomo, a corromper-se com outros igualmente injustos.

Temos uma ironia; podemos parafrasear assim: “Façam amigos corruptos, lucrem com isso; quando vocês forem pro inferno, eles estarão esperando-os, lá.”

Nosso desafio é à prática do bem; “Somos feitura Sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.” Ef 2;10

Todas as “boas obras” são inúteis, porém, sem a Primeira, que valida-as; “... A obra de Deus é esta: Que creiais Naquele que Ele Enviou.” Jo 6;29

domingo, 6 de dezembro de 2020

A Fúria das "Ovelhas"


“De maneira que, se um membro padece, todos padecem com ele; se um membro é honrado, todos se regozijam com ele.” I Cor 12;26

A ideia de interdependência, como membros em um corpo, é mais notável pela ausência, que pela efetiva atuação entre os que se dizem salvos.

Frequentemente deparo com postagens “cristãs” nesses termos: “Faça o que você acha certo; você nasceu para ser feliz, não para agradar os outros.”

Pode parecer algo positivo, quiçá, libertador; mas, de cristão não tem nem a casca. Amiúde é mesma frase do Capeta com seis mil anos de uso; “você será como Deus e decidirá o certo e o errado.”

Que nascemos para ser felizes originalmente parece óbvio; Um Criador Amoroso como o nosso, não geraria vidas com o objetivo de fazê-las sofrer.

Acontece que, depois da queda, com a entrada da morte espiritual, o ideal, ser feliz ficou para um segundo momento, dada a prioridade do emergencial; ser salvo.

Tendo o pecado causado inimizade entre o homem e Deus, foi necessário um Mediador, que se identificasse com a culpa humana até à morte, para, por ela satisfazer à Justiça Divina e possibilitar de novo, a paz. Nesse fito, o “sentido da vida” inicialmente é o retorno à casa do Pai, como foi com o Filho Pródigo; o limite de tempo e espaço foi dado os caídos, “Para que buscassem ao Senhor...” Atos 17;27

Então, sem querer me meter na vida de ninguém, “... Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

A felicidade, onde “Deus enxugará dos seus olhos toda a lágrima...” foi adiada um pouco, dada a necessidade das aflições, nesse mundo condenado que se opõe ao Criador.

Então, quem está cansado e sobrecarregado, para obter alívio da alma deve tomar sobre si o “Jugo de Jesus”, a renúncia do eu. “Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros. De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus.” Fp 2;4 e 5

O “negue a si mesmo” não pretende nos esvaziar, simplesmente; antes, remover concepções erradas, de origem espúria, para em lugar dessas, implantar os Pensamentos Divinos, a “Mente de Cristo”; “Deixe o ímpio seu caminho, o homem maligno seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque Grandioso É em perdoar. Porque meus pensamentos não são os vossos, nem vossos caminhos os meus, diz o Senhor.” Is 55;7 e 8

Notemos que aquele que anda com seus próprios meios não é adjetivado como cristão, antes, ímpio.

Portanto, se alguém pretende ser servo de Deus, lance no lixo as concepções mundanas e conheça ao Santo em Sua Palavra; “Confia no Senhor de todo teu coração; não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal.” Prov 3;5 a 7

Um servo que ministra segundo o dom de ensinar não é um enxerido que “se mete na sua vida”; antes, um eco do amor de Deus tentando libertá-lo da sua morte.

Outros, na arte de traírem a si mesmos tentam nivelar o ensino da Palavra de Deus a meras opiniões; tipo, tens a tua, tenho a minha. Ora, um ministro idôneo não opina em questões espirituais; antes, interpreta o que Deus disse.

Não sem motivo os salvos são figurados como ovelhas, animais dóceis, mansos, fáceis de conduzir. O “cristão” porco-espinho não aparece nas escrituras.

Esses intocáveis, mal educados, não são cidadãos ciosos dos seus direitos, mas condenados, fugitivos da luz; “A condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas.” Jo 3;20 e 21

Sabemos que existem palpiteiros gratuitos e enxeridos de toda sorte; entretanto, a incidência de água suja, lama e areia no garimpo não bastam, para que o ouro perca seu valor por estar misturado.

Com o advento das facilidades tecnológicas todo mundo virou mestre; todos partilham porções sábias, enquanto a vida cresce moralmente como rabo-de-cavalo, cada vez mais para baixo.

Sintoma evidente que os “médicos” não tomam as drágeas que receitam; suas sapiências são escudos contra “enxeridos”, gente que usa diamantes em fundas.

