segunda-feira, 12 de abril de 2021

O Príncipe Rejeitado


“Era desprezado, o mais rejeitado entre os homens...” Is 53;3 “É necessário que o Filho do homem padeça muitas coisas e seja rejeitado...” Luc 19;22

Um texto de sete séculos antes; outro, dos dias de Cristo versando a mesma coisa: A rejeição do Senhor.

Alguns rejeitam a Cristo, pensando que estão seguindo-o.

Não se trata de ser simpático à Sua Pessoa, fazer essa ou aquela mandinga “em Seu Nome”, usar as “profecias” fáceis e generosas do mundo virtual, coisas que a maioria dos “cristãos” faz sem problema nenhum.

Sendo Jesus, O Verbo Divino, A Palavra encarnada, sempre que rejeitamos à Palavra, rejeitamos Ele. Isso vem sendo feito desde antes do Seu advento. “Dizem aos videntes: Não vejais; aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas aprazíveis, vede para nós enganos.” Is 30;10 ou, “Escrevi-lhe as grandezas da Minha Lei, porém essas são estimadas como coisa estranha.” Os 8;12

Portanto, a rejeição ao Senhor vem de larga data já. Agora só foi “aperfeiçoada”.

Às vezes deparo, para minha vergonha alheia com “Cristãos” que consultam certo joguinho aleatório de computador feito por ímpios, cuja proposta é descortinar o que Deus tem para me dizer; surgem mensagens tipo: “Fulano, sei tuas lutas e teus sofrimentos; continues se esforçando e confiando e em si, Eu estou contigo.” Os incautos ainda partilham.

Quem escreve pilantragens dessas, sequer tem a menor ideia do que a Bíblia diz; senão, suas falcatruas seriam mais verossímeis.

O Eterno fala bem na contramão do “Deus” virtual; “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne o seu braço, e aparta seu coração do Senhor!” Jr 17;5 Logo o “confie em si” e o maldito o que age assim invés de confiar no Senhor não são da mesma fonte.

Entretanto, ler a Bíblia e nela meditar é bem mais trabalhoso que essas brincadeiras, pois, traz responsabilidades paralelas às promessas. A maioria dos pacientes desse raquitismo espiritual consegue a proeza de rejeitar a Jesus, “em nome de Jesus”. Além de insano é profano.

Rejeitar alguma coisa ou alguém não é necessariamente, erro. Depende do quê, ou quem rejeitamos, e porquê.

Pois, por atos profanos, O Próprio Deus rejeita, como fez com Esaú que achou a bênção da primogenitura menor que um prato de lentilhas. “... querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.” Heb 12;17

Quando descreve a rejeição do Messias, Isaías não aponta nenhum lapso Nele que O fizesse desprezível, pelo qual merecesse ser rejeitado. Antes, a falta estava nos olhos dos que o viram; “... olhando nós para Ele, nenhuma beleza vimos, para que O desejássemos.” Is 53;2

Por quê isso se deu? Porque, não a forma estética, para Deus a santidade é que tem beleza; aos coevos de Cristo a aceitação incondicional das suas vidas e todas a diatribes apenas contra os romanos, prostitutas e publicanos, seria aceitável; O Salvador veio sendo o que É; A Luz; não as vistas grossas como eles queriam. “... a luz veio ao mundo, os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz; não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” Jo 3;19 a 21

Deus pode rejeitar alguém por agir de modo profano; os ímpios rejeitam-no por ser Santo.

Não apenas Ele, mas pregadores idôneos em ambientes onde a rejeição à Palavra já se intrometeu sofrem rejeições também.

A fé vem pelo ouvir, e ouvir A Palavra de Deus, a apostasia deriva de inserções indevidas à Palavra, ou “interpretações” perversas; o fim, mensagens que visam agradar mais aos homens que a Deus. Natural a pergunta do Salvador: “Quando vier o Filho do Homem, porventura achará fé na Terra?”

Se, a fé nasce após a “Loucura da pregação” e os pregadores modernos preferem a aplauso à verdade para não serem loucos, acabamos repetindo um erro histórico denunciado no dias de Jeremias já; “Porque o Meu povo fez duas maldades: a mim deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm águas.” Jr 2;13

Sempre que quero saber o que Deus tenciona me dizer leio Sua Palavra. Lá as promessas são condicionais; há muitas advertências também.

O pior tipo de engano é aquele que desejamos, pois o estado de polícia da consciência adormece com nosso próprio canto de ninar. Sempre oportuno o despertador paulino: “... Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e Cristo te esclarecerá!”

Nenhum comentário:

Postar um comentário