sábado, 24 de abril de 2021

O Sentido da vida


“Deus olhou desde os Céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus.” Sal 53;2

Se, o esperado entendimento resultaria em buscar O Santo, natural que seja isso que os moradores da Terra deveriam entender como alvo da sua existência.

Muitos versam sobre o sentido da vida; a conclusão que a maioria chega é que seja o ser feliz, “vencer”; embora, não se possa definir com clareza o teor de um viver que traria o usufruto desses bens. Posses? Conforto? Fama? Vulgarmente se diz que “dinheiro não traz felicidade”.

Contudo, pela fome insaciável dos ricos e famosos que se corrompem para ter ainda mais, se, ele não traz manda buscar, como diria um gaiato.

Quantos faltam com a palavra, traem compromissos em troca de um pouco mais de dinheiro, que, adiante se revelará nocivo.

Tanto se fala na inversão de valores; ouso dizer que e é nesse campo onde há a presença das moedas que a coisa avessa mais acontece.

A riqueza tem um limite para se haurir; não vai além da satisfação das comodidades possíveis a cada um na satisfação dos seus anseios. Quando excede a isso deixa de ser um bem; se faz um peso, uma carga. “Onde os bens se multiplicam, ali se multiplicam também os que deles comem; que mais proveito, pois, têm seus donos que os ver com seus olhos? Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa dormir.” Ecl 5;11 e 12

O dono de uma empresa próspera que empregue quinhentos funcionários em termos de usufruto é tão ou mais rico que outro que possua uma vasta rede delas, do ponto-de-vista da arte de bem viver.

Malgrado “la plata” compre tudo o que está à venda, e quase tudo está, as coisas deveras valiosas não têm preço, como disse o poeta Drummond: “Engana-se quem pensa que os cofres dos bancos contêm riquezas; lá só tem dinheiro”.

Em se tratando de vida, pois, a inutilidade do “vil metal” fica patente; “Aqueles que confiam na sua fazenda, se gloriam na multidão das suas riquezas, nenhum deles de modo algum pode remir seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele” Sal 49;6 e 7

O entendimento que levaria a buscar a Deus como o sentido da vida, ele escapa aos que se perdem nas amplidões loucas em busca de fama, sucesso, riqueza... “De um só sangue fez a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor ...” Atos 17;26 e 27

Dadas essas limitações de tempo e espaço para a busca, e mesmo a Divina paciência um dia acabando, a reconciliação tem certa urgência, se, a preservação da vida, deveras, interessa; “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is 55;6

Contudo, mesmo ficando assente que essa reconciliação seja o sentido da vida; pois, então, como o Pai do pródigo disse ao outro filho, tudo o que tenho é teu, assim diria Deus aos Seus, mesmo estando de acordo sobre isso, digo, a coisa não é tão pacífica assim.

A maioria busca coisas egoístas usando Deus como pretexto. A devida prioridade pelo Reino e Sua Justiça é invertida; as “demais coisas” viram o centro, sempre “em Nome de Jesus.” Aí, invés de restabelecer um relacionamento como O Eterno Deseja, o que se tenta é mascarar com panos de religiosidade ao isolamento que teima em evitar a cruz.

Buscar coisas em Seu Nome é diferente de buscar a Ele. O Senhor reserva galardão aos que O buscam; como “efeito colateral” de uma relação restabelecida, pois, essa sim, Ele deseja; “... é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e É galardoador dos que O buscam.” Heb 11;6

Malogrado foi o Anseio Divino por gente de entendimento, então; “Desviaram-se todos, e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça o bem; sequer um.” Sal 53;3

Quando de uma ruptura, normalmente a parte que ofendeu volta a outra para reconciliação; contudo, mesmo tendo sido o homem que magoou ao Criador na queda, Foi Ele, o ofendido que em Seu amor nos buscou em Cristo. “Eu vim para que tenham vida...” Jo 10;10

As demais coisas são periféricas; empalidecem ante a grandeza do dom da vida eterna.

Por isso, essencialmente a mensagem evangélica é de reconciliação, para vida, não de adereços aos mortos. “... somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que reconcilieis com Deus.” II Cor 5;20

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