quarta-feira, 16 de março de 2016

O Cristão e a Cidadania

“Admoesto-te, que se façam deprecações, orações, intercessões, ações de graças, por todos os homens, pelos reis, por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta, sossegada, em toda a piedade e honestidade;” I Tim 2;1 e 2

Duas correntes antagônicas são visíveis no meio cristão, no que tange à cidadania. Uns, preferem não se envolver, não discutem política, não se manifestam, apenas oram pelas autoridades; outros se engajam de tal forma, que sonham eleger pastores a Deputados, Senadores, quiçá, Presidente, influenciam seus rebanhos, usam até púlpitos para assuntos políticos. Quem está certo? O Salvador ensinou a darmos a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.

Algumas considerações contextuais: A Bíblia foi escrita em tempo de Monarquias, “Orai... pelos reis...” Aconselhou Paulo. Ele estava ecoando o que dissera Jeremias, por seu turno. Profetizara que o cativeiro Babilônico seria de setenta anos; um falso profeta se opôs dizendo que seriam apenas dois anos. Isso custou a vida do mentiroso. 

Depois, o profeta que ficara em Jerusalém, escreveu aconselhando os anciãos, que trabalhassem na terra, orassem pelo Rei, pela sua paz, pois, na paz de Babilônia, eles teriam paz. Noutras palavras: Não lutem contra, aceitem, trabalhem, é Vontade de Deus. Entretanto, cumpridos os setenta anos, Daniel orou pelo retorno à Jerusalém e foi ouvido.

Assim, em tempos de monarcas absolutos, seria insano pleitear qualquer mudança, senão, apelando a Deus; levantar-se contra um rei seria morte certa. Salomão desaconselhou aos jovens, disse: “Teme ao Senhor, filho meu, ao rei, não te ponhas com os que buscam mudanças, porque de repente se levantará a sua destruição, a ruína de ambos, quem o sabe?” Prov 24; 21 e 22

O Rei tinha poder absoluto; ditava leis, executava, julgava, fazia o que lhe desse na telha; por isso, seu período é tido como, absolutismo.

Acontece que, com a evolução civilizatória, a Democracia, alternativa ao absolutismo gestada na Grécia antiga, a República, e seu poder tripartido, aperfeiçoada à partir das reflexões de Montesquieu, passou a ser o sistema político dominante na imensa maioria das nações. Legislativo para fazer leis, fiscalizar; Executivo para gerir, executar; e Judiciário, para dirimir conflitos, julgar. Três poderes interligados na República, porém, autônomos, independentes, condição indispensável para que o sistema funcione a contento.

Ré pública, o nome já diz, o público deve acusar a eterna ré, no tribunal constitucional, quando não estiver cumprindo os deveres pactuados. Esse é o contexto onde devemos exercer nossa cidadania.

Assim, os que acham que não devem se envolver, “com o mundo” basta orar pelas autoridades, não percebem que nossa cidadania celeste não tolhe labores terrenos. “Dai a César o que é de César...” Nossos deveres cidadãos persistem. “A Deus o que é de Deus.” Veta que A Casa de Oração, a igreja, seja rebaixada de suas funções nobres de Reino de Deus, para se ocupar das coisas da Terra. Nossa participação política é inevitável, mas, na igreja, não. Cada vez que reclamamos do custo da gasolina, energia, inflação, etc. estamos, querendo ou não, fazendo uma crítica política.

Quem acha que basta orar, fugindo das coisas práticas da vida, não deveria trabalhar pelo pão também, basta orar que “Deus dá seu pão enquanto dormem”. A política na República lida como nosso trabalho, nosso dinheiro, nossas vidas; os governantes eleitos não são nossos donos e nós seu gado. São empregados que contratamos para gerirem nossas coisas por quatro anos. Depois disso pesamos se renovamos contrato, ou não.

Mesmo nesse ínterim, a Constituição possui meios legais para deposição de quem foi eleito, se, descumpriu a Lei, o Pacto que jurou defender.

Assim, pelos pecadores, sejam do tipo que forem, oro visando conversão; autoridades corruptas, que malversam o dinheiro alheio, oro por justiça, para que todo lixo venha à luz, cumpram a merecida punição.