Deus segue tentando salvar; “Porque o erro dos simples os matará, o desvario dos insensatos os destruirá. Mas, quem Me der ouvidos habitará seguro, estará livre do temor do mal.” Prov 1;32 e 33

sábado, 5 de dezembro de 2020

O Caminho Singular


“Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, nunca servimos ninguém; como dizes Tu: Sereis livres?” Jo 8;32 e 33

O Salvador prometera aos que O ouviam, verdadeira liberdade, com a condição de que permanecessem na Sua Palavra (praticassem).

Contudo, eles pensavam não necessitar disso. “nunca servimos ninguém...” Então ao oferecer libertação ao um povo “livre” assim, Ele estaria a chover no molhado.

Mas, naqueles dias, como hoje, ser livre da ignorância, patrocinadora da presunção é a libertação mais urgente. Muitos descansam no caminho da morte como se, falta de noção significasse falta de perigo.

Fácil tomar nos lábios a filosofia de botecos que “as aparências enganam”. Contudo, lutar contra o logro delas, quando, o engano parece-nos favorável, aí nem sempre as pessoas fazem; pois, “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte.” Prov 14;12

A Bíblia ensina que quem comete pecados é servo do pecado; “Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para morte, ou da obediência para justiça?” Rom 6;16

Naquele caso, dos que queriam matar ao Salvador, não os disse apenas, servos do inimigo; pior que isso; filhos. “Vós tendes por pai ao Diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai...” v 44

Assim, eram servos do pecado, do Diabo, e de quebra eram vassalos do Império Romano que governava a vida por lá; tendo esses três senhores sobre eles ainda conseguiam dizer: “nunca servimos ninguém...” Nem ao cérebro, ao que parece.

Claro que, oferecer algo que demanda renúncia, esforço, para ganhar vida, a alguém que não quer, por acreditar que não precisa, tem tudo para dar errado, não por demérito do que está sendo proposto; mas, por falta de noção dos mortos que acreditam estar vivos.

Conheci um sujeito no litoral que, quando queria desfazer a importância de determinado rival ou competidor dizia: “Aquele é um morto”. Pois, dado que todos somos pecadores e o “Salário do pecado é a morte...” sem a graça de Cristo não excedemos a isso; mortos.

Invés de trazer uma abordagem “positiva”, verniz com que se usa dourar o engano, O Senhor falou sempre a verdade; deixou claro que Sua mensagem salvadora buscava por mortos que podem ouvir; “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, agora é, em que os mortos ouvirão a Voz do Filho de Deus; os que a ouvirem viverão.” Jo 5;25

Hoje em dia as variáveis para evasivas são mais numerosas; mas o princípio da justiça própria, raiz da incredulidade permanece. “Todas as religiões são boas; não faço mal a ninguém; quem pensas ser? Dono da verdade? Deus é Amor, não condenará ninguém; sirvo a Deus do meu jeito; tens tua religião, tenho a minha; etc.”

Vivemos uma geração “tão livre” como aquela que condenou O Santo à Cruz; claro que, a boa e velha falta de noção, derivada da cegueira que o canhoto dissemina está no comando; “Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos; mas, nunca foi lavada da sua imundícia.” Prov 30;12

Notemos que, os mesmos caracteres, mudando da perspectiva própria para a do Alto, saltam de “pureza” para imundícia. Não é pequena a distância entre esses dois estágios.

Por isso o conselho: “Confia no Senhor de todo o teu coração, não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, Ele endireitará tuas veredas. Não sejas sábio aos teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal. Isto será saúde para teu âmago, medula para teus ossos.” Prov 3;5 a 8

Cheia está a Terra de religiões, filosofias humanistas, fraternas, caridosas, proponentes de um mundo melhor, harmoniosas, inclusivas; o escambau. Como O Salvador, ensinou: “... ninguém vem ao Pai senão por Mim.”
Essas belezuras seguem sendo apenas brinquedinhos de mortos; “... Por que buscais o vivente entre os mortos?” Luc 24;5 Sim; pretender salvação por caminhos alternativos é a mesma coisa; buscar O Vivente entre os mortos.

Numa era de superficialidades, cultura inútil em profusão, como agora, as chances de um texto “agressivo” assim, ser lido, entendido e digerido, ao menos em parte, são pífias. Mesmo assim é necessário gritar: “... Desperta, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá!” Ef 5;14

Enquanto O Evangelho for visto como uma opção entre tantas, não como a bênção Singular e urgente, que é, os cegados seguirão mortos, infelizmente. “... o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que é a Imagem de Deus.” II Cor 4;4