Não digo que Evangélicos não possam se candidatar a cargos públicos, é um trabalho como outro qualquer, que pode ser bem, ou, mal feito. Mas, quando alguém tem clara chamada para o Ministério Espiritual e troca isso pelas luzes de Brasília, abdica da primogenitura por um prato de Lentilhas, como Esaú.

A função de Embaixador do Reino dos Céus é infinitamente mais honrosa e nobre que Presidente da República, e é “cargo” vitalício.

Separar-se do mundo quer dizer de valores contrários a Deus, sobretudo, quando esses “valores” estão nos falsos cristãos. “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo... porque então vos seria necessário sair do mundo.

Mas, ... aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, avarento, idólatra, maldizente, beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais.

terça-feira, 15 de março de 2016

"Síndrome de Estocolmo"

Depois das estrondosas manifestações, natural volvermos o olhar para Brasília atentos às providências do Governo em resposta ao clamor popular. Até agora duas “Providências” são conhecidas: Uma; cogitam colocar Lula, cuja prisão, era pedida nas ruas, como Ministro, para fugir de Sérgio Moro.

Duas; petistas e satélites desqualificam às manifestações, dizendo que não havia negros nas ruas que se tratou de uma passeata elitista, o povo, propriamente, não se fez representar.

A balela de sempre; não são caçados por que, ladrões, corruptos, incompetentes, antes, porque são bons demais; nós, “Elite de olhos azuis”, os perseguimos.  ( Sou trabalhador braçal, meus olhos são castanhos ) mas, se não sou a favor do PT, devo ser daquele molde maldito.

Esses canalhas se sentem donos da virtude, do monopólio da justiça social. Se fazem uma ou duas coisas que deveriam ser tributadas ao Estado, pois, com o dinheiro desse, se apropriam, como, se do partido; se ocupam o tempo todo a divulgar via marketing mentiroso que, fora de seu partido não existe justiça, inclusão, são todos ricos e racistas; gentalha sem caráter!!

Bolsa família não deveria orgulhar governante nenhum. Antes, dar formação profissional, gerar empregos para que as pessoas redescobrissem a dignidade sem precisar de assistencialismo, isso sim, seria um feito respeitável.

Minha casa Minha Vida, Pronatec, Universidades Estaduais, essas coisas que têm seu mérito, seu valor, mas, não fazem seus beneficiários devedores ao PT: Uma vez mais, são coisas do Estado que o PT foi muito bem pago para gerir durante determinado período.

Contudo, se seus feitos soam bons de modo a darem crédito ao partido, que votem neles uma vez mais. Mas, fazer terrorismo como fizeram ameaçando fim de programas sociais se perdessem, e, ora, ao mar de lama que assoma via Lava Jato, ainda serem defendidos com unhas e dentes, desafia o senso lógico, chega à patologia.

Quem rouba ao Erário rouba meu dinheiro; não tenho ladrões de estimação, de qualquer sigla, quero-os na cadeia! Quando Delcídio foi flagrado tentando “exportar” ao Cerveró, Rui Falcão presidente do PT se apressou a isolar o partido do lixo; “Agiu por conta própria, o PT não tem nada com isso, vai expulsá-lo”.

Agora, vem à luz que por trás dos Panos, Mercadante ofereceu dinheiro para que ele fechasse o bico, não entregasse os figurões do partido. Nenhum ato que se pareça com um Governo Republicano; apenas, jogadas sujas e tramoias no melhor estilo máfia, milhões sendo desviados, pelos “representantes do povo”.

Sinceramente não consigo explicar essa “Síndrome de Estocolmo” onde os petistas miúdos dão a vida para defender quem os rouba. Incutiram que não existe política saudável fora do PT. Os fatos não cansam de demonstrar que os líderes são um lixo.

Pra eles, ou, o sujeito é de esquerda, ou, não é politizado. Certa vez um imbecil desses ao conhecer minha opção começou a citar o “analfabeto político” de Berthold Brecht; não sendo canhoto, eu só poderia ser analfabeto.

Bem, como eles são os iluminados, desafio todos eles, grandes, intelectuais, como Leonardo Boff e adjacências a me darem um só exemplo histórico de País em que o “Socialismo” trouxe crescimento econômico e justiça social.

Alemanha Oriental? Romênia? Chechoslováquia? União Soviética? Cuba? Venezuela? Bolívia? Argentina? Brasil? Um exemplo só, por favor!!

Aí eu, por rejeitar o populismo demagógico e rasteiro de tiranetes de bosta que fingindo defender ao povo incauto, constroem impérios pessoais sou o analfabeto??

De qualquer forma, os deles são o povo, majoritariamente negros segundo eles mesmos. Não tenho procuração para defender aos afrodescendentes, que cada um deles diga livremente o que pensa.

Mas, como é próprio da elite trata-se sempre de uma minoria privilegiada; como eles não identificaram “povo” nas manifestações, e marcaram uma para breve, certamente, levarão às ruas uma massa que colocará à “Elite” no chinelo. Já antevejo a vergonha. Meus “olhos azuis” ficarão confusos, distantes ante à humilhação, imposta-nos, pelo “povo”.

Duas implicações resultam de suas acusações: a) todos os que fomos às passeatas, ou, nos identificamos com elas, somos racistas; b) Os afrodescendentes não são contra a corrupção a roubalheira institucionalizada; seguem apoiando o PT apesar de tudo. São conclusões necessárias das suas acusações.

Qualquer besta quadrada sabe que não dá pra segmentar à sociedade, ricos e pobres são interdependentes; bem como todas as raças mesclam-se e convivem, salvo um ou outro imbecil pontual.


Essa coisa nojenta de açodar ânimos entre irmãos por nuances sociais, raciais, não cola mais; balela de quem só tem ódio a semear. O PT apodreceu, cairá sozinho, mesmo sem oposição, aí, os que pensam cortar os pulsos se isso acontecer, descobrirão que se pode fazer as coisas direito na nação, sem precisarmos ferros em brasa no nosso couro.

sábado, 12 de março de 2016

A Fonte Eterna

A doutrina do sábio é uma fonte de vida para se desviar dos laços da morte.” Prov 13;14

Inusitado esse aspecto da vida ser como uma fonte. É próprio de uma fonte, o manar contínuo, diverso das águas paradas que se deterioram lentamente, por falta desse fluxo vital que renova.

A vida natural é mais ou menos como um relógio antigo, que, uma vez que se lhe dava "corda" funcionava normalmente pelo tempo correspondente ao curso mecânico e parava. Somos biodegradáveis no prisma natural, e, exceto o concurso do acidente, funcionamos relativamente bem, até o fim de nossa “corda”, digo, até o estertor de nossa resistência física.

Todos passam pelas veredas da vida satisfeitas três necessidades básicas: Comida, bebida e procriação. Como nenhum desses aspectos vitais demanda as benesses da “doutrina do sábio” para vicejar, parece necessária a conclusão que, a vida que carece tal alimento, que é caçada pelo laço da morte é a espiritual.

Ele mesmo figurara a mulher adúltera como uma assassina, sendo que, seus feitos não tiravam a vida das vítimas estritamente, mas, espiritualmente sim, enviavam à perdição eterna. “Assim, o seduziu com palavras muito suaves, o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios. Ele logo a seguiu, como o boi que vai para o matadouro, como vai o insensato para o castigo das prisões; até que a flecha lhe atravesse o fígado; ou como a ave que se apressa para o laço, não sabe que está armado contra sua vida.” Prov 7;21 a 23

Quando o pensador diz que a doutrina do sábio é fonte vida, não está pleiteando óbvio, que o dito sábio seja tal fonte, antes, seu ensino, que, não tem origem nele; é mero canal que a conduz, como um aqueduto faz com a água viva.

Ele mesmo, ao encerrar as belas reflexões do Eclesiastes, pluralizou os meios de difusão da sabedoria, ainda que, reconheceu a origem em fonte singular: “As palavras dos sábios são como aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das assembleias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” Ecl 12;11

E, o Único Pastor, quando se apresentou na forma humana para, entre outras coisas, ensinar Sua Doutrina, disse: “Aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte que salte para a vida eterna.” Jo 4;14

Uma vez mais vemos, que o escopo transcende ao natural, à água comum que a samaritana buscava para sua sede, quando, O Salvador lhe acenou com a Água viva. Começamos com a metáfora da fonte, agora, estamos na água, produto da fonte, a doutrina do sábio.

Claro que, a sede espiritual é diversa da natural. Nem todos a identificam. Entretanto, todos, em dado momento se veem às voltas com traços dela, ainda que, façam errada leitura. Tentam silenciá-la com drogas, bebidas, promiscuidade, etc. Como um viciado em cigarros que diz que fumar lhe acalma. Na verdade, acalma aos clamores orgânicos por nicotina, da qual se fez dependente; assim, os hedonistas “acalmam” seus pleitos espirituais, com os ditos prazeres, que, amiúde, são fugas.

A Bíblia não apresenta a servidão ao pecado como oriunda da busca pelo prazer, antes, como fuga do medo da morte. Fugindo da sina, apressam-se ao seu encontro, como Édipo, da tragédia grega. “Visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele ( Cristo ) participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.” Heb 2;14 e 15

O livramento dos cristãos depende do que Cristo Fez na Cruz, não, de Sua Doutrina, estritamente; mas, essa, possibilita compreendermos as implicações eternas de Sua Grande Vitória.

Então, como o jorrar contínuo de uma fonte, carecemos a Palavra de Cristo nos escudando cada dia, pois, as tentações, os laços da morte nos buscam o tempo todo.

Não que haja algo errado com o prazer em si, antes, o veto atina aos degenerados que afrontam a Deus. Nos demais, na boa escolha o Pai tem prazer conosco. Censurando aos rebeldes certa vez, disse: “clamei e ninguém respondeu, falei e não escutaram; mas, fizeram o que era mau aos meus olhos, escolheram aquilo em que eu não tinha prazer.” Is 66;4


E o prazer maior do Santo é salvar aos que Ama, por isso, O Único Pastor encerra Sua Revelação acenando uma vez mais, com a Fonte Eterna: “O Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida.” Apoc 22;17

sexta-feira, 11 de março de 2016

Amor, o Divino motivo

Jacó fugiu para o campo da Síria, Israel serviu por uma mulher, por uma mulher guardou o gado. Mas, o Senhor por meio de um profeta fez subir a Israel do Egito, e por um profeta foi ele guardado.” Os 12;12 e 13

O que dois versos tão “antagônicos” fazem lado a lado no livro de Oseias? Ou, o que tem a ver o pacto de Jacó com Labão, onde se dispôs a guardar o gato sete anos, como dote por sua amada, com o Êxodo de Israel mediante a liderança do Profeta Moisés? Bem, o contexto sugere que há similitude, semelhança, invés de antagonismo entre os dois fatos, vejamos: “Falei aos profetas, multipliquei a visão; pelo ministério dos profetas propus símiles.” Vs 10

Acontece que, tanto o sentimento que motivou Jacó ao trabalho, quanto, Deus, a libertar Seu povo, foi o amor. Mediante o mesmo Oseias, O Eterno considerara a nação como Sua esposa, posto que, infiel. “Contendei com vossa mãe, contendei, porque ela não é minha mulher, eu não sou seu marido; desvie ela as suas prostituições da sua vista e os seus adultérios de entre os seus seios.” Cap 2;2 Estava repudiando-a, como marido traído a uma esposa adúltera. “Por causa da dureza de vossos corações Moisés permitiu dar carta de divórcio, mas, no princípio não foi assim”, Diria O Salvador mais tarde, justificando o repúdio em face à infidelidade.  

Tanto quanto, o amor fizera Jacó guardar os rebanhos de seu sogro, o mesmo sentimento fizera O Senhor conduzir seu povo pelo deserto, Seu rebanho escolhido. Contudo, Jacó teve mais sorte, pois, ao que consta não foi traído por sua amada, Raquel; ainda que sua concubina tenha deitado com Ruben, e, seu sogro o tenha enganado dando a noiva errada, forçando-o a mais sete anos de serviço pela que amava.

O Santo chegou a falar saudoso da “lua de mel” onde teve certo regozijo com Sua amada. “Lembro-me de ti, da piedade da tua mocidade, do amor do teu noivado, quando me seguias no deserto, numa terra que não se semeava. Então Israel era santidade para o Senhor, as primícias da sua novidade; todos que o devoravam eram tidos por culpados; o mal vinha sobre eles, diz o Senhor. Ouvi a palavra do Senhor, ó casa de Jacó, todas as famílias da casa de Israel; assim diz o Senhor: Que injustiça acharam vossos pais em mim, para se afastarem, indo após a vaidade, tornando-se levianos?” Jr 2;2 a 5

Parece que, consideraria razoável o abandono de Sua esposa, caso ela tivesse encontrado injustiça Nele; de modo que, desafiou-a a demonstrar isso.

Jacó, o enganador, que mentira a seu pai cego, se fizera passar pelo irmão Esaú, para herdar a bênção da primogenitura, esse, merecia ser enganado, como foi, recebendo Lia em lugar de Raquel, que amava. Ele não poderia desafiar ninguém a apontar suas injustiças, pois, sua própria trajetória o fazia. Mas, Deus?

O Patriarca esperando uma noiva recebera outra; O Eterno, desejando certa postura de Sua amada, deparou-se com algo indesejável. Mediante Isaías, ilustrou a nação como uma vinha, invés de esposa; a decepção, o adultério, como frutos degenerados. "Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu lhe não tenha feito? Por que, esperando eu que desse uvas boas, veio a dar uvas bravas? Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; os homens de Judá são a planta das suas delícias; esperou que exercesse juízo, eis aqui opressão; justiça, eis aqui clamor.” Is 5;4 e 7

Assim, se um marido romântico usa flores, bombons ou outros mimos similares quando quer realçar seu amor, para Deus, os melhore “mimos” que podemos oferecer é a prática da justiça.

A Igreja, os filhos do Novo Pacto são chamados, Noiva de Cristo; de uma noiva se espera pureza, não infidelidade; “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, Cristo.” II Cor 11;2

Não que seja possível nos mantermos “virgens” no sentido de não pecarmos, mas, de nos “lavarmos” mediante arrependimento e confissão, sempre que isso acontecer.

Então, embora alguns tenham uma imagem distorcida do Eterno, como se fosse um Tirano, Castigador irado, é Seu amor que O move, tanto que trabalha ainda, para resgatar o que for possível.


Do Seu amor, Cristo disse: “Ninguém tem maior amor que esse: Dar sua vida pelos seus amigos.” Jo 15; 13, e do Amor do Pai, dissera: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas, tenha vida eterna.” Jo 3; 16

quinta-feira, 10 de março de 2016

A colheita farta do Lula

Dizem que o hábito do cachimbo deixa com a boca torta. Noutras palavras, quem agiu o tempo todo de determinada maneira, não conseguirá fazer diferente, quando necessário. Isso vale tanto para o PT e seu “modus operandi” quanto, para Lula, o “Poderoso Chefão”.

Seu jeito de crescer, nunca foi, a rigor, proposição de métodos administrativos, antes, o confronto, a glorificação do “nós, a demonização “deles”. Tanto que, na última campanha, doze anos após sua vitória contra o indicado de FHC, ainda falavam de “herança maldita”, “fantasmas do passado”, etc. Mesmo tendo recebido um país com inflação sob controle, respeito internacional, Lei de Responsabilidade Fiscal, enfim, a casa em ordem.

Deparei com senhoras aposentadas verdadeiramente apavoradas, pois, diziam, se Dilma não vencesse, além do “Bolsa Família, “eles” cortariam aposentadorias, também. O terrorismo psicológico era tal, que, votar no PT era dever, não pela competência desses, mas, para fugir das garras terríveis dos inimigos dos pobres, “Eles”.

Assim, se Lula está às voltas com um tríplex mal explicado, precisam “colar” um apartamento espúrio a Fernando Henrique; estão atolados no “Petrolão,” um delator qualquer tem de citar Aécio como beneficiário também, mesmo, não podendo explicar como, dado que ele, oposição, não tinha como oferecer vantagem alguma, em nome da Petrobrás.

Não digo que FHC e Aécio sejam santos; quando pesar, deveras, algo contra eles sejam investigados, paguem, se deverem às leis. Por ora, as acusações só mostram o jeito PT de ser.

Acontece que, devido à “Lava Jato”, à “Zelotes”, as investigações do Ministério Público de São Paulo, “eles” não são mais FHC e Aécio; antes, Sérgio Moro, Cássio Conserino etc. Agora, na condição de indiciados, não, de candidatos, a demanda é por álibis, fatos, verdade... Fanfarrice, marketing, desqualificação dos adversários não funciona; é preciso mais que incutir medo em incautos, ou, cooptar inocentes úteis à causa Petralha. Não sabem o que fazer.

Um PF Petralha infiltrado teria criado um “Dossiê” contra Sérgio Moro, no melhor estilo “Assassinato de Reputações” como denunciou Tuma Jr. Acusando-o de estar a serviço dos Tucanos, sempre “eles”, claro! Tal mimo levado ao Ministro Jaques Wagner; a coisa era meio amadora, de modo que nem usaram; mesmo assim, está sob investigação da PF; quem fez será descoberto.

Na rede circulou uma montagem canalha, onde Aécio falava “ao ouvido” de Moro, sendo que, na foto original era com Eduardo Campos o Colóquio, de modo que, de novo, colar Moro “Neles” não deu.

Demonizaram ao Juiz pela chamada “Condução Coercitiva” de Lula, dizendo abuso de autoridade arrogância, etc. “Bastava me convocá que eu ia” mentiu o falastrão mor que fugira de duas convocações do MP paulista.

Então, o que temos em defesa do Lula? Temos a garantia dele de que é o mais honesto de todos os homens; melhor: Se encontrarem um real ilícito em sua mão desiste de vida pública e do PT, garantiu. Pronto, podemos descansar, ir pra casa, ele garante.

Acontece que no mesmo “palanque” que falou do real ilícito impossível, acusou a Polícia de perseguição contra ele, pois, tem casos de 20 bilhões “pá investigá”, e estaria preocupada com uma merreca de dois milhões e quatrocentos mil, de seu filho. Mas, se o desafio é encontrar um real desonesto, a PF tem dois milhões e quatrocentos mil motivos para tal investigação.

Esse bafo de palanque de se dizer perseguido pelas elites, por ser pobre, não cola mais. O caso é de polícia, e eles só sabem lidar com política, a mais rasteira possível, mas, sempre, política. Além do que, a “Famiglia” está milionária.

Uma coisa o Brasil deve ao PT, reconheçamos; graças a eles, hoje, o ídolo nacional não é Neymar Jr., é Sérgio Moro. Esse despertar do circo para o cívico, é “mérito” Petralha, sim.

Ironicamente o partido do “Governo Popular”, ouvirá um sonoro Fora!! De uma multidão nas ruas que representará o sonho de consumo de 90% da população. Eita elite mais numerosa! Pra ironia ficar completa, num dia treze de três; o fim do treze da mentira após três mandatos de roubo, engano.

O mentiroso contumaz que gabou-se de citar números mirabolantes sem fonte alguma, só blá blá blá, que tirou “46 milhões da miséria”, terá descoberto, enfim, que tirou infinitamente mais que isso, somando seus roubos pessoais, aos dos filhos et caterva.

Claro que há corrupção em todos os partidos, e nenhum é inocente. Mas, só um imbecil se ocuparia prioritariamente com ladrões de galinha, quando estão roubando todos os seus rebanhos. Primeiro, a máfia; depois, a raia miúda.


Dilma sonhou estocar vento para gerar energia; Lula construiu um império vendendo discursos vazios, nuvens, vento. Mas, como diz certo provérbio, quem semeia ventos, colhe tempestade. A seara está madura.

Deus, o óbvio que assusta

“Contudo, ( Deus ) não deixou a si mesmo sem testemunho, beneficiando-vos lá do céu, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e alegria  vossos corações.” Atos 14;17
Interessante enfoque de Paulo, considerando os meios de manutenção da vida humana, testemunhas de Deus. Verdade é que, para quem crê, uma coisa aparentemente simples basta; por outro lado, a quem duvida, mesmo demonstrações grandiosas se revelam insuficientes.

Vemos no relato evangélico que, depois de O Senhor multiplicar cinco pães por mais de cinco mil pessoas, os que O assediaram no dia seguinte pediam um “sinal do céu”. Noutra ocasião, quando orou ante o sepulcro de Lázaro e Deus lhe respondeu de modo audível, uns, disseram que foi um trovão, outros, um anjo, quem cria seguiu crendo, quem duvidava, idem. As pessoas se posicionam conforme suas inclinações interiores, malgrado a clareza da evidência.

O salmista colocou o dedo na ferida: “Disse o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem. O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento, buscasse a Deus. Desviaram-se todos, juntamente se fizeram imundos: não há quem faça o bem, não há sequer um.” Sal 14;1 a 3 Indiferença de coração; corrupção; falta de entendimento; alienação de Deus; imundícia.

Além da revelação escrita temos testemunhos sobejos do Eterno na Perfeição da Sua Obra, a Criação. Paulo desenvolveu assim: “O que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto seu eterno poder, quanto, sua divindade, se entendem; claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;” Rom 1;19 e 20

Spurgeon chamava à Criação de Bíblia Natural, contendo três páginas; Céus, mares e Terra. Comentando o salmo 19, onde se exalta os Feitos do Eterno, entre outras coisas maravilhosas, disse: O testemunho dos céus não é um simples indício, mas uma declaração inconfundível e clara, do tipo permanen­te e inalterável. Apesar disso tudo, que proveito há numa de­claração em alto e bom som dirigida a um surdo, ou a mais evidente demonstração feita para um cego no sentido espiri­tual? O Espírito Santo de Deus precisa iluminar-nos ou nem todos os sóis da Via Láctea poderão fazê-lo. Deus está na vas­tidão acima de nós; sua bandeira estelar mostra que o Rei encon­tra-se em casa e levanta seu escudo para que os ateus vejam como ele menospreza suas acusações. Aquele que após olhar para o firmamento se apresenta como um ateu, está ao mesmo tempo se declarando um imbecil e mentiroso.”

Vemos ele advogar com sabedoria que, o problema não está na mensagem, nem no Emissor, antes, nos receptores que estão “surdos”. Não sem razão, O Salvador ao instruir Nicodemos colocou duas impossibilidades, sem O Espírito Santo. Não vemos O Reino; não entrarmos. Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” Jo 3;3 e 5

Nosso existenciário não é suficiente para a fome espiritual que nos assedia. Alguém definiu que temos dentro nós um vazio com o Formato de Deus; vazio esse que assomou após a queda, quando houve separação.

Salomão, após apresentar um limite temporal para todas as coisas criadas, colocou Deus acima: “Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar; isto faz Deus para que haja temor diante dele.” Ecl 3;14 Nossa finitude em face ao tempo deveria gerar temor ante Àquele que É Eterno.

Esse temor, na ótica de Paulo não deveria nos afastar, antes, buscar reconciliação dessa redoma espaço-temporal onde estamos. “De um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, os limites da sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;” Atos 17;26 e 27 Usa uma metáfora física para a busca espiritual; “tateando”, isso reitera o que disse O Salvador: Não podemos ver sem O Espírito.


Ele se aproxima dos alvos do Amor Divino mediante sinais, A Palavra, mensagens várias, mas, sempre dependerá de nossa resposta, de que, queiramos ver. O problema que faz as pessoas temerem ver o óbvio, Deus, não é falta de beleza Nele; sobra. O problema é que o “Espelho” realça nossa feiura; mas, aos que O recebem, purifica, regenera, embeleza outra vez, segundo a Formosura de Cristo.

quarta-feira, 9 de março de 2016

PT, cartão vermelho pelo conjunto da obra

Certas infrações no futebol são punidas com Cartão Amarelo, advertência que, em caso de reincidência culmina em expulsão. Mas, há casos em que, quando uma equipe incide reiteradas vezes em fazer faltas, uma espécie de rodízio, mesmo a infração não tendo a gravidade usual passível do referido cartão, ainda assim, o árbitro pode aplicar a punição. Nesse caso, se diz que foi, “pelo conjunto da obra”, a repetição de infrações de um jogador, ou, uma equipe.

Pois bem, vez por outra refuto amigos que dizem: Tirando umas coisinhas em que sai da casinha, fulano prega bem; referindo-se a pregadores do evangelho. Discordo cabalmente! Um pregador do Evangelho não “sai da casinha” do ponto de vista espiritual, ainda que, pareça louco aos olhos naturais; aliás, quanto melhor, mais “louco” soará.

Claro que convém fazer as devidas concessões a eventuais neófitos que, em face às deficiências de preparo incorrem em erros isentos de má vontade, heresia. Me refiro às cobras criadas, digo, ministros de tempo integral que têm ministérios de grande alcance. Dos tais, se espera nada menos que acuidade doutrinária, mesmo que, não sejam eloquentes, grandes oradores, hão de ser sadios na fé.

Se, esses, de ministérios relevantes derraparem em questões doutrinárias vitais,  todo seu ministério será réprobo, mesmo que, eventualmente falando coisas certas; os evito “pelo conjunto da obra.” Paulo ensinou a fazer assim:Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca, estando já em si mesmo condenado.” Tt 3;10 e 11  

Contudo, diria alguém, “ouro na mão do bandido também é ouro.” Alegorizando, com isso, que a verdade bíblica mesmo em lábios hereges ainda é verdade. É. Segue o fato que o bandido fará uso bandido do ouro que pega, de modo que, estraga seu valor.

Ministérios notadamente hereges, como Edir Macedo, Waldemiro Santiago, e assemelhados, pouco importa o que digam seus líderes; mesmo a verdade, em seus lábios soa como mentira; de novo, o conjunto.

Pelo mesmo prisma olho assuntos políticos. Convivo com a divergência, a pluralidade numa boa, desde que, haja o mínimo respeito à verdade, aos fatos, ainda que, a interpretação possa divergir.

Agora, dizer que furtar milhões via corrupção pintando uma fachada legal de “palestras”, disfarçar patrimônio em nomes de “laranjas” é legal, normal; e, coagir um fujão contumaz das leis a depor é ilegal, desrespeita meu senso lógico. Ver na Rede “denúncias” de partidarização de Sérgio Moro, numa foto onde Aécio fala ao ouvido dele, sendo que, trata-se de montagem cafajeste; a foto original é com Eduardo Campos, não com o juiz; mais; saber de um “dossiê” falso que um policial petralha produziu com o mesmo fim, tão fajuto que nem resolveram investigar pra não passarem vergonha; vendo isso tudo no jeito PT de ser, a mim, a fala de um petralha não interessa mais, pelo motivo mesmo.

Eleitor eventual do PT qualquer um pode ser; eu mesmo já fui. Agora, defender o indefensável, assassinar fatos, reputações, para preservar ladrões e mentirosos impunes? Lula, o mais honesto dos homens, que Dilma garante que não pensa ser melhor que ninguém, invés de demonstrar sua honestidade mediante provas, álibi, esperneia como porco mal faqueado antes de morrer. Recebe em casa a visita solidária da Presidente, coisa indigna de uma autoridade desse calibre solidarizar-se com um suspeito invés de, com as instituições republicanas que pelejam por justiça.

Hoje reuniu-se com Renan e mais uma turba de figurões, a maioria também, investigados; isso são providências rumo à justiça, ou, à impunidade?

Essa gentalha tem uma concepção “sui generis” de justiça: Na Venezuela, opositores presos são criminosos incomunicáveis, como apoio de nosso governo; cá, enormes ladrões, corruptos, são “presos políticos”, se usarem a estrelinha vermelha.

Desse modo, onde palavras significam o que querem a cada momento, conforme sórdidos interesses, para mim, o discurso de um petralha não interessa mais. Sei que há petistas em cidades menores com melhores condutas, mas, enquanto recusarem ver, seguirem defendendo o indefensável, soam cúmplices, não interessam também.

De abelhas corremos risco de sermos ferroados quando as expropriamos; mas, seu mel compensa. Vespas oferecem o mesmo risco sem atenuante algum. Assim, debater com pessoas honestas que respeitam fatos, verdade, valor das palavras, pode, eventualmente, desbancar nossas “razões”, dado que, não somos donos da verdade, e aprender sempre compensa; contudo, com gente desonesta, cega por paixões ideológicas, que não se alinha à coerência em falas, nem ações, só temos a perder debatendo.


Então, como estão os hereges para a fé, aos meus olhos, os petistas e satélites para a democracia. O que têm a dizer absolutamente não me interessa. Dou-lhes de cara, cartão vermelho, pelo nauseabundo conjunto da sua asquerosa obra. Cabal assim